Fé E Fidelidade

Fé E Fidelidade

A fé é muito importante em nosso relacionamento com Deus?

"Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dEle se aproxima precisa crer que Ele existe e que recompensa aqueles que O buscam" (Hebreus 11:6, NVI).

"Quem é fiel no mínimo também é fiel no muito; quem é injusto no mínimo também é injusto no muito" (Lucas 16:10).

Confiança e fidelidade — fé em Deus e lealdade à Sua Palavra — são aspectos essenciais do caminho de vida das Escrituras. No Novo Testamento, as palavras fé, fidelidade e sinceridade são todas derivadas da palavra grega pistis. O Dicionário Expositivo Completo das Palavras do Antigo e do Novo Testamento de Vine define pistis como "confiança...grau de confiança...o que se acredita, o conteúdo da crença, a razão da fé...um ‘fundamento de fé’, uma garantia...um penhor de fidelidade..." (1985, "Fé", p. 222).

A infidelidade — a ausência de lealdade — é a principal causa do rompimento de relações, especialmente casamentos. Em todo relacionamento íntimo a fidelidade e confiança são vitais. A maioria das cerimônias de casamento contém uma declaração de fidelidade mútua, muitas vezes, até à morte. Cumprir tal promessa envolve fidelidade e demonstração recíproca através de constantes atos de amor.

No livro A Trilha Menos Percorrida, M. Scott Peck conclui que esse compromisso — determinação de cumprir fielmente os próprios votos, promessas e responsabilidades na relação — é essencial em todo relacionamento bem sucedido. Ele escreve: "...o compromisso é a base, o alicerce, de qualquer relacionamento verdadeiramente amoroso" (p. 140).

Que tipo de fé é ineficaz?

"Tu crês que há um só Deus? Fazes bem; também os demônios o creem e estremecem. Mas, ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta?” (Tiago 2:19-20; comparar versículos 18, 26).

Apenas crer em Deus não é suficiente. Essa fé sem "obras" é morta. Uma fé viva é uma fé ativa. “E sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não cumpridor, é semelhante ao varão que contempla ao espelho o seu rosto natural; porque se contempla a si mesmo, e foi-se, e logo se esqueceu de como era. Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito" (Tiago 1:22-25).

Deus nos dá um exemplo de Sua fidelidade através de Seu compromisso e promessas?

"Saberás, pois, que o SENHOR, teu Deus, é Deus, o Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e cumprem os Seus mandamentos" (Deuteronômio 7:9, ARA).

"Se somos infiéis, Ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a Si mesmo" (2 Timóteo 2:13, ARA; comparar Hebreus 10:23).

Como Deus espera que demonstremos a nossa fé, confiança e fidelidade?

"Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé e não tiver as obras? Porventura, a fé pode salvá-lo?... a fé, se não tiver as obras, é morta... Porventura Abraão, o nosso pai, não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque? Bem vês que a fé cooperou com as suas obras e que, pelas obras, a fé foi aperfeiçoada" (Tiago 2:14-22; comparar Mateus 24:45-48).

Sem dúvida, o exemplo zeloso de Abraão mostra o que é ter uma fé viva em Deus. Abraão não só acreditou em Deus, como também creu no que Ele disse e obedeceu ao que Deus ordenou. Portanto, essa é a maneira que devemos viver.

Uma vez que Deus é fiel a nós, Ele espera que também sejamos fiéis a Ele. E espera que acreditemos em Sua fidelidade — confiando nEle com um coração leal.

Como Abraão demonstrou sua fé — sua crença e confiança — em Deus?

"... Abraão Me obedeceu e guardou Meus preceitos, Meus mandamentos, Meus decretos e Minhas leis" (Gênesis 26:5, NVI).

Porque ele confiou em Deus; Abraão viveu um caminho de vida que agradava a Deus. E como o verdadeiro cristianismo é um caminho de vida, Deus espera que demonstremos nossa fé com ações e obras. Esse era o caminho de vida de Abraão (Hebreus 11:8-10).

O que vai acabar acontecendo com aqueles que são infiéis obstinados?

"Mas os covardes, os incrédulos, os depravados, os assassinos, os que cometem imoralidade sexual, os que praticam feitiçaria, os idólatras e todos os mentirosos — o lugar deles será no lago de fogo que arde com enxofre. Esta é a segunda morte" (Apocalipse 21:8, NVI).

Os servos fiéis e obedientes de Deus precisam resistir firmes às provações e ao sofrimento?

"Porque para isto sois chamados, pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as Suas pisadas, O qual não cometeu pecado, nem na Sua boca se achou engano, O qual, quando O injuriavam, não injuriava e, quando padecia, não ameaçava, mas entregava-se Àquele que julga justamente" (1 Pedro 2:21-23).

"Portanto, também os que padecem segundo a vontade de Deus encomendem-Lhe a sua alma, como ao fiel Criador, fazendo o bem" (1 Pedro 4:19).

"Não só isso, mas também nos gloriamos nas tribulações, porque sabemos que a tribulação produz perseverança; a perseverança, um caráter aprovado; e o caráter aprovado, esperança" (Romanos 5:3-4, NVI).

Colocar Deus em primeiro lugar exige fé e sacrifício. Os cristãos vão enfrentar provações e sofrimentos, assim como ocorreu com Jesus e os apóstolos.

Pedro nos diz o seguinte: “Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que, a seu tempo, vos exalte, lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós. Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo. E o Deus de toda a graça, que em Cristo Jesus vos chamou à sua eterna glória, depois de haverdes padecido um pouco, ele mesmo vos aperfeiçoará, confirmará, fortificará e fortalecerá" (1 Pedro 5:6-10).

Mas esse sofrimento não é assim tão incomum. Quase todo mundo sofre de uma forma ou de outra. Mas há uma diferença importante nas tribulações de um cristão. Os servos de Deus entendem que suas provações e sofrimentos podem ajudá-los a edificar e fortalecer seu caráter. Eles sabem que "todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" (Romanos 8:28, ARA).

Como os cristãos fiéis devem enxergar suas provações e sofrimentos?

"Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando. Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus" (1 Pedro 4:12-14, ARA).

"Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes" (Tiago 1:2-4, ARA; comparar Mateus 5:10-12).

Aqueles que creem na fidelidade de Deus sabem que podem confiar nEle para agir a seu favor. Eles sabem que quando Deus intervém em suas provações, Ele faz isso pensando no bem-estar deles e segundo Seu grande propósito. Eles confiam na sabedoria e na justiça de Deus e estão dispostos a sofrer para provar isso (1 Pedro 4:19).

Pedro resume a atitude de confiança advinda do Espírito de Deus: "Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo; a quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória, obtendo o fim da vossa fé: a salvação da vossa alma" (1 Pedro 1:6-9, ARA).