Introdução

Introdução

Jesus Cristo disse que edificaria a Sua Igreja e que esta nunca morreria. O Cristianismo de hoje, com suas centenas de denominações, crenças e práticas muito diferentes, é a Igreja que Jesus prometeu edificar?

Jesus Cristo proclamou, há quase dois mil anos: “Edificarei a Minha igreja”. Ele declarou que a Sua Igreja nunca iria morrer, prometendo que “as portas do Hades [a sepultura] não poderão vencê-la” (Mateus 16:18, NVI) .

Como veremos nas páginas que se seguem, a instituição à qual Jesus se refere não era um prédio ou uma mera organização física. Pelo contrário, a Igreja foi e continua sendo a assembleia dos chamados seguidores de Cristo, espiritualmente transformados e fiéis.

Jesus assegurou a Seus discípulos que guiaria e preservaria a Sua Igreja, até Seu retorno, prometendo-lhes: “Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos” (Mateus 28:20).

O que aconteceu com a Igreja que Jesus fundou? Uma testemunha ocular nos diz que imediatamente depois de Cristo subir ao céu, após Sua ressurreição, Seus apóstolos, “tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram” (Marcos 16:20). A Igreja teve um começo poderoso.

Hoje, milhões de pessoas que professam o Cristianismo afirmam serem membros da Igreja fundada por Jesus. Mas o Cristianismo é uma religião dividida, compreendendo centenas de denominações e divisões. Através dos séculos, a maioria procedente do Cristianismo tem assimilado muitas tradições antibíblicas―filosóficas, culturais e religiosas―em seus ensinamentos e práticas, disseminando ainda mais variações.

Como podemos explicar a explosão de facções com práticas contraditórias e conflitantes no mundo do Cristianismo? É possível conciliar os grupos denominacionais antagônicos com as normas e objetivos estabelecidos por Cristo para Sua Igreja? Como podemos saber se essa desconcertante variedade de costumes e ensinamentos do Cristianismo representa fielmente a Jesus Cristo?

Lembre-se, Jesus não só prometeu que edificaria Sua Igreja, mas também assegurou a Seus discípulos que Sua Igreja não pereceria. Então, a Igreja é esse Cristianismo dividido que vemos ao nosso redor? Somente as Sagradas Escrituras podem nos dar uma resposta confiável para esta pergunta.

Se a promessa de Cristo de que “as portas do inferno não prevaleceriam” contra a Sua Igreja deve ser considerada como uma garantia para aqueles que creem no Seu nome jamais serem enganados ou corrompidos, então teríamos todas as razões para aceitar a coletividade das inúmeras divisões do Cristianismo como a Igreja que Jesus edificou.

Mas Ele não garantiu tal coisa. Em vez disso, Ele advertiu aos Seus discípulos que “se levantarão falsos cristos e falsos profetas e farão sinais e prodígios, para enganarem, se for possível, até os escolhidos” (Marcos 13:22, toda ênfase acrescentada). Mais tarde, o apóstolo Paulo expressou seu “receio” de que a “mente” dos cristãos de sua época pudesse ser “corrompida” e que “se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo” pela pregação de “falsos apóstolos” (2 Coríntios 11:3, 13, ARA).

Jesus falou ainda foi mais claro, explicando que “estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem. Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis” (Mateus 7:14-16).

Nestas páginas, vamos examinar os frutos que Jesus e seus apóstolos disseram que identificariam Sua Igreja. Vamos observar esses frutos em contraste com a identificação daqueles que são influenciados por um espírito diferente e pregam um evangelho diferente. Vamos aprender, não da opinião ou tradição humana, mas diretamente da Palavra de Deus, como podemos distinguir “a igreja do Deus vivo” (1 Timóteo 3:15) daqueles que seguem “falsos profetas” em pele de cordeiro.

Para maior clareza ao longo deste livro, a palavra Igreja (com um I maiúsculo) refere-se à Igreja fiel que Jesus Cristo fundou. A palavra igreja (com i minúsculo) refere-se a grupos locais de crentes ou de outras organizações físicas. Uma vez que a palavra igreja não é escrita em maiúscula nas traduções da Bíblia citadas, todas as citações bíblicas―esteja referindo-se ao Corpo de Cristo ou a uma congregação local―são escritas com um i minúsculo.