O Plano de Deus para o Oriente Médio

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O Plano de Deus para o Oriente Médio

Quando vi a manchete da recente notícia sobre um trágico ataque terrorista em Jerusalém, fiquei chocado e abatido. Uma menina de três anos de idade foi morta quando um terrorista árabe dirigiu seu carro rumo a uma multidão de pessoas numa estação de trem do metrô de Jerusalém.

Um crime sem sentido. Ainda mais absurdo foi o elogio dos líderes do Hamas a esse terrorista, que mais tarde foi baleado por soldados israelenses. O Hamas é o grupo islâmico radical dedicado a destruir o Estado judeu. E o ciclo de violência sem sentido ainda continua.

A menina tinha acabado de voltar com seus pais do Muro das Lamentações em Jerusalém, que a levaram pela primeira vez a esse local venerado—o resto do muro que sustenta a imensa plataforma onde ficavam os templos de Israel. Seu avô havia dito: "Eles a levaram diante do Monte do Templo e lhe disseram que aquele lugar é santo por ser o Monte do Templo . . . ".

Esta história nos traz à tona o cotidiano trágico e ininterrupto de muitas pessoas em todo o Oriente Médio. A divisão religiosa e étnica continua espalhando as sementes de uma amarga colheita que perturba a vida em ambos os lados do conflito.

Será que existe uma solução para o conflito nessa região—e de onde virá? Felizmente há uma resposta para esta pergunta. Ela está revelada na Bíblia, e essa solução é o estabelecimento do Reino de Deus aqui na Terra.

Aindo não é como é destinado a ser

Veja o que a Bíblia diz sobre o futuro de Jerusalém: "Assim diz o Senhor dos Exércitos: Ainda nas praças de Jerusalém habitarão velhos e velhas, levando cada um na mão o seu bordão, por causa da sua muita idade. E as ruas da cidade se encherão de meninos e meninas, que nelas brincarão" (Zacarias 8:4-5).

Esta é uma profecia que promete uma época em que jovens e idosos estarão caminhando e brincando em segurança nas ruas de Jerusalém. Mas ainda não chegamos lá. Porém, imagine esse tempo e compare-o com a atual situação dessa cidade.

Hoje, você pode ir a Jerusalém e ver uma cidade agitada, rica e vibrante com diversidade histórica e cultural e com diferentes povos vivendo lado a lado. Jerusalém é uma cidade internacional, chamada o centro do mundo.

Ali você pode andar com segurança nas ruas como eu fiz. No entanto, você sente uma contínua tensão sobre o fato de que algo poderia acontecer a qualquer momento. Soldados israelenses armados estão em toda parte e você também está ciente de que muitos cidadãos portam armas às escondidas. Jerusalém é a única cidade onde estive comprando um hambúrguer em uma lanchonete e exigiram que eu passasse por um detector de metais.

Jerusalém é uma cidade de contrastes. Ela é um lugar que detém a chave para a compreensão dos grandes problemas do Oriente Médio. Um desses problemas é o destino das populações árabes deslocados das guerras entre Israel e seus vizinhos.

As consequências de conflito anteriores

A criação do Estado de Israel, em 1948, pela ONU levou muitos Estados árabes da região a tentarem destruir a nova nação judaica. Quando, por fim, Israel ganhou a guerra, as pessoas fugiram com suas famílias para a Jordânia, Líbano e Síria, e por muitos anos passaram a viver em assentamentos temporários na esperança de um dia voltar à casa chamada Palestina. Mais tarde, aconteceu a mesma coisa, quando outras guerras fracassaram na tentativa de destruir Israel.

A questão irresoluta dos refugiados frequentemente é citada como um dos principais motivos por trás de ataques terroristas e do constante ressentimento e ódio. Apesar da criação da Autoridade Palestina e bilhões de dólares em ajuda a essa região, ainda ninguém encontrou uma solução definitiva para esta crítica questão humanitária.

Ninguém foi capaz de elaborar uma solução justa para o problema de décadas no cerne de grande parte da má vontade e conflito. O resultado é um impasse e um problema permanente impactando a vida cotidiana de homens, mulheres e crianças que andam pelas ruas de suas cidades, vilas e aldeias.

Deixe-me ilustrar isso com uma observação pessoal. Há alguns anos eu organizei um passeio de norte-americanos a Jerusalém. Nós contratamos uma empresa de turismo da Jordânia, que nos providenciou um guia árabe. Numa tarde em Jerusalém, o guia árabe jordaniano deixou o nosso grupo sozinho por algumas horas. Mais tarde, eu lhe perguntei onde estava e ele me disse que tinha ido visitar sua mãe idosa, na Cidade Velha de Jerusalém. Eles foram removidos das terras na Jordânia em um conflito anterior e sua mãe havia ficado em Jerusalém. Ele não podia voltar e ela não poderia ir até ele. Eles eram uma família dividida, separados pela política e pela guerra.

Esse problema já se arrasta por décadas. De onde virá a solução? Será que os diplomatas de outras nações serão capazes de conseguir um tratado que também possa resolver os problemas do passado? Será que vão ser capazes de garantir a segurança de todos?

Deus deseja resgatar todos

Aqui está o que diz a Palavra de Deus sobre essa solução: "Assim diz o Senhor: Voltarei para Sião e habitarei no meio de Jerusalém; e Jerusalém chamar-se-á a cidade de verdade . . . Eis que salvarei o meu povo da terra do Oriente e da terra do Ocidente; e trá-los-ei, e habitarão no meio de Jerusalém; e serão o meu povo, e eu serei o seu Deus em verdade e em justiça" (Zacarias 8:3, 7-8).

O plano de Deus para resolver os problemas do Oriente Médio começa e termina em Jerusalém. Hoje, o foco do conflito no Oriente Médio se espalhou ao Iraque, Irã, Síria e Egito. O foco de Deus está em um cenário muito maior. Seu interesse—Seu amor e compaixão—é dirigido a todos os habitantes do Oriente Médio, quer sejam judeus, cristãos ou muçulmanos, sunitas ou xiitas, ou qualquer religioso ou secularista.

Profundidade de desespero em toda a região

O caminho para a solução profética da Bíblia aponta que isso vai ser uma tarefa difícil. O mundo deve passar por um tempo de crescente dificuldade e perigos. Muitas outras profecias predizem eventos que terminarão numa época de conflito humano no Oriente Médio.

Houve outra cena nas ruas do Oriente Médio que ilustra a profundidade desse problema do governo humano e do Estado na região. Você deve se lembrar dessa notícia.

Tudo começou em 17 de dezembro de 2010, numa pequena e pobre aldeia tunisiana. Um vendedor ambulante chamado Mohamed Bouazizi desencadeou uma revolta, que pôs em movimento revoluções no Oriente Médio, que foi chamado de "Primavera Árabe".

Naquele dia, pouco antes do meio-dia, ocorreu uma discussão entre Mohamed Bouazizi, 26 anos, vendedor ambulante não autorizado, e Fayda Hamdi, agente municipal de 45 anos, que confiscou suas mercadorias. As primeiras manifestações tiveram início.

Ninguém prestou atenção aos seus pedidos de justiça. Duas horas mais tarde, o jovem ateou fogo em si mesmo em frente à prefeitura de Sidi Buzid e morreu. As chamas provocaram queimaduras de terceiro grau em seu corpo. Ele foi levado ao hospital, onde sobreviveu por algumas semanas e morreu. Mas este não é o fim da história.

Seus familiares, amigos e apoiadores tomaram as ruas em protesto contra a corrupção. As mídias sociais começaram a divulgar e a agitação se espalhou pela capital da Tunísia. Milhares de pessoas foram atraídas por esse drama e a cada dia ia crescendo as manifestações. Em um dia, as ruas se encheram com milhares de pessoas. Então, a chamada Revolução dos Jasmins foi a primeira a florescer.

Os manifestantes exigiam reformas econômica, social e política. O líder autocrático da Tunísia, o presidente Zine el-Abidine Ben Ali, primeiramente tentou ignorar a manifestação. Quando ela cresceu, ele enviou o exército para restaurar a ordem, o que levou a espancamentos e morte. Todo o esforço do presidente falhou. Centenas de milhares de pessoas exigiram sua renúncia. Quando o exército finalmente se voltou contra ele, Ben Ali só tinha uma opção: fugir do país. Em 14 de janeiro de 2011, ele e sua esposa fugiram para a Arábia Saudita.

A partir desse pequeno território árabe a chama da revolução se espalhou pelo Oriente Médio—logo os fundamentalistas islâmicos abraçaram a ideia. O próximo a cair seria o governo de Hosni Mubarak no Egito. A isso se seguiram motins em outros países árabes e até hoje essa chama arde na Síria.

A profundidade do desespero em todo o mundo árabe foi exposta por esses eventos. Nenhuma religião, governo ou ideologia na história moderna dessa região tratou adequadamente as necessidades econômicas, o descontentamento político, o fracasso social e a desesperança das pessoas.

A religião islâmica tem dificultado o progresso das pessoas sob sua influência. Ela tem gerado um terror que afeta as pessoas dentro e fora dessa região. Com o tempo, os eventos que começaram aqui vão desencadear movimentos maiores, que arrastarão as nações do mundo a um enorme conflito nessa região.

Uma esperançosa visão de convivência pacífica

Vamos voltar ao plano de Deus para o Oriente Médio. A Bíblia nos dá não apenas o cenário final da transformação dessa região quando Cristo retornar, mas também as chaves que poderiam melhorar a vida quotidiana das pessoas hoje em dia—caso os líderes apenas aceitasse o caminho de Deus.

Uma dessas chaves é o respeito mútuo. O árabe deve respeitar o judeu e judeu deve respeitar o árabe. Francamente, seria preciso deixar para trás os séculos de confusão religiosa, que envolve a maneira como o povo dessa região trata o assunto—toda tribo, raça e etnia—e considerar  como Deus vê isso.

Todos os seres humanos são feitos à imagem de Deus. Ele olha todos lá de cima não conforme as divisões artificiais de cultura e religião, mas como todos sendo de um só sangue—e, portanto, uma só família. O Deus de Abraão é o Deus de todas as nações, e Ele não faz acepção de pessoas. Todo ódio e preconceito devem ser removidos do coração. Deus vai fazer isso quando decidir trazer a reconciliação entre os povos.

O profeta de Deus Isaías nos deu uma profecia reveladora desse tempo vindouro de respeito mútuo na volta de Jesus, quando antigos inimigos vão cooperar e conviver entre si: "E o Senhor se dará a conhecer ao Egito, e os egípcios conhecerão ao Senhor, naquele dia . . . Naquele dia haverá estrada do Egito até à Assíria, e os assírios virão ao Egito, e os egípcios irão à Assíria; e os egípcios adorarão com os assírios ao Senhor. Naquele dia, Israel será o terceiro com os egípcios e os assírios, uma bênção no meio da terra. Porque o Senhor dos Exércitos os abençoará, dizendo: Bendito seja o Egito, meu povo, e a Assíria, obra de minhas mãos, e Israel, minha herança" (Isaías 19:21-25).

Deus vê o Egito, a Assíria e Israel como Seu povo. Todas estas nações devem olhar umas às outras com o mesmo respeito e amor que Deus demonstra. Deus planeja levar estas nações a um acordo que trará a paz em suas ruas. As crianças não terão mais medo de serem atropeladas por um motorista que usa seu carro como uma arma. Os vendedores ambulantes serão autorizados a fazer negócios sem as ameaças de governos corruptos.

Ainda hoje Israel é uma bênção

Vamos examinar novamente parte das passagens citadas acima. Ali diz que Israel será "uma bênção no meio da terra" (versículo 24). Devemos pensar sobre isso e olhar para a situação dessa região hoje. Aqui há outra chave para entender o plano de Deus para o Oriente Médio.

Quando Israel toma medidas bélicas extremas para proteger suas fronteiras e seu povo de ataques com foguetes dos inimigos em suas fronteiras norte e sul, ela é acusada pela opinião pública mundial de agressão e genocídio. E ainda assim, Deus diz que, no tempo vindouro, Israel será "uma bênção na terra".

Será que hoje o Estado de Israel pode ser considerado "uma bênção na terra" em todos os aspectos? Ela é a única nação do Oriente Médio que oferece as liberdades ocidentais das nações desenvolvidas. É um país fundado por refugiados da opressão política e da tentativa de genocídio. Sua cultura é a mais próxima da cultura judaico-cristã do Ocidente. Muitos dos valores político-cultural de Israel têm fomentado um ambiente de liberdade, de prosperidade econômica e de paz para seus cidadãos, tanto judeus como árabes.

É polêmico dizer isso. Mas tudo bem. Você preferia viver em Israel ou em um Estado regido pela sharia, como a Arábia Saudita?

Israel é um marco firmado no Oriente Médio pelo Deus de Abraão como um sinal e promessa de Sua inabalável fidelidade para todos os povos e nações que bendizem e honram o exemplo e a memória deste patriarca.

Deus disse a Abraão: "Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem" (Gênesis 12:3). Essa promessa ainda está vigente hoje. E é uma chave para entender o plano de Deus para o Oriente Médio. Se algum Estado árabe levar isso a sério, certamente iriam colher muitas bênçãos.

A paz de Deus chegará a Jerusalém

A existência do Estado judeu configura um evento profético anunciada por Jesus Cristo, que falou de uma "abominação da desolação" que ocorrerá "no lugar santo" em Jerusalém (Mateus 24:15). Seja qual for a forma desse evento final, ele só poderia ser realizado com a presença judaica, envolvendo sacrifícios religiosos em Jerusalém que serão interrompidos pouco antes do retorno de Cristo. Isso não era possível antes de 1948, quando foi estabelecida a Israel moderna.

Apesar de essa profecia prever um conflito final situado em Jerusalém, não devemos ignorar aqui o importante fato para a humanidade de que Deus está guiando a história segundo o Seu plano e divino propósito.

Então, o que isso significa para você? Talvez você esteja pensando que o Oriente Médio está longe e isso não afeta em nada a sua vida. Mas vai afetar. A instabilidade no Oriente Médio afeta a todos. Ela afeta as decisões mais importantes dos governos. Ela determina quem se alinha a quem. A disseminação da ideologia extremista está cruzando rapidamente as fronteiras do Oriente Médio para outras áreas. O plano de Deus para a paz no Oriente Médio (e todo o mundo) é espetacular, mas os tempos difíceis vão persistir e piorar antes que venha a paz definitiva.

Por isso é importantíssimo compreender a verdade sobre o futuro do Oriente Médio. Você pode ter paz de espírito agora. Você não precisa temer o que está por vir. Você não precisa temer o que pode vir a acontecer em seu bairro, seu país ou até mesmo em lugares distantes.

Para ter essa paz de espírito você precisa entender a misericórdia, a bondade e o amor de Deus. Para fazer isso, você deve compreender quem Ele é através do estudo da Bíblia. Você deve desenvolver um relacionamento aberto com Ele e seu Salvador, Jesus Cristo, arrependendo-se e fazendo as coisas do jeito dEle e voltar-se para Ele através da oração, do jejum e da obediência aos Seus mandamentos.

Deus tem um propósito na história, e esta atual era caótica não é o capítulo final. Todo conflito no Oriente Médio vai acabar depois da volta de Cristo e todas as nações vão ser obrigadas a viver em harmonia com as Suas leis. A paz virá para o povo daquela região. Mas ela virá pela intervenção de Deus e não pelos esforços de algum governo humano! BN