A Batalha contra Deus nos Estados Unidos e no Brasil
Recentemente, a cultura tradicional da sociedade recebeu uma má notícia. Pesquisas recentes mostram que cerca de cinquenta e cinco por cento dos norte-americanos agora dizem apoiar o casamento homossexual, este o maior número desde 1996, quando o Instituto Gallup começou a realizar esse tipo de pesquisa; na época sessenta e oito por cento eram contra. Os Estados Unidos estão seguindo abertamente o exemplo de muitas outras nações ocidentais, como o Canadá e o Reino Unido, onde esse tipo de casamento já é legal.
Nos últimos meses, os juízes revogaram as proibições sobre o casamento homossexual em 16 Estados. Os ativistas entraram com ações em todos os Estados que proíbem o casamento de pessoas de mesmo sexo, por isso, este número ainda vai crescer mais nos próximos meses; sem dúvida, isso em breve vai chegar a Suprema Corte dos Estados Unidos.
No início deste ano, “a Suprema Corte se manteve estreitamente dividida quantos às orações dos cristãos no início de cada sessão do conselho comunitário . . . declarando que estão de acordo com as antigas tradições nacionais embora o país tenha mais diversidade religiosa" (Associated Press, 06 de maio). Isso parece ser um positivo, mas essa decisão de quatro votos contra e cinco a favor poderia ser facilmente invertida—com a nomeação de mais juízes liberais, isso ainda pode ocorrer no futuro próximo.
É também uma mudança social no Brasil?
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão de controle externo das atividades do Poder Judiciário, obrigou todos os cartórios do país a cumprirem a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de maio de 2011, de realizar a união estável de casais do mesmo sexo. Além disso, obrigou a conversão da união em casamento e também a realização direta de casamento civil entre pessoas do mesmo sexo.
Não há uma legislação permitindo o casamento gay no Brasil. Hoje, os casais são amparados pela decisão do STF, que equiparou a união estável à dos casais heterossexuais, o que permitiria sacramentar uniões entre pessoas do mesmo sexo em cartório.
Na prática, muitos cartórios continuavam negando o pedido dos casais alegando ausência de lei, mesmo após o entendimento do STF. Por isso, alguns Tribunais de Justiça, a quem estão subordinados, começaram a obrigar os cartórios a realizar as uniões, por meio de provimentos (instruções administrativas).
Como os provimentos foram feitos somente em 12 estados e no DF, o CNJ decidiu fazer uma regra nacional. Agora, qualquer cartório é obrigado a realizar uniões estáveis, conversão de união em casamento civil e ainda o casamento civil, o que valerá a partir da publicação da resolução no Diário de Justiça.
Mudanças drásticas na sociedade
As coisas mudaram drasticamente desde que a Suprema Corte dos EEUU baniu estudos bíblicos e a oração nas escolas públicas no início de 1960 e declarou o aborto legal em 1973. E o mesmo está a acontecer no Brasil.
Ao longo das décadas recentes, a moral tem diminuído em todo o mundo. O comentarista Mychal Massie observa: “Eles removeram o ‘não matarás’ e ‘honra teu pai e tua mãe’ e substituíram por tiroteios nas escolas, aborto e favorecimento ao homossexual. Com Deus fora das instituições de ensino, o crime nas escolas tem aumentado setecentos por cento, mas tenho certeza que isso seja apenas uma coincidência” (“Deus, e Não o Crime, Barrado nas Escolas”, www.wnd.com, 04 de agosto de 2014).
No entanto, o declínio começou mais cedo, muitas vezes, atribuído aos terríveis efeitos colaterais das guerras mundiais do século vinte—onde milhões perderam suas vidas e a tentativa de genocídio levou a um incontável número de pessoas verem a vida como algo banal e como numa luta sem Deus se é possível fazer o que quiser.
Este ano marca o centésimo aniversário da Primeira Guerra Mundial. Na esteira desse conflito épico, os Estados Unidos, Canadá e Grã-Bretanha impuseram a “nova moralidade” ao que, na época, ficou conhecido como “Loucos Anos 20”. Mas não foi a guerra sozinha que levou as pessoas a abandonarem seus vínculos. Outros fatores também contribuíram para isso acontecer.
Desde o início da década do ano 1900, nações ocidentais assistiram a ascensão do progressismo, aonde os políticos tentavam conduzir gradualmente a sociedade ao sonho utópico do socialismo de um mundo sem Deus. E grande parte disso foi edificada, em 1800, sobre a teoria da evolução de Charles Darwin e as implicações sociais da minimização ou eliminação do papel de Deus como Criador e pelo fato de começarem a ver o homem apenas como um animal evoluído—a filosofia da insignificância, que permite a libertação da moralidade judaico-cristã.
Hoje, o mundo ocidental está colhendo o que semeou no ateísmo, no comunismo e na imoralidade desenfreada—com tendências e práticas abjetas nunca vistas nem mesmo nas sociedades pagãs libertinas dos tempos antigos. As nações do mundo estão torcendo seus narizes para Deus—inclusive o Brasil e Portugal. Quem pensaria que isso iria demonstrar tanta irreligiosidade como se vê hoje?
Contradizendo os valores tradicionais
Neste ano, em um novo livro intitulado América Sem Deus [God Less America] (um trocadilho da expressão “Deus Abençoe a América” [God Bless America]), o comentarista Todd Starnes da rádio Fox News compilou muitas histórias de notícias recentes que mostram o ataque aos valores tradicionais e a expulsão de Deus da vida pública nas nações hoje em dia. É uma leitura esclarecedora e, ao mesmo tempo, desanimadora.
Depois de mencionar o que lhe disse Rick Warren, famoso pastor evangélico, sobre que a liberdade religiosa iria se tornar o tema dos direitos civis de nossa geração, assim Starnes apresenta esse panorama inquietante:
“Imagine as implicações. Imagine o que o futuro pode estar reservando para as pessoas de fé. Pode ser que um dia um pastor evangélico seja preso por pregar contra o ódio? Será que pode acontecer que um dia a polícia ataque com cassetetes a jovens cristãos por cantarem hinos de louvores a Jesus? Seria possível que um dia os empresários cristãos tenham que fechar seus comércios por se recusarem a violar seus princípios de fé?
“Será que um dia vão impedir o acesso a programas de ciência e psicologia a estudantes universitários evangélicos que acreditam no criacionismo? Será que os capelães serão expulsos das forças armadas se orarem em nome de Jesus? Será que as organizações evangélicas vão ser rotuladas como grupos homofóbicos por defenderem o casamento tradicional?
“A tempestade perfeita está se formando. A Casa Branca está realizando um ataque irrestrito contra a liberdade religiosa. As escolas públicas estão doutrinando nossas crianças com o evangelho do secularismo. Hollywood está vomitando toxinas em nossas casas. A trilha sonora de nossas vidas é uma mistura bombástica de sexo, violência e imundície. A família está em ruínas. O que antes era errado agora é certo e o que era certo agora é errado” (p. 3).
Isso é alarmante, mas algumas dessas coisas já estão acontecendo. O fato terrível é que está sendo travada uma guerra contra o Deus Criador na esfera pública—e, em última instância, no campo do espírito e das mentes das pessoas. Devemos tomar cuidado com o que está acontecendo ao nosso redor—e em nossos, já afetados, pensamentos e crenças! Além disso, devemos estar entre aqueles “que suspiram e choram por todas as abominações” na sociedade que nos rodeia, buscando o livramento de Deus, quando chegar o Seu julgamento (comparar Ezequiel 9:4-10)—e chegará.
Uma hostilidade crescente contra a fé e a moral cristã
De acordo com uma pesquisa de 2012 do Fórum Pew de Religião e Vida Pública, a afiliação religiosa caiu drasticamente, sobretudo entre os jovens. Em 1972, sete por cento dos adultos não tinham nenhuma afiliação religiosa. A partir de 2012, o número quase triplicou, chegando a um quinto da população adulta—e trinta e dois por cento dos adultos com menos de trinta anos de idade (“O Avanço dos Irreligiosos”, www.pewforum.org, 09 de outubro de 2012).
A pesquisa desse instituto mostrou ainda que setenta e três por cento das pessoas sem afiliação religiosa apoiam o casamento homossexual e setenta e dois por cento delas apoiam o aborto legalizado.
Essas mudanças andam de mãos dadas com essa demanda crescente que visa derrubar a moralidade tradicional. O ex-governador do Arkansas e ex-candidato à presidência dos Estados Unidos Mike Huckabee escreveu na introdução do livro Starnes: “Nos últimos anos, grupos de interesses peculiares e militantes têm buscado como objetivo cooptar as nossas liberdades religiosas e forçar a indústria e o governo a irem além da tolerância de seus pontos de vista e exigir que sejam aceitos. E quem crer ao contrário é informado que deve calar a boca. Nós nos tornamos uma sociedade obcecada por tolerância e aceitação de todos—exceto Deus” (p. xi, grifo do autor).
Seiscentos exemplos de hostilidade do governo contra a religião
Um relatório conjunto de dois grupos pela liberdade religiosa, o Conselho de Pesquisa da Família e Instituto da Liberdade, documentou “mais de seiscentos exemplos recentes de hostilidade religiosa” (Starnes, p. 208). Alguns destes e outros são anotados em um artigo intitulado “Aumenta a Perseguição de Cristãos nos Estados Unidos” no site www.wnd.com (antigo WorldNetDaily) (Michael Carl, 17 de setembro de 2012). Aqui estão alguns exemplos, como listado no artigo:
“• Um juiz federal ameaçou de 'prisão' uma oradora do ensino médio se ela não retirasse as referências a Jesus de seu discurso de formatura.
“• Autoridades municipais proibiram os cidadãos idosos de orar nas refeições, ouvir mensagens religiosas ou cantar músicas gospel em atividades nos centros para terceira idade do munícipio.
“• Um funcionário de uma escola pública retirou um estudante da escola primária do assento em que estava e repreendeu-o na frente de seus colegas de classe por orar no almoço.
“• Seguindo regras do Departamento de Assuntos de Veteranos de Guerra dos Estados Unidos, um funcionário do governo federal, procurou censurar a oração de um pastor, suprimindo as referências a Jesus, durante uma celebração do Dia da Lembrança em honra aos veteranos em um cemitério . . .
“• O Departamento de Justiça dos Estados Unidos argumentou perante o Supremo Tribunal que o governo federal tem o direito de dizer às igrejas e sinagogas quais pastores e rabinos elas podem contratar ou demitir . . .
“• Através da Lei de Proteção e Cuidado ao Paciente, o governo federal está forçando as organizações religiosas a garantirem o controle de natalidade e o fornecimento de medicamentos indutores de aborto mesmo que isso contrarie suas crenças religiosas. [No momento, essa exigência da lei está suspensa por uma recente decisão da Suprema Corte].
“• O Departamento de Assuntos de Veteranos dos Estados Unidos proibiu a menção a Deus em funerais de veteranos de guerra, contrariando a vontade dos familiares do falecido.
“• Um juiz federal decidiu que as orações antes de uma sessão da Assembleia Legislativa poderiam ser dirigidas a Alá, mas não a Jesus.”
No mesmo artigo, o assessor jurídico do Centro Americano de Lei e Justiça, David French, cita um exemplo particularmente chocante—“houve tentativas de proibir qualquer menção a Deus em marcos históricos, monumentos ou até mesmo em peças de museu . . . Isto representa um empenho para ocultar Deus da história norte-americana e mudar a nossa identidade nacional”.
O governo contra os valores religiosos tradicionais
Alguns observadores têm citado exemplos de hostilidade aos valores religiosos tradicionais norte-americanos pela administração do presidente, Barack Obama. Em abril de 2009, ele indicou três diplomatas para o cargo de embaixador dos Estados Unidos no Vaticano, que eram pró-aborto—surpreendentemente, nenhum foi rejeitado (The Guardian, 14 de abril de 2009).
Em fevereiro de 2011, ele orientou o Departamento de Justiça a parar de defender a Lei em Defesa do Casamento (apesar de o casamento homossexual ainda não ser reconhecido pelo governo federal) em ações na justiça. E em julho de 2011, ele permitiu que os homossexuais se alistassem nas Forças Armadas, pondo fim a restrições que estavam em vigor desde a fundação da nação. A revista Newsweek o retratou em sua capa com um halo de arco-íris sobre a cabeça e o elogiou como "O Primeiro Presidente Gay" (21 de maio de 2012).
Nessa administração Obama, uma viúva de Minnesota, que vivia em um complexo de apartamentos financiado pelo governo, ouviu dos administradores “que ela não podia orar, ler a Bíblia ou discutir reservadamente assuntos de natureza religiosa na área comum do complexo” (Starnes, p. 10 ).
Em setembro de 2011, o Exército dos Estados Unidos emitiu novas diretrizes para o Hospital Walter Reed que dizia o seguinte: “Nenhum artigo religioso (ou seja, Bíblias, materiais de estudo bíblico, etc.) poderá ser recebido ou usado durante as visitas” (não obstante, essa política foi abolida depois de ter sido relatada à Câmara dos Deputados).
Além disso, “dois religiosos batistas disseram que foram forçados a sair de um programa de treinamento de capelães do Departamento de Assuntos de Veteranos depois de se recusarem a parar de citar a Bíblia e orar em nome de Jesus” (Starnes, p. 152).
No entanto, esses mesmos líderes do governo, que tentam suprimir Deus e a Bíblia, acolhem e financiam religiões alternativas. Em 2011, a Academia da Força Aérea dos Estados Unidos “investiu oitenta mil dólares em um centro de culto ao ar livre—um pequeno círculo estilo Stonehenge com fosso de pedras com fogo a propano—no alto de uma colina para os atuais ou futuros cadetes, cuja religião se encaixe na categoria de religiões baseadas na natureza. Dentre estes, estão inclusos os pagãos, os wiccanos, os druidas, as bruxas e os seguidores de religiões nativas dos norte-americanos” (“A Academia da Força Aérea dos Estados Unidos Se Adaptam aos Pagãos, Druidas, Bruxas e Wiccanos”, Los Angeles Times, 26 de novembro de 2011).
Essa tendência anticristã não se resume apenas aos Estados Unidos. “A disputa sobre se o governo pode exigir que as escolas católicas ensinem os rituais wiccanos e pagãos assim como ensinam os Dez Mandamentos e a ressurreição de Jesus está chegando ao supremo tribunal de justiça do Canadá” (Bob Unruh, “Ordenando aos Cristãos Ensinarem Sobre os Rituais Pagãos dos Wiccanos”, WND, 11 de março de 2014).
Os valores cristãos agora são coisa de lunáticos?
Realmente é muito triste e perturbador ver que muitos norte-americanos, que ainda têm valores cristãos tradicionais no país, estão sendo simplesmente marginalizados e relegados a um bando de lunáticos—por ativistas liberais, pelos principais meios de comunicação e agora pelos militares dos Estados Unidos:
“Numa correspondência interna, um grupo de oficiais do exército foi aconselhado a monitorar soldados que fazem parte de organizações consideradas anti-imigrantes, anti-gay e anti-muçulmanos. O e-mail foi enviado por um tenente-coronel do Forte Campbell, em Kentucky, para três dezenas de subordinados, alertando-os para ficarem atentos a qualquer soldado que possam ser membro de grupos de ódio.
“Entre os grupos listados pelo exército estão organizações conceituados, como o Conselho de Pesquisa Familiar, a Associação da Família Americana e a Federação Pela Reforma da Imigração nos Estados Unidos. O Exército colocou esses grupos ao lado dos verdadeiros grupos extremistas radicais, como os neonazistas, a Ku Klux Klan e outros grupos supremacistas” (Starnes, pp. 140-141).
Em abril de 2013, funcionários do Pentágono se reuniram com Mikey Weinstein, presidente da Fundação Liberdade Religiosa Militar, e outros de sua organização para discutir uma política, introduzida em 2012, chamada “A Cultura e as Normas da Força Aérea”, que exige “a neutralidade do governo em relação à religião”. O presidente do Conselho de Pesquisa Familiar, Tony Perkins, fez a pergunta óbvia: “Por que oficiais militares se reúnem com os ateus mais fanáticos dos Estados Unidos para discutir liberdade religiosa nas forças armadas?” (citado por Starnes, p. 150).
Weinstein disse que qualquer tropa dos Estados Unidos que demonstrar proselitismo “é culpada de sedição e traição e deve ser punida . . . ‘Nós gostaríamos de ver surgir centenas de processos para acabar com esse escândalo da perseguição religiosa fundamentalista’”. Ele comparou o ato de proselitismo ao estupro. “‘É uma versão espiritual do estupro, pois você está sendo estuprado espiritualmente por predadores fundamentalistas cristãos’, disse à Fox News” (Starnes, pp. 149-150).
Nosso lugar nessa guerra
“Em uma recente entrevista”, o editor-chefe do site wnd.com, Joseph Farah, informou que “o cardeal da igreja católica, Raymond Burke, o chefe da mais alta corte do Vaticano, falou a verdade quando disse que as políticas de Obama ‘têm se tornado progressivamente muito hostil à civilização cristã’” (“A Resposta à Guerra de Obama Contra o Cristianismo”, wnd.com, 27 de março de 2014).
Farah vai além e comenta: “Eu acredito que Obama e sua agenda política utilizam o aborto e a homossexualidade como aríetes contra a fé cristã. Segundo o que propõe esse governo sem limites, Deus é o verdadeiro inimigo porque Ele é o autor da liberdade. Ele é um inimigo porque ninguém deveria servir a um deus maior que o governo. Os homens vêm se colocando no lugar de Deus, decidindo o certo e o errado, desde o jardim do éden. Não há nada novo sob o sol. Isso sempre vai levar a um fim trágico—desastre, catástrofe, morte, destruição, miséria, desesperança”.
“Certamente Obama não pode levar toda a culpa por termos chegado a essa situação de impiedade. Os crentes são os maiores responsáveis. Eles têm permitido aconteça tudo isso. E ainda continuam a permitir. Eles têm o poder de conduzir a nação para outra direção—como também tinham os filhos da antiga Israel. Deus ainda se encontra acessível para nós hoje. Apenas é preciso que os crentes sigam a ordem dada por Deus em 2 Crônicas 7:14”.
Neste poderoso versículo, Deus nos assegura: “Se o Meu povo, que se chama pelo Meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, Eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra”.
Portanto, a resposta é, sem dúvida, o arrependimento coletivo—uma mudança drástica de pensamento e comportamento em todas as nações e voltarnmos-nos para nosso Criador e Suas leis. Mas isso não começa com todos de uma só vez. Todos nós estamos envolvidos nessa guerra contra Deus—portanto, cada um de nós deve arrepender-se pessoalmente.
Isto não significa uma nova guerra. Pois, isso se remonta à rebelião de Satanás contra Deus—quando ele levou um terço dos anjos consigo. E isso continuou no jardim do éden, quando Satanás, em forma de serpente, enganou e corrompeu os primeiros seres humanos—escravizando a preciosa criação divina e fazendo com que ela zombe de Deus.
Satanás tem feito a mesma coisa com a nossas nações, levando-nos às profundezas da depravação e atacando, de forma vil, a Deus e Seus caminhos.
Ademais, ele tem feito assim também com toda a humanidade. A confusão, a irracionalidade, os constantes conflitos e o lamaçal de imoralidade—tudo isso advém do engano e da influência do príncipe deste mundo, o deus deste século, Satanás, o diabo (João 12:31; 14:30; 2 Coríntios 4:4). Todos os seres humanos se encontram nos “laços do diabo, tendo sido feitos cativos por ele para cumprirem a sua vontade” (2 Timóteo 2:26, ARA).
Assim, grande parte da bizarra retórica política que ouvimos no mundo não é produto de uma mente sã, mas da manifestação de uma guerra espiritual—bramidos de demônios que lutam tanto entre si quanto contra Deus por meio de seus representan- tes inconscientes no cenário mundial.
Nós temos que entender que também não estamos imunes a isso. A Palavra de Deus diz a todos nós que “não há um justo, nem um sequer . . . todos se extraviaram” (Romanos 3:10, 12). E ainda afirma que “a mentalidade da carne é inimiga de Deus porque não se submete à Lei de Deus, nem pode fazê-lo” (Romanos 8:7, NVI).
Precisamos de uma nova mentalidade para nos ajudar a superar essa hostilidade que temos para com Ele, que está arraigada em nosso pensamento—mas, felizmente, Deus nos fornece a ajuda espiritual necessária quando nos arrependemos!
No entanto, Satanás tem se esforçado para usar até mesmo os crentes em sua guerra contra Deus. Ele não pode nos destruir de uma vez, por isso tenta nos corromper. E é vergonhoso para nós e, quando consegue isso, ele dá gargalhadas de alegria por sua capacidade de capturar a maior obra da criação divina e usá-la para zombar de Deus e Seus caminhos!
Certamente não vamos querer estar entre aqueles que, “conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem” (Romanos 1:32).
Mas se caímos, então a resposta continua sendo nos humilhar em arrependimento—buscar a ajuda e o perdão de Deus. Ele vai nos dar a capacidade de abandonar essas coisas erradas e passar a lutar de Seu lado —e ser “um bom soldado de Jesus Cristo” (2 Timóteo 2:3).
Esta não é uma batalha física, mas espiritual, aonde lutamos contra as forças espirituais malignas que estão ao nosso redor (Efésios 6:12)—e contra os pensamentos errados decorrentes de nossa própria natureza carnal: “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas; destruindo os conselhos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo” (2 Coríntios 10:4-5).
Numa guerra contra Deus, não resta dúvida quem realmente vai vencer. O Deus Todo-Poderoso vencerá. Porém, a questão é: Em que lado dessa guerra nós estaremos lutando? E será que vamos aguentar? BN