A Bíblia e você...
Quinze por cento disse acreditar que o evento iria ocorrer em breve, no tempo de sua vida. (Na maioria dos outros países esses percentuais são menores).
Se Cristo voltasse hoje, o que significaria para o cidadão médio do mundo? Se o Juiz de toda a humanidade chamasse todos a prestar contas (2 Coríntios 5:10), como você se sairia? Em toda a história registrada apenas uma sociedade se arrependeu em peso quando Deus a advertiu de problemas iminentes. E essa foi a antiga cidade de Nínive, capital do Império Assírio, que se arrependeu com a advertência de Jonas (Mateus 12:41).
Se as nações não se emendam, o que pode ser feito individualmente? Em outras palavras, o que você deve fazer com a informação que aprendeu neste livro? Se a Bíblia é realmente a instrução inspirada do Criador do universo para Suas criaturas, o que você deveria fazer?
A mensagem é clara: Não importa o que os outros façam, você tem o poder e a responsabilidade de agir pessoalmente e buscar a Deus. A Bíblia é um guia confiável para a conduta humana. É a Palavra de Deus para uma humanidade espiritualmente fracassada. É o livro de instruções do nosso Criador, que nos diz como devemos viver.
As Escrituras estão disponíveis há milênios. As pessoas têm ouvido a Palavra de Deus por suas páginas e pelos profetas. Eles ouviram a exortação de Deus para se arrepender e obedecer. Mas, não importa quem trouxe a mensagem, não importa o meio, o resultado tem sido sempre o mesmo―somente uma pequena minoria tem respondido.
Quando Cristo pregou o evangelho poderosamente para seu próprio povo, eles o rejeitaram. Ele assinalou-lhes um fato vergonhoso: Apesar de terem a Palavra de Deus, eles se recusaram a acreditar e agir por ela, assim Deus se voltou para os outros. Jesus disse: “Em verdade vos digo que muitas viúvas existiam em Israel nos dias de Elias, quando o céu se cerrou por três anos e seis meses, de sorte que em toda a terra houve grande fome; e a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a Sarepta de Sidom, a uma mulher viúva. E muitos leprosos havia em Israel no tempo do profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro” (Lucas 4:25-27).
Jesus notou um triste e evidente fato ao longo da história: Embora muitos tenham tido oportunidade de aprender a verdade de Deus, apenas uma relativa minoria respondeu, aceitou e entendeu que deveriam mudar sua vida (Mateus 22:14).
Fé e escolha
Qual a diferença dos que respondem para os que não respondem? Geralmente, várias. Uma delas é a convicção de que a Bíblia é realmente a Palavra de Deus. Outra é o exercício do livre arbítrio. Deus nos deu o direito de livre escolha e não nos força a fazer as coisas à Sua maneira. Algumas pessoas usam seu livre arbítrio para responder positivamente quando Deus chama, outras rejeitam este chamado. A escolha é sempre nossa.
Mas há outro fator que influi fortemente na maneira como reagimos à Palavra de Deus. Neste livro temos nos deparado com a questão da veracidade da Bíblia e, ademais, se ela é um guia confiável para o comportamento humano. Temos apresentado evidências sólidas confirmando isso. Embora substancial, a evidência de que a Bíblia é verdadeira, não é suficiente para satisfazer todos os agnósticos e ateus. Se fosse, ninguém na terra seria um ateu ou agnóstico. Toda pessoa racional faria uso de seu livre arbítrio para ao menos crer, caso não obedeça. No entanto, as Escrituras nos lembram que até os demônios sabem que Deus existe, mas simplesmente optam por desobedecê-Lo (Tiago 2:19).
É propósito de Deus nos dar uma escolha se vamos usar uma porção de fé. Tal como o estadista e orador norte-americano Daniel Webster observou, a Bíblia é um livro de fé. Se tivéssemos provas suficientes para refutar todas as dúvidas dos céticos, não teríamos necessidade de fé. Esta não é a maneira que Deus decidiu trabalhar. Todos, desde Adão até hoje têm sido chamados para viver pela fé.
E o que é fé? “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que [ainda] se não vêem” (Hebreus 11:1, ARA). Concernente à fé, o apóstolo Paulo nos diz que Abraão “louvou a Deus porque tinha toda a certeza de que Deus podia fazer o que havia prometido” (Romanos 4:20-21, BLH). Deus quer que tenhamos essa mesma confiança nEle.
A Bíblia e a geração atual
Enquanto alguns insistem em estritas evidências científicas antes de acreditar, outros caem em outra vala filosófica. Eles não estão interessados em um Deus que pode ser encontrado na revelação bíblica; antes desejam um deus que possa ser encontrado em sua própria visão do mundo. Alguns denominam isso uma busca por um deus estilista ou uma butique religiosa.
O escritor Wade Clark Roof aponta que os ‘baby boomers’, aqueles nascidos entre o final da Segunda Guerra Mundial e o ano de 1964, “cresceram em uma cultura posterior aos anos sessenta que enfatiza a escolha, o conhecimento, a auto-compreensão, a importância da autonomia pessoal e a busca para atingir todo seu potencial—tudo isso contribuiu para uma abordagem altamente subjetiva da religião” (Uma Geração de Buscadores [A Generation of Seekers], 1993, pág. 30). Eles tendem a se afastar da religião estruturada. Eles estão menos predispostos a pertencer a uma igreja organizada e são menos propensos a considerar a Bíblia como uma verdade objetiva. Eles não têm certeza para onde devem ir para obter respostas às questões religiosas.
Inseguras quanto o que é a verdade ou se ela existe mesmo, essas pessoas tendem a buscar uma igreja que atenda às suas preferências pessoais em vez de um lugar onde se encontra a verdade bíblica objetiva. É mais importante para eles sesentirem confortáveis com sua igreja ou congregação do que participar de uma igreja cujos ensinamentos e práticas estão firmemente ancorados na Bíblia. As experiências em seus anos de formação, ou como jovens adultos têm contribuído para um sentimento de alienação das instituições da sociedade, incluindo as instituições religiosas.
Como partes da primeira geração da televisão, os baby boomers foram condicionados pelo o que Roof chama de “mentalização” da salvação. Seus pais obtiveram a maioria da visão do mundo através da leitura. Os boomers foram basicamente educados pelas imagens da televisão. “Em uma cultura impressa, foi dada prioridade ao objetivo, à utilização racional da mente, o que incentivou discursos religiosos com conteúdos logicamente ordenados. O debate doutrinário e a reflexão teológica floresceu sob estas condições . . . Mas em uma cultura de imagem o subjetivo tem precedência sobre o objetivo” (ibidem, pág. 135, grifo nosso).
O resultado? As gerações recentes têm tido uma atitude filosófica diferente em relação a Deus, às igrejas, à experiência religiosa e à Bíblia. Se a Bíblia é verdade ou não, isso não é muito importante para eles.
Esta visão é defendida por alguns profissionais também. “Não faltam estudiosos—entre historiadores, teólogos, filólogos e arqueólogos—que . . . chegaram à conclusão de que, fundamentalmente, é de secundária importância se os fatos relatados na Bíblia sejam verdadeiros ou não” (Werner Keller, A Bíblia como História, 1982, pág. 433).
Mas isso importa. O arqueólogos bíblico George Ernest Wright expressou a opinião de que “na fé bíblica tudo depende se os principais eventos realmente aconteceram ou não” (citado por Keller, pág. 434). Se os principais eventos da Bíblia não aconteceram, então como podemos acreditar em qualquer coisa que venha dela?
As histórias da vida dos patriarcas do Antigo Testamento são a base sobre a qual o registro histórico da Bíblia está fundamentado. Se o Deus que afirma ter inspirado a Bíblia nos deu uma coleção de mitos e lendas, então como poderíamos confiar em qualquer outra coisa que Ele diga?
De acordo com o Novo Testamento, os patriarcas e profetas das Escrituras Hebraicas eram pessoas reais. Vamos tomar Abraão como um exemplo. Ele está listado na ascendência de Jesus Cristo (Mateus 1:1). Em uma discussão com os fariseus, Jesus se refere a Abraão como uma figura histórica real (João 8:56-58). Se Cristo estivesse enganado, então Ele não passaria de um homem e, além disso, muito desinformado. Nesse caso, Ele não poderia ser nosso Salvador, e nossa fé seria vã. Assim, a exatidão da Bíblia faz muita diferença!
Se Abraão não fosse uma figura histórica, milhões de judeus e árabes que dizem ser de sua linhagem mantêm tradições míticas e contos falsos sobre milênios de história. Jesus disse que Abraão se levantaria na ressurreição (Mateus 8:11). Negar a realidade histórica de Abraão é negar as palavras de Jesus Cristo, bem como os registros e as tradições que remontam de milhares de anos. A arqueologia fornece apoio ao registro bíblico quanto a isso, como vimos. Mas no fim, tudo se resume a uma questão de fé. Cremos que a Bíblia é a verdadeira Palavra de Deus? Cremos em Deus?
Deus encoraja a fé
Apesar das montanhas de evidências que possam ser acumuladas em favor da veracidade da Bíblia, o fato de acreditar com fé somente pode vir ao se desenvolver um relacionamento pessoal com Deus. (Para saber mais, baixe ou solicite nosso livro gratuito Você Pode Ter uma Fé Viva).
A dúvida e a descrença não são obstáculos intransponíveis. Até mesmo algumas pessoas que encontraram Jesus Cristo na carne tropeçaram algumas vezes. “Eu creio, Senhor! Ajuda a minha incredulidade” confessou um homem que lutou com a sua fé (Marcos 9:24). Jesus se compadeceu e ajudou ao homem perturbado, curando de seu filho (versículos 25-27).
Deus sabe como abordar uma humanidade que se esforça: “Pois ele conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos pó” (Salmos 103:14). Deus vai ajudar as pessoas que o buscam.
Uma forma de buscar a Deus é através do cuidadoso estudo da Bíblia. “Não foi por acaso que a Bíblia chegou até nós atravessando muitos séculos, com tanta exatidão e poder. Deus quis que vivêssemos nossas vidas por esse livro, e muitas pessoas se dedicaram à preservação de seu texto sagrado” (Paul Wegner, A Jornada dos Textos até as Versões Traduzidas [The Journey From Texts to Translations], 1999, pág. 24).
A investigação contínua e séria das Escrituras lhe proporcionará a fé que você precisa (Romanos 10:17). Você vai descobrir que sua fé aumentará. Você vai se surpreender com o que as Escrituras têm a dizer. A medida que você aprenda as verdades básicas desejará estudar mais e mais.
Você descobrirá que as Escrituras contêm as respostas para os imensos problemas que afligem a humanidade. Isso por si só vai alavancar sua fé em Deus. Você terá confiança de que Ele está cumprindo o Seu plano não apenas para o mundo, mas também em sua vida particular.
Aceitar a evidência de que a Bíblia é verdadeira e de que é um presente de seu Criador para você—Seu guia para uma vida abundante, produtiva e próspera (João 10:10) que Ele quer que você desfrute!