As Ressurreições e o Julgamento Eterno

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Os ensinamentos sobre a ressurreição dos mortos e o julgamento eterno são duas doutrinas fundamentais do cristianismo que levam à perfeição e à vida eterna (Hebreus 6:1-2). Pois, se não houvesse ressurreição de mortos, Cristo não teria ressuscitado e nossa fé seria em vão (1 Coríntios 15:12-19). O ser humano é mortal, ou seja, não tem imortalidade inerente em si mesmo. Além disso, o homem é incapaz de prover vida eterna para si mesmo — portanto, é necessário haver uma ressurreição. Ademais, precisamos entender que Deus é o único Juiz que decide o destino eterno de uma pessoa.

A Bíblia deixa claro que não há consciência na morte (Eclesiastes 9:5, 10; Salmos 6:5). Diversas vezes, a Bíblia compara a morte com o sono (Jó 3:11-17; 14:10-12; Salmos 13:3; Isaías 57:1-2; Daniel 12:2; João 11:11-14; 1 Coríntios 11:30; 15:51; 1 Tessalonicenses 4:14). Nenhuma alma imortal consciente deixa o corpo no momento da morte, seja para habitar em êxtase no céu ou sofrer tormento sem fim no fogo do inferno. (Ver capítulo intitulado “A Humanidade”). Esses conceitos vêm da falsa religião pagã e do entendimento equivocado das Escrituras.

Em 1 Coríntios 15, vemos que a ressurreição é a esperança de toda a humanidade. A palavra ressurreição vem do termo grego anástasis, que significa “se levantar” ou “ficar de pé novamente”. Biblicamente, isso se refere à ressurreição dos mortos à vida. As Escrituras ensinam sobre a ressurreição de “todos os que estão nos sepulcros” (João 5:28), mas há uma ordem em que esses mortos serão ressuscitados (1 Coríntios 15:23-24). A Bíblia também revela que alguns serão ressuscitados para a vida eterna e outros serão condenados à morte eterna (Daniel 12:2-3; Apocalipse 20:13-15).

A ressurreição é possível porque Deus tem o poder de dar vida. Deus, Através do Verbo, Aquele se tornou Jesus Cristo, Deus deu vida ao primeiro homem, Adão. Jesus tem esse mesmo poder de dar vida novamente a um ser humano (João 5:21; 6:44, 54). Tanto o Pai como o Filho têm vida em si mesmo (João 5:26).

Esse poder inerente de Deus pode produzir ambos vida física como vida espiritual. Deus tem poder para ressuscitar uma pessoa da sepultura na forma física ou espiritual (1 Coríntios 15:35-38). E, de fato, Deus provou que tem o poder de ressuscitar para a vida física (João 11:43-44; Mateus 27:52-53) e para a vida espiritual (Mateus 28:6-7).

Ademais, a ressurreição é possível porque o próprio Cristo foi ressuscitado (1 Coríntios 15:20-22). A ressurreição dEle, como um Salvador vivente, tornou possível a salvação de todas as pessoas. Portanto, se não fosse pela ressurreição de Cristo, o ser humano estaria morto para sempre (Romanos 5:10; 1 Coríntios 15:26, 55).

O plano de Deus para a salvação da humanidade requer a ressurreição de todos aqueles que estão mortos (João 5:28). O apóstolo João se referiu a três ressurreições em Apocalipse 20 — uma para a vida eterna (versículos 4-6), outra para a vida física (versículos 11-12) e mais uma para a morte no lago de fogo (versículos 13-15). (Embora estes últimos versículos não mencionem diretamente uma ressurreição, será necessário ressuscitar, para serem lançados no lago de fogo, todos os pecadores incorrigíveis que rejeitaram a oferta de salvação de Deus). A seguir, vamos analisar cada uma dessas ressurreições.

A primeira ressurreição é descrita assim: “...e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos...Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com Ele mil anos” (Apocalipse 20:4-6).

Essa ressurreição ocorrerá na segunda vinda de Cristo, quando os mortos justos serão ressuscitados para a imortalidade (1 Coríntios 15:50-52; 1 Tessalonicenses 4:14-17). A “ressurreição da vida” de João 5:29 também é chamada de “uma melhor ressurreição” (Hebreus 11:35), porque diz respeito à imortalidade e ao governo de Cristo durante o milênio.

Então, Cristo “retribuirá a cada um conforme as suas obras” (Mateus 16:27, ARA). Embora a própria salvação seja um dom gratuito de Deus, que independe de obras, as obras de uma pessoa demonstram o quanto ela cresceu no caminho de vida de Deus e será um fator determinante a responsabilidade de cada pessoa no Reino de Deus (ver Mateus 25:14-30; Mateus 19:11-27).

A segunda ressurreição ocorrerá quando terminar os mil anos de reinado de Cristo e dos santos. “Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram” (Apocalipse 20:5).

Essa ressurreição, também conhecida como ressurreição geral ou Julgamento do Grande Trono Branco (ver versículo 11), é descrita mais detalhadamente no versículo 12: “E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros [os livros da Bíblia, agora abertos para entenderem]. E abriu-se outro livro, que é o da vida [que significa a oportunidade de ser incluídos com os salvos]. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras”. Esses seres humanos serão avaliados no decorrer do tempo — de acordo com a maneira como vivem o que vão aprendendo — e não são condenados imediatamente.

A passagem de João 5:29 chama isso de "ressurreição do juízo" (ARA) — não "de condenação", como traduzem algumas versões da Bíblia.

Como em todo julgamento há um juiz, aqui o juiz é Cristo: “E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo" (João 5:22). O motivo é porque Jesus experimentou a vida como um ser humano (versículo 27; Hebreus 4:15).

Essa é uma ressurreição de volta à vida física (ver Ezequiel 37:1-14). E incluirá a grande maioria das pessoas que já viveram — pessoas que nunca conheceram a Deus e Seu grande propósito para elas. Será um tempo emocionante em que bilhões de pessoas de todos os períodos da história voltarão à vida (Mateus 11:20-24; 12:41-42).

Embora essas pessoas tenham uma segunda vida física nessa ocasião, essa será sua primeira oportunidade de salvação e imortalidade gloriosa na família de Deus. Elas terão tempo suficiente para aprender e crescer no caminho de vida de Deus. Na verdade, o plano de Deus inclui a todos. Ele não quer que morramos, mas que todos venham ao arrependimento e à salvação (2 Pedro 3:9; 1 Timóteo 2:4). Contudo, alguns, mesmo com toda compreensão e oportunidade, ainda vão se recusar a obedecer.

A terceira ressurreição ocorrerá próximo da conclusão do plano de Deus para a humanidade. Essa será uma ressurreição à vida física de todos aqueles que viveram em eras passadas que, embora plenamente conscientes da verdade e do propósito de Deus, escolheram deliberadamente rejeitar Sua oferta de vida eterna.

Eles serão trazidos de volta para serem merecidamente punidos com a morte no lago de fogo, juntamente com aqueles que não se arrependerem no fim do segundo período da ressurreição. “E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo...que é a segunda morte” (Apocalipse 20:15; 21:8; ver também Hebreus 10:26-29; 2 Pedro 3:10-12).

Porém, esse não será um lugar de tormento em chamas eternas, mas um fogo que futuramente arderá na Terra apenas por um tempo. Como mencionado, nosso Deus amoroso dará a todos a oportunidade de ter a vida eterna, pois deseja que ninguém pereça. Mas, enfim, se as pessoas se recusarem a se arrepender, a punição é a segunda morte — uma destruição total por incineração, assim pondo fim a suas vidas e existência rapidamente e para sempre (Malaquias 4:1, 3; Mateus 10:28; 25:46).

Esse é um julgamento e um castigo eternos — não porque o tormento durará para sempre, mas porque os efeitos dessa punição serão permanentes. Aqueles que morrerem na segunda morte permanecerão para sempre mortos, sem possibilidade de uma ressurreição posterior.

Essas três ressurreições revelam a ordem do sublime plano de Deus para toda a humanidade. “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo” (Hebreus 9:27), isso exige uma ressurreição para todos os que já viveram.

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