Você pode acreditar na Bíblia?

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Você pode acreditar na Bíblia?

Uma batalha crucial está acontecendo na Cultura Ocidental – uma batalha a respeito de Deus e a Bíblia. Para reduzir este conflito à sua essência,  muitas pessoas não gostam da idéia de haver alguém a dizer-lhes o que fazer, então eles rejeitam a idéia de um Deus que tem algo a dizer sobre o modo como eles devem viver.

Alguns evolucionistas famosos admitiram abertamente o mesmo. O bem conhecido escritor e proponente da evolução Aldous Huxley, por exemplo, escreveu: “Eu tive motivos para não querer que o mundo tivesse um significado; conseqüentemente assumi que não tinha nenhum, e estava apto, sem qualquer dificuldade, a encontrar razões satisfatórias para este posicionamento. . .

“Aqueles que admitem não haver nenhum significado no mundo, geralmente o fazem porque, por uma razão ou outra, isto serve ao seu propósito de que o mundo devesse ser sem significado” (Ends and Means,1938, p. 270).

“Para mim, como, sem dúvida, para a maioria dos meus contemporâneos, a filosofia da não-significância era essencialmente um instrumento de liberação. A liberação que nós desejávamos era . . . liberação de um certo sistema de moralidade. Nós recusávamos (objetávamos) a moralidade porque ela interferia em nossa liberdade sexual . . . “ (ibid.. p. 273).

Julian Huxley, irmão de Aldous Huxley e também um dos principais proponentes da evolução, escreveu posteriormente: “O sentido do alívio espiritual que vem da rejeição da idéia de Deus como um ser super-homem é enorme” (Essays of a Humanist, 1964, p. 219).(Ensaios de um Humanista, 1964, p.219).

Naturalmente, aqueles que rejeitam a idéia de Deus, também têm de rejeitar a idéia de que a Bíblia é verdadeira e de que ela pudesse ser Sua Palavra inspirada. Não é sem coincidência que a Bíblia tem sido essencialmente banida das salas de aula dos Estados Unidos.

O que as evidências revelam?

Mas o que os fatos demonstram? Podemos acreditar na Bíblia? O que as evidências - os fatos históricos cavados da sujeira do Oriente Médio – revelam? Para aqueles que desejam examiná-las objetivamente, as evidências são bastante claras de que a Bíblia é precisa e verdadeira.

Os livros da Bíblia têm existido durante milênios - o mais recente cerca de 1.900 anos e o mais antigo cerca de 3.500. Registrando eventos ao longo do tempo, eles mencionam muitos detalhes específicos - pessoas, lugares, cidades, vilarejos, costumes e acontecimentos. Quando a Bíblia começou a ser traduzida para as línguas mais modernas nos séculos recentes, virtualmente nenhuma evidência externa havia sido encontrada para apoiar a história bíblica.

Sim, os historiadores sabiam dos impérios da Grécia e de Roma e de seus governantes como mencionado na Bíblia, mas pouco além disso era conhecido. Até tão tardiamente quanto o século XIX, quando o criticismo e o descrédito na Bíblia começou a propagar-se, era fácil rejeitar a Bíblia porque poucas evidências de apoio tinham sido encontradas [até então].

Mas com o surgimento da ciência da arqueologia, isso logo mudou. Enquanto estudiosos e arqueólogos exploravam e escavavam sítios antigos, eles começaram a descobrir evidências abundantes que apoiava a exatidão [veracidade] da Bíblia.

Desde então impérios inteiros que eram desconhecidos fora da Bíblia foram trazidos à luz. Inscrições ou outros artefatos mencionando pessoas específicas na Bíblia, variando de reis a oficiais da corte e a pessoas comuns, foram descobertas.

Cidades e fortalezas mencionadas na Escritura surgiram do pó. Muitos acontecimentos registrados na Bíblia, e até detalhes menores tais como costumes mencionados de passagem, foram confirmados por descobertas independentes. Até mesmo edificações e estruturas mencionadas na Escritura foram identificadas!

No fim de 2006 eu tive o privilégio de visitar um dos maiores museus históricos do mundo, o Museu Arqueológico de Istambul. Desde o século XVI [séc. 16] até o final da 1ª. Guerra Mundial, o Império Otomano governou a maior parte do Oriente Médio da sua capital na atual Turquia. Durante todo este período muitas peças arqueológicas valiosas foram trazidas de locais longínqüos do império para os governantes otomanos em Istambul. No final mais de um milhão de artefatos foram recolhidos [acumulados] no museu.

Diversos itens em exibição confirmam pessoas, costumes e acontecimentos mencionados na Bíblia. Embora não tenhamos espaço para cobrir [comentar] todos eles, nós comentaremos alguns dos mais notáveis.

Os hititas realmente existiram?

Durante séculos as únicas referências aos hititas eram as encontradas na Bíblia. Por causa disso, alguns críticos da Bíblia presumiram que eles foram simplesmente inventados, somente um [mais um] dos muitos mitos na Bíblia. Afinal de contas, raciocinavam eles, como poderia um povo e uma cultura inteira ter existido e não haverem deixado para trás nenhuma prova física?

Os hititas são mencionados em conexão com o patriarca Abraão em Gênesis 23 onde ele comprou uma caverna de Efrom, o hitita para usar como lugar de sepultamento para sua amada esposa Sara. (Abraão mesmo seria sepultado ali mais tarde.)

Posteriormente o neto de Abraão Esaú casou-se com duas mulheres hititas (Gênesis 26:34}, e ainda mais tarde os hititas estavam entre os povos que Deus prometeu retirar dali de modo que os israelitas pudessem herdar a Terra prometida (Êxodo 23:28; 33:2; 34:11). O rei Salomão mais tarde casou-se com mulheres hititas (1 Reis 11:1), provavelmente como parte de alianças políticas com os governantes hititas. Os hititas eram ainda um poder influente ao tempo de Eliseu cerca de 840 AC. (veja 2 Reis 7:6). Mas eles realmente existiram?

Quando as terras do Oriente Médio foram exploradas tempos depois, no lugar que hoje é a Turquia central e onde o império hitita estava centrado, os arqueólogos encontraram prova abundante da existência dos hititas. Suas descobertas são compatíveis com as menções dos hititas na Bíblia.

O império deles existiu durante séculos ao lado de outros povos mencionados nas Escrituras - às vezes prosperando e em outras vezes declinando - ao lado de outros reinos e impérios tais como a Síria, Egito e Assíria antes de diminuir e eventualmente desaparecer não muito tempo após sua última citação na Bíblia.

Astarote (Astarte), deusa da fertilidade

Um grande pecado mencionado freqüentemente no Antigo Testamento era a idolatria e a adoração de deuses estranhos. Deus repetidamente condenava o culto de Baal e Astarote, as primeiras deidades masculina e femenina dos canaanitas e outros povos circunvizinhos.

Baal e Astarote eram os primeiros deus e deusa da fertilidade. Como tal, o seu culto envolvia típicamente sexo ritual com um sacerdote ou sacerdotisa, para os quais uma oferta era dada. Isto essencialmente importava em sexo por pagamento, razão pela qual a Bíblia freqüentemente iguala o culto desses deuses e deusas à prostituição.

O nome comum da deusa na Babilônia e Mesopotâmia era Ishtar, que sobrevive hoje no nome do feriado Páscoaem inglês (Easter). O nome dela entre as nações ao redor de Israel era Astarte, mas os escritores bíblicos aparentemente distorceram deliberadamente o nome para Astarote para fazê-lo soar como à palavra “vergonha” (em hebreu) - como de fato o modo em que ela era cultuada, envolvendo sexo com seus sacerdotes e sacerdotisas, era degradante e vergonhoso.

Pequenos figurinos desta e de outras deusas da fertilidade são comumente encontrados em Israel e nos países circundantes, clara evidência da popularidade de tal culto. O culto desta deusa é mencionado desde logo após a morte de Josué em Juízes 2:13 (cerca de 1210 AC) até o reino do Rei Josias em 2 Reis 23:13 (cerca de 640 AC).

Assíria devasta o reino de Israel

Como resultado dos pecados de idolatria e rejeição das leis de Deus durante vários séculos, e a absoluta recusa de arrepender-se, Deus avisou os israelitas que uma vez que eles se recusaram a servi-Lo em sua própria terra, eles serviriam a outros deuses em terras estranhas. Ele começou a puni-los através do Império Assírio, uma nova superpotência emergente no que é hoje o país do Iraque.

A Bíblia registra uma completa série de reis assírios que fizeram guerra a Israel, e os arqueólogos encontraram abundante prova testificando a existência destes mesmos reis. Suas cidades principais, palácios, arquivos e, em alguns casos, até mesmo seus retratos e estátuas. A maior parte deste material está nos grandes museus da Europa, mas a evidência destes reis está exibida também mo Museu de Arqueologia de Istambul.

Tiglate-Pileser III

Nós encontramos os nomes dos primeiros dois reis assírios mencionados na Bíblia inscritos em uma pedra estela comemorando as realizações de um alto oficial assírio chamado Bel-harran-beli-usur. Ele serviu na corte real de Tiglate-Pileser III (745-727 AC) e Salmaneser V (727-722 AC). A inscrição descreve como ele serviu na corte destes dois reis assírios e fundou uma cidade que ele nomeou com o seu próprio nome.

Este mesmo Tiglate-Pileser é citado por uma forma abreviada de seu nome, Pul, em 2 Reis 15:19-20, a qual declara que ele recebeu dinheiro de tributo do rei israelita Menaem (cerca de 743 AC). Exigir tributos era uma prática comum àquela época. Isto importava em extorsão numa escala nacional uma vez que os Assírios invadiriam e saqueariam a terra, destruindo suas cidades e escravizando seus habitantes, se os israelitas não pagassem este dinheiro de proteção.

Por volta de 734 AC, conforme registrado no verso 29, o rei israelita Peca rebelou-se contra Tiglate-Pileser, que invadiu Israel e levou milhares de seu povo cativo para outros territórios longínqüos. Ao mesmo tempo Acaz, rei de Judá, despojou o templo de seu ouro e prata e esvaziou o tesouro nacional para conseguir [aliciar] a ajuda do rei assírio na luta contra Peca e o rei da Síria (2 Reis 16:5-9). Síria, como Israel, estava devastada pela invasão assíria.

Shalmaneser V

Tiglate-Pileser morreu em 727 AC. E foi sucedido por Salmaneser V. Recolhendo a história em 2 Reis 17:3, aprendemos que Salmaneser marchou contra o rei israelita Oséias, que lhe pagou o tributo. Alguns anos mais tarde Salmaneser retornou e sitiou a capital de Israel, Samaria, durante três anos antes de sua queda em 722 AC, então exilou os remanescentes israelitas para outros territórios controlados pelos assírios (versos 5-6).

Isto marcou o fim do reino de Israel; o seu povo exilado perderia então sua identidade e ficou conhecido na história como “as 10 tribos perdidas”.

Sargom II

O próximo monarca assírio mencionado na Escritura é o sucessor de Salmaneser, Sargom II (722-705 AC), que tinha sido o comandante de campo na conquista de Samaria. Sargom está mencionado em Isaías 20:1, que se refere a ele enviando um de seus generais em 712 AC para capturar a cidade filistina de Asdode na costa Mediterrânea a oeste de Jerusalém.

Sargom, enquanto marchava contra outros reinos ao redor de Judá, não atacou a própria Judá - aparentemente honrando a aliança que o rei judeu Acaz havia forjado [firmado] com Tiglate-Pileser alguns anos antes.

Senaqueribe

Após Sargom morrer em 705 AC, Senaqueribe (705-682 AC) seguiu-o no trono. Senaqueribe é mencionado prominentemente na Escritura, principalmente por sua invasão do reino de Judá em 701 AC durante o reinado de Ezequias. A Bíblia registra esta invasão em 2 Reis 18:13- 19:37, 2 Crônicas 32:1-22 e Isaías 36-37.

Ezequias recusou-se a pagar o tributo opressivo que seu pai Acaz tinha pago, incitando a campanha de Senaqueribe contra Judá. Ambos a Bíblia e os arquivos de Senaqueribe registram que os assírios virtualmente capturaram todo o reino de Judá com exceção de sua capital, Jerusalém. Ezequias inicialmente pagou o tributo ao rei assírio, mas foi liberto [salvo] por um grande milagre – a destruição divina do exército assírio fora dos muros de Jerusalém (2 Reis 19:35).

Senaqueribe, derrotado e humilhado, retornou à sua capital onde ele mais tarde foi assassinado por seus próprios filhos.

A inscrição do aqueduto [conduto; galeria] de Ezequias

Enquanto é razoavelmente comum encontrar inscrições ou outra prova de indivíduos específicos e lugares mencionados na Bíblia, é muito mais raro encontrar verificação arqueológica de eventos específicos registrados na Escritura. Eventos por sua natureza são transitórios e raramente registrados em meios que possam sobreviver às devastações do tempo. Ainda assim, prova de um evento do reinado de Ezequias está em exibição no Museu Arqueológico de Istambul.

Em 2 Reis 20:20 lemos o seguinte a respeito do rei Ezequias: “Ora o mais dos sucessos de Ezequias, e todo o seu poder, e como ele fez a piscina e o aqueduto, e como fez vir a água à cidade, porventura não está escrito no livro das Crônicas dos Reis de Judá?”

Hoje em dia os visitantes de Jerusalém podem andar através deste verdadeiro túnel (aqueduto) pelo qual os engenheiros de Ezequias conseguiram desviar o fluxo normal da fonte Gihon, que fluía normalmente fora da cidade, cavando um túnel sob a cidade de modo que a água corresse para um reservatório (piscina) dentro das muralhas da cidade.

O túnel de aprox. 535 m, construído em ou por volta do ano de 701 AC, é uma das grandes maravilhas da engenharia do mundo antigo. Descoberto pelo afamado arqueólogo americano Edward Robinson em 1838, o tunel demonstrou um segredo do seu método de construção em 1880 quando um menino árabe achou uma antiga inscrição hebraica entalhada na parede do túnel descrevendo como duas equipes de homens, trabalhando de lados opostos, escavaram o túnel em direção um do outro para encontrar-se no meio. A inscrição foi posteriormente removida para Istambul por ordem dos governantes otomanos da cidade.

Nabucodonosor II, rei da Babilônia

Após a miraculosa destruição do exército de Senaqueribe durante o reinado de Ezequias, a Assíria nunca mais invadiu Judá. A Assíria, daquele ponto em diante, estava em decadência enquanto um novo império se levantava para tornar-se uma superpotência no Oriente Médio –  a Babilônia.

O maior governante do Império Babilônico é uma figura muito bem conhecida dos leitores da Bíblia, o rei Nabucodonosor, que governou de 605 a 562 AC. Nabucodonosor é mencionado 88 vezes na Bíblia, nos livros 2 Reis, 1 e 2 Crônicas, Esdras, Neemias, Ester, Jeremias, Ezequiel e Daniel.

Nabucodonosor marchou contra o reino de Judá múltiplas vezes. A primei-ra foi em 605 AC quando ele impeliu um exército egípcio para fora da Síria de volta para o Egito como parte de sua derrocada do Império Assírio. A seguinte foi quando o rei Jeoaquim recusou-se a pagar tributo à Babilônia. Nabucodonosor desnudou o templo de Jerusalém de muitos de seus valiosos bens e levou-os para Babilônia.

Após subseqüentes rebeliões, Nabudodonosor resolveu pôr um fim permanente ao problema. Após um sítio de quase dois anos, Jerusalém caiu em 586 AC e a cidade, incluindo suas muralhas e o templo, foram completamente destruídos. Praticamente todos os judeus remanescentes na terra foram então levados cativos para a Babilônia, onde permaneceriam até a queda da Babilônia, décadas depois.

Muitos registros babilônicos foram encontrados detalhando o reinado de Nabucodonosor. Muitas das menções da Bíblia a respeito dele são encontrados no livro de Daniel, pois Daniel atuou com Nabucodonosor como um oficial de alto escalão no governo do rei.

Daniel 4:30 registra como a um certo ponto Nabudodonosor vangloriava-se, “Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com a força do meu poder, e para glória da minha magnificência?” E Babilônia era realmente magnificente, uma das maiores cidades do mundo antigo durante muitos séculos.

Um das suas mais notáveis características era a Porta Astarte, assim nomeada por causa da deusa Astarte, comentada anteriormente, e o caminho processional que conduz até essa porta. A própria porta foi reconstruída em Berlim, onde os arqueólogos alemães, que a escavaram reedificaram-na utilizando os tijolos originais vitrificados brilhantemente coloridos.

Contudo, partes do caminho processional que conduz até a porta podem ser vistas hoje em dia no Museu de Istambul. É verdadeiramente uma extraordinária experiência ver peças das elaboradas decorações da Babilônia antiga em que Nabucodonosor e o profeta Daniel, sem dúvida alguma, caminharam muitas vezes.

Bel/Marduque, principal deus da Babilônia

O deus primário, Marduque, também chamado Bel, era representado por um dragão prominentemente exibido no caminho processional. O profeta Jeremias, profetizando a queda da Babilônia, menciona duas vezes este particular deus babilônico:

“A palavra que falou o SENHOR contra Babilônia, contra a terra dos caldeus, por Jeremias, o profeta. ‘Anunciai entre as nações . . . Tomada é Babilônia, confundido está Bel, atropelado está Merodaque, confundidos estão os seus ídolos, e caídos estão os seus deuses” (Jeremias 50:1-2).

“E visitarei a Bel na Babilônia, e tirarei da sua boca o que ele tragou, e nunca mais concorrerão a ele as nações; também o muro de Babilônia caiu” (Jeremias 51:44).

De fato Babilônia caiu em 539 AC, 47 anos após Nabudodonosor ter destruído Jerusalém. O Império Babilônico foi sucedido pelo Império Medo-Persa, o qual por sua vez foi sucedido pelo Império Greco-Macedônio de Alexandre o Grande e seus sucessores, e então pelo Império Romano - tudo como profetizado no livro de Daniel.

 “Ao deus desconhecido”

Dos tempos do Novo Testamento, encontramos dois itens em particular relativos ao apóstolo Paulo e a acontecimentos de sua vida. Atos 17:22-23 nos diz que quando Paulo visitou Atenas, “E, estando Paulo no meio do Areópago disse: Varões atenienses, em tudo vos vejo um tanto supersticiosos; porque passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Esse pois que vós honrais, não o conhecendo, é o que eu vos anuncio. . .”

Esta área particular de Atenas estava rodeada por templos e santuários aos vários deuses e deusas que os gregos e romanos cultuavam. Os principais templos a Zeus e Atena ficavam ali, assim como altares e santuários às várias deidades menores. Para estarem seguros de que eles tivessem todas as suas bases cobertas, os atenienses também tinham feito um altar com a inscrição, “ao Deus Desconhecido” por causa de algum deus que eles pudessem inadvertidamente haver deixado de incluir.

Diversas dessas inscrições e sacrários têm sido encontrados entre as ruínas do antigo Império Romano. Três estão exibidas no Museu Arqueológico de Istambul, todos dedicados “ao deus sem nome” - isto é, a um deus cujo nome eles não conheciam. Estes vieram de outras cidades no Império Romano, portanto não era somente Atenas que tinha um altar e uma inscrição como esta.

Aviso de advertência do templo

Atos 21 registra um acontecimento da vida de Paulo que colocou em movimento a cadeia de eventos que conduziria à sua prisão, suas apresentações perante dois governadores romanos, sua fatídica viagem a Roma e sua prisão lá.

Paulo e diversos companheiros estavam em Jerusalém no templo quando um tumulto irrompeu e quase custou a vida de Paulo. Versos 27-32 vívidamente captam os eventos:

“Os judeus da Ásia (a província romana onde é agora a Turquia ocidental), vendo-o no templo, alvoroçaram todo o povo e lançaram mão dele, clamando: ‘Varões israelitas, acudi; este é o homem que por todas as partes ensina a todos, contra o povo e contra a lei, e contra este lugar; e, demais disto, introduziu também no templo os gregos e profanou este santo lugar.’ Porque tinham visto com ele na cidade a Trófimo de Éfeso, o qual pensavam que Paulo introduzira no templo.”

“E alvoroçou-se toda a cidade, e houve grande concurso de povo; e, pegando de Paulo, o arrastaram para fora do templo, e logo as portas se fecharam. E, procurando eles matá-lo, chegou ao tribuno da coorte o aviso de que Jerusalém estava toda em confusão. O qual, tomando logo consigo soldados e centuriões, correu para eles. E, quando viram o tribuno e os soldados, cessaram de ferir a Paulo.”

Paulo escapou por pouco com vida, e com certeza teria sido morto não tivesse o comandante militar romano das proximidades intervindo e o resgatado.

Então a respeito de quê foi este tumulto? Pelo que lemos aqui, eles queriam matar Paulo porque pensavam que ele tivesse profanado o templo trazendo gentios para uma parte do complexo do templo onde somente israelitas tinham a permissão de entrar. Isto era algo que os judeus tinham inventado, indo muito além de qualquer coisa que Deus havia instruído.

Vemos uma rígida evidência desta atitude num aviso de advertência entalhado do templo, um dos muitos que foram erigidos a intervalos regulares ao longo de um muro de barreira de aprox. um metro e meio de altura na área do templo à época de Jesus e dos apóstolos. Dois destes foram encontrados, um, parcial, que está em exposição no Museu de Israel em Jerusalém e um outro, completo, descoberto em Jerusalém sob o governo otomano e enviado para Istambul.

Originalmente estes eram brancos com as letras inscritas pintadas em vermelho para destacá-las. O aviso alerta: “Nenhum gentio é permitido além desta barreira na praça da área do templo. Aquele que adentrar será responsável pela sua própria morte.”

Gentios eram permitidos no átrio exterior do templo, mas a área para além daquela era restrita somente aos israelitas. Se você fosse um gentio, ir além era considerado profanação do templo, uma ofensa punível com a morte. No caso de Paulo, seus oponentes judeus religiosos pensaram que ele houvesse trazido um gentio além daquela barreira, profanando portanto o templo, e estavam a ponto de matá-lo quando a força militar interveio e o resgatou.

Mais tarde, quando Paulo estava sob prisão domiciliar em Roma aguardando julgamento, ele estava como que refletindo acerca deste evento passado, quando escreveu para a igreja em Éfeso que Jesus Cristo “derribando a parede de separação que estava no meio” entre os judeus e os gentios, “reconcilia[ndo] ambos com Deus em um corpo,” a Igreja, através de Sua morte sacrificial (Efésios 2:14-16).

O termo “parede de separação que estava no meio”, a maioria dos comentaristas concorda, refere-se à barreira no complexo do templo além do qual os gentios não poderiam passar, o mesmo muro no qual estes avisos estavam encravados. 

Mais evidências disponível para observação

Uma batalha está sendo realmente travada na cultura ocidental a respeito de Deus e da Bíblia.  Este artigo cobre algumas das provas de um museu na Turquia. Você pode visitar vários outros ao redor do mundo que exibem descobertas similares que confirmam muitas outras partes da Bíblia – o Museu Britânico em Londres, o Louvre em Paris, o Museu Pergamon em Berlim, o Instituto Oriental na Universidade de Chicago e o Museu de Israel em Jerusalém, entre outros.

Muito estranhamente, aqueles que argumentam contra a Bíblia, dizem tipicamente que, aqueles de nós que acreditamos nela, baseamos nossas crenças na ignorância e na superstição. Mas em realidade, uma vez que se examine a evidência, a verdade é o oposto. São aqueles que não acreditam na Bíblia que mostram que suas crenças são baseadas em superstição e ignorância.

Freqüentemente eles simplesmente nunca olharam seriamente para a evidência e, em muitos casos, parecem desapercebidos de que tais coisas, como as que descrevemos neste artigo, simplesmente existam. Mas você não precisa ser ignorante. Você certamente pode acreditar na Bíblia. Sua exatidão tem sido provada continuamente, e continua a ser comprovada ano após ano enquanto os arqueólogos e os estudiosos continuem o seu trabalho de desenterrar a história nas terras da Bíblia.  BN