A Ressurreição de Cristo
A Chave Para Nossa Salvação
Antes de ser preso no Jardim do Getsêmani, Jesus prometeu: "Porque Eu vivo, e vós vivereis" (João 14:19). Jesus estava explicando aos Seus discípulos que Ele estava prestes a morrer, o que demonstra Seu inexplicável amor pela humanidade. Então, Ele passou a dizer em João 15:13: "Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a Sua vida pelos Seus amigos".
A morte do Filho de Deus é o passo fundamental do plano de Deus para salvar a humanidade. Seu sacrifício permite que cada ser humano tenha a oportunidade de ter seus pecados lavados e de se tornar amigo de Jesus Cristo e de Deus Pai. E não apenas nos tornar amigos de Deus, mas também ser convidados a viver com Eles para sempre, como membros divinos da família de Deus! Isso só é possível através da ressurreição de Cristo.
No entanto, embora os apóstolos tenham escutado essas palavras de Jesus, eles não podiam entender o motivo do que estava para acontecer. Seu amado Rabi estava prestes a sofrer uma morte horrível para que outros se livrem da morte. Ele seria enterrado por três dias e três noites e, em seguida, ressuscitado. Por causa de Sua ressurreição, eles, juntamente com todo ser humano arrependido, obediente e crédulo, também seriam ressuscitados em um tempo futuro. Enfim, todos vão receber a oportunidade de escolher o caminho da salvação para viverem para sempre no Reino de Deus!
Pedro começa a pregar Cristo ressuscitado
Depois de se converterem, através do Espírito Santo, os apóstolos começaram a proclamar ao mundo que a ressurreição de Jesus Cristo era a pedra angular de Seu ministério. E, "com grande poder os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus" (Atos 4:33). Eles estavam tão confiantes do que tinham visto com seus próprios olhos (1 Coríntios 15:5) que estavam dispostos a morrer por aquilo. Eles sabiam que era a verdade. Eles sofreram humilhação, agressões e, mais tarde, até mesmo a morte em nome de Cristo.
No segundo capítulo de Atos se registra que Pedro e os outros discípulos ficaram cheios do Espírito Santo, cinquenta dias após a ressurreição de Jesus, no dia de Pentecostes. A começar pelo versículo 11, lemos o registro do primeiro sermão de Pedro, que ocorreu naquele dia. Sua mensagem estava centrada em torno da vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo. "A Jesus . . . matastes, crucificando-O" (versículos 22-23). Logo em seguida, Pedro enfatizou que antes que Seu corpo pudesse sofrer deterioração, Deus O ressuscitou de volta à vida (versículos 24, 31-32).
Porque Ele foi crucificado por nossa causa, por isso nossa única e adequada resposta seria nos arrepender de nossos pecados e sermos batizados (versículo 38). Então, Deus dá o Seu Espírito Santo para os crentes arrependidos para que eles possam se salvar "desta geração perversa" (versículos 38-40).
Os próximos capítulos registram Pedro, acompanhado por João, sendo empregado por Deus para curar um homem que era coxo de nascença. Pedro perguntou à multidão: "Por que fitais os olhos em nós, como se por nosso próprio poder ou piedade o tivéssemos feito andar?" (Atos 3:12). Ele então explicou que era por meio da fé no nome de Jesus que o homem tinha sido curado (versículo 16).
Quando Pedro e João foram presos e levados perante as autoridades judaicas, esses apóstolos foram questionados assim: "Com que poder ou em nome de quem fizestes vós isto?" (Atos 4:7). Pedro simplesmente declarou: "Seja conhecido de vós todos, e de todo o povo de Israel, que em nome de Jesus Cristo, o nazareno, Aquele a Quem vós crucificastes e a Quem Deus ressuscitou dentre os mortos, nesse nome está este aqui, são diante de vós" (versículo 10, grifo do autor).
Mais uma vez, a mensagem de Pedro dizia que através do poder de Cristo ressuscitado era que os milagres estavam sendo realizados. Uma e outra vez, as mensagens de Pedro ressoavam o fato de que ele servia a Cristo ressuscitado. Nossa "esperança viva", diz ele em sua primeira epístola preservada, é "pela ressurreição de Jesus Cristo" (1 Pedro 1:3). E acrescenta: "Porque também Cristo morreu uma só vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; sendo, na verdade, morto na carne, mas vivificado no Espírito" (1 Pedro 3:18).
Esta mensagem perene sobre a vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo tem sido levada adiante pelo ministério de Deus através das eras. Mensagem amparada pelo fato inegável de que servimos a um Salvador vivo, Jesus Cristo.
Paulo proclama a mesma mensagem
O primeiro sermão registrado de Paulo está em Atos 13. Ele viajou primeiro a Chipre e, em seguida, para o local onde hoje é o sudoeste da Turquia, ali guardou o sábado com judeus e gentios e adoraram a Deus juntos na sinagoga. Depois de entregar um breve resumo dos acontecidos aos hebreus, ele começou a falar do Salvador de Israel, Jesus (versículo 23). E também falou do governador romano Pôncio Pilatos, que autorizou a execução de Cristo (versículo 28).
Então Paulo disse as seguintes palavras, que se repetem ao longo do Novo Testamento: "Mas Deus O ressuscitou dentre os mortos" (versículo 30). Assim como Pedro, Paulo também pregava a Cristo crucificado e ressuscitado. Essa mensagem continha um poder não exercido até então.
Jesus e Seus apóstolos proclamaram o evangelho ou A Boa Nova do Reino de Deus—a mensagem de que Deus, através de Seu Messias ou Cristo, estabelecerá um reino literal para governar sobre todas as nações. Como já haviam predito os profetas bíblicos, quando Cristo estabelecer seu Reino, Ele governará de Jerusalém e o mundo finalmente vai conhecer a paz; as nações vão aprender a não guerrear (Isaías 2:4).
Paulo nunca mudou sua mensagem. Estas são as palavras finais que lemos sobre ele: "Paulo . . . e recebia a todos os que iam vê-lo. Pregava o Reino de Deus e ensinava a respeito do Senhor Jesus Cristo" (Atos 28:30-31, ARA).
Paulo começou sua epístola aos cristãos de Roma, afirmando que ele tinha sido "separado para o evangelho de Deus" (Romanos 1:1). Ele disse que o evangelho era acerca do "Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne, e que com poder foi declarado Filho de Deus segundo o Espírito de santidade, pela ressurreição dentre os mortos" (versículos 3-4).
Portanto, Paulo explicou que a morte e a ressurreição de Jesus Cristo são essenciais para se compreender o evangelho de Deus. Ele ainda declarou que o "evangelho . . . é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego" (versículo 16).
O evangelho de Cristo transcende as nacionalidades. Sua vida, morte e ressurreição são vitais para todos; é o poder de Deus para a salvação—isto é, a vida eterna no vindouro Reino de Deus—para cada ser humano que creia. Sem essa salvação todas as pessoas se dirigem para a segunda morte—no lago de fogo (Apocalipse 21:8).
Paulo continua com o tema-chave da importante ressurreição de Jesus em Romanos 5:8-10:
"Mas Deus dá prova do Seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós. Logo muito mais, sendo agora justificados pelo Seu sangue, seremos por Ele salvos da ira. Porque se nós, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de Seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela Sua vida".
Esta é uma escritura chave. Paulo quer que saibamos que, embora a morte de Jesus seja crucial para a nossa justificação e reconciliação com Deus (ao ser isento de culpa e entrar em um relacionamento correto com Ele), a morte dEle não nos dar a vida eterna. Em última instância, seremos salvos, ressuscitados à vida eterna, pela vida de Cristo!
Em Romanos 8:34 Paulo declara: "Quem os condenará? Cristo Jesus é quem morreu, ou antes Quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós".
A palavra traduzida como "ou antes" é o vocábulo grego mallon, que significa "e mais", "quanto mais", "ou melhor", "mais ainda", "mais do que", etc. Assim, enquanto o impacto espiritual da morte sacrificial de Cristo é imenso para a humanidade, a Sua vida ressurreta é muito mais ainda porque Ele vive para "interceder por nós"—exercendo a nosso favor um sacerdócio intercessor diante de Deus.
Paulo também deixa claro que os cristãos só podem viver a vida cristã apenas através de Jesus vivendo neles por meio do Espírito Santo. E assim explica: "Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé no filho de Deus, O qual me amou, e se entregou a Si mesmo por mim" (Gálatas 2:20). Aqui vemos como é vital que Cristo não somente tenha morrido por nós, mas também ressuscitado para que Ele pudesse viver em nós—capacitando-nos a resistir ao pecado e a continuar no caminho de Deus.
Paulo continua o foco em 1 Coríntios
Paulo escreveu sua primeira epístola, preservada, para a igreja em Corinto para corrigir, com amor, algumas heresias que estavam perturbando a congregação. Antes, ele havia passado dezoito meses edificando aquela igreja e ensinando aos membros sobre os fundamentos da fé cristã (ver Atos 18:11).
Nessa carta, suas instruções diz respeito à observância das festas bíblicas anuais da primavera do hemisfério norte. Em 1 Coríntios 5:7-8, somos exortados a guardar a Páscoa e a Festa dos Pães Asmos com um enfoque espiritual correto—ambas ocorrem no início da primavera. Paulo dá mais instruções no capítulo 11 sobre a atitude apropriada dos cristãos quanto a tomar a Páscoa do Novo Testamento (como ainda é hoje em dia).
Veja que a epístola que ele escreveu sobre o assunto, mais de duas décadas após a morte e ressurreição de Cristo, não contém nenhuma referência à observância do Domingo de Páscoa. O feriado religioso popular do Domingo de Páscoa não se originou no verdadeiro cristianismo, mas na religião pagã (ver "Há Algo de Cristão no Domingo de Páscoa?", na edição da Boa Nova de Março – Abril 2015: http://portugues.ucg.org/boa-nova/edições).
Na verdade, Jesus nem sequer foi ressuscitado no domingo de manhã, como acredita a maioria das pessoas. Há provas de que Ele voltou à vida no sábado, elevando-se da sepultura perto do pôr do sol do sábado semanal, depois de três dias e três noites, como prometeu em Mateus 12:40 (ver "Sexta-feira Santa e Domingo de Páscoa: Nenhum Se Encaixa na Bíblia", começando na página 14). A verdade é que a Igreja primitiva observava a Páscoa e a Festa dos Pães Asmos, dentro do contexto da Nova Aliança. Eles nunca celebraram o Domingo de Páscoa. (Ver novamente "Há Algo de Cristão no Domingo de Páscoa?", na edição da Boa Nova de Março – Abril 2015: http://portugues.ucg.org/boa-nova/edições).
Nessa epístola primaveril, Paulo também escreveu sobre a importância crucial da ressurreição de Cristo. Havia falsos mestres na congregação que estavam negando a veracidade da ressurreição (ver 1 Coríntios 15:12).
Quando os confrontou, ele lhes disse que Jesus ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras (versículos 3-4) e que Jesus morreu pelos pecados deles e foi visto por Cefas (Pedro) e outros apóstolos, bem como por mais de quinhentos outros fiéis (versículos 5-7). Ele mencionou esse grande número de testemunhas oculares para demonstrar que não havia nenhuma possibilidade de fraude. Todas elas eram testemunhas de boa fé, que ele sabia que tinham visto a Jesus após Sua ressurreição. Em seguida, Paulo reafirmou que ele próprio também tinha visto a Cristo ressuscitado (versículo 8).
Depois disso, ele se dirigiu à heresia que alguns estavam espalhando—de que não havia ressurreição dos mortos. Ele apoiou sua refutação no fato da ressurreição literal de Cristo ser a precursora da futura ressurreição de todos os crentes. Ele disse que, se Cristo não tivesse ressuscitado, logo sua pregação e sua fé eram em vão (versículo 14).
Além disso, Paulo disse que, se Cristo não foi ressuscitado, então ele e os outros ministros eram falsas testemunhas e a fé cristã era inútil, e todos nós ainda estávamos debaixo de nossos pecados (versículos 14, 17). Pois é Cristo vivendo em nós que nos capacita a viver em obediência a Deus. Em seguida, declarou Paulo, se Cristo não ressuscitou, aqueles que morreram em Cristo pereceram—não há esperança de que alguém seja ressuscitado. E se nossa esperança for somente nesta vida presente, então "somos de todos os homens os mais dignos de lástima" (versículos 18-19).
Paulo passa a afirmar enfaticamente que Cristo ressuscitou dos mortos e se tornou as primícias dos que morreram (versículo 20), o início da colheita espiritual divina de seres humanos. Ele explica que, enquanto o primeiro Adão, pai da humanidade rebelde, trouxe a morte, o último Adão—Jesus Cristo como precursor de uma raça humana renovada—trouxe a vida.
Então, Paulo passa o resto desse longo capítulo falando sobre a ressurreição dos mortos. Além disso, ele deixa claro que a ressurreição de Cristo é a garantia da nossa ressurreição.
O Reino de Deus é para os crentes fiéis ressuscitados
A chave para o Reino de Deus prometido na mensagem do evangelho é a ressurreição de Jesus Cristo. Se não fosse pela ressurreição de Cristo, não haveria Reino de Deus por vir. Não haveria Rei messiânico desse Reino—nem seguidores ressuscitados para servi-Lo como reis e sacerdotes.
Alguns pensam que a mensagem do Reino de Deus diz respeito apenas a vivenciar Deus em nossas vidas hoje. Mas sem uma futura ressurreição e um Reino governante vindouro, o que nos motivaria? Seria uma vida mais que lamentável, como disse Paulo.
Embora possamos experimentar antecipadamente o Reino de Deus hoje, através do viver pela Palavra de Deus, em última instância, Paulo anuncia que o Reino está ainda por vir e que herdá-lo requer uma ressurreição ou a mudança para a imortalidade:
"Mas digo isto, irmãos, que carne e sangue não podem herdar o reino de Deus; nem a corrupção herda a incorrupção. Eis aqui vos digo um mistério: Nem todos dormiremos mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade. Mas, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrito: Tragada foi a morte na vitória" (versículos 50-54).
É Deus que nos dá a vitória por meio de Cristo ressuscitado (versículo 57). Nossa vida sempre tem sido possível através Daquele que disse que é "a ressurreição e a vida" (João 11:25). Sua vida, ministério, morte e ressurreição tornaram possível a vida eterna para a humanidade! Nós somos reconciliados com Deus pela morte de Jesus, mas salvos pela Sua vida—Vivendo em nós, nos guiando, e intercedendo por nós como Sumo Sacerdote.
Jesus vai voltar para governar como Rei sob às ordens de Deus Pai. No Reino de Deus, o Messias ressuscitado e Seus seguidores ressurretos vão guiar o restante dos seres humanos, aqueles que estejam dispostos, ao arrependimento para que, finalmente, experimentem a mesma transformação à imortalidade. Nunca podemos esquecer a importantíssima e impressionante morte e ressurreição de Jesus! BN