A Festa Dos Pães Asmos

A Festa Dos Pães Asmos

Por que a antiga Israel observava a Festa dos Pães Asmos?

"...Mas durante sete dias comam pães sem fermento, o pão da aflição, pois foi às pressas que vocês saíram do Egito, para que todos os dias da sua vida vocês se lembrem da época em que saíram do Egito" (Deuteronômio 16: 3, NVI).

"Comam pão sem fermento durante os sete dias; não haja nada fermentado entre vocês, nem fermento algum dentro do seu território. Nesse dia cada um dirá a seu filho: Assim faço pelo que o Senhor fez por mim quando saí do Egito" (Êxodo 13:7-8, NVI).

Qual foi a instrução de Paulo aos cristãos a respeito dessa festa?

"Pelo que celebremos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da malícia e da corrupção, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade" (1 Coríntios 5:8).

Paulo não tratava essas festas como tradições antigas dos Judeus. Ele as considerava como observâncias essenciais para os que foram chamados e escolhidos por Deus em todas as eras e culturas. Ele entendeu sua relação com o papel de Cristo no plano mestre de Deus.

Paulo ordenou aos cristãos de Corinto — os quais na maioria eram gentios (não israelitas) — que guardassem a Festa dos Pães Asmos. Suas instruções mostram que os cristãos de comunidades e culturas não judias guardavam a Festa dos Pães Asmos. Eles deram um exemplo para todos os cristãos de hoje, judeus e não judeus que a observam hoje em dia, de acordo com as leis de Deus.

A Festa dos Pães Asmos, a primeira das festas anuais de Deus, representa o segundo passo no plano de Deus para nossa redenção. Seu enfoque está principalmente em Cristo como nosso Libertador e Salvador. Por isso, ela é uma festa inteiramente cristã.

É por isso que Paulo compara a libertação do cristão do pecado através do sacrifício e auxílio de Cristo à libertação de Israel do exército egípcio no Mar Vermelho (que provavelmente ocorreu no último dia da Festa dos Pães Asmos). Ele escreve: “Pois não quero, irmãos, que ignoreis que nossos pais [a antiga Israel] estiveram todos debaixo da nuvem, e todos passaram pelo mar; e, na nuvem e no mar, todos foram batizados em Moisés, e todos comeram do mesmo alimento espiritual; e beberam todos da mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os acompanhava; e a pedra era Cristo” (1 Coríntios 10:1-4).

Depois de sermos justificados pelo sacrifício de Cristo, na ocasião do batismo, então devemos ser guiados a sair do pecado e viver um estilo de vida justo, assim como Israel fora libertado da servidão durante os mesmos Dias dos Pães Asmos. Essa festa representa a obra de vida de Cristo ressuscitado, que nos guia e ajuda a vencer o pecado.

Paulo explicou: “Logo muito mais, sendo agora justificados pelo Seu sangue, seremos por Ele salvos da ira. Porque se nós, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de Seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela Sua vida" (Romanos 5:9-10).

Mais tarde, Paulo expressou esse mesmo pensamento, mas com palavras diferentes: "Posso todas as coisas Naquele que me fortalece" (Filipenses 4:13). Ele também explicou:  “A Ele quis Deus dar a conhecer entre os gentios a gloriosa riqueza deste mistério, que é Cristo em vocês, a esperança da glória.  Nós o proclamamos, advertindo e ensinando a cada um com toda a sabedoria, para que apresentemos todo homem perfeito em Cristo.  Para isso eu me esforço, lutando conforme a sua força, que atua poderosamente em Mim" (Colossenses 1:27-29, NVI).

Paulo explicou a lição espiritual por trás da observância da Festa dos Pães Asmos?

"Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda? Expurgai o fermento velho, para que sejais massa nova, assim como sois sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, já foi sacrificado" (1 Coríntios 5:6-7).

Um dos propósitos da Festa dos Pães Asmos é nos lembrar de que, depois de batizar e aceitar o sacrifício de Cristo, nós devemos permitir que o Espírito de Deus ajude-nos a crescer espiritualmente em Cristo (Efésios 4:15 comparar Gálatas 2:20). O pão com fermento representa os motivos errôneos (malícia) e o pecado (maldade) que ainda podem residir em nosso pensamento. E o pão sem fermento representa um coração repleto de motivos sinceros — uma enorme vontade de aplicar a pura verdade revelada na Palavra de Deus.

Antes, Jesus tinha dado o mesmo ponto de vista a Seus discípulos. Ele disse-lhes: “Acautelai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia" (Lucas 12:1). Ele também comparou o fermento com as falsas doutrinas ensinadas por muitos líderes religiosos daquela época (Mateus 16:6-12). Como muitos falsos mestres hoje em dia, eles tinham substituído os mandamentos de Deus por suas próprias ideias e tradições (Mateus 15: 3-9).

Aqueles que aceitam Cristo como sua Páscoa — como o Cordeiro de Deus da Nova Aliança — têm seus pecados cobertos pelo Seu sacrifício, desde que se arrependeram sinceramente de sua maldade e motivos maliciosos e comecem a viver suas vidas conforme a verdade revelada na Palavra de Deus.

Portanto, assim como Deus livrou a antiga Israel da escravidão literal, o segundo passo do plano de salvação de Deus é livrar os cristãos arrependidos da escravidão espiritual à maldade (Romanos 6:17-19).

A Festa dos Pães Asmos celebra a milagrosa libertação dos cristãos desse cativeiro espiritual do pecado, assim como Deus libertou os antigos israelitas da escravidão egípcia. Ela nos lembra de que nossa libertação do pecado e nossa salvação só são possíveis através de um relacionamento pessoal com Cristo, o "Cordeiro de Deus", que tomou sobre Si a culpa por nossos pecados (1 Tessalonicenses 5:9-10; João 1:36). Como nosso Sumo Sacerdote, Ele nos ajuda, se realmente somos Seus servos, a expulsar o fermento do pecado de nossas vidas para que assim possamos estar espiritualmente sem fermento (Hebreus 3:1; 10:19-23; 1 Coríntios 5:7).

A Festa dos Pães Asmos celebra o papel de Jesus em nos ensinar a remover o fermento espiritual, como a malícia, a maldade e a hipocrisia, de nosso caráter e retirar aqueles defeitos pecaminosos através da verdadeira obediência a Deus.

“Tendo, portanto, um grande Sumo Sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou os céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém Um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemo-nos, pois, confiadamente ao trono da graça, para que recebamos misericórdia e achemos graça, a fim de sermos socorridos no momento oportuno" (Hebreus 4:14-16). Ele nos guia e também nos ajuda a resistir às tentações do pecado.

Efetivamente, Cristo está aperfeiçoando a própria natureza de Deus em Seus servos (Mateus 5:48; 2 Pedro 1:4). Por isso Paulo disse o seguinte aos cristãos: “Pelo que celebremos a festa [dos Pães Asmos]..." (1 Coríntios 5:8).