A Busca Infrutífera da Humanidade pelo Propósito de Vida
Os mais de seis bilhões de pessoas na Terra têm ocupado suas vidas — algumas, infelizmente, muito curtas — com a luta pela sobrevivência. Assim tem sido a condição da humanidade desde os primórdios da história. A maioria das pessoas não sabe se suas vidas têm um propósito e significado e se existe alguma razão para ter esperança no seu futuro.
As pesquisas de opinião revelam as perguntas que mais inquietam e deixam as pessoas confusas: Por que nascemos? Existe uma razão para nossa existência? A vida se resume às dificuldades e sofrimentos do presente, nada mais?
As pessoas têm tentado responder essas perguntas por conta própria, sem saberem que Deus já revelou as respostas em Sua Palavra e através de Suas festas. As tentativas do homem de responder essas perguntas, no entanto, geraram algumas especulações místicas, que têm contribuído para trazer mais confusão sobre nosso futuro.
Nos tempos antigos as conjecturas de esperança do homem sobre a vida após a morte se focava na existência de um paraíso físico, pacífico e abundante de prazeres. O homem da antiguidade deu esses nomes à esperança: Elísios, Campos Elísios, Valhalla e El Dorado. Hoje em dia, a esperança é descrita como "céu" para aqueles que anseiam por algum tipo de paraíso.
O ponto de vista tradicional da vida após a morte é condizente com o propósito de Deus? Será que reflete o Seu plano para a humanidade? Ou Deus tem um plano muito melhor? Precisamos entender por que tantas ideias errôneas sobre nosso futuro, originárias das religiões idólatras a milhares de anos atrás, ainda estão profundamente enraizadas e continuam muito populares em nossa cultura. Os historiadores ficam impressionados e surpresos pelo fato dessas tradições serem tão parecidas e perdurarem tanto tempo — especialmente a semelhança nas soluções propostas quanto aos medos e desenganos das pessoas.
Estudos ao longo dos anos, comparando especialmente religiões, têm identificado alguns temas muito semelhantes nas antigas tradições que transcendem quase todas as eras, regiões e culturas. Eles mostram que as pessoas sempre tiveram preocupações semelhantes, independentemente de suas condições físicas e sociais ou o tempo em que viveram. Através dos séculos, a maioria das culturas tem procurado respostas para as mesmas perguntas. Seus objetivos comuns eram determinar por que existimos e qual a melhor e correta maneira de viver. As pessoas têm refletido sobre essas questões desde o início da história.
Nós encontramos registros de povos antigos em diversas áreas como a Europa, América do Sul, Ásia, África e Oriente Médio debatendo os mesmos problemas. Enquanto observavam as cheias e as vazantes dos rios Nilo e Eufrates, e ao passo que contemplavam os caminhos das estrelas no céu noturno, eles refletiam nessas grandes incógnitas. Eles procuravam significados, mas baseavam suas conclusões em hipóteses e tradições erradas.
Durante muito tempo, as sociedades contemplaram o céu à noite em busca de seu lugar no universo. E imaginavam gigantes imortais atuando num palco celestial como referência de seu destino. Eles inventaram deuses guerreiros e animais terríveis que iam e vinham em ciclos regulares. Dessa forma, eles atribuíam seus problemas e fraquezas aos deuses que tinham inventado.
Paul Devereux, autor de Segredos de Lugares Antigos e Sagrados, comenta o seguinte sobre o desenvolvimento desse tema comum: "Os sistemas de crenças, divindades, rituais e tabus específicos podem ser invenções culturais, variando de sociedade para sociedade, mas... é elucidativo observar essa quantidade de temas subjacentes e recorrentes em sociedades que não tiveram contato entre si ou que pertenceram a diferentes períodos cronológicos, ainda que possam ser sobrepostas por diferenças de inovação arquitetônica e outras variáveis culturais. As ideias comuns da natureza e da consciência humana são as grandes constantes, pois esses temas podem ser vistos brilhando através das eras" (1992, pp. 35-36, grifo nosso).
A partir dessa percepção da realidade compartilhada é que advêm os temas recorrentes sobre a vida que, em última análise, são conduzidos pelo verdadeiro Deus através de Suas festas anuais. Temas como a necessidade de redenção através de sacrifício, o desejo de uma vida espiritualmente transformada pelo contato com a divindade, a esperança da paz e a crença de que uma divindade (ou divindades) irá julgar o mundo todo são encontrados na maioria dessas culturas.
Tragicamente, o homem tem procurado por muito tempo a explicação de seu lugar no mundo inventando respostas míticas para as questões relativas a esses temas persistentes. Como resultado disso, a maioria dos povos de culturas antigas olhava para o alto — para objetos físicos no céu — em busca de respostas. Eles adoravam o sol, a lua, os planetas e as estrelas.
Em contraste, as Escrituras Sagradas são agradavelmente diferentes para descrever o futuro da humanidade. Deus diz a Seu povo para não seguir práticas supersticiosas, observando os elementos celestes criados como fontes de revelação, mas olhar diretamente para Ele para obter as respostas verdadeiras e fidedignas: "... não levantes os olhos para os céus e, vendo o sol, a lua e as estrelas, a saber, todo o exército dos céus, sejas seduzido a inclinar-te perante eles e dês culto àqueles...” (Deuteronômio 4:19, ARA).
O verdadeiro conhecimento e revelação divina somente são possíveis através da adoração a nosso Criador, e não a Sua criação. E essa adoração diz respeito a Sua ordenança de reunir-se e guardar Seu santo sábado (Êxodo 20:8-11) e Seus dias de festas anuais (Êxodo 23:14-16).