Plano de 20 Anos para um Califado Global

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Plano de 20 Anos para um Califado Global

Este plano foi revelado ao mundo em 2005 pelo jornalista jordaniano Fouad Hussein, em seu livro Al-Zarqawi: A Segunda Geração da Al-Qaeda. Ele passou um tempo na prisão com Abu Musab al-Zarqawi (que passou a chefiar a Al-Qaeda no Iraque antes de morrer em um bombardeio dos Estados Unidos) e entrevistou um grande número de membros da Al-Qaeda.

O plano foi questionado e menosprezado na época, mas o cronograma continuou seguindo em frente em vários aspectos, apesar dos contratempos para al-Qaeda e outros grupos islâmicos ao longo dos anos.

Aqui estão as etapas, conforme relatado em um artigo do Der Spiegel datado 12 de agosto de 2005 (Yassin Musharbash, “O Futuro do Terrorismo: O Que Realmente Deseja a Al-Qaeda”):

“Primeira Fase . . . ‘O despertar’ . . . supostamente durou entre o ano 2000 e 2003 ou mais precisamente a partir dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 . . . O objetivo desses ataques era levar os Estados Unidos a declarar guerra contra o mundo islâmico e, assim, ‘despertar’ os muçulmanos . . . e foi tido . . . como muito bem sucedido . . . Os norte-americanos e seus aliados se tornaram um alvo mais próximo e mais fácil”.

“Segunda Fase . . . 'Olhos Abertos' . . . de [2003] até 2006 [o período em que saiu este relatório] . . . [fazer o Ocidente] ter consciência da ‘comunidade islâmica’ . . . [e] recrutar jovens durante esse período. O Iraque [na época] vai se tornar o centro de todas as operações globais com um ‘exército’ ali estabelecido e bases colocadas em outros Estados árabes.”

“Terceira Fase . . . ‘Surgimento e Ascensão’ . . . de 2007-2010 [que ainda estava no futuro quando isto foi escrito]. ‘Haverá um foco na Síria’ . . . Os efetivos de batalha supostamente já estão preparados e alguns estão no Iraque. Ataques contra a Turquia e . . . Israel estão previstos . . . os países vizinhos ao Iraque, como a Jordânia, também estão em perigo.” (O foco na Síria é algo a ser observado, embora ela não tenha se tornado um grande ponto de encontro até a Primavera Árabe, mas veio a ser agora no fim desse período).

● “Quarta Fase . . . Entre 2010 e 2013 . . . a Al-Qaeda terá como objetivo provocar o colapso dos governos árabes detestáveis . . . ‘ . . . levando a um crescimento constante da força dentro da al-Qaeda . . . [E] ataques serão realizados contra fornecedores de petróleo e a economia dos Estados Unidos será um alvo usando o terrorismo cibernético.” (Vejam que os levantes da Primavera Árabe contra vários déspotas ocorreram em 2011-2012.)

“Quinta Fase . . . Este será o momento em que um Estado Islâmico, ou califado, poderá ser declarado. O plano é que durante este periodo, entre 2013 e 2016, a influência ocidental no mundo islâmico seja reduzida drasticamente e Israel enfraqueça tanto a ponto de ninguém temer sua resistência. A al-Qaeda espera que, em seguida, o Estado Islâmico seja capaz de trazer uma nova ordem mundial.” (Isto foi quando um califado foi declarado em 2014. A velha guarda da Al-Qaeda vê isto como prematuro, mas ainda tem uma janela de vários anos).

“Sexta Fase . . . De 2016 em diante, haverá um período de ‘confrontação total’. Assim que o califado for declarado o ‘exército islâmico’ . . . instigará a ‘luta entre os crentes e os não crentes’”.

“Sétima Fase . . . ‘Vitória definitiva’  . . . O resto do mundo será tão abatido por 'um bilhão e meio de muçulmanos’ que o califado, sem dúvida, será um sucesso. Esta fase deve ser cpmpletada por 2020, embora a guerra não venha a durar mais de dois anos”.

Ainda está para ver se a quinta e a sexta fases serão realizadas, mas a sétima não vai acontecer, pois a profecia bíblica deixa claro que o islamismo não vai dominar o mundo (embora não seja por falta de tentativas).

Em todo caso, os líderes ocidentais deveriam ter dado mais crédito ao que o jornalista jordaniano Fouad Hussein escreveu há quase uma década. Isso demonstra que os islamitas têm uma visão de longo prazo, pois entendem que levará décadas para atingir seus objetivos. Esse tipo de pensamento é estranho para os líderes ocidentais que, em sua miopia, subestimaram grosseiramente o que vem acontecendo nos últimos anos.