Você Está Pronto Para Mudar?
Você está realmente feliz com o seu jeito? Com a maneira como se vê? Ou com o modo como sente e pensa? Você está satisfeito com seus relacionamentos ou você gostaria que fossem melhores? Você gostaria de mudar alguma coisa em sua vida? A maioria de nós iria responder: “Sim”.
Há um mar de conselhos em livros, em revistas, na internet e em seminários que reivindicam uma panaceia de coisas que promete nos ajudar a perder peso, a melhorar nossos relacionamentos, sermos curados de doenças, a vencer o pecado e tudo o mais que não gostamos em nós. No último ano, nos Estados Unidos, foram vendidos onze bilhões de dólares em livros de autoajuda.
Deus nos criou com autoconsciência e capacidade inerente para mudanças. Diferente dos animais, que são movidos pelo instinto, sem o desejo de ser algo diferente do que são. Somente os seres humanos é que têm a capacidade de mudar sua vida.
Mudar não é fácil. Muitos não vão mudar, mesmo sabendo que iriam sentir-se melhores. E para aqueles que se esforçam para mudar, muitas vezes, a mudança se dá por lapsos de força de vontade e técnicas de mudança de hábito, que, quase sempre, são de curta duração. Por exemplo, mais de noventa por cento das pessoas que perdem bastante peso vão voltar a engordar de novo, para seu desespero.
Nosso Criador nos proveu da capacidade de mudança e nos oferece uma grandíssima ajuda para nos guiar a um nível superior de existência. Isto ocorre por meio da “conversão”, um sinônimo para mudança, para um novo modo de vida. E isso é muito mais do que apenas superar maus hábitos e sentir-se bem consigo mesmo.
Primeira passo para mudar—dar meia-volta
Desde o momento que Deus nos criou, Sua intenção era nos levar de onde estamos para um nível mais elevado de comportamento que, quando mudamos nossas atitudes e conduta, é apenas o começo de uma existência eterna e de um relacionamento com Ele. Ele nos oferece ajuda através do poder de Seu Espírito Santo para vencermos, outro sinônimo para mudança. Finalmente, a grandiosa mudança será quando Deus nos conceder a mudança dessa existência temporária para uma existência eterna. Na verdade, esta é a boa notícia que Jesus Cristo pregou.
Jesus começou o Seu ministério com esta principal declaração: “O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho” (Marcos 1:15, grifo do autor). O arrependimento, outro sinônimo de mudança, foi mencionado antes da crença e da fé. Então, primeiramente Cristo chama para a mudança—voltar-se completamente de ir contra Deus e passar a segui-Lo.
O mesmo aconteceu no dia em que se iniciou a Igreja do Novo Testamento—no dia de Pentecostes, em Jerusalém, depois que Cristo ascendeu ao céu.
Após o convincente sermão do apóstolo Pedro naquele dia a respeito da vida, missão, morte e ressurreição de Jesus, muitas pessoas, no meio da multidão, “compungiram-se em seu coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, varões irmãos?”.
“E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo” (Atos 2:37-38).
A primeira instrução da Igreja do Novo Testamento foi uma chamada à mudança, que conduzia ao batismo e a um novo modo de vida. Pouco tempo depois, Pedro também proclamou: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados” (Atos 3:19).
Metamorfose—uma transformação nesta vida e depois
A chamada aqui é para uma incrível e profunda transformação. Na verdade, mais tarde o apóstolo Paulo escreveu para os membros da Igreja em Roma: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente” (Romanos 12:2, NVI). A palavra original grega usada aqui é metamorphoo, da qual se deriva “metamorfose”. Isso significa mudar para outra forma. Um exemplo claro da magnitude desse tipo de mudança é a transformação de uma crisálida em uma borboleta adulta.
A mesma palavra sucede na descrição de uma das visões mais espetaculares da Bíblia, a transfiguração de Jesus Cristo, onde Ele apareceu como um Ser de luz ofuscante: “Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, seu irmão, e os conduziu em particular a um alto monte. E transfigurou-se [metamorfoseou] diante deles; e o Seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz” (Mateus 17:1-2; ver versículo 9).
A mesma palavra grega também é usada em 2 Coríntios 3:18: “Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos transformados [metamorfoseados] de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor”.
Aquele que obedece é verdadeiramente um “convertido”, uma pessoa transformada. Esta é a conversão. Isso acontece quando nos convencemos da necessidade de abandonar o nosso antigo modo de vida e nos enchemos de pensamentos e desejos da própria mente de Deus. Isso ocorre quando queremos mudar profundamente.
Esta transformação não é um fim em si mesmo para nossa existência humana, mas continua no futuro. A transformação final virá quando recebermos a grande dadiva da imortalidade.
Nossa esperança é a mesma de Jó, que pediu algo muito importante e, em seguida, ele mesmo respondeu: “Morrendo o homem, porventura tornará a viver? Todos os dias de meu combate esperaria, até que viesse a minha mudança” (Jó 14:14, ACF).
Sua declaração é corroborada pelas palavras de Paulo em 1 Coríntios 15:51-52: “Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados”.
Isto não é uma extensão da palavra “mudança”. Toda a história diz respeito a um processo de mudança, que começa com um chamado para mudar através do arrependimento e culmina numa transformação completa de nosso ser na ressurreição. Sem dúvida, esta é uma boa nova.
Observâncias anuais que ensinam o processo de transformação
Deus revela uma série de festividades que não foram ordenadas somente para Israel, mas para toda a humanidade, uma vez que dizem respeito a todas as pessoas (para uma lista completa, ver Levítico 23). A Igreja do Novo Testamento continuou a observá-las até hoje. Nelas se encontra uma mensagem sistemática do processo de metamorfose do homem para atingir o potencial que está destinado a alcançar. (Para saber mais, leia nosso livro gratuito O Plano dos Dias Santos de Deus: A Promessa de Esperança Para Toda a Humanidade).
Agora, no início da primavera no hemisfério norte, é época de observar os dois primeiros festivais anuais que nos ensinam sobre o processo de transformação —a Páscoa e a Festa dos Pães Asmos.
O ponto de partida é a reconciliação com Deus através de Jesus Cristo, como nossa Páscoa (ver 1 Coríntios 5:7). Não podemos começar a nossa jornada espiritual até reafirmar este evento anualmente.
Em seguida, os Dias dos Pães Asmos. Durante sete dias afastamos o pão levedado de nossas casas e comemos pão ázimo—o fermento, que faz o pão crescer durante seu processo de preparo, seja fermento em pó ou bicarbonato de sódio, serve como símbolo do pecado durante esses dias.
A lição disso é ministrada por Paulo aos gentios da congregação de Corinto em meados dos anos 50 d.C.: “Pelo que façamos festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os asmos da sinceridade e da verdade” (1 Coríntios 5:8). O ato de comer o pão sem fermento representa a mudança de nossa natureza para ser como a de Jesus Cristo.
Se você se entregar a Deus e a Seu caminho de vida, Ele fará muitas coisas maravilhosas em sua vida. A transformação produz um novo homem ou uma nova mulher com um caráter constante e íntegro. No fundo você sempre quis isso, então se você responder ao chamado de Deus realmente você vai mudar para aquilo que foi criado. A transformação traz consigo uma nova proximidade de Deus e os benefícios de uma vida espiritual e física perene.
E tudo isso começa com o arrependimento. Você está pronto para mudar? BN