Os Dez Mandamentos no Novo Testamento

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"Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados" (1 João 5:3, ACF). 

O maior capítulo da Bíblia é um prolongado louvor da Palavra e da lei de Deus. "Os que amam a tua lei desfrutam paz, e nada há que os faça tropeçar. Aguardo a tua salvação, Senhor, e pratico os teus mandamentos. Obedeço aos teus testemunhos; amo-os infinitamente!" (Salmo 119:165-167, NVI).

Se o mundo inteiro pudesse ver a lei de Deus por essa ótica! Mas, para nossa vergonha, os Dez Mandamentos foram rejeitados como padrão de comportamento humano em nossa sociedade. Até mesmo muitos dos que professam seguir a Cristo hoje os trata como irrelevantes, porque eles foram ensinados que a lei de Deus foi abolida com a morte de Cristo.

No entanto, a Palavra de Deus nos diz que Sua lei é "perfeita" e Suas ordenanças "são verdadeiras, são todas elas justas" (Salmos 19:7, 9, NVI). Assim, o autor entusiasta acima novamente afirmou: "Obedecerei constantemente à tua lei, para todo o sempre" (Salmo 119:44, NVI).

Tem alguma importância para nós obedecer ou não aos Dez Mandamentos?

Encontrando a resposta

Não seria maravilhoso se pudéssemos perguntar a Jesus Cristo, se ainda é necessário guardar os Dez Mandamentos, especialmente para receber a vida eterna?

Na verdade, isso não é tão difícil como pode parecer. Esta pergunta foi feita diretamente a Jesus e a Bíblia preservou Sua resposta para nós. "E eis que, aproximando-se dele um jovem, disse-lhe: Bom Mestre, que bem farei, para conseguir a vida eterna?" (Mateus 19:16). Qual foi a resposta de Jesus? Ele disse: "Se você quiser entrar na vida, guarda os mandamentos" (Mateus 19:17). Isso é tão claro como cristal. Jesus disse que Ele espera que qualquer um que deseje receber o dom da vida eterna guarde os mandamentos de Deus.

A pessoa, então, pediu para saber exatamente quais os mandamentos que Jesus se referia. Ele tinha os Dez Mandamentos em mente ou estava se referindo às inúmeras doutrinas extrabíblicas ensinadas por outros líderes religiosos?

Jesus não deu lugar a dúvidas. Quando perguntado quais, Jesus respondeu: "Não matarás", "Não cometerás adultério", "Não furtarás", "Não dirás falso testemunho", “Honra teu pai e tua mãe”, e "Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (versículos 18-19).

Ele recitou brevemente metade dos Dez Mandamentos. Ele então citou um outro mandamento, de Levítico 19:18, que resume a intenção dos mandamentos e confirma a validade do restante da lei. Ele estava claramente se referindo à lei de Deus, não às restrições acrescentadas por outros líderes religiosos (Mateus 15:1-3).

Muitas pessoas já ouviram falar que Jesus aboliu as leis do Antigo Testamento. Aqui, novamente Jesus nos dá a Sua própria resposta direta: "Não pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir. Digo-lhes a verdade: Enquanto existirem céus e terra, de forma alguma desaparecerá da Lei a menor letra ou o menor traço, até que tudo se cumpra. Todo aquele que desobedecer a um desses mandamentos, ainda que dos menores, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será chamado menor [por aqueles] no Reino dos céus; mas todo aquele que praticar e ensinar estes mandamentos será chamado grande [por aqueles] no Reino dos céus" (Mateus 5:17-19, NVI).

Mais uma vez, Jesus foi claro e diretamente ao ponto. A lei de Deus não foi abolida, e, segundo as palavras do próprio Jesus Cristo, quem ensina isso está contradizendo diretamente a Ele e está com sérios problemas espirituais.

Muitos supõem que não precisam guardar a lei de Deus porque Cristo "a cumpriu". Mas essas pessoas não compreendem basicamente as claras palavras de Cristo. A palavra traduzida como cumprir nesta passagem significa "tornar completo, preencher ao máximo" (O Dicionário Completo Expositivo de Vine das Palavras do Antigo e do Novo Testamento, "Cumprir"), e isso foi exatamente o que Jesus fez. Ele explicou a intenção espiritual por trás de tudo e guardou perfeitamente os Dez Mandamentos, preenchendo completamente o seu significado. Por exemplo, Ele ressaltou que a raiva injustificada equivale ao assassinato (versículos 21-22) e que a luxúria é adultério mental e emocional (versículos 27-28).

Jesus também deixou muito claro que, sem dúvida, Deus se agrada da pessoa que obedece Suas leis. Mas quem transgride os Seus mandamentos afasta-se rapidamente do favor de Deus.

Jesus espera de nós muito mais do que mero elogios aos Mandamentos. Ele exige que façamos como o Pai ordenou. Jesus disse: "Nem todo o que me diz: senhor, senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus" (Mateus 7:21). Jesus claramente ensinou a obediência à lei de Deus. Simplesmente não há desculpa para acreditar que Jesus veio abolir qualquer mandamentos de Deus.

Paulo ensinou a obediência à lei

Algumas pessoas usam seletivamente partes dos escritos do apóstolo Paulo para dizer que ele ensinava contra as leis de Deus. No entanto, Paulo faz uma das declarações mais poderosas e inequívocas em apoio da obediência à lei de Deus. Contrastando os méritos da circuncisão com os méritos dos mandamentos de Deus, Paulo diz: "A circuncisão é nada, e a incircuncisão nada é, mas, sim, a observância dos mandamentos de Deus" (1 Coríntios 7:19). O texto da Bíblia na Nova Versão Internacional é ainda mais enfático, dizendo, "o que importa é obedecer aos mandamentos de Deus"

Na introdução de sua carta à igreja em Roma, Paulo explicou que ele e os outros apóstolos tinham recebido "a graça e o apostolado, para a obediência da fé entre todas as gentes pelo seu nome" (Romanos 1:5). O que Paulo pessoalmente, se esforçava para obedecer? No contexto da descrição sobre a batalha que todos nós travamos contra as fraquezas da carne, Paulo disse: "Assim que eu mesmo, com o entendimento, sirvo à lei de Deus" (Romanos 7:25). A lei de Deus foi escrita na mente e no coração de Paulo assim também acontece conosco (Hebreus 10:16).

Paulo explicou claramente sua visão pessoal da lei de Deus: "Assim, a lei é santa; e o mandamento, santo, justo e bom" (Romanos 7:12). E "no íntimo do meu ser tenho prazer na Lei de Deus” (versículo 22, NVI). Ele a chama de uma lei "espiritual" (versículo 14). Paulo ensinou: "Porque não são os que ouvem a Lei que são justos aos olhos de Deus; mas os que obedecem à Lei, estes serão declarados justos" (Romanos 2:13, NVI). Estas são afirmações claras mostrando que Paulo defendia totalmente a lei de Deus.

Aqueles que se opunham a Paulo foram os primeiros a acusá-lo falsamente de transgredir a lei. Eles introduziram uma acusação que tem sido repetida através dos séculos. Em sua defesa, Paulo negou energicamente que, de algum modo, fosse um infrator. Em um de seus julgamentos "os judeus que haviam descido de Jerusalém, traziam contra Paulo muitas e graves acusações, que não podiam provar. Mas ele, em sua defesa, disse: Eu não pequei em coisa alguma contra a lei dos judeus, nem contra o templo, nem contra César" (Atos 25:7-8).

Em um cenário semelhante Paulo notadamente disse aos que o julgavam que ele continuava a usar as Escrituras do Antigo Testamento como a autoridade para suas crenças: "Mas confesso-te que, conforme aquele Caminho, a que chamam seita, assim sirvo ao Deus de nossos pais, crendo tudo quanto está escrito na Lei e nos Profetas" (Atos 24:14).

As acusações—de antes ou de agora—de que Paulo ensinava contra a lei de Deus são falaciosas. Até mesmo em sua pregação aos gentios, ele disse: "Não me atrevo a falar de nada, exceto daquilo que Cristo realizou por meu intermédio em palavra e em ação, a fim de levar os gentios a obedecerem a Deus" (Romanos 15:18, NVI). O próprio Paulo obedeceu aos mandamentos de Deus e os ensinou tanto a judeus como a gentios.

Pedro e João ensinaram a obediência

O apóstolo João define claramente o pecado, dizendo-nos que o "pecado é a transgressão da lei" (1 João 3:4, ARA). Como Paulo, João descreve os santos como "os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus" (Apocalipse 14:12). Ele também nos entrega esta séria advertência: "Aquele que diz: Eu conheço-o e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade" (1 João 2:4).

Pedro entrega um aviso semelhante: "Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado" (2 Pedro 2:20-21).

No capítulo final da Bíblia, Jesus Cristo através do apóstolo João (Apocalipse 1:1) nos lembra da suprema importância dos mandamentos de Deus para nossa vida eterna: "Bem-aventurados aqueles que guardam os Seus mandamentos, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas" (Apocalipse 22:14, ACF).

É importante acreditarmos no que Jesus e Seus apóstolos disseram sobre o ponto de vista deles acerca dos mandamentos de Deus. Uma vez que isso fique bem claro para nós, então o de homens não pode nos impedir de respeitar e obedecer, de coração, esses mandamentos.

Deus disse a Moisés: "Quem dera que eles tivessem tal coração que me temessem e guardassem todos os meus mandamentos todos os dias, para que bem lhes fosse a eles e a seus filhos, para sempre!" (Deuteronômio 5:29). E Jesus disse: "Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor" (João 15:10).

Lembre-se do conselho do primeiro Salmo: "Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, tem o seu prazer na lei do senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará" (Salmo 1:1-3).

A escolha é nossa

Cada pessoa deve escolher se obedece ao Deus vivo, que nos deu os Dez Mandamentos, ou não. Seus padrões podem ser as diretrizes para os nossos pensamentos, o critério para o nosso comportamento. Eles podem moldar nossas mentes e corações. Ou podemos ignorá-los e escolher outro caminho.

Ao tomar a nossa decisão, devemos nos lembrar das palavras de Jesus Cristo, "Se você quer entrar na vida, guarda os mandamentos" (Mateus 19:17). Deus adverte-nos a ponderar a nossa escolha em Deuteronômio 30:15-19: "Vês aqui, hoje te tenho proposto a vida e o bem, a morte e o mal; porquanto te ordeno, hoje, que ames o senhor, teu Deus, que andes nos seus caminhos e que guardes os seus mandamentos... te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua semente".