Devem os Cristãos celebrar o Carnaval?
A ideia do Carnaval é que as pessoas se abandonem em certos divertimentos e excessos por três dias “gordos”, dizendo “adeus à carne” antes do tempo de penitência e privação da Quaresma, que começa na Quarta-feira de cinzas. A origem do Carnaval precede o Cristianismo e vem duma tradição pagã de excessos e folia antes dum periodo de jejum. Existiam semelhanças carnavalescas com danças e cantarias à volta de fogueiras no Egito.
A Quaresma é um periodo de 40 dias, desde Quarta-feira de cinzas até o Domingo de Páscoa, observado pela igreja Católica e por algumas igrejas protestantes como uma época de abstenção e jejum. O próprio periodo de jejum da Quaresma, de acordo com historiadores, tem uma origem pagã que se encontra, inclusive, mencionada nas Escrituras no livro de Ezequiel relacionada ao período de choro e aflição pela morte do deus Tamuz (Ezequiel 18:4 “chorarem a morte do deus Tamuz,” versão Almeida Revista e Corrigida pelo artigo inteiro). Tamuz era um deus pagão associado à Morte e Renascimento da Natureza e o marido da deusa Ishtar (donde vem o nome Inglês “Easter”, que significa páscoa). Essa tradição também se espalhou pela Grécia e Roma entre os séculos VII a.C. e VI d.C.
A ideia de festejar com indulgências pecaminosas não demonstra que o pecado e as paixões carnais são realmente prejudiciais e que devem ser evitados, pois “combatem contra a alma” (1 Pedro 2:11) e são contrárias às instruções de Deus (Romanos 13:13-14). Mais ainda: celebrar o Carnaval não se coaduna com a crença de que o Caminho de Deus é justo e com nosso completo compromisso à “boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12:1-2).
Deus diz que devemos sempre viver uma vida santa e obedecer às Suas Leis porque “são para o nosso bem” (Deuteronómio 10:12-13). Ao contrário, Satanás é quem nos instiga a pensar que o caminho pecaminoso é prazeroso, alegre e cheio de gozo. Essa ideologia satânica tem tido muito sucesso neste mundo e angariado muitos seguidores (Apocalipse 12:9). “Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo” (1 João 2:16).
Portanto, nem o Carnaval, nem a Quaresma são mandamentos bíblicos; pelo contrário, são festas oriundas de costumes pagãos anteriores à Era Cristã. Deus já havia ordenado ao povo de Israel para que se desapegassem dos costumes e dos deusses das nações vizinhas.
“Quando o SENHOR, teu Deus, desarraigar de diante de ti as nações, aonde vais a possuí-las ... não perguntes acerca dos seus deuses, dizendo: Assim como serviram estas nações os seus deuses, do mesmo modo também farei eu. Assim não farás ao SENHOR, teu Deus, porque tudo o que é abominável ao SENHOR e que ele aborrece fizeram eles a seus deuses... Tudo o que eu te ordeno observarás; nada lhe acrescentarás nem diminuirás” (Deuteronómio 12:29-32).
O Novo Testamento também aborda este tema. O apóstolo Paulo falou acerca deste assunto, descrevendo se costumes e práticas doutras religiões podiam ser celebradas pelos Cristãos:
“Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.
“Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso. Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus” (2 Coríntios 6:14-7:1).
Assim, ao invés de dar nomes cristãos a alguns dos costumes pagãos, ou de permitir que os recém convertidos à Cristianidade continuassem a celebrar as suas práticas antigas, Paulo mandou que deixassem todas essas práticas de idolatria e de concupiscência carnal.
Portanto, as celebrações do Carnaval não têm nada a ver com os Dias Sagrados de Deus assim ordenados. Ao contrário, o Carnaval é parte do sistema deste mundo do qual devemos nos separar. Para mais informação acerca dos Dias Santos de Deus, leia o nosso livro gratuito “O Plano dos Dias Santos de Deus.”