A Guerra Contra o Casamento e a Família

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A Guerra Contra o Casamento e a Família

Muitas vezes tem sido notado, e com razão, que a família é o elemento central da civilização humana. E o fundamento vital da família é o casamento sólido e seguro de um homem e uma mulher totalmente unidos em mente e coração por toda a vida (ver Romanos 7:2). O casamento também une os pais a qualquer filho que possam ter, criando assim uma base sólida para o desenvolvimento estável da próxima geração.

Quando a base do relacionamento matrimonial é forte e segura dentro do casamento, isso traz grandes bênçãos e vantagens para o futuro da sociedade. No entanto, quando a base da família e do casamento começa a se deteriorar, toda a sociedade experimenta seus efeitos nocivos, que ameaçam sua própria existência.

Infelizmente, hoje em dia, estamos testemunhando essa mesma situação em nações ao redor do mundo. Isso está ocorrendo porque há uma guerra declarada sendo travada contra o casamento e a família, inflamada pelas sinistras forças espirituais invisíveis de Satanás, o diabo e seus demônios.

Atualmente estamos testemunhando a maior tentativa de subverter a instituição do casamento, que ameaça aniquilar a família tradicional. De fato, neste momento, vários milhões de homens e mulheres estão deixando-se — seja por escolha ou ignorância — cair numa armadilha nefasta que trará apenas sofrimento e tristeza. São muitos os campos de batalha nesta guerra, e você precisa saber onde eles estão e o que prenunciam para a sociedade e o que Deus quer que o Seu povo fiel faça.

As zonas de combate nesta guerra incluem várias e angustiantes linhas de frente como o avanço da corrupção, a cultura sexual, a coabitação de casais, a taxa persistente do número de divórcios, a legalização do comportamento homossexual e do casamento entre pessoas do mesmo sexo, os transgenerismo e os esforços para eliminar completamente a identidade de gênero. Examinaremos cada um deles para que você fique mais bem informado sobre o que está acontecendo e o que a Palavra de Deus diz sobre isso.

O propósito de Deus para o casamento e a família

A união conjugal é uma instituição natural e divina estabelecida por Deus (Gênesis 2:24). Ele criou o casamento e a família para que os seres humanos pudessem aprender a amar uns aos outros como Ele os ama (Efésios 5:25-33).

Quando nosso eterno Criador projetou o sexo (ver Gênesis 1:27; 2:18, 24), Ele pretendia que fosse uma maneira pura e maravilhoso para marido e esposa expressarem amor um pelo outro e se unirem intimamente num relacionamento matrimonial. Também é um meio para um casal conceber e criar filhos num relacionamento familiar cordial, terno e alegre (Gênesis 1:28; Malaquias 2:15).

Além disso, quando Deus criou a reprodução humana através do sexo no casamento para povoar a Terra, Sua intenção final incluía trazer "muitos filhos à glória" (Hebreus 2:10). De fato, Deus está aumentando os membros de Sua família, dando potencial às pessoas para que, eventualmente, possam receber a vida divina eterna em Seu Reino vindouro (Romanos 8:16). Ademais, o relacionamento dedicado entre marido e mulher deve refletir o relacionamento amoroso entre Jesus Cristo e Sua Igreja (Efésios 5:31-32).

Portanto, considerando o que o casamento e a família retratam espiritualmente, devemos ver que Deus planejou o relacionamento sexual somente para marido e mulher dentro de um casamento inabalável, amoroso e duradouro (Gênesis 2:24). Qualquer relação sexual fora do que Deus originalmente intencionou no casamento degrada, desonra e corrompe o vital e importante relacionamento familiar (1 Coríntios 6:15-20).

O mundo conturbado em que vivemos

A Bíblia chama o ato sexual antes do casamento e o adultério de pecado — a transgressão dos mandamentos de Deus (1 João 3:4). Deus não permitirá que em Seu Reino ninguém que não se tenha arrependido de tais pecados (1 Coríntios 6:18; Hebreus 13:4; Apocalipse 21:8). Assim, na criação, o Deus Eterno pôs em movimento Seus santos propósitos para o casamento e o sexo. Qualquer um que tente contradizer ou agir contra Seus objetivos impecáveis trará sobre si severas penalidades.

Realmente, vemos esses resultados desastrosos na vida das pessoas em toda a sociedade. A violação das leis sagradas de Deus que envolvem o sexo e o casamento gerou uma tempestade alarmante de colapsos familiares, infelicidade severa, aflições de saúde física e mental e perdas financeiras. Em total desrespeito à intenção pura de Deus, lamentavelmente, o sexo tornou-se banal, comum e depreciado no mundo de hoje.

Constantemente, filmes e programas de televisão impulsionam o conceito de que a sexualidade permissiva, sob qualquer forma, não é apenas aceitável, mas também desejável. Os espectadores recebem incessantemente a mensagem errônea e destrutiva de que o sexo consentido entre adultos é física e emocionalmente agradável e pode acontecer sem “amarras”. Infelizmente, um grande número de pessoas acredita nessa terrível mentira e está sofrendo muito com o resultado.

Vamos examinar vários movimentos sociais específicos que estão minando o casamento e a família. Além disso, a partir da perspectiva perfeita da Sagrada Escritura e das úteis fontes seculares, avaliaremos o preço maléfico que essas coisas tem tido sobre os indivíduos e a sociedade.

A cultura do “sexo casual”

A cultura do sexo casual, de acordo com a Wikipédia, é aquela que “aceita e encorajam encontros sexuais casuais, inclusive encontros de uma noite e outras atividades relacionadas, sem necessariamente criar vínculo emocional ou compromisso de longo prazo. Ela também tem sido chamada de sexo sem compromisso ou sexo sem namoro”.

Na pesquisa sobre o sexo casual, o pesquisador do Instituto Kinsey, Justin Garcia, e seus associados da Universidade Binghamton afirmaram que “as relações fortuitas fazem parte de uma mudança cultural popular que se infiltrou na vida de adultos emergentes em todo o mundo ocidentalizado” (“Um Exame da Cultura do Sexo Casual”, National Center for Biotechnology Information, 1º de junho de 2012, p. 171).

Embora isso tenha se tornado comum e cada vez mais aceito, quais são seus efeitos prejudiciais na vida das pessoas, particularmente aqueles que estão entrando no ensino médio e na faculdade? Segundo a Dra. Susan Krauss Whitbourne, professora emérita de psicologia e ciências do cérebro da Universidade de Massachusetts em Amherst:

As relações fortuitas representam uma ameaça significativa para a saúde física e psicológica desses jovens. Além dos riscos conhecidos de contrair DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis), de gravidez indesejada, de estupro ou qualquer outra forma de agressão, as pessoas que praticam sexo casual podem sofrer consequências emocionais que vão persistir por muito tempo após os detalhes de tal encontro desvanecer-se na memória. Nos campus universitários, onde predominam as relações sexuais ocasionais, os resultados imprevistos disso podem comprometer a carreira de um estudante. No local de trabalho, os resultados podem ser tão desastrosos quanto ou até mais ainda” (“Como o Sexo Casual Pode Afetar Nossa Saúde Mental”, revista Psychology Today, publicado em 9 de março de 2013, grifo nosso).

Jim Daly, presidente da organização Focus on the Family, escreveu: “Quando discutimos as tendências crescentes de jovens engajados na 'cultura do sexo casual' — frequentemente falamos dos danos que isso causa às meninas. Obviamente, há boas razões para isso — as mulheres jovens muitas vezes são muito pressionadas a aceitar certos comportamentos, mas depois elas pagam um preço alto por isso em termos de doenças sexualmente transmissíveis, gravidezes indesejadas e feridas emocionais”.

“Mas e os homens jovens? A cultura do sexo casual... faz com que eles tenham uma visão distorcida e desumana da sexualidade (frequentemente da pornografia), a qual prejudica suas habilidades gerais na vida por muitos anos... Um jovem que participa de atos sexuais fortuitos não aprende o que é bom, saudável, respeitoso e ordenado por Deus. Ele está sendo condicionado a ter um desempenho abaixo do esperado, já que não vai conseguir ter autocontrole ou querer se dar bem em outras áreas de sua vida. Mais tarde, suas chances de construir e liderar um lar também sofrerão impactos negativos... A capacidade desse homem jovem de ter em um relacionamento seguro e confiante — de qualquer tipo — é enfraquecida” (“A Cultura do Sexo Casual Também Prejudica Nossos Garotos”, blog Daly Focus, 10 de setembro de 2013).

Coabitação: morar junto sem casar

Outra evolução social terrível, que subverte o casamento é a coabitação, que envolve casais vivendo juntos e tendo relações sexuais sem estarem casados. Lamentavelmente, isso se tornou tão comum na sociedade que poucas pessoas pensam a respeito.

Em 2001, o Projeto Nacional Sobre Casamento da Universidade Rutgers de Nova Jérsei realizou um estudo abrangente sobre coabitação. Seu relatório de vinte páginas, muito bem documentado e com notas de rodapé, concluiu que: “Apesar de sua ampla aceitação pelos jovens, o notável crescimento da coabitação nos últimos anos não parece ser favorável às crianças ou à sociedade. Evidências sugerem que isso enfraqueceu a solidez do casamento e da família biparental e, assim, prejudicou nosso bem-estar social, especialmente das mulheres e crianças” (“Deveríamos Viver Amasiados? O Que os Jovens Adultos Precisam Saber Sobre Coabitação Antes do Casamento”, David Popenoe e Barbara Defoe, Projeto Nacional Sobre Casamento, 2002).

O relatório observou que uma pesquisa nacional naquele ano descobriu que dois terços dos jovens acreditavam que viver juntos antes do casamento era uma boa maneira de evitar o divórcio. O Colegiado Americano de Pediatras comentou essa noção equivocada como parte de um relatório extensivo sobre os efeitos da coabitação:

“Ao contrário da atual percepção de muitos adolescentes e jovens adultos, que veem a coabitação como substituto do casamento ou como um trampolim para um casamento mais seguro, estudos mostram que aqueles que coabitam são mais propensos a fracassar no casamento do que aqueles que não se amasiaram antes de casar-se. As pessoas amasiadas são mais propensas a ser infiéis e também mais propensos a ser mais violentas.

“Além disso, os filhos nascidos antes, durante ou depois da coabitação dos pais correm maior risco de sofrer efeitos negativos, inclusive parto prematuro, fracasso escolar, baixa escolaridade, mais pobreza durante a infância e menor renda quando adultos, prisões e comportamentos problemáticos, ser pais solteiros, negligenciar e ter problemas crônicos de saúde tanto clínicos quanto psiquiátricos, abusar mais do álcool e do tabaco e sofrer abuso infantil. Também é mais provável que as mulheres que vivem amasiadas são mais propensas a tirar a vida do filho antes do nascimento” (“Coabitação: Os Efeitos da Coabitação Em Homens e Mulheres”, Colegiado Americano de Pediatras, março de 2015).

Além dessas conclusões incômodas, é importante observar que a Palavra de Deus descreve esses arranjos e estilos de vida como inerentemente errados e evidentemente imorais. Isso acontece porque o sexo fora do casamento é completamente contrário ao caminho de vida que Deus requer de nós (Mateus 15:19-20; 1 Coríntios 6:9-10; Gálatas 5:19-21).

A epidemia do divórcio

Tragicamente, o divórcio atingiu proporções epidêmicas em muitos países industrializados. Por exemplo, o site Divorce.com relata as seguintes taxas de divórcio no primeiro casamento: Reino Unido, 53%; Estados Unidos, 49%; Canadá, 45%; França, 43%; Alemanha, 41%; Holanda 41%. E no Brasil 31,4%, ou seja, um em cada três casamentos termina em divórcio, segundo um balanço do IBGE realizado entre 1984 e 2016.

Embora os resultados de separações conjugais difiram em gravidade, existem semelhanças na dor envolvida. Por exemplo, vários aspectos da identidade de um casal são perdidos após o divórcio — como, por exemplo, onde mora, a escola que as crianças frequentam e os amigos, vizinhos e parentes com quem o casal convivia.

Geralmente, as mulheres passam por mais dificuldade financeira após o divórcio, uma vez que na maioria das vezes elas ficam com a guarda dos filhos e são responsáveis pela maior parte das despesas domésticas. Isso pode significar mudar para uma residência menor, ter menos dinheiro para gastar e usar todo o salário para as despesas e não conseguir poupar. Segundo o jornal American Sociological Review, muitas vezes as mulheres não se recuperam totalmente das perdas financeiras, a menos ou até que se casarem novamente (“O Efeito do Casamento e do Divórcio na Saúde Financeira das Mulheres”, 1999, vol. 64, pp. 794-812).

Além disso, devido ao estresse emocional do divórcio, a saúde física da mulher pode estar em grande risco de doenças cardíacas e câncer. Geralmente, as mulheres divorciadas têm níveis mais elevados de ansiedade, depressão, raiva e solidão, que podem durar anos.

Um artigo intitulado "A Influência do Divórcio na Saúde dos Homens", publicado na edição de setembro de 2013 da revista  Journal of Men’s Health, afirmou que, após o divórcio, os homens são mais propensos a depressão profunda e ao abuso de álcool e drogas. O risco de suicídio para um homem divorciado é 39% maior do que para um homem casado. Também se verificou que os homens divorciados têm mais risco de problemas de saúde física, como câncer, ataque cardíaco e derrame.

Além dos efeitos posteriores ao divórcio para o ex-marido e ex-mulher, seus filhos também vão sofrer muito. A Enciclopédia Sobre o Desenvolvimento na Primeira Infância afirma: “Numerosos estudos descobriram que a separação e o divórcio dos pais estão associados a uma série de resultados negativos para crianças e adolescentes em várias áreas. A separação ou divórcio dos pais está associado a dificuldades acadêmicas, incluindo notas mais baixas e abandono prematuro da escola, e mais comportamentos disruptivos. Crianças e adolescentes que passam pela experiência do divórcio de seus pais também têm taxas mais altas de depressão, baixa autoestima e sofrimento emocional” (“Consequências da Separação ou Divórcio Para as Crianças”, Brian D'Onofrio, Ph.D., 2011) .

Essa mesma fonte continua afirmando: “O divórcio dos pais também está associado a resultados negativos e transições anteriores na vida à medida que os filhos entram na fase de jovem adulto e, mais tarde, na vida adulta. Os filhos do divórcio são mais propensos a experimentar a pobreza, o fracasso escolar, a atividade sexual precoce e arriscada, a ter filhos fora do casamento, o casamento precoce, a coabitação, a discórdia conjugal e o divórcio”.

Semelhantemente, o Instituto de Pesquisa Sobre Casamento e Religião publicou um abrangente relatório de quarenta e oito páginas sobre o assunto, declarando: “O divórcio... enfraquece permanentemente a família e a relação entre pais e filhos. Muitas vezes, isso leva a métodos destrutivos de gestão de conflitos, à diminuição da competência social e, para as crianças, à perda precoce da virgindade, assim como à diminuição do senso de masculinidade ou feminilidade dos jovens adultos. Também resulta em mais problemas no namoro, mais coabitação, mais probabilidade e expectativa de divórcio na vida e uma diminuição no desejo de ter filhos.

“Paul Amato, professor de sociologia da Universidade Estadual da Pensilvânia, resumiu: O divórcio leva a ‘interrupções no relacionamento entre pais e filhos, à contínua discórdia entre ex-cônjuges, perda de apoio emocional, dificuldades econômicas e um aumento de outros eventos negativos da vida'” (“Efeitos do Divórcio Sobre as Crianças”, Patrick Fagan e Aaron Churchill, 11 de janeiro de 2012).

Não é nenhuma surpresa Deus declarar abertamente que odeia o divórcio, pois esse é um flagelo que prejudica enormemente pessoas, famílias, comunidades e toda a sociedade (Malaquias 2:16; ver também Mateus 19:3-9).

O homossexualismo e a união homoafetiva

O tema do comportamento homossexual e do casamento entre pessoas do mesmo sexo (casamento gay) tem sido muito debatido em diversos países. Nos últimos anos, “casamentos” de casais do mesmo sexo foram reconhecidos por lei em vinte e cinco países. Entre eles estão Austrália, Canadá, França, Alemanha, Irlanda, Nova Zelândia, África do Sul, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos.

Certamente, os legisladores e juízes dos países democráticos, com o consentimento dos governados, têm a liberdade de aprovar ou defender as leis que consideram corretas, incluindo estatutos referentes a questões homossexuais. No entanto, só porque algo pode ser feito, não faz disso inerentemente correto aos olhos de Deus. Além disso, somente porque algo é aceito na sociedade, como é agora o comportamento homossexual, não significa que seja de algum modo bom, saudável ou apropriado.

Vejamos desta forma: Quando Deus criou a Terra e toda a vida existente nela, Ele disse que "era muito bom" (Gênesis 1:31). Mas a maneira perfeita em que Ele estabeleceu as coisas naquele tempo não é a que vemos agora. Por quê? Porque quando o pecado entrou no mundo, pela desobediência de Adão e Eva no Jardim do Éden, tudo mudou.

O que era perfeito ficou contaminado. E desde então, o mundo se encontra num estado de corrupção. Nossos primeiros pais pecaram ao decidir por contra própria o certo e o errado ao comer o fruto da “árvore do conhecimento do bem e do mal” (Gênesis 2:15-17; 3:1-6).

Daquele momento em diante, cada próxima geração seguiria o mesmo exemplo insensato e prejudicial, fazendo o que achava certo aos seus próprios olhos (Provérbios 14:12; 21:2). A escolha desse caminho ao longo da história resultou em muitíssima angústia e miséria, e o mundo tem acumulado isso — estimulado pela influência nefasta do diabo (Gênesis 3: 3-24; 1 João 5:19; 2 Coríntios 4:4; Efésios 2: 2; Apocalipse 12:9). Tudo isso deve ser considerado quando avaliamos a relativa “bondade” de qualquer coisa, inclusive as decisões de legisladores e juízes que tem aprovado e legalizado o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

A única maneira de saber se algo é realmente correto é examinando-o à luz reveladora da Palavra de Deus. Por exemplo, até mesmo na frase “casamento entre pessoas do mesmo sexo” precisamos entender que somente nosso Criador tem o direito de definir qual tipo de relação deve haver no casamento.

E em relação ao próprio movimento homossexual, a Bíblia diz claramente que é pecaminoso (Levítico 18:22; 20:13; Romanos 1:26-27; 1 Coríntios 6:9-10). É claro que devemos demonstrar compaixão àqueles que têm atração por pessoas do mesmo sexo e que lutam contra a tentação de seguir esse estilo de vida e estão se esforçando para evitar esse pecado com a ajuda de Deus.

Muitas pesquisas revelaram como pode ser perigoso e destrutivo esse estilo de vida. Por exemplo, em 9 de março de 2016, o Centro de Controle de Prevenção de Doenças do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos informaram o seguinte em seu site: “As doenças sexualmente transmissíveis (DST) têm aumentado entre homossexuais e bissexuais masculinos, o aumento da sífilis está sendo percebido em todo o país. Em 2014, homossexuais, bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens foram responsáveis por 83% dos casos de sífilis primária e secundária em que o sexo do parceiro sexual era conhecido nos Estados Unidos. Os gays, os bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens, geralmente, sofrem com outras DST, incluindo infecções por clamídia e gonorreia”.

Além disso, em 5 de abril de 2018, o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos publicou esta declaração em seu site: “Nos Estados Unidos, homossexuais, bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens (HSH) são a população mais afetada por HIV (vírus da imunodeficiência humana, que causa a AIDS). De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), cerca de 67% das pessoas diagnosticadas com HIV em 2015 nos Estados Unidos eram gays e bissexuais masculinos”.

Ademais, o site Healthline.com relatou em julho de 2016: “A depressão afeta pessoas LGBT [lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros] em taxas mais altas do que a população heterossexual, e estudantes jovens LGBT estão mais propensos ao abuso de drogas e sofrer de depressão do que os heterossexuais. De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças, o suicídio é a terceira principal causa de morte entre pessoas de dez a vinte e quatro anos nos Estados Unidos. Jovens lésbicas, gays e bissexuais do ensino fundamental são duas vezes mais propensos a tentar o suicídio do que seus colegas heterossexuais”.

Apesar do terrível dano que isso causa, o estilo de vida homossexual é cada vez mais aceito e até mesmo promovido. Os programas de televisão descrevem isso de maneira positiva. No ano passado, a Aliança de Gays e Lésbicas Contra a Difamação (GLAAD, sigla em inglês) se gabava em seu site: “Dos 901 personagens regulares esperados em programas de horário nobre nesta temporada [2017], 58 (6,4%) foram identificados como gays, lésbicas e bissexuais e transgêneros. Este é o maior percentual que a GLAAD encontrou na história deste relatório”.

Uma criança que cresce vendo o estilo de vida homossexual retratado positivamente ao longo de sua vida certamente estará inclinada a encará-lo como normal e não prejudicial.

Em 2 de maio de 2016, o palestrante internacional e erudito bíblico Dr. Michael Brown declarou isso em seu site: “As crianças nas escolas primárias vão ser expostas às ideias de que é correto e completamente normal expressar homossexualidade, bissexualidade e transgeneridade... Ideias opostas serão vistas como perigosas e homofóbicas, que devem ser silenciadas e excluídas da sala de aula. As escolas de ensino fundamental, de ensino médio e as faculdades farão todo o possível para incentivar tanto a celebração da homossexualidade quanto a profunda solidariedade com o ativismo gay...”. Esta tendência certamente já se encontra em processo acelerado nas escolas de todo o país!

O comportamento homossexual, que há pouco tempo era considerado como imoral em muitas nações e sujeito a punição legal, agora está essencialmente isento de censura pública. Se alguém ousar criticar isso, pode ser acusado de promover o “discurso de ódio”. No entanto, atividades homossexuais e todas as outras atividades sexuais, entre homem e mulher, fora do casamento são violações severas das instruções de Deus, como diz a Bíblia (ver 1 Timóteo 1:9-10).

A legalização do transgenerismo e a eliminação da identidade de gênero

O dicionário Michaelis on-line diz que o adjetivo transgênero é usado para descrever uma “pessoa cuja identidade de gênero (sexo) é oposta àquela do nascimento e que age como se pertencesse ao sexo oposto”. Essencialmente, esse termo refere-se a homens que se veem como mulheres e mulheres que se consideram homens.

Alguns vão ainda mais longe ao insistir em gêneros não-binários, gêneros fluidos ou até a agêneros. Alguns ativistas afirmam que o gênero não tem validez real — que os conceitos de masculino e feminino são meros constructos sociais. De acordo com um artigo no site Curiosity.com: “O movimento postgenderism argumenta que a abolição do gênero seria de fato uma libertação e livraria a sociedade dos papéis tradicionais de gênero e expectativas, que, em grande parte, são prejudiciais à sociedade” (“Como Seria Um Mundo Pós-Gênero?”, 28 de março de 2016).

Mesmo que algumas pessoas pensem ou sintam que são do gênero oposto ao que nasceram, ou desejam ser algo indefinido em termos de gênero, voltamos novamente ao fato de que quando Deus criou os seres humanos Ele deu identidade sexual distinta a cada um como homem ou mulher. A boa ciência psiquiátrica entende que, embora as pessoas possam pensar que possuem uma identidade sexual diferente, na verdade, elas estão apresentando sentimentos anormais e estão com problemas psicológicos muito profundos.

Por exemplo, ao escrever sobre seu estudo de quarenta anos sobre pessoas com problemas de conflito de gênero, Paul McHugh, ex-presidente e professor emérito do Departamento de Psiquiatria da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, escreveu:

“A disforia de gênero — termo psiquiátrico relativo a sentir-se do sexo oposto — pertence à família de suposições igualmente desordenadas sobre o corpo, como a anorexia nervosa e o transtorno dismórfico corporal. Seu tratamento não deve ser dirigido ao corpo, por meio de cirurgias e hormônios, pois seria como tratar obesos anoréxicos com lipoaspiração”.

Ele continuou: “O tratamento deve se concentrar na correção da falsa natureza e na problemática da suposição e resolver os conflitos psicológicos que a provocam. Com os jovens, isso funciona melhor com terapia familiar” (“A Cirurgia Para Transgênero Não é a Solução”, The Wall Street Journal, 12 de junho de 2014).

Ao discutir o atual impulso na cultura para aceitar o transgenerismo, o Dr. McHugh escreveu: “A ideia de que o sexo é fluido e é uma questão de escolha parece inquestionável em nossa cultura e refletido em toda a mídia, no teatro, na sala de aula e em muitas clínicas médicas. Isso assumiu características de culto: tem seu próprio jargão especial, há salas de bate-papo na Internet que dão respostas inteligentes para novos adeptos e clubes para facilitar o acesso a roupas e estilos que apoiam a mudança de sexo.

Isso está causando muitos danos a famílias, aos adolescentes e às crianças e deve ser confrontado como uma opinião sem fundamento biológico onde quer que surja” (“Transgenerismo: Um Meme Patogênico”, Discurso Público, 10 de junho de 2015).

Da mesma forma, o Dr. Richard Fitzgibbons, formado em psiquiatria na Universidade da Pensilvânia e atuando como diretor do Instituto de Saúde Conjugal, perto da Filadélfia, escreveu: “Os transexuais e as operações de mudança de sexo estão recebendo muita atenção. Os jovens podem procurar tratamento para atrações transexuais desde cedo, embora essas atrações possam desaparecer por conta própria. Conflitos psicológicos, que podem ser tratados com sucesso, foram identificados nesses pacientes e seus pais.

Há sérios riscos associados à mudança de sexo. Entre eles estão o risco de depressão e suicídio. Os médicos e profissionais de saúde mental devem conhecer muito bem esses riscos e os remorsos daqueles que passaram por operações de mudança de sexo. Esses pacientes e suas famílias também devem ser informados sobre as outras opções de tratamento” (“A Transexualidade e a Cirurgia de Mudança de Sexo: Os Riscos e as Possíveis Consequências”, Instituto de Saúde Conjugal, 1º de novembro de 2015).

Seja forte neste mundo corrupto

Nosso grande Criador abençoou a humanidade com o maravilhoso benefício do casamento e da família. Quando a base dessa relação matrimonial, entre maridos e esposas, é forte e segura há grandes vantagens para o futuro de toda a sociedade. No entanto, quando a base da família e do casamento se encontra instável, toda a sociedade sofre seus efeitos prejudiciais e sua própria sobrevivência corre risco. Infelizmente, hoje em dia, estamos testemunhando essa situação, que equivale a uma guerra aberta contra o casamento e a família.

Uma vez que forças perigosas e iníquas estão em ação em nosso meio, devemos permanecer vigilantes para nos proteger contra uma sociedade cada vez mais imoral e degenerada (Mateus 24:12; Romanos 1:28-32). Por isso, não devemos confiar nas palavras e ideias de homens, mas naquilo que a Suprema Autoridade do universo revela em Sua Palavra, a Bíblia Sagrada (2 Samuel 22:31; Filipenses 4:7; 1 Tessalonicenses 2:13).

Felizmente, em breve, Deus Pai enviará Seu Filho, Jesus Cristo, para libertar o mundo de seu caminho autodestrutivo e curar os corações e mentes de todas as pessoas (Isaías 9:6-7). Além de ficarmos firmes na verdade da Palavra de Deus hoje, vamos nos preparar para um novo e magnífico mundo porvir, onde a justiça reinará para sempre!