Um dos Livros Mais Populares do Mundo
No primeiro dia de confinamento seus sequestradores o forçaram, com a arma em punho, a entrar para dentro de seu carro, então o levaram a um prédio de apartamentos em construção. Chegando lá, eles o vendaram e acorrentaram a uma cama.
Durante seus primeiros vinte e quatro dias acorrentado, amarrado e contido como um animal, ele se esforçou para encontrar uma maneira de manter sua sanidade. Percebendo a necessidade de reunir coragem e força de algum lugar, ele pediu a seus captores uma Bíblia.
Em suas memórias o senhor Anderson relata o resultado desse pedido: “No dia seguinte, no final da tarde, o guarda, que falava inglês, entrou e jogou um objeto pesado sobre a cama. Ao me aproximar do objeto apalpei a capa de um livro. O guarda deu a volta até cabeceira da cama. “Está bom?” “Sim, muito bom, obrigado”.
“Eu removi cautelosamente um pouco de minha venda, até que eu pudesse ver o livro . . . A Bíblia, Versão Padrão Revisada. Eu acariciava-a suavemente . . . Eu li a página do título, as informações da publicação e dos direitos autorais, as notas dos editores, aos poucos, e cuidadosamente. Então: Gênesis. ‘No princípio . . .’” (Terry Anderson, Na cova dos Leões, 1993, págs. 14-15).
Quantas vezes, em situação de crise, homens e mulheres têm buscado a ajuda da Bíblia? O valor da Palavra de Deus é reconhecido nesses momentos de incerteza, desconforto e apreensão.
Um best-seller perpétuo
A Bíblia Sagrada é considerada por milhões como a Palavra escrita do único Deus verdadeiro. De fato, a Bíblia reinvindica essa distinção. Aos olhos de muitas pessoas, ela é altamente respeitada como uma coleção de algumas das maiores literaturas do mundo.
A Sociedade Bíblica Americana, entidade sem fins lucrativos, tem, em mais de cento e oitenta anos de sua existência, distribuído mais Bíblias do que o número de habitantes do planeta―cerca de 8,5 bilhões. A Sociedade Bíblica Inglesa distribuiu muitos milhões de exemplares em dezenas de idiomas.
Mais de cem milhões de novas Bíblias, em vários idiomas, são vendidas ou oferecidas gratuitamente a cada ano. Existem traduções em mais de duas mil línguas e dialetos.
Hoje a Bíblia é particularmente popular onde o inglês e português é falado. É “o livro mais conhecido no mundo de fala inglesa . . . Ninguém no mundo de idioma inglês pode ser considerado alfabetizado, sem um conhecimento básico da Bíblia” (ED Hirsch Jr., Joseph Kett e James Trefil, O Dicionário da Alfabetização Cultural, 1988, pág. 1). Então, dentro do mundo de fala inglesa, mesmo aonde outras religiões, além do cristianismo, dominem, um conhecimento básico da Bíblia é essencial para que alguém seja considerado um cidadão educado. O mesmo está a acontecer com os de fala portuguesa, particularmente no Brasil.
“As pessoas cultas da Índia, onde as tradições religiosas não são baseadas na Bíblia, mas cuja linguagem comum é o inglês, têm que conhecer a Bíblia para entender inglês no seu próprio país. Todas as pessoas educadas que falam . . . inglês precisam entender o que quer dizer quando alguém descreve uma disputa entre Davi e Golias, ou se uma pessoa que tem a ‘sabedoria de Salomão’ é esperta ou tola . . .” (ibidem).
Muitos percebem a grande influência da Bíblia. Em uma pesquisa realizada pela Biblioteca do Congresso e pelo Clube do Livro, se perguntava aos leitores sobre qual livro tinha mais influência em suas vidas. Qual estava no topo da lista? A Bíblia! E em uma pesquisa de 1938 do Instituto Gallup a Bíblia foi considerada o mais interessante de todos os livros que se leram naquele ano. Ela foi avaliada pela maioria como um livro de leitura mais interessante do que o romance E o Vento Levou [Gone with the Wind], de 1930. No entanto, na Grã-Bretanha extremamente secular não foi o caso. Em uma pesquisa britânica similar, a Bíblia ficou no trigésimo quinto lugar em uma lista de cinquenta livros.
A Bíblia é citada por estadistas, políticos, filósofos, poetas e até por astronautas em órbita. Pessoas de todas as esferas da sociedade têm encontrado em suas páginas as palavras certas para inúmeras situações. Seu discernimento, muitas vezes é a companhia ideal para momentos de admiração e inspiração, estresse e angústia, confusão e dúvida.
A Bíblia é negligenciada
No entanto, apesar de toda a atenção dada à Bíblia, seu valor é subestimado. Quando sondamos um pouco mais, podemos ver que a Bíblia é elogiada e até mesmo reverenciada, mas também vemos um livro cujo conteúdo muitas vezes é pouco lido e menos ainda compreendido.
Grande parte do mundo é biblicamente analfabeto. Em seu livro, de 2007, Alfabetização Religiosa: O Que Cada Norte-americano Precisa Saber—e Não Sabe [Religious Literacy: What Every American Needs to Know—and Doesn’t], Stephen Prothero, presidente do departamento de religião da Universidade de Boston, documenta o abissal desconhecimento dos norte-americanos sobre o que diz a Bíblia. Abaixo algumas de suas descobertas:
• Metade dos adultos norte-americanos não consegue nomear nem mesmo um dos quatro Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João).
• A maioria não sabe o nome do primeiro livro da Bíblia (Gênesis).
• Dois terços deles não saberia dizer que foi Jesus quem deu o Sermão da Montanha.
• A maioria acha que a Bíblia diz que Jesus nasceu em Jerusalém (Ele nasceu em Belém).
• Um em cada dez acredita que Joana d’Arc era a esposa de Noé.
Há demasiada negligência para que a Bíblia possa ser levada a sério. Eles não reconhecem a Bíblia pelo que ela é―o manual para a humanidade, providenciado por Deus para a nossa jornada pela vida. É uma fonte a ser consultada em todas as situações da vida, com diretrizes para o triunfo e a adversidade, a alegria e a tristeza, a prosperidade e a pobreza, a confiança e a dúvida.
A própria Bíblia afirma a sua autoridade divina e alega ser a genuína Palavra de Deus. Ela declara ter o conhecimento do propósito da humanidade―alcançar nosso incrível destino planejado pelo Criador. Ela provê encorajamento, orientação e direção em todas as situações.
Mas a Bíblia pode resistir a um exame minucioso? Ela é verdadeira somente porque alega ser? Você pode―ou deveria―acreditar nela?
Nos capítulos seguintes, veremos se a Bíblia destaca-se como a própria Palavra de Deus.