A Grande Divisão da Europa
Qual Ponto de Vista Prevalecerá?
O que falam os europeus acerca da Europa?
Eles falam sobre dinheiro: "Por que alguns países precisam intervir e salvar outros que foram irresponsáveis?" . . . "Será que não devíamos mesmo fazer algo tão grande assim para conservar nossas economias?"
Eles falam sobre religião: “Será que a maioria das pessoas ainda se importa mais com o cristianismo tradicional ou com o catolicismo?” . . . “E o Islamismo? Será mesmo que todos nós podemos viver juntos se temos medo uns dos outros, ou se nos menosprezamos um ao outro, ou estamos destruíndo-nos uns aos outros?”
Eles falam sobre política: “O poder deve voltar para as pessoas em vez de estar com burocratas não eleitos ou autoridades eleitas que não nos representam. Temos que ter o poder de decidir mais sobre o que está acontecendo.” . . . “Mas não foi isso que todos nós concordamos? Podemos ter que desistir de algumas coisas, mas acho que eles sabem o que estão fazendo”.
Eles falam sobre imigração: “É muito bom ajudar as pessoas, mas como podemos cuidar de todos? Como podemos pagar por tudo isso? E o que isso significará para nossa cultura e segurança?” . . . “Temos realmente alguma responsabilidade para com eles? Para onde mais eles deveriam ir?”
Os europeus têm muitas opiniões e muitas diferenças de opinião. Isso ocorre porque a União Europeia (UE) é uma grande mistura de mais de quinhentos milhões de pessoas em vinte e oito países individuais sob uma única bandeira europeia — contando a Grã-Bretanha, embora tenha decidido sair.
Os outros países da União Europeia são a Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Croácia, Chipre, República Checa, Dinamarca, Estônia, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Polônia, Portugal, Romênia, e Suécia.
Geralmente, as nações têm personalidades e identidades próprias. Para as nações europeias isso envolve sua relação com o resto da Europa, e algumas nações tendo uma herança europeia mais forte do que outras. Os europeus falam sobre sua nação e seu continente muito mais do que as pessoas nos Estados Unidos, Grã-Bretanha, China, Rússia, Venezuela e Nigéria. Entretanto, muitas vezes há diversos confrontos entre as diferentes nações e culturas da Europa. De uma maneira geral, parece um milagre que cidadãos de vários países da Europa tenham conseguido unirem-se nos últimos setenta e cinco anos.
Por que a União Europeia foi criada e por que tantas nações se uniram? Entender como chegaram a isso ajuda a explicar as divisões de hoje sobre o futuro da Europa.
O conflito sobre as diferenças
Nos primeiros cinquenta anos do século vinte, os europeus e outros povos ao redor do mundo deixaram suas diferenças de opinião dar lugar à paixão desenfreada. Muito sangue foi derramado como nunca visto antes. Muitos ignoraram o Sexto Mandamento, que proíbe o assassinato de pessoas. A primeira metade do século vinte foi uma época de ódio, poder, controle, tirania, matança, patriotismo exacerbado, manifestações de protesto, campos de concentração, sofrimento, migração em massa e novas armas.
Nesse período, em 6 de agosto de 1945, um avião norte-americano lançou um novo tipo de arma que matou, instantaneamente, setenta mil pessoas em Hiroshima, no Japão. Três dias depois, outra bomba foi lançada, matando também instantaneamente quarenta mil pessoas em Nagasaki. O primeiro-ministro britânico, Winston Churchill, já havia chamado a escala da bomba atômica de "a Ira da Segunda Vinda". Essa arma terrível pôs fim a uma guerra que já havia matado sessenta milhões de pessoas — mas a estreia desse artefato ameaçava com a possibilidade de muito mais mortes e destruição no futuro.
O presidente norte-americano Harry Truman fez uma turnê por Berlim em 1945. Ele ficou chocado ao ver os sobreviventes tão entorpecidos e angustiados. Como um biógrafo descreve:
“A carreata passou por quilômetros de ruína e devastação, crateras de bombas, edifícios enfumaçados e queimados, e, aparentemente, intermináveis multidões de alemães sem-teto se arrastando ao longo da rodovia, carregando ou arrastando pateticamente trouxas de pertences. Eram em sua maioria pessoas idosas e crianças que pareciam não estar indo para lugar algum em particular, sem nada além de expressões vazias em seus rostos, sem raiva, sem tristeza, sem medo, e Truman achou isso extremamente perturbador...A maioria dos que passava nem ao menos se preocupava em levantar o olhar” (Truman, David McCullough, 1992, p. 414).
Milhões de pessoas carregaram as terríveis memórias da guerra com eles em seus corações enquanto reconstruíam seu mundo. Eles prometeram nunca deixar que tal morticínio voltasse a acontecer, especialmente pelo início da era nuclear, que tornou possível a extinção da raça humana.
A ideia por trás da União Europeia
Os arquitetos políticos europeus tiveram uma ideia: Criar um sistema de interconexão entre suas nações. Se, segundo a lógica, unirmos nossos países como um nó górdio, então um país que decidir começar uma guerra para derrubar outros países traria destruição para si mesmo — dissuadindo assim a guerra.
Os europeus começaram a trabalhar unidos sob essa premissa, começando pela cooperação econômica entre os Estados. Os povos de seis países centrais — Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e Holanda — concordaram com alguns princípios básicos e decidiram tornar isso obrigatório. Primeiro, eles formaram a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço no Tratado de Paris em 1951. Este foi o precursor de tudo para logo depois elaborar uma parceria mais ampla e mais coesa no Tratado de Roma em 25 de março de 1957, no Monte Capitolino de Roma, criando a Comunidade Econômica Europeia.
As frases usadas no preâmbulo do tratado são belas em sua nobre intenção (grifo nosso):
“DETERMINADOS a lançar as bases de uma união cada vez mais estreita entre os povos da Europa . . .”
“ANSIOSOS para fortalecer a unidade de suas economias e assegurar seu desenvolvimento harmonioso, reduzindo as diferenças existentes entre as várias regiões . . .”
“DECIDIDOS...a preservar e reforçar a paz e a liberdade e a conclamar aos outros povos da Europa que compartilhem o seu ideal para se unirem a esses esforços . . .”
O preâmbulo termina assim: “...e para esse fim...concordamos com o exposto”, ou seja, os termos do tratado que foram explicados.
O rei da Bélgica, o presidente da Alemanha Ocidental, o presidente da França, o presidente da Itália, a grã-duquesa de Luxemburgo e a rainha da Holanda assinaram o documento.
Então, foi assim que a União Europeia tomou seu primeiro suspiro.
Isso iniciou um processo em que nações independentes iriam ceder gradualmente sua soberania a uma entidade supranacional. Com o passar dos anos, mais países responderam a esse chamado e se juntaram; outros tratados foram assinados; a burocracia foi expandida; inúmeras leis europeias foram aprovadas; Bruxelas tornou-se sua capital; os povos trocaram suas moedas por uma moeda comum; os líderes abriram suas fronteiras; o poder europeu tornou-se mais forte e mais integrado, lutando por “uma união cada vez mais estreita”.
E essa União Europeia continuou crescendo cada vez mais — e, consequentemente, o tratado sofreu cada vez mais alterações. Os líderes estavam abrindo mão de alguns da governabilidade direta de suas próprias nações para ter voz no governo de toda a Europa.
O surgimento do eurocéticos
Dúvidas entraram na cabeça de algumas pessoas — dúvidas sobre a imparcialidade desse acordo em progresso, dúvidas sobre se valeria a pena, dúvidas sobre o objetivo final e sobre a grande pergunta: Será que Bruxelas realmente tem em mente os melhores interesses de nosso país?
Para alguns, a Europa se tornou algo como o monstro Frankenstein — grande demais, descontrolado e perigoso. Embora o cientista que inspirou a escritora Mary Shelley a produzir essa obra tivesse boas intenções, como trazer vida e esperança, aquela criatura se tornou algo grotesco. A criatura diz ao cientista: "Eu deveria ser o seu Adão, mas eu sou um anjo caído."
Surgiram dois polos, e agora eles estão promovendo duas ideias antagônicas sobre o futuro da Europa. Um grupo deseja manter a visão dos fundadores. Outro grupo, os eurocéticos, quer mais controle nacional.
A Grã-Bretanha tornou-se a primeira nação a votar pela saída. Em 23 de junho de 2016, após muito debate e campanha, 51,9% dos eleitores britânicos decidiram que seria melhor sair do bloco. Este referendo deu início a um processo desordenado de divórcio.
Após a votação, Nigel Farage, líder do Partido de Independência do Reino Unido e membro do Parlamento Europeu, discursou em uma reunião do Parlamento em 28 de junho. Alguns membros o vaiaram quando ele resumiu seu argumento contra a União Europeia:
“Quando vim aqui dezessete anos atrás e disse que queria liderar uma campanha para fazer a Grã-Bretanha deixar a União Europeia, todos vocês riram de mim — bem, eu preciso perguntar: quem está rindo agora? E a razão pela qual vocês estão tão chateados e tão zangados, e também todas as manifestações de raiva desta manhã, ficou perfeitamente claro para mim . . .
“Vocês, como um projeto político, estão em negação. Vocês estão negando que sua moeda está fracassando . . . Vocês estão em negação sobre a chamada de Merkel [a chanceler alemã], [em 2015], para permitir o maior número possível de pessoas cruzarem o Mediterrâneo [para a União Europeia] — o que levou a maciças divisões...dentro de países e entre países.
“O maior problema que vocês têm e a principal razão pela qual o Reino Unido votou da maneira que votou foi porque vocês são furtivos e enganadores, e não dizem a verdade ao resto dos povos da Europa, vocês impuseram a eles uma união política . . .
“O que aconteceu na última quinta-feira [na votação do Brexit] foi um resultado extraordinário — foi um resultado sísmico. E não apenas para a política britânica, [ou] para a política europeia, mas também talvez até para a política global.
“Porque o que as pessoas simples fizeram o que as pessoas comuns fazem — as pessoas foram sido oprimidas nos últimos anos e viram seu padrão de vida cair — elas rejeitaram as multinacionais, elas rejeitaram os bancos comerciais, elas rejeitaram a grande política e disseram que, na verdade, querem nosso país de volta, querem nossas zonas de pesca de volta, querem nossas fronteiras de volta.
“Queremos ser uma nação independente, autônoma e normal. E foi isso que fizemos e é isso que deve acontecer. Ao fazer isso, agora oferecemos um raio de esperança aos democratas [isto é, aqueles que defendem o governo popular em vez do controle de burocratas não eleitos] em todo o resto do continente europeu. Eu vou fazer uma previsão esta manhã: o Reino Unido não será o último Estado-membro a sair da União Europeia” (grifo nosso).
Ninguém sabe ainda como a situação do Brexit afetará a União Europeia, mas Farage não é o único a especular que outros seguirão esse exemplo.
Quem deve governar?
Quaisquer que sejam as consequências do Brexit, a Alemanha e a França prometeram manter vivo o projeto europeu. Mas as pessoas na Hungria, Irlanda, Polônia, Eslováquia, República Tcheca e outras nações estão ficando cada vez mais céticas em relação ao tratado da União Europeia.
A Hungria chegou a construir um muro de 325 quilômetros na fronteira com a Sérvia e a Croácia para bloquear a imigração ilegal. Pensando que os líderes em Bruxelas não estavam fazendo o suficiente para protegê-los, os húngaros resolveram o problema com suas próprias mãos.
Agora os italianos estão tentando voltar a ter mais o controle sobre seu país, com isso obtendo resultados variados. O New York Times relatou: “Depois de meses de tormentosas negociações, insultos acirrados, tensões internas e tempo de mídia social suficiente para completar uma série da Netflix, os líderes populistas da Itália se curvaram às demandas da União Europeia para reverter seu dispendioso orçamento” (“O Plano Populista Encara a Realidade e Itália e União Europeia Chegam a Um Acordo Orçamentário”, Jason Horowitz, 19 de dezembro de 2018).
Vamos retroceder um pouco. Além dessas duas visões para o futuro da Europa, ainda há uma questão mais profunda no coração da Europa. Em sua maioria, os europeus, inclusive os líderes, querem essencialmente a mesma coisa — paz e prosperidade. Eles querem fazer a diferença no mundo. Eles querem sobreviver, prosperar e desfrutar da vida. Todos os argumentos são sobre a melhor maneira de alcançar esses objetivos, ainda que isso leve a profundas divisões de perspectivas.
Porém, os cidadãos da União Europeia acreditam que o poder centralizado em Bruxelas é o melhor para o povo.
Os eurocépticos acreditam que as nações, individualmente, sabem como melhor se governar.
E, claro, com a natureza humana corrupta, as pessoas muitas vezes acreditam que poderiam treinar melhor a equipe se estivessem no comando. Por outro lado, há muitos que preferem entregar essa responsabilidade a outros, até mesmo negociando sua própria liberdade por uma sensação de segurança.
Então, a resposta seria um governo humano cada vez mais poderoso?
Um antigo sonho responde de uma vez por todas quem deve governar o cenário mundial. Ele contém a dimensão perdida que molda o passado, o presente e o futuro da Europa.
O sonho perturbador de um rei
Muitos séculos atrás, um rei babilônico chamado Nabucodonosor teve um sonho que o assustou. Ele não conseguia entendê-lo e se recusou a contar a qualquer um o que tinha visto em seu sonho. Nenhum dos seus magos, astrólogos ou feiticeiros conseguiu revelar o sonho ou a sua interpretação.
Mas, em seu reino, um homem recebeu a interpretação em uma visão noturna. O profeta hebreu Daniel ficou em pé diante do rei Nabucodonosor e conseguiu revelar seu sonho.
Nabucodonosor havia sonhado com uma estátua gigantesca de um homem com a cabeça dourada, peito e braços de prata, barriga e coxas de bronze, pernas de ferro e pés e dedos que eram uma mistura de ferro e barro. Uma pedra misteriosa atingiu os pés e toda a estátua foi esmagada e destruída. A pedra cresceu e tornou-se uma montanha que preencheu a Terra (Daniel 2:28, 31-35).
Então, Daniel disse ao rei a interpretação divina:
“Este é o sonho; também a interpretação dele diremos na presença do rei. Tu, ó rei, és rei de reis, pois o Deus dos céus te tem dado o reino, e o poder, e a força, e a majestade... tu és a cabeça de ouro. E, depois de ti, se levantará outro reino, inferior ao teu, e um terceiro reino, de metal, o qual terá domínio sobre toda a terra.
“E o quarto reino será forte como ferro; pois, como o ferro esmiúça e quebra tudo, como o ferro quebra todas as coisas, ele esmiuçará e quebrantará. E, quanto ao que viste dos pés e dos artelhos, em parte de barro de oleiro e em parte de ferro, isso será um reino dividido; contudo, haverá nele alguma coisa da firmeza do ferro, pois que viste o ferro misturado com barro de lodo.
“E, como os artelhos eram em parte de ferro e em parte de barro, assim por uma parte o reino será forte e por outra será frágil. Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão com semente humana, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro se não mistura com o barro” (Daniel 2:36-43).
A estátua, começando com Nabucodonosor, representava quatro grandes impérios sucessivos — Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma. O "quarto reino", Roma, continuaria atuante de alguma forma até o fim dos tempos; os pés com dez dedos sendo o último renascimento desse sistema no tempo do fim.
Embora esse próximo renascimento do Império Romano não se pareça exatamente com a União Europeia de hoje, ele será centrado na Europa e, provavelmente, terá raízes no projeto de integração europeia que remonta ao Tratado de Roma de 1957.
E o segundo capítulo de Daniel revela que a divisão dentro da Europa não será resolvida por integração política. As ideias concorrentes permanecerão. O próximo superestado será "dividido...em parte de ferro e em parte de barro...uma parte...será forte e...outra será frágil”. Essas pessoas de diferentes nacionalidades não serão capazes de concordar em tudo, mas a profecia indica que ambos os grupos vão conseguir o que querem.
Outras profecias mostram que a religião também terá um papel importante na ascensão desse reino. Um elemento poderoso entre os eurocéticos de hoje é o desejo de a Europa regressar às suas fortes raízes religiosas. Historicamente, a religião ajudou a unir a Europa sob os reinos dos sacros imperadores romanos Carlos Magno (742-814) e Otto, o Grande (912-973 d.C.).
Como o monstro de Frankenstein, o "quarto reino" terá um poder sem precedentes. Isso causará morte e destruição muito além do realizado pelos Poderes do Eixo na Segunda Guerra Mundial. De fato, a superpotência do tempo do fim levará a humanidade à beira da extinção se Deus não interviesse.
Levando isso em conta, apesar da divisão, haverá uma derradeira transferência de poder e soberania nacional para o superestado europeu e seu líder. Os dez dedos da estátua de Daniel 2 são como os dez chifres de uma profecia em Apocalipse 17, que é revelada como dez governantes nesse último renascimento romano. Aqui, o apóstolo João diz o seguinte:
“E os dez chifres que viste são dez reis, que ainda não receberam o reino, mas receberão o poder como reis por uma hora [um breve tempo] juntamente com a besta [o último ditador]. Estes são de uma só mente, e eles vão dar o seu poder e autoridade para a besta. Estes têm um mesmo intento e entregarão o seu poder e autoridade à besta. Estes combaterão contra o Cordeiro [o retorno de Jesus Cristo], e o Cordeiro os vencerá” (Apocalipse 17:12-14).
"Esse reino não passará a outro povo”
Isso nos leva de volta à pedra que esmaga a estátua em Daniel 2:
“Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e esse reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos e será estabelecido para sempre. Da maneira como viste que do monte foi cortada uma pedra, sem mãos, e ela esmiuçou o ferro, o cobre, o barro, a prata e o ouro, o Deus grande fez saber ao rei o que há de ser depois disso; e certo é o sonho, e fiel a sua interpretação” (versículos 44-45).
Muitas passagens bíblicas descrevem Jesus Cristo como a “pedra”. Em Sua segunda vinda, Ele derrotará este império mundial centrado na Europa. O último e melhor esforço da humanidade para trazer paz e prosperidade se tornará uma besta tirânica e, finalmente, será derrotada no retorno de Cristo. Essa “pedra” se torna uma montanha que preencherá a Terra — o estabelecimento do Reino de Deus sobre todas as nações.
Deus tomará as rédeas do poder e acabará com a corrupção do desgoverno humano: “O Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e esse reino não passará a outro povo”.
Aqui está a lição que Deus quer que todos nós aprendamos: Seres humanos não conseguem resolver problemas de seres humanos. As nações não conseguem fazer isso e muito menos um superestado. Enfim, quem deveria governar? Somente Deus, não as pessoas. Somente Seu governo será capaz de trazer paz e prosperidade à humanidade!
O que isso significa para o futuro?
Enfim, qual ponto de vista sobre o futuro da Europa prevalecerá?
A visão eurocêntrica atualmente defendida pela Alemanha e pela França dominou o pensamento do continente nos últimos anos. Mas, ironicamente, esses defensores de mais unidade europeia semearam muitas sementes de desunião ao encorajar a imigração maciça de países do terceiro mundo. Ao fazer isso, eles realmente ajudaram no surgimento de um recuo ou contramovimento.
Esse contramovimento é uma visão mais nacionalista que agora está sendo defendida por muitos na Hungria, Polônia, Itália e outros Estados. Um elemento poderoso nesse movimento é o desejo de que as nações europeias retornem às suas fortes raízes religiosas — o que, como mencionado, levou anteriormente a tentativa de unir a Europa através de reavivamentos romanos, como os de Carlos Magno e Otto, o Grande, na Idade Média.
Como essas visões antagônicas afetarão o futuro da Europa? Num futuro próximo, simplesmente não sabemos. Os europeus estão profundamente divididos e o continente está enfrentando tempos turbulentos. E tempos turbulentos podem levar a resultados catastróficos. Condições de instabilidade semelhantes nos anos vinte e trinta levaram à ascensão política de Benito Mussolini e Adolf Hitler e seu Eixo, formando o que eles viam como um Império Romano renascido. Eles prometeram estabilidade e, em certa medida, conseguiram isso — até acontecer o desastre!
Enfim, a profecia bíblica é clara. E, novamente, como o profeta Daniel nos assegura: “Certo é o sonho, e fiel a sua interpretação”. Uma nova e última superpotência centrada na Europa se formará como indicado no sonho de Nabucodonosor e em outras profecias de Daniel e Apocalipse. Ela será "em parte forte e em parte frágil”, porque os povos que a compõem "não se ligarão um ao outro".
Mas isso não significa que essa superpotência não terá um poder terrível e causará enormes danos ao mundo, como fizeram a Alemanha nazista e a Itália fascista e seus parceiros durante a Segunda Guerra Mundial (ver “Setenta e Cinco Anos Depois do Dia D: O Que Precisamos Aprender?”). Sem dúvida, essa nova superpotência estará envolvida na guerra mais horripilante que a humanidade já viu — tão mortal e devastadora que a humanidade ficará à beira da extinção se Deus não interviesse.
À medida que as mais antigas profecias se aproximam de seu cumprimento, faríamos bem em atender à instrução de Jesus Cristo em Lucas 21:36: “Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas essas coisas que hão de acontecer e de estar em pé diante do Filho do Homem”!
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