O mundo mudou para sempre em 1945. Naquele ano, com a detonação das bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki, no Japão, o homem, pela primeira vez, mostrou o seu potencial horripilante de destruição total da vida humana.

Desde então, nossos armamentos têm aumentado, tornando-se muito mais poderosos e ameaçadores. Aquelas primeiras bombas atômicas no período da guerra, embora devastadoras, tinham apenas 12½ quilotons—equivalente aproximadamente a 12.500 toneladas de explosivo convencional. A bomba de maior extensão testada com sucesso desde a guerra, pela antiga União Soviética, foi estimada em 60 megatons, ou quase 5.000 vezes a força destrutiva da explosão em Hiroshima e Nagasaki e o equivalente a 60 milhões de toneladas de TNT.

Apesar de os estoques das armas nucleares terem sido reduzidos como resultado do tratado ajustado entre os Estados Unidos e a União Soviética, ainda há bastantes ogivas nucleares para destruir a vida humana do planeta muitas vezes. A destruição desencadeada pela bomba, em Hiroshima, foi estimada em apenas um milionésimo do poder destrutivo do arsenal nuclear mundial.

Além dos Estados Unidos e da Rússia, pelo menos seis outras nações detêm armas nucleares: Inglaterra, França, China, Índia, Paquistão e Coréia do Norte. Os especialistas admitem que outros países também possuam ogivas nucleares e sistemas de distribuição e que ainda outras nações estão tentando incansavelmente desenvolver essas mesmas armas nucleares.

A ameaça nuclear permanece como a ameaça mais evidente à sobrevivência do ser humano. Mas não significa que seja a única. As autoridades citam várias maneiras através das quais as ações do ser humano ou os desastres naturais podem acabar com toda—ou quase toda—a vida humana. Entre elas:

● Armas químicas. Muitos países mantêm estoques de gás asfixiantes e outras misturas horripilantes tão mortíferos que uma única gotinha inalada ou absorvida através da pele exposta, mataria uma pessoa em poucos minutos.

● Armas biológicas. Muitas nações que desenvolveram armas químicas, também produziram armas biológicas. O resultado aterrorizante desta epidemia criada pelo homem pode espalhar como um fogo incontrolável em meio a populações indefesas.

● Armas convencionais. O homem continua desenvolvendo ainda mais bombas destrutivas convencionais, armas de fogo e foguetes, da mesma forma que constrói horríveis armas a laser, geradores de feixe de partículas e bombas de nêutron.

● Destruição do meio ambiente: Embora algumas nações tenham dado passos extraordinários para reduzir a degradação do meio ambiente, as condições estão rapidamente piorando nos países pobres. O crescimento da poluição do ar, da terra e da água é a maior ameaça à saúde da humanidade—até mesmo à vida—em muitas áreas.

● Doenças epidêmicas: A AIDS, segundo estimativas, tem ceifado mais vidas do que qualquer outra grande epidemia que já houve no mundo, inclusive a peste negra da Idade Média, bem como a epidemia mundial de gripe em 1918-1919.

● Fome: O progresso da agricultura tem mantido a produção de alimento ligeiramente acima do crescimento da população. Mas a crescente exaustão do solo, a escassez da água, a seca, os distúrbios sociais e o espectro da fome devastadora podem voltar a qualquer hora.

● Desastres naturais: Terremotos, furacões, tufões, dilúvios e tornados ceifam milhares de vidas por ano. Os cientistas reconhecem que os asteroides e os meteoros, no passado, fizeram repetidos estragos na terra—o que poderia ocorrer no futuro, causando um impacto devastador em todos os seus habitantes.

Como veremos nesta lição, muitas dessas ameaças à sobrevivência do ser humano têm um papel relevante nas profecias bíblicas.