A Igreja Como a Noiva de Cristo

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A Igreja Como a Noiva de Cristo

Mas há outra relação familiar, que também retrata essa imensa realidade spiritual―o casamento. O casamento humano entre marido e mulher tinha a intenção de retratar o casamento de Jesus Cristo com a Igreja. Cada um dos cristãos é irmão de Cristo. Mas, coletivamente, constituem a Sua Noiva, agora como noiva ou noivo dEle que futuramente O acompanhará em um relacionamento conjugal divino por toda a eternidade.

O casamento humano foi instituído com o primeiro casal, Adão e Eva. Deus fez Adão cair em um sono profundo, então lhe abriu a carne de um lado e retirou uma costela, da qual fez Eva para ser uma esposa―uma parceira adequada que complementava o homem. Quando Deus a apresentou a ele, Adão disse: “Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne”
(Gênesis 2:23). Essencialmente, Eva era parte de Adão―de seu próprio corpo.

Deus disse: “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (versículo 24, ARA). Em certo sentido, isso se refere a uma união física literal, a união sexual. Ele imediatamente percebeu que ambos estavam nus e não se envergonhavam (versículo 25). Mas, figurativamente, também se refere a uma união de vidas em uma profunda união. Jesus disse: “Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem” (Mateus 19:6).

Inúmeros versículos referem-se à Igreja de Deus como o Corpo de Cristo, que individualmente pode ser comparada às várias partes de um corpo (Romanos 12:4-5, 1 Coríntios 12:12-27, Efésios 1:22-23; 4:12, Colossenses 1:24). E Jesus é a “cabeça do corpo da igreja” (Colossenses 1:18). É por isso que o marido é a cabeça da mulher no matrimônio terreno.

O apóstolo Paulo explica esta relação física e também divinamente espiritual em Efésios 5:22-33: “Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo. De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seu marido.

“Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo. Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes, a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja.

“Porque somos membros do seu corpo. Por isso, deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e serão dois numa carne. Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja. Assim também vós, cada um em particular ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido”.

Está muito claro que o casamento humano foi instituído com a intenção de representar o relacionamento conjugal definitivo. A união em uma só carne a nível físico tem um paralelo espiritual com a relação especial e íntima de Cristo com o Seu povo. Como Paulo explicou: “Aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele “ (1 Coríntios 6:17, ARA).

No entanto, como mencionado, os membros da Igreja ainda não entraram na plenitude do relacionamento conjugal com Cristo. Eles estão atualmente desposados com Ele, com a responsabilidade de permanecer espiritualmente puros. Paulo disse a alguns daqueles que ele tinha ajudado a se converter, “Porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo” (2 Coríntios 11:2).

E quando Jesus Cristo retornar pela última vez, será declarado: “Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou” (Apocalipse 19:7).

A Nova Aliança, o pacto no qual os seguidores de Jesus Cristo se comprometem com Ele, é de fato uma aliança de casamento. Esta nova aliança havia sido prometida à antiga Israel muito antes de Cristo vir em carne (Jeremias 31). Ela se tornou necessária em virtude do fato de que a nação tinha violado os termos da Antiga Aliança, que Deus havia celebrado com Israel no Monte Sinai―“Porquanto eles anularam a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o Senhor” (versículo 32, ARA). Assim, a Antiga Aliança também era uma aliança de casamento.

Então, Israel era a noiva de Deus e é importante compreender que Aquele que os israelitas conheciam como Deus no período do Antigo Testamento era Quem, mais tarde, nasceria como Jesus Cristo (ver 1 Coríntios 10:4 e nossos livros gratuitos Deus é uma Trindade?, Quem é Deus? e Jesus Cristo: A Verdadeira História). A Noiva de Cristo era, portanto, Israel, mas a nação quebrou seus votos de casamento―adorando a outros deuses, que Deus enxergou como fornicação e adultério espiritual (Levítico 17:7, Jeremias 3:1, 6).

A Antiga Aliança terminou com a morte de Jesus Cristo. Porém, o Cristo ressuscitado ainda pretendia se casar com Israel, mas sob uma Nova aliança―um novo acordo de casamento. Essa aliança é para todas as pessoas, mas todos devem se tornar israelitas, espiritualmente, através de Cristo. A Igreja é a Israel spiritual―a precursora do relacionamento da Nova Aliança. (Para saber mais sobre isso, consulte o nosso livro grátis A Nova Aliança: Será que A Lei de Deus Foi Abolida?)

Deus também mencionou no Antigo Testamento de ser casado com a cidade de Jerusalém, a qual representava toda a Israel (Ezequiel 16). Da mesma forma, a futura Nova Jerusalém é referida como “a noiva, a esposa do Cordeiro” (Apocalipse 21:9-10, ARA). Isso é porque ela será composta de todos os que são fiéis a Deus, sendo a morada eterna de Deus e Seu povo. Devemos lembrar que a própria Igreja é chamada de “morada de Deus no Espírito” (Efésios 2:22)―tal como o Pai e Cristo vivem dentro de seus membros por meio do Espírito Santo.

Que todos nós possamos permanecer fiéis hoje, olhando para a frente e vislumbrando antecipadamente uma eternidade de felicidade e de perfeita união com Jesus Cristo na família de Deus!