Será que o Irã vai influenciar novamente a próxima eleição nos Estados Unidos? O Irã pode ser novamente um fator importante na eleição nos Estados Unidos.

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Será que o Irã vai influenciar novamente a próxima eleição nos Estados Unidos? O Irã pode ser novamente um fator importante na eleição nos Estados Unidos.

Uma vez mais, o Irã poderá determinar o resultado da eleição presidencial nos Estados Unidos. Foi o que aconteceu em 1980. E poderá acontecer em 2012.

Antes de 1979, o Irã era um aliado dos Estados Unidos, usando seu poderio militar para cuidar dos interesses ocidentais no Golfo Pérsico. Então, no início de 1979, o Xá pró-ocidental do Irã foi derrubado e a monarquia iraniana foi substituída por um estado teocrático revolucionário sob o comando direto de aiatolás islâmicos.

No ápice da revolução, funcionários da embaixada norte-americana foram feitos reféns pelos revolucionários, violando todas as normas e acordos internacionais. Eles estiveram em cativeiro por 444 dias. Depois de tentativas fracassadas de negociar um acordo, militares norte-americanos tentaram um resgate em abril de 1980. A missão falhou — resultando na perda de oito vidas norte-americanas e dois aviões militares.

Esta empreitada militar e o fracasso nas negociações contribuíram, por um longo tempo, para a derrota do presidente Jimmy Carter na eleição de 1980.

Jimmy Carter era visto como impotente diante da intransigência iraniana, enquanto aquele que o derrotou, Ronald Reagan, era visto como alguém disposto a fazer o que fosse necessário para resolver a situação dos reféns, sem humilhar ainda mais o país. Não foi coincidência os iranianos terem libertado os reféns, minutos após Reagan ter feito o juramento como o novo presidente dos Estados Unidos.

Hoje, o atual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, é visto por alguns como impotente diante do Irã.

Enquanto os iranianos seguem na busca de possuir armas nucleares, e primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, segue alertando para a crescente ameaça do Irã contra Israel e o Ocidente, o presidente Barack Obama tem aumentado as sanções, mas, aparentemente, pouco tem sido feito para enfrentar o perigo de um Irã com armas nucleares.

Isto ou outros acontecimentos relativos ao Irã poderão impactar significativamente a próxima eleição, em novembro, nos Estados Unidos— e em todo o mundo.

O acesso ao petróleo e o preço dos combustíveis

Se o Irã atacar Israel ou algum alvo dos Estados Unidos no Oriente Médio nos próximos meses, isto poderia influenciar poderosamente a eleição norte-americana. O mesmo seria verdade se Israel atacar o Irã. Qualquer mal-estar contínuo poderia influenciar o resultado da eleição, já que a instabilidade aumenta o preço internacional do petróleo, aumenta-se o valor na bomba, e isto é uma questão importante na política norte-americana.

Os preços mais altos dos combustíveis sempre significam que tudo está subindo, especialmente os alimentos. (Ironicamente, nem gasolina, nem a alimentação estão incluídos nos números oficiais da inflação nos Estados Unidos, pois ambos são considerados sazonais.)

Por diversas vezes, o Irã tem ameaçado bloquear o Estreito de Ormuz, através do qual passa cerca de vinte por cento do petróleo mundial em petroleiros gigantes. E tudo isso poderia levar a uma ação militar, que causaria um vertiginoso aumento no valor dos seguros, provavelmente trazendo um impasse para o transporte nessa área. Claro, isso automaticamente elevaria ao máximo o preço do petróleo em todo o mundo, inevitavelmente contribuindo para um possível caos econômico e recessão mundial.

O jornal The New York Times relata: "O Irã e o Ocidente há anos têm estado em desacordo sobre seu programa nuclear. Mas esta disputa ganhou força desde novembro de 2011, com novas descobertas de inspetores internacionais, sanções mais duras por parte dos Estados Unidos e Europa, as ameaças do Irã para fechar o Estreito de Ormuz ao transporte de petróleo e por Israel [ter] sinalizado mais sobre sua prontidão para atacar as instalações nucleares iranianas" ("O Programa Nuclear do Irã", 8 de março de 2012).

E um artigo recente na revista Newsweek destacou o fato de que o Irã, que luta contra as sanções internacionais ao país, tem reagido impondo suas próprias sanções a seis países europeus. A Europa é mais dependente do petróleo iraniano do que os Estados Unidos, mas qualquer efeito negativo na Europa poderia causar um impacto nos Estados Unidos, já que o preço mundial do petróleo determina os preços da gasolina neste país.

Curiosamente, as sanções do Irã foram impostas à França e cinco países chamados PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha) — países que se encontram lutando para lidar com a crise financeira da zona do euro. O artigo, escrito pelo professor de história de Harvard e célebre autor Niall Ferguson, especulou que o objetivo do Irã é rebaixar esses países, o que teria um efeito dominó no mundo, derrubando assim o sistema econômico internacional:

"A dependência energética tem consequências geopolíticas — como reduzir sua influência em qualquer sentido com um exportador de petróleo. Se até mesmo o rumor de uma proibição de exportação iraniana poderia elevar o preço do barril de petróleo acima de 120 dólares, então quais seriam as consequências de um confronto em larga escala entre o Irã e Israel? Resposta: Significaria infligir muito mais miséria econômica na Europa, o que dá a Bruxelas um grande incentivo para evitar esse confronto" ("O Irã Usa a Dependência Europeia do Petróleo Como Chantagem Sobre as Armas Nucleares", 20 de fevereiro de 2012).

A abrangente influência do Irã

Enquanto o Ocidente está preocupado com o impacto que o programa nuclear do Irã poderia ter sobre os países ocidentais e Israel, as nações do Oriente Médio têm preocupações mais abrangentes, que remontam a treze séculos atrás.

Enquanto a maioria dos muçulmanos é do ramo sunita do islamismo, a maioria dos iranianos é do ramo xiita. A rivalidade entre esses ramos remonta ao século VII. Portanto, sendo os xiitas uma minoria, uma potência nuclear iraniana, por fim, pode dar-lhes a primazia sobre os sunitas majoritários.

Esta possibilidade está levando nações sunitas do Oriente Médio, como Arábia Saudita e Egito, a contemplarem a posse de armas nucleares para dissuadir um ataque iraniano. Em uma região extremamente instável, a existência de várias potências nucleares pode muito bem, em curto prazo, levar a uma guerra nuclear.

O Irã não está isolado entre as nações islâmicas. Os iranianos dominam uma gama de países que se estende do noroeste e ao leste do Irã. E agora inclui também o Iraque, que tem em sua população a maioria xiita — uma população até então mantida sob controle pelo seu falecido presidente Saddam Hussein, um árabe sunita nominal e irreligioso. O novo sistema democrático estabelecido por Estados Unidos e nações da coalizão resultou no domínio da maioria xiita. E eles naturalmente se identificam com os compatriotas xiitas iranianos.

Saddam Hussein também mantinha o Irã em cheque na região. Sua deposição e a longa guerra no Iraque trouxeram como resultado um Irã emergindo muito mais forte como uma potência regional — um dos piores possíveis resultados para o Ocidente.

O regime sitiado da Síria é dominado pelos alauítas, uma seita minoritária do islamismo xiita. Na crise atual, o Irã apoia naturalmente o status quo. Se o presidente Bashar al-Assad for derrubado, é provável que a maioria sunita do governo irá substituí-lo. Isso iria contra os interesses do Irã e romperia sua ligação com o Hezbollah, um grupo terrorista que este país patrocina no Líbano. O Irã também apoia e influencia o Hamas, um grupo terrorista que opera na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. O Hezbollah e o Hamas se opõem violentamente a Israel.

Por outro lado, a influência do Irã se estende pelo Afeganistão e Paquistão. De fato, em fevereiro, os líderes dos três países se reuniram. Como os dois últimos são teoricamente aliados dos Estados Unidos na guerra contra os radicais islâmicos, o encontro deve servir como um sério aviso para os Estados Unidos. A reunião teve pouca atenção dos meios de comunicação norte-americanos.

Além disso, a influência do Irã não está limitada ao Oriente Médio.

Por conseguinte, esta influência se estende à Venezuela e Cuba, países vizinhos dos Estados Unidos. Já houve até especulações de que o Irã tem a intenção de apontar os seus primeiros artefatos nucleares para a Costa Oeste dos Estados Unidos, lançando esses mísseis a partir de um desses dois países.

E o aumento do poder militar do Irã tem o apoio de dois antigos inimigos dos Estados Unidos — Rússia e China. Qualquer ação norte-americana contra o Irã pode resultar em um confronto com uma ou ambas as nações.

Com tudo isso em mente, seria surpreendente o Irã não ser o assunto número um na eleição norte-americana. Claro, ainda há algum tempo para que isso aconteça. Hoje a economia é o principal tema nos Estados Unidos, mas se o Irã afetar fortemente a economia norte-americana, isso pode vir a ter um grande impacto sobre a eleição. Se, por exemplo, o combustível subir para cinco dólares o galão (cerca de €0,95 ou R$2,30 por litro), o golpe psicológico pode influenciar muito na votação. Apesar de que €0,95 euros ou R$2,30 por litro seria um valor invejável para a maioria dos consumidores de todo o mundo.

Claro, a evidente incapacidade do presidente Barack Obama em lidar com o Irã, até agora, não seria a única maneira na qual o Irã poderia ser um fator determinante na eleição dos Estados Unidos. Porém, se ele decidir por uma ação militar contra o Irã pouco antes da eleição, como creem alguns, isto pode influenciar a eleição — muitos norte-americanos são cautelosos quanto a "trocar os cavalos durante a corrida", como diz o ditado. No entanto, ainda não há nenhuma evidência de tal estratégia da sua parte.

Um conflito vindo no Oriente Médio

Conforme detalhado em nosso livro gratuito O Oriente Médio na Profecia, a Bíblia prediz o conflito entre "o rei do Sul", que é hoje o mundo islâmico, e "o rei do Norte", um líder de um Império Romano revivido composto da união de nações centradas na Europa.

Daniel 11:40 profetiza: "No fim do tempo, o rei do sul lutará com ele; e o rei do norte virá como turbilhão contra ele, com carros e cavaleiros, e com muitos navios...". O “fim do tempo” está previsto para o período imediatamente anterior ao retorno de Cristo. O texto aqui, escrito em aramaico no sexto século antes de Cristo, implica uma grande força militar contra-atacando no território do rei do sul.

O Norte é retratado respondendo a uma ação do Sul. O rei do sul "atacará" o Norte ou, como o diz a Bíblia inglesa Versão do Rei James, “empurrará" o Norte.

O "empurrar" pode implicar algo diferente de um ataque militar direto sobre a Europa. Poderia ser ações terroristas. Também poderia ser uma ameaça econômica. O bloqueio do Estreito de Ormuz ou qualquer outra coisa que possa suprimir o fornecimento de petróleo ao Ocidente certamente estaria nesta categoria. A Europa é muito mais dependente de petróleo do Oriente Médio que os Estados Unidos. Além disso, é possível que a relutância norte-americana em tomar uma ação militar necessária poderia ser a principal causa da intervenção europeia.

Isto não se significa que o Irã seja identificado como o rei do sul — o poder do sul pode muito bem vir da maioria das nações árabes sunitas. No entanto, as ações iranianas podem ser um catalisador para tudo isso.

Continuando em Daniel 11, o profeta declara: "... e [o rei do Norte] entrará nas terras, e as inundará, e passará. E entrará também na terra gloriosa, e muitos países serão derribados" (versículos 40-41).

O contra-ataque do Norte leva a forças deste líder europeu a invadir e ocupar várias nações do Oriente Médio. A "Terra Gloriosa" é outro termo para a Terra Santa.

Quando lhe perguntaram: "Que sinal haverá quando isso estiver para acontecer?" (Lucas 21:7), Jesus disse aos discípulos: "Quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, sabei, então, que é chegada a sua desolação" (versículo 20).

Jerusalém está no coração da profecia bíblica. Tem sido bem documentado que a intenção do líder do Irã é destruir a nação de Israel, e vários outros líderes muçulmanos também noticiaram este desejo. A profecia bíblica mostra que Jerusalém estará no centro dos acontecimentos do fim dos tempos que levam ao retorno de Cristo.

Em uma profecia sobre este período de tempo, Deus disse estas palavras através do profeta Zacarias: "Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém" (Zacarias 14:2). "Eis que porei Jerusalém como um copo de tremor para todos os povos em redor e também para Judá, quando do cerco contra Jerusalém. E acontecerá, naquele dia, que farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos" (Zacarias 12:2-3).

A referência a "um copo de tremor" demonstra que as nações serão irracionais e imprevisíveis em seu desejo maníaco de destruir a nação judaica de Israel. Isto descreve com precisão a insanidade do regime iraniano — uma intenção que poucos no Ocidente apreciam totalmente.

Os líderes que buscam um conflito global

A natureza teocrática do Estado islâmico precisa ser mais bem compreendida pelas nações ocidentais.

A tendência ao ódio e à autodestruição desta liderança está ligada com a expectativa da volta do décimo segundo imã do islamismo xiita, que está destinado a liderar a fé muçulmana. Cerca de 85% dos muçulmanos Xiitassão crentes do Décimo Segundo. Eles esperam o iminente retorno do Décimo Segundo Imã do islamismo xiita, que desapareceu no século nono. Muitos acreditam que devem provocar problemas no mundo para apressar seu retorno. Os países ocidentais não estão lidando com um poder racional quando lidam com a atual liderança iraniana.

É interessante notar que os Xiitas do Décimo Segundo estão esperando a volta do décimo segundo imã, o Mahdi ou "Guiado", uma figura messiânica, ao mesmo tempo em que os cristãos conservadores estão esperando a segunda vinda do Messias, Jesus Cristo. Os Xiitas do Décimo Segundo acreditam que o Mahdi vai trabalhar com Jesus — a quem eles consideram ser um muçulmano que vai forçar os cristãos a se converter ao islamismo — para estabelecer uma sociedade universal justa e perfeita.

Isto tem que estar claro para todos: o Irã é uma nação determinada a um caminho intransigente e não pode ser tratado da mesma maneira que outras nações. Pode ser que Irã ataque ou não a Israel, ou a costa leste dos Estados Unidos, ou simplesmente continue sendo oportunista e criando problemas. Mas de qualquer maneira, é bem provável que haja um aumento na tensão, e é possível que Israel ou os Estados Unidos iniciem uma ação militar, em um tempo cada vez mais curto, antes que o Irã adquira capacidade nuclear.

Seja qual for o caso, o regime teocrático do Irã poderia transformar mais uma vez em um fator poderoso na eleição presidencial deste ano nos Estados Unidos.

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