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A Disseminação do Coronavírus Chinês Põe o Mundo em Risco

As manchetes dos jornais estão mudando diariamente com a rápida disseminação de uma nova cepa do coronavírus da China. Em 30 de janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou uma emergência global em resposta à propagação internacional do vírus, na esperança de evitar surtos em países que não possuem os recursos e normas para contê-lo. Apesar das extremas medidas de quarentena adotadas pela China, alguns casos já foram confirmados em dezenas de outros países, inclusive nos Estados Unidos.

O coronavírus causa uma infecção respiratória. As cepas anteriores incluem a epidemia de SARS (síndrome respiratória aguda) de 2002 a 2003, que também se originou na China e matou quase oitocentas pessoas, e o surto de MERS (Síndrome Respiratória do Oriente Médio) que começou na Arábia Saudita em 2012 e matou ainda mais pessoas.

Os coronavírus são zoonóticos, o que significa que se originam e, geralmente, infectam apenas animais. Entretanto, a história mostrou que é possível que esses vírus perigosos sejam transmitidos de animais para seres humanos. Por exemplo, a terrível Gripe Espanhola de 1918 começou quando cepas do vírus influenza em aves selvagens e domesticadas começaram a interagir com cepas do vírus da gripe humana, gerando uma mistura particularmente infecciosa e mortal.

Suspeita-se que a nova cepa de coronavírus tenha se originado nos chamados “mercados úmidos” da cidade de Wuhan, na China. Esses mercados são conhecidos por comercializar uma grande variedade de carnes exóticas e por suas condições insalubres.

Desde o surto de SARS, as autoridades de saúde pública em todo o mundo alertam para o perigo que esses mercados representam ao permitir que vírus zoonóticos cruzem espécies, pois colocam animais vivos e recém-abatidos próximos uns dos outros em meio a grandes e densas massas de pessoas. E isso é agravado pela diversidade de espécies oferecidas em mercados como o de Wuhan, que comercializam gatos, cães, morcegos, cobras, tartarugas, frutos do mar e muitas outras formas de vida selvagem que normalmente não fazem parte da dieta ocidental e por isso não tem risco de disseminar esses vírus.

Acredita-se que esse novo vírus seja originário de morcegos ou cobras, ambos assinalados como impróprios para o consumo humano pelas leis alimentícias de Deus encontradas em Levítico 11. As leis de Deus também proíbem o consumo de sangue (Gênesis 9:4) que, apesar de ser uma conhecida fonte de doença infecciosa, ainda é consumida em muitas culturas. Manter as condições sanitárias e o tratamento adequado do gado também é um princípio bíblico (Provérbios 12:10), frequentemente ignorado nos tempos modernos, o que também contribui para a propagação dessas doenças que agora estão assolando o mundo. Teorias dizem que o coronavírus foi desenvolvido em segredo num laboratório de alta segurança em Wuhan e liberados naqueles mercados. Mas as fontes dessas publicações são falsas, ademais, o DNA do vírus sugere uma origem natural. Independentemente dessas ideias, o fato é que isso representa uma grande ameaça.

Vírus com sintomas graves e de fácil reconhecimento, mesmo sendo mortais, geralmente são mais fáceis de conter, precisamente por causa de sua gravidade. Como o novo coronavírus parece geralmente resultar de apenas uma doença leve em muitos indivíduos, fica mais fácil para as pessoas transmiti-lo sem saber, tornando muito difícil determinar os limites apropriados de quarentena. Atualmente, cidades chinesas inteiras, com populações na casa dos milhões, estão em quarentena.

Além das medidas de quarentena do governo chinês, outros países restringiram fortemente as viagens à China. Porém, é bem possível que o surto já esteja muito mais avançado do que se supunha, pois as pessoas que apresentem apenas sintomas leves podem não procurar tratamento médico e, portanto, não serão relatados — mesmo sem saber, essas pessoas espalham o vírus.

Outro fator importante no surgimento desses novos vírus é a facilidade com que se espalham através do contato humano. Geralmente, o coronavírus infecta animais, como muitas cepas de influenza, mas se torna perigoso quando sofre mutações e se tornam capazes de infectar seres humanos.

Ademais, de 2009 a 2010, o surto de gripe suína (uma cepa de influenza conhecida como H1N1) é um exemplo de vírus que sofreu mutação e se tornou muito eficiente na transmissão entre seres humanos. Na época dessa gripe de 2009 a 2010, a Gripe Suína infectou sessenta milhões de pessoas nos Estados Unidos e causou cerca de doze mil e quinhentas mortes, uma taxa de mortalidade relativamente baixa de cerca de 0,002%.

Existe um equilíbrio mortal entre a taxa de transmissão entre humanos e a letalidade de um vírus que traz preocupação à comunidade médica quanto ao mais recente coronavírus. Vírus com taxas de mortalidade muito altas, como o Ebola (cerca de 50%), tendem a ser autolimitados, como uma chama que queima muito intensamente por um curto período de tempo. A razão disso é que as infecções virais requerem um hospedeiro vivo para se espalhar.

Os vírus que agem com mais rapidez geralmente são os mais mortais em porcentagem, já que a doença pode avançar rápida e facilmente até uma pessoa perceber que precisa de tratamento. No entanto, se um vírus de ação mais lenta com uma taxa de mortalidade moderada for capaz de sustentar uma alta taxa de transmissão, o impacto geral sobre a população mundial poderá ser devastador em comparação.

Quando houve o alerta das autoridades chinesas, o novo coronavírus já havia se espalhado para dezenas de países e infectado dezenas de milhares de pessoas. Estima-se que a infecção seja letal para cerca de 2% das pessoas que a contraem. Essa letalidade estimada é muito menor do que a do SARS (10%) ou a do MERS (35%) — contudo, também há possibilidade de o vírus se espalhar para muito mais pessoas em todo o mundo.

Como apontou a Organização Mundial da Saúde, os países superpovoados e com baixos padrões de saneamento correm um risco maior, como foi o caso do surto de Ebola entre 2013 e 2016. Ao contrário da gripe comum, não existem vacinas atuais contra o coronavírus porque não surgiu entre seres humanos. Além disso, como o vírus é novo para os seres humanos, também não houve tempo para o desenvolvimento de uma imunidade natural.

Muitos desses surtos poderiam ter sido evitados pela obediência às leis alimentícias de Deus, aos padrões de saneamento e quarentena revelados na Bíblia e ao tratamento adequado dos animais, como instruído por Deus. Toda miséria humana é resultado do pecado e do processo de decadência que afeta todo o mundo, mas Deus promete que toda a criação "será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus" (Romanos 8:20-21).

Para mais informações, leia o artigo “Pragas no Horizonte?”(Fontes: CDC.gov, The Washington Post).