• Jesus reivindicou a autoridade para perdoar pecados

Quando Jesus curou um paralítico, Ele lhe disse: “Filho, perdoados são os teus pecados” (Marcos 2:5). Ao ouvir isso, os escribas disseram que Ele estava blasfemando e perguntaram: “Quem pode perdoar pecados senão um só, que é Deus?” (Versículos 6-7).

Jesus, respondendo aos escribas, disse: “Por que isso está perturbando vocês? Eu, o Messias, tenho autoridade na terra para perdoar pecados. Mas, falar é fácil qualquer um poderia afirmar isso. Porém, Eu posso provar o que Eu estou dizendo, curando este homem. Então, voltando-se para o paralítico, ordenou-lhe: Você está curado. Pegue sua esteira e vá embora para casa!” (versículos 8-11, Bíblia Viva).

Os escribas sabiam que Jesus estava reivindicando uma autoridade que pertencia somente a Deus. Novamente, o Senhor(YHWH) é Aquele retratado no Antigo Testamento que perdoava pecados (Jeremias 31:34).

• Cristo reivindicou o poder de ressuscitar os mortos

Jesus disse que tinha mais um poder que só Deus possuía— ressuscitar e julgar os mortos. Observe Suas declarações em João 5:25-29:

“Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão . . . todos os que estão nos sepulcros ouvirão a Sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida, e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo”.

Não havia dúvida sobre o que Ele queria dizer. Ele havia dito no versículo 21: “Pois, assim como o Pai levanta os mortos e lhes dá vida, assim também o Filho dá vida a quem Ele quer”. Quando Jesus ressuscitou Lázaro dentre os mortos, disse à irmã de Lázaro, Marta: “Eu sou a ressurreição e a vida” (João 11:25).

Compare essa declaração com 1 Samuel 2:6, que nos diz que “o Senhor [YHWH] é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz subir” (ARA).

• Jesus aceitou ser honrado e adorado

Jesus demonstrou Sua divindade desta outra maneira, dizendo: “Todos honrem o Filho, assim como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou” (João 5:23). Repetidamente, Jesus disse a Seus discípulos que cressem Nele do mesmo modo como creem em Deus. “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em Mim” (João 14:1).

Jesus recebeu adoração em muitas ocasiões e nunca proibiu isso. Um leproso O adorou (Mateus 8:2). Um governante O adorou ao apelar para Ele ressuscitar sua filha (Mateus 9:18). Quando Jesus acalmou a tempestade, aqueles que estavam no barco O adoraram como o Filho de Deus (Mateus 14:33).

Uma mulher cananeia também O adorou (Mateus 15:25). Quando Jesus encontrou as mulheres que vieram a Seu túmulo depois de Sua ressurreição, elas O adoraram e também Seus apóstolos (Mateus 28:9, 17). O endemoninhado gadareno “quando, de longe, viu Jesus, correu e O adorou” (Marcos 5:6, ARA). O cego, curado por Jesus, também O adorou (João 9:38).

O primeiro e o segundo mandamentos proíbem a adoração a qualquer um ou qualquer coisa que não seja Deus (Êxodo 20:2-5). Barnabé e Paulo ficaram muito incomodados quando o povo de Listra tentou adorá-los, após a cura de um homem aleijado (Atos 14:13-15). Em Apocalipse 22:8-9, quando João, o apóstolo, se prostrou para adorar o anjo, este se recusou a aceitar a adoração, dizendo: “Não faça isso! . . . Adore a Deus!” (Apocalipse 22:8-9, NVI).

No entanto, Jesus aceitou essa adoração e não repreendeu aqueles que se ajoelhavam diante dEle e O adoravam.

• A instrução de Jesus para orar em Seu nome

Jesus não apenas disse a Seus seguidores que cressem Nele como também disse que, quando oramos ao Pai, devemos orar em Seu nome. “E tudo quanto pedirdes em Meu nome, Eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho” (João 14:13). Jesus deixou claro que o acesso ao Pai só é possível através dEle, ao dizer que “ninguém vem ao Pai, senão por Mim” (versículo 6).

O apóstolo Paulo fez a seguinte declaração sobre Jesus: “Pelo que também Deus O exaltou soberanamente, e Lhe deu o nome que é sobre todo nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai” (Filipenses 2:9-11).

Paulo está nos dizendo que o próprio Deus Pai está defendendo o fato de que Jesus é Deus, exaltando Seu nome ao nível Daquele por meio do qual fazemos nossos pedidos e Aquele diante do qual nos inclinamos. Jesus também nos assegura que Ele mesmo responderá nossas orações (“. . . Eu o farei . . . ”, João 14:13).

Jesus revelou-se, de muitas maneiras, como o Deus do Antigo Testamento. Os judeus viram-No fazendo muitas coisas que só Deus poderia fazer. Eles ouviam-No dizer coisas sobre Si mesmo que só podiam ser aplicadas a Deus. Eles ficaram furiosos, respondendo com indignação, e acusaram-No de blasfêmia. Eles estavam tão enfurecidos com Suas afirmações que até queriam matá-lo ali mesmo.

• A relação especial de Jesus com Deus

Jesus sabia que Ele era único em Sua estreita relação com o Pai, e que também era o único que podia revelar o Pai. “Todas as coisas Me foram entregues por Meu Pai; e ninguém conhece plenamente o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece plenamente o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar” (Mateus 11:27).

O Dr. William Lane Craig, autor de muitos livros e artigos defendendo a crença cristã, disse que nesse versículo “Jesus afirmou ser o Filho de Deus de forma exclusiva e absoluta. Jesus diz aqui que sua relação de filho com Deus é única. Ele também afirma ser o único que pode revelar o Pai aos homens. Em outras palavras, Jesus afirma ser a revelação absoluta de Deus” (Reasonable Faith [Fé Racional], 1994, p.266).

• As pretensões de Cristo de manter o destino eterno das pessoas

Em várias ocasiões Jesus afirmou que Ele somente através dEle é que as pessoas poderiam alcançar a vida eterna. “Porquanto esta é a vontade de Meu Pai: Que todo aquele que vê o Filho e crê nEle, tenha a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia” (João 6:40, comparar versículos 47 e 54). Ele não diz apenas que as pessoas devem crer Nele, mas também que Ele é o Único que pode ressuscitá-las. Nenhum simples mortal pode desempenhar esse papel.

A conclusão é inevitável: Jesus deu a entender que Ele era divino assim como o Pai e tinha o direito de fazer coisas que só Deus podia fazer.

— Extraído de nosso guia de estudo bíblico gratuito “A Verdadeira História de Jesus Cristo”.