“Eu Me Tornei a Morte, a Destruidora de Mundos”

Você está aqui

“Eu Me Tornei a Morte, a Destruidora de Mundos”

Download (Baixar)
MP3 Audio (4.96 MB)

Download (Baixar)

“Eu Me Tornei a Morte, a Destruidora de Mundos”

MP3 Audio (4.96 MB)
×

 

Enquanto escrevo este artigo, o filme Oppenheimer está se tornando uma das maiores bilheterias nos Estados Unidos. O protagonista é o físico teórico Robert Oppenheimer, referido muitas vezes como o "pai da bomba" — a primeira bomba atômica.

 

O filme (embora não recomendado devido a algumas cenas questionáveis), que mostra o desenvolvimento do Projeto Manhattan, retrata os esforços militares e científicos para construir a primeira arma nuclear da história antes da Alemanha nazista. Ambos os países sabiam que o vencedor dessa disputa, provavelmente, venceria a Segunda Guerra Mundial — e foi exatamente isso que aconteceu.

 

Oppenheimer, um gênio excêntrico e complexo, foi encarregado desse projeto. Ele recrutou as mentes científicas mais brilhantes do mundo para se unirem no intuito de desenvolver um dispositivo diferente de tudo que o mundo já havia visto.

Ninguém tinha certeza que daria certo até o primeiro teste de detonação em White Sands, Novo México. Alguns nutriam uma real preocupação de que essa primeira explosão atômica pudesse desencadear uma reação em cadeia que incendiaria a atmosfera do planeta e se espalharia pelo mundo, extinguindo toda a vida na Terra.

Cerca de cento e trinta mil trabalhadores estavam envolvidos, em mais de trinta locais diferentes, no auge desse projeto. O custo do programa foi impressionante — cerca de 2,2 bilhões de dólares na época (quase 24 bilhões em dólares hoje).

Ao refletir sobre o temível poder desencadeado pela primeira detonação bem-sucedida dessa bomba atômica, em 16 de julho de 1945, e o grande número de mortes causado pelas duas bombas lançadas nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, menos de um mês depois, Oppenheimer passou a opor-se ao desenvolvimento e uso de armas nucleares.

Mais tarde, ele relembrou sua reação ao testemunhar aquela primeira explosão: “Sabíamos que o mundo não seria mais o mesmo. Algumas pessoas riram [aliviadas com o sucesso do teste], outras choraram. A maioria ficou em silêncio. Então, lembrei-me de um texto religioso hindu que diz ‘Agora eu me tornei a Morte, a destruidora de mundos’”.

Agora, opondo-se às armas que ajudou a criar, Oppenheimer se manifestou contra o projeto da bomba de hidrogênio, que os Estados Unidos estavam tentando desenvolver antes da União Soviética. Então, por causa de sua oposição, ponto de vista e associações políticas de esquerda, ele foi condenado ao ostracismo pelos militares e líderes políticos que antes o defendiam.

A história de Oppenheimer contém lições importantes para nós hoje. Quando as pessoas trabalham unidas, elas podem realizar grandes empreendimentos e alcançar avanços científicos surpreendentes. Mas, infelizmente, esses progressos e realizações quase sempre são usados para fins maléficos. Muitas vezes, isso tem levado à invenção de novas armas projetadas para matar eficientemente um número cada vez maior de seres humanos — como ocorreu em Hiroshima e Nagasaki, onde mais de duzentas mil pessoas foram dizimadas.

Mas isso é relevante hoje em dia?

Questionado sobre a situação mundial que precederia Sua segunda vinda, Jesus Cristo predisse que a humanidade estaria à beira da extinção. Essa estarrecedora resposta dEle está registrada em Mateus 24:21-22: “Haverá mais angústia que em qualquer outra ocasião desde o começo do mundo, e nunca mais haverá angústia tão grande. De fato, se o tempo de calamidade não tivesse sido limitado, ninguém sobreviveria, mas esse tempo foi limitado por causa dos escolhidos” (Nova Versão Transformadora, grifo nosso).

Mas para chegar a esse ponto de quase extinção da raça humana, provavelmente, será preciso armas ainda mais destrutivas do que as nucleares. Ecoando os temores de Oppenheimer, se Deus não interviesse para nos salvar de nós mesmos, a humanidade se tornaria a destruidora de seu próprio mundo.

Mas a Palavra de Deus oferece uma grande esperança — a esperança de um novo e magnífico mundo onde as armas se tornarão coisas do passado: “Os povos transformarão suas espadas em arados e suas lanças em podadeiras. As nações deixarão de lutar entre si e já não treinarão para a guerra” (Isaías 2:4, Nova Versão Transformadora).

Não deixe de ler os outros artigos desta edição para saber como surgirá e como será esse novo e maravilhoso mundo. Então, conforme instruiu Jesus Cristo, oremos para que o Reino de Deus venha logo!