A Corrida Pela Imortalidade

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A Corrida Pela Imortalidade

As notícias sobre o prolongamento da vida humana por meios artificiais, possivelmente por séculos, parecem boas. A aceleração dessas tendências por meio de dispositivos médicos, da nanotecnologia, da impressão em 3D e da biotecnologia estão convergindo para alcançar, potencialmente, o que antes era impossível — a imortalidade pela engenharia humana.

Nós não estamos falando sobre a vida imortal aprisionada em um corpo velho e derruído pela dolorosa artrite, pela debilitante degeneração espinhal e pelo desvanecimento da capacidade mental. O recente foco da ciência tem como objetivo direto a imortalidade juvenil — ser jovem para sempre!

Mas qual será o custo dessa busca? Existe realmente um caminho para a imortalidade? O que esperar do futuro quanto a isso?

Passos rumo à eterna jovialidade

Algumas medidas contra o envelhecimento já existem, enquanto outras estão sendo desenvolvidas. Avanços de tirar o fôlego possibilitam o conserto e a substituição de certas articulações, estendendo o tempo de vida. Atualmente, os transplantes de rins, pulmões, fígados e até corações são muito comum.

No entanto, as expectativas incluem a capacidade de um dia “criar” órgãos funcionais por meio da impressão 3D. Supostamente, os avanços da neurociência estão preparando o caminho para que computadores e cérebros humanos se comuniquem diretamente e evitem distúrbios cognitivos relacionados à idade, como a demência. Parece que estamos à beira de grandes mudanças (ver “A Quarta Revolução Industrial: Um Grande Salto Para Onde?”).

Em 2017, Elon Musk, o megaempresário da SpaceX e da Tesla, apoiou um novo empreendimento sobre a interface cérebro-computador, conhecido como Neuralink. Enquanto os implantes de chips em pessoas estão se tornando mais comuns — empresas da Suécia e dos Estados Unidos já estão usando essa tecnologia em seus funcionários — atualmente, uma interface direta entre o cérebro e o computador está na fase inicial de desenvolvimento. (Embora interessado em interfaces mente-computador, Musk não é fã da Inteligência Artificial).

Recentemente, o MIT Tech Review descreveu um serviço de preservação cerebral que estava sendo explorado por uma startup (empresa iniciante) chamada Nectome. Os envolvidos estão "comprometidos com o objetivo de arquivar sua mente". O único problema é que o método para fazer isso, segundo a empresa, é "100% fatal". Você tem que morrer primeiro (Antonio Regalado, 13 de março de 2018).

Mas isso suscita mais uma pergunta: Será que as pessoas vão poder colocar seus conhecimentos, personalidades e todo seu ser em uma "nuvem digital”, vivendo assim para sempre?

E quanto ao desgaste do corpo? Bastará imprimir um novo, em boa forma e saudável, e fazer o download do backup digital da memória e da personalidade. E continuar repetindo esse processo.

Ainda assim, muitos ainda esperam preservar os seus próprios corpos. Em entrevista ao jornal britânico Sunday Express, Ray Kurzweil, diretor de engenharia do Google, disse: "Acredito que chegaremos a um ponto, por volta de 2029, quando as tecnologias médicas vão poder acrescentar mais um ano à sua expectativa de vida" (citado por Sean Martin, 20 de março de 2017). Ele acredita que, brevemente, nanorobôs serão construídos e programados para patrulhar o corpo humano, eliminando doenças e fazendo reparos em nível molecular.

Em 2013, o Google estabeleceu uma companhia independente de biotecnologia chamada Calico, um grupo com mais de 1,5 bilhões de dólares para investir no retardamento do envelhecimento e de doenças relacionadas à idade. Os líderes da empresa preveem entregar ao mundo um “imenso” avanço dentro de uma década.

Enquanto isso, Yuval Noah Harari, historiador, que reside em Jerusalém, e escritor de um livro best-sellers do New York Times faz previsões ainda mais ousadas. Ele escreve em seu controverso livro de 2017, Homo Deus: Uma Breve História do Amanhã: “No século vinte e um, provavelmente, os seres humanos farão esforço sério atrás da imortalidade...O desenvolvimento vertiginoso de campos como da engenharia genética, da medicina regenerativa e da nanotecnologia fomenta profecias cada vez mais otimistas. Alguns especialistas acreditam que os humanos vão superar a morte até o ano 2200, e outros dizem que até o ano 2100”.

A força-motriz da superelite

Atualmente, o que move essa obsessão? Pense um pouco: E se você fosse multimilionário ou bilionário e um renomado e experiente empresário? Mas, justo no momento em que sente que está apenas começando, você vê se aproximando o inevitável fim de sua vida. Esse é um sentimento terrível.

Então, sua compreensão de tecnologia, economia e inovação gerencial logo vão desaparecer. Apesar de todos os seus imensos recursos, você não pode impedir a deterioração de seu frágil corpo humano. Você está vendo seus amigos, familiares e sócios dividindo o fruto de suas inúmeras conquistas. Porém, logo você estará morto.

Inevitavelmente, isso vai acontecer, a menos que você encontre o segredo da imortalidade.

Assim, os megamilionários despejam diariamente toneladas de dinheiro, profissionais e recursos em uma corrida, quase frenética, atrás da imortalidade. O prazo final é o momento de não retorno da morte, o maior de todos os medos da humanidade.

A ascensão à divindade?

Qual é o objetivo final de tudo isso?

Harari escreve em sua obra reconhecida: "Agora almejamos a transformação dos seres humanos em deuses e transformar o Homo sapiens [do latim, “homem sábio”] em Homo deus [ou "homem deus”]” (grifo nosso).

Você está pronto para um raciocínio chocante? Quanto mais as pessoas “avançam” em direção à imortalidade criada pelo homem, menos elas precisam da crença em um Deus sobrenatural, afirma Harari. Ele afirma que agora a humanidade está se preparando para transformar “as forças incompreensíveis e incontroláveis da natureza em desafios gerenciáveis. Não precisamos orar a nenhum deus ou santo para nos resgatar disso. Sabemos muito bem o que precisa ser feito para evitar a fome, a peste e a guerra — e, geralmente, conseguimos fazer isso”.

Ele afirma ainda que, como parte dessa transformação, o “grande projeto da humanidade será adquirir os poderes divinos de criação e destruição”.

Essa arrogância absurda tem alguma justificativa? Sem dúvida, é uma blasfêmia idólatra supor que podemos obter os poderes que pertencem apenas a Deus.

Outras pessoas no reino da alta tecnologia, como Elon Musk, desejam fervorosamente exportar esses "homens-deuses" exclusivos para além do planeta Terra e, eventualmente, estabelecê-los em Marte ou ainda mais longe no espaço profundo. (ver “A Imortalidade Através de Viagem Espacial?”).

O começo de uma Joint Venture para tomar o lugar de Deus

Aqui está um ponto crítico: Geralmente, as pessoas obcecadas com a imortalidade criada pelo homem desprezam os antigos escritos da Bíblia, descartando, tragicamente, a verdade crítica que realmente levaria à prosperidade e paz. Sem essa verdade, haverá consequências terríveis e muitas delas pela própria mão do homem.

A Bíblia é clara quando diz que esta não é a primeira vez que a humanidade, de forma coesa, se prepara para envolver-se em coisas que parecem que vão dar-lhe poderes divinos.

Há cerca de quatro mil anos, estavam se formando a criatividade mental e física coletiva e os poderes inovadores da humanidade. As pessoas se uniram em prol de conquistas tecnológicas. Esses líderes inovadores se gabavam: “Vamos construir uma cidade, com uma torre que alcance os céus” (Gênesis 11:4, NVI).

O verdadeiro Deus — Deus Pai e o Verbo, que mais tarde se tornaria Jesus Cristo — observou essa empreitada e declarou: “Eles são um só povo e falam uma só língua, e começaram a construir isso. Em breve nada poderá impedir o que planejam fazer” (versículo 6, NVI).

Uma vez que estabelecida aquela cidade, quanto tempo levaria para se tornar como a antiga Alexandria, que tinha uma incrível biblioteca, e transformar o mundo? Ou até mesmo, em pouco tempo, um vale do Silício do Oriente Médio?

Todo o potencial se encontrava ali. Assim como aconteceria milhares de anos depois na primeira Revolução Industrial, uma aceleração da tecnologia poderia levar a humanidade de uma época agrícola dependente de animais a uma época de exploração espacial e nuclear em pouco mais de cem anos.

Mas no plano de Deus para a humanidade, aquele não era o momento de isso acontecer. Ele queria um total de seis mil anos para que a humanidade aprendesse as duras lições de todas as formas de governos e soluções humanas em contraste com o caminho de Deus, que está divinamente revelado na Bíblia.

Então, Deus interveio, impedindo a interação e colaboração humana naquele empreendimento insensível. Deus disse: “Desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro” (versículo 7). O resultado? Aquele esforço combinado de tecnologia e inovação entrou em colapso. Os povos, outrora unidos, migraram para longe e “cessaram de edificar a cidade” (versículo 8).

Mas hoje, neste último estágio de elaboração do incrível plano de Deus para a humanidade, Ele decidiu permitir que o mundo experimentasse todo o impacto da loucura humana.

A felicidade eterna ou um futuro sombrio?

Como seria o futuro do Homo deus? Uma resenha daquele livro do New York Times dizia o seguinte: “A resposta curta e assustadora: um futuro que se parece com [o seriado] Westworld [um mundo fictício e distópico de androides], ao invés da Disney World. Uma pequena república separatista de super-humanos e elites tecnológicas acabará por se separar do resto da humanidade. Aqueles que adquirirem as habilidades e os algoritmos proprietários para redesenhar cérebros, corpos e mentes — os principais produtos do século 21, segundo Harari — se tornarão deuses; e os que não tiverem isso serão, economicamente, inúteis e morrerão" (Jennifer Senior, 15 de fevereiro de 2017).

Apesar de grandes personalidades como o ex-presidente Barack Obama e Bill Gates, fundador da Microsoft, achar de extrema importância o Homo deus, a resenhista termina com este aviso: “Se qualquer parte do futuro que Harari descreve for verdadeira, tudo o que posso dizer é: Resistam".

Até mesmo Harari reconhece que a humanidade é falha, e nessa suposta eternidade as pessoas vão levar junto suas falhas de caráter e talvez até mesmo piorá-las. Assim seria o resultado de um empreendimento interplanetário, apesar de todas as boas intenções. Como certa vez o apologista cristão C.S. Lewis escreveu: "Vamos orar para que a raça humana nunca escape da Terra para não espalhar sua iniquidade em outro lugar".

Os avanços tecnológicos têm um lado sombrio. Como escreveu Peggy Noonan, colunista do Wall Street Journal, após o recente tiroteio na Flórida: “O que aconteceu nos últimos quarenta anos para produzir uma sociedade tão insatisfeita consigo mesma e tão propensa à violência?” Sua resposta? “Nós fomos varridos pela revolução social, tecnológica e cultural...os Estados Unidos estão passando por uma crise de saúde mental, especialmente entre os jovens” (15 de fevereiro de 2018). Quem gostaria de viver para sempre num estado mental doentio?

Além disso, há todos aqueles que ficariam de fora desse conceito. O foco da tecnoelite na imortalidade do homem é incrivelmente caro e totalmente exclusivo. E não seria para a “escória da sociedade”. A “vida imortal” do homem artificial e tecnológico (se essa ideia teórica pudesse se tornar realidade) seria limitada por barreiras físicas. E seria uma “vida eterna” imperfeita, que deixaria para trás os entes queridos.

Em contrapartida, Deus tem um grande plano para o futuro da humanidade que inclui oferecer a vida imortal como um presente gratuito para todos.

O futuro que Deus deseja para Seus filhos

Quando as pessoas se comprometem com uma vida transformada, que se concentra na transformação espiritual, aceitando e exibindo o fruto do Espírito de Deus (Gálatas 5:22-23), então elas se tornam, como declara 1 João 3:1, verdadeiros filhos de Deus! E se, ainda nesta vida, somos filhos de Deus, o que seremos quando nascermos de novo na eterna família de Deus?

Mais uma vez, o que o Homo deus pretende alcançar, de forma míope e exclusivista, é uma blasfêmia idólatra. Creem que podemos nos tornar divinos. Além do mais, Deus realmente pretende que sejamos alçados à vida eterna e divina — mas apenas como Seu dom para nós e sob Seus termos. Esse é o tema singular da Bíblia e o propósito revelado no evangelho de Jesus Cristo.

Deus criou os seres humanos à Sua própria imagem e semelhança — segundo a Sua natureza, para ser como Ele (Gênesis 1:26-27). Mais tarde, Jesus citou Salmo 82:6 ao afirmar: "Não está escrito na vossa lei: Eu disse: sois deuses?" (João 10:34), e esse salmo ainda nos chama de "filhos do Altíssimo" — as crianças são como seus pais em relação ao que são ou se tornarão.

Retornando a 1 João 3, atente para esta poderosa verdade: “Amados, agora somos filhos de Deus, e...sabemos que, quando Ele [Jesus Cristo] se manifestar, seremos semelhantes a Ele” (versículo 2).

Será que conseguimos entender o que isso significa? O apóstolo Paulo esclarece: “Também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo [humano] abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso” (Filipenses 3:20-21). Este corpo glorificado é descrito em Apocalipse 1:13-17, onde mostra Jesus ressuscitado com a cabeça e o cabelo “brancos como lã branca, como a neve, e os olhos, como chama de fogo...e a Sua voz, como a voz de muitas águas”.

Talvez o melhor desses atributos seja o fato de que a vida imortal de Deus inclua o inigualável dom do amor divino — diferentemente das tecnoelites gananciosas e temerosas da morte que buscam ansiosamente uma suposta imortalidade artificial. Deus é amor (1 João 4:8, 16) e Seu maravilhoso amor transbordará pleno e completamente em Seu eterno reino vindouro!

Agora, podemos começar a compreender um pouquinho da plenitude dessa futura vida espiritual transcendente (1 Coríntios 2:9).

Considere este fato crítico: O desenvolvimento desse Homo deus permite apenas que os super-ricos e as tecnoelites atinjam alguma forma de imortalidade física. Bilhões de pessoas serão deixadas de fora disso. Este cenário idealizado pelo homem é totalmente exclusivo. Ele exclui as pessoas comuns. Isso representa uma surpreendente barreira divisória entre “os que têm e os que não têm”. Além disso, dificilmente as famílias e os amigos — provavelmente, nunca — seriam reunidos.

Em contraste, Deus planeja trazer “muitos filhos à glória” (Hebreus 2:10). Deus é totalmente inclusivo, e deseja que todos alcancem a salvação (1 Timóteo 2:4-5). E isso também inclui todos os que já viveram!

O maior medo do ser humano é a morte. Por milênios, as pessoas têm imaginado o que acontece após o último suspiro. Tragicamente, aqueles que rejeitam a Bíblia também rejeitam o conhecimento reconfortante e inspirador de que Jesus, que veio nos ensinar a seguir a Deus, já conquistou a morte! Como Paulo escreveu: “Nosso Salvador Jesus Cristo... aboliu a morte e trouxe à luz a vida e a incorrupção, pelo evangelho” (2 Timóteo 1:10).

O verdadeiro caminho para a imortalidade

Existe um caminho definido para alcançarmos a imortalidade. Embora o verdadeiro dom da imortalidade somente possa vir de Deus e não pode ser “adquirido”, Ele espera que aqueles que podem receber a vida eterna dEle aceitem e adotem Seu caminho de vida — o caminho definitivo da paz, da prosperidade e das bênçãos.

Aqueles que se comprometem com o caminho de vida de Deus têm seus nomes escritos em Seu Livro da Vida (Apocalipse 20:12). Se seu nome estiver escrito nesse livro e você não se afastar de Deus, então você não tem nada a temer. Pois, sua imortalidade — vida eterna pujante e vibrante — no vindouro Reino de Deus está garantida.

Não se deixe enganar por aqueles que — embora bem-intencionados — perseguem uma “imortalidade” imperfeita e exclusivista feita pelo homem. Em vez disso, busque a verdadeira imortalidade, um incrível dom de Deus, onde ela realmente está, pois, Daniel 7:18 diz que aqueles que permanecerem fiéis a Deus até ao fim "receberão o reino e possuirão o reino para todo o sempre e de eternidade em eternidade".


A Imortalidade Através da Viagem Espacial?

Alguns futuristas e industriais empreendedores vêm promovendo uma missão a Marte como o primeiro passo para a preservação da raça humana. De forma efetiva, Elon Musk referiu-se à colonização de Marte como um “backup de segurança” para a civilização (“Elon Musk: Precisamos Deixar a Terra Assim Que Possível”, site Business Insider, 10 de outubro de 2015).

Quais são os desafios de uma missão de nove meses de ida e volta a Marte?

Muito se aprendeu sobre os obstáculos de longas viagens espaciais dos astronautas que passam muito tempo na órbita terrestre. Aqui estão alguns desses desafios detalhados pela NASA:

Problemas oculares — possível cegueira. Muitos astronautas da Estação Espacial Internacional (ISS) do sexo masculino sofrem com graves problemas de visão que começam durante o voo espacial. A NASA considera que o combate aos problemas de visão entre astronautas do sexo masculino (alguns deles são problemas permanentes) é sua "prioridade máxima" na medicina espacial para voos espaciais de longo prazo, inclusive uma missão tripulada a Marte. As questões incluem o achatamento da parte de trás do globo ocular, deformação no tecido vascular atrás da retina e fluído cérebro-espinhal em excesso ao redor do nervo ótico.

Problemas no sistema imunológico. Durante uma missão espacial prolongada, os astronautas sofrem sério enfraquecimento do sistema imunológico. As células T, um componente crítico dos glóbulos brancos, não se reproduzem adequadamente no espaço. Além disso, a pesquisa descobriu que os micróbios se adaptam ao ambiente espacial e podem se tornar mais agressivos e resistentes aos antibióticos do que na Terra.

Risco de radiação cósmica. A NASA lista o risco de radiação como sua principal preocupação para viagens interplanetárias. A menos que uma espaçonave esteja adequadamente protegida, os astronautas em viagens interplanetárias podem sofrer danos no DNA, câncer potencialmente agressivo e catarata induzida por radiação (comprometendo gravemente a visão) por exposição à radiação cósmica.

Um evento de clima solar extremo (como Ejeção de Massa Coronal [EMC]) pode ser fatal para os astronautas que viajam fora do campo magnético da Terra (que protege a superfície do planeta da radiação cósmica mortal), mesmo se a espaçonave estiver protegida. Acredita-se que existam riscos graves para a saúde neurológica na exposição à radiação cósmica, incluindo danos cerebrais.

Problemas de densidade óssea e de perda muscular. A perda óssea grave associada ao tempo no espaço, chamada osteopenia de voo espacial, começa depois que um astronauta está no espaço entre três e quatro meses, segundo a NASA. Alguns astronautas levam até quatro anos para se recuperarem dessa perda óssea após o retorno à Terra. A perda muscular confirmada ocorre entre os astronautas da ISS, o que pode ser uma séria preocupação para os astronautas que cumpram uma longa viagem a Marte.

Problemas de saúde mental. Ficar confinado em um espaço pequeno por meses pode levar a sérios conflitos interpessoais e até mesmo problemas de saúde mental. As conexões imediatas com amigos e familiares que vivem na Terra se tornariam impossíveis à medida que uma espaçonave se afasta da Terra, gerando muito estresse. A radiação cósmica pode produzir pequenas alucinações visuais e odoríficas.

Problemas cardíacos. Um ambiente de microgravidade contribui para a fibrilação atrial e outros distúrbios do ritmo cardíaco em astronautas da ISS.

Doenças descompressivas e barotraumáticas. Os astronautas que trabalham fora da ISS em trajes espaciais, geralmente, estão sujeitos a uma atmosfera de 100% de oxigênio a menos de um terço da pressão do ar no nível do mar. Isso permite mais facilidade de movimento. A doença descompressiva pode ocorrer se cuidados consideráveis não forem tomados quando os astronautas retornarem à pressurização, ao nível terrestre, na Estação Espacial Internacional.

Impossibilidade de exames de Raios-X. As tomografias diagnósticas por radiofrequência e radiografias não são permitidas na ISS. As atuais técnicas de ultrassom são as substitutas, mas as imagens devem ser transmitidas de volta à Terra para análise e recomendações médicas. Durante um longo voo espacial, os atrasos de transmissão podem ser problemáticos e até fatais.

Será que tudo isso tem algo a ver com algum tipo de impedimento divino a viagens interplanetárias por seres humanos? A humanidade superou muitos desafios no passado em relação à aviação, mergulho em águas profundas e outras barreiras aparentemente intransponíveis.

Certa vez, C.S. Lewis afirmou: “Oremos para que a raça humana jamais escape da Terra para não espalhar sua iniquidade em outros lugares”. Levando em conta as atuais e sérias barreiras às viagens espaciais humanas, podemos imaginar que, provavelmente, Deus já havia cuidado disso.

Entretanto, Deus tem muito mais a oferecer à humanidade. Ele pretende que nós, em última análise, herdemos todo o universo! Para aprender mais, não deixe de ler nosso guia de estudo bíblico gratuito Por Que Você Nasceu?


A Quarta Revolução Industrial: Um Grande Salto Para Onde?

Hoje estamos no começo do que é comumente chamado de Quarta Revolução Industrial, um aguardado período de rápidas mudanças. Independente de nosso desejo, a atual mudança generalizada confunde as linhas entre as esferas física, digital e biológica. Mudanças consistentes e de vanguarda em inteligência artificial, biotecnologia, nanotecnologia, robótica, Internet das coisas, impressão 3D, ciência de materiais, armazenamento de energia e computação quântica.

Backup e transferência cerebral

Os avanços em direção à "imortalidade" criada pelo homem supostamente dependem de um avanço irrealizado — o uploading e o armazenamento do conhecimento humano, da memória e da personalidade em um dispositivo externo de armazenamento do tipo "nuvem". Estamos próximos ou longe disso?

Não muito longe, se podemos acreditar no neurocientista Kenneth Hayworth da Universidade de Harvard. Alguns anos atrás, Hayworth, que fundou um novo campo de mapeamento neural do cérebro chamado “conectomics”, disse em uma entrevista ao jornal The Chronicle of Higher Education: “A raça humana está na reta final do uploading da mente: Vamos conservar um cérebro fracionando-o, simulando-o em um computador, e conectando-o a um corpo robótico” (citado por Evan Goldstein, “A Estranha Neurociência da Imortalidade”, 16 de julho de 2012).

Hayworth quer que seu próprio cérebro seja o primeiro — depois de plastinado e envolto em resina, acredita-se que ele será revivido em algum momento no século 22, após grandes avanços tecnológicos.

Engenharia genética

Outros avanços estão ocorrendo na engenharia genética e splicing de genes (remoção de fragmentos de um RNA recém-sintetizado). No papel, a engenharia genética é muito promissora, inclusive a erradicação virtual de doenças e defeitos congênitos. Na prática, existem vários cenários de pesadelo, incluindo vírus mutantes descontrolados. Até agora uma pessoa já morreu em um ensaio clínico de terapia gênica.

Historiadores, como Yuval Noah Harari, autor de Homo Deus: Uma Breve História do Amanhã têm previsto (e até defendido) que futuras mães vão escolher fertilizar vários óvulos para testá-los. Então, o melhor lote será reinserido na mãe para uma gravidez plena. Os ovos fertilizados remanescentes, mas com falhas genéticas, antes de ser descartados, poderão passar por “reparos” genéticos.

Criação de órgãos humanos em impressoras 3D

A Quarta Revolução Industrial apresenta a impressão 3D complexa de praticamente qualquer dispositivo ou componente. A impressão 3D é um nome comum para manufatura aditiva, que envolve material sendo unido ou solidificado por computador para formar objetos tridimensionais. Essa técnica, agora amplamente difundido, é particularmente útil na prototipagem rápida de novas invenções. Ela foi introduzida na cirurgia ortopédica para melhor adequar os implantes de articulação, coluna e ossos.

Hoje, alguns profissionais médicos promovem a impressão 3D de órgãos humanos como uma futura alternativa viável aos órgãos “desenvolvidos” em laboratório. Muitos cientistas acreditam que essa produção artificial chamada de "bioimpressão" é uma grande promessa.

Segundo um relatório da CNN, a futura bioimpressão poderia seguir esse caminho: primeiro, os profissionais médicos colhem células humanas (células-tronco) e induzem sua multiplicação. Então, o material biológico é inserido em uma impressora 3D especial, que reconhece e organiza os tipos de células, esculpindo a mistura em um órgão replicado ou em parte de um órgão. Depois disso, a “parte” 3D completa é transplantada para um hospedeiro humano para reparar ou melhorar sua função humana. Empresas como a Organovo, com sede na Califórnia, já estão pesquisando e criando tecidos produzidos artificialmente (Brandon Griggs, "A Próxima Fronteira da Impressão em 3D: Órgãos Humanos", 5 de abril de 2014).

A disponibilidade de ampliar a difusão de órgãos tridimensionais, aliada aos avanços na engenharia genética, um dia poderia levar à produção química de genomas humanos totalmente novos. Aqui, o objetivo final poderia ser criar seres humanos sem o envolvimento de pais humanos. Um bioengenheiro observou que, embora muitíssimo controverso, seria possível sequenciar e sintetizar genomas humanos de pessoas famosas como Einstein.

Assuntos espirituais

A Bíblia diz algo sobre essas descobertas quase milagrosas? Tragicamente, muitos acadêmicos e cientistas seculares rejeitam o importantíssimo conhecimento bíblico. A Bíblia mostra que existe um "espírito no homem” (Jó 32:8; 1 Coríntios 2:11), criado e mantido de forma divina. Esse espírito humano permite que o cérebro humano tenha autoconsciência, intelecto, criatividade, personalidade e índole. Este componente espiritual, ou seja, imaterial, da mente humana não pode ser retido ou replicado por meios físicos.

A Quarta Revolução Industrial contém alguns prognósticos muito sombrios para a humanidade. Como Jack Ma, presidente-executivo da Alibaba, a poderosa empresa chinesa do comércio eletrônico, alertou: “Nos próximos trinta anos, o mundo verá muito mais dor que felicidade” (artigo no site da revista Exame, 24 de abril de 2017).

A Bíblia explica por que as pessoas vão sofrer essa dor, e também mostra, de maneira convincente, o caminho para a verdadeira felicidade e o verdadeiro propósito para a humanidade. Nosso guia de estudo bíblico gratuito Por que você nasceu? explica em detalhes o que a Bíblia tem a dizer sobre a verdadeira imortalidade e o futuro da humanidade. Solicite ou baixe sua cópia hoje mesmo!

Inteligência Artificial: “Mais perigosa que armas nucleares”

Em busca da imortalidade e de outras conquistas de grande impacto, muitos cientistas e pesquisadores apoiam o rápido desenvolvimento da Inteligência Artificial. A Inteligência Artificial (IA) parece ser muito promissora. No passado, os computadores operavam mais no sistema binário — on/off, sim/não. A Inteligência Artificial surge quando os computadores executam tarefas que envolvem nuances de percepção, de padrões e tom da fala humana, de reconhecimento ótico e de inferência.

Mas isso é uma coisa boa, certo? Não de acordo com os titãs da indústria, como Elon Musk, fundador de empresas bilionárias como Tesla, PayPal e SpaceX. Na conferência ‘South by Southwest’ (SXSW) de 2018, ele advertiu publicamente: “Anotem minhas palavras: A Inteligência Artificial é muito mais perigosa do que armas nucleares” (11 de março).

Em um recente documentário, Musk foi ainda mais longe. Ele acredita que a IA tem potencial para criar uma “superinteligência digital semelhante a deus” que, se subvertida, “poderia dominar o mundo...Assim você teria um ditador imortal do qual nunca poderemos escapar” (citado no canal CNBC da NBCUniversal, 6 de abril de 2018).

E Musk fez mais essa advertência: "Se a IA tem um objetivo e a humanidade simplesmente estiver no caminho, ela destruiria completamente a humanidade ‘sem pestanejar’".

Musk fundou uma empresa chamada Neuralink, que também tem o objetivo de monitorar e direcionar o desenvolvimento da Inteligência Artificial para que ela seja uma promessa benevolente. Outros, juntamente com Musk, pedem uma rigorosa regulamentação governamental à Inteligência Artificial, particularmente no que se refere a armas.

De forma específica, a Bíblia adverte que a pior época de conflito e devastação se encontra no futuro, quando ninguém sobreviveria se Deus não interviesse (Mateus 24:21-22). O uso terrível e destrutivo da tecnologia certamente será um fator determinante.

Porém, há boas novas! Deus irá intervir. Para saber mais, solicite ou baixe sua cópia gratuita de nosso guia de estudo bíblico Estamos Vivendo no Tempo do Fim? em revistaboanova.org.

Abra os olhos! Não seja enganado! Saiba o que Deus tem reservado para você!