O Que a Igreja Primitiva Acreditou e Praticou?
Muitos leitores da Bíblia estão familiarizados com os acontecimentos milagrosos daquele dia—que o lugar onde estavam reunidos foi preenchido pelo som de um vento forte e algo que parecia ser línguas de fogo pousaram sobre os que estavam ali reunidos. Outro milagre ocorreu quando essas pessoas, agora cheias do Espírito de Deus, começaram a falar nos idiomas dos povos de muitos países, para que todos pudessem entender suas palavras.
Muitas vezes, esquecido nesse relato é o dia em que ocorreram esses eventos, o Dia de Pentecostes (Atos 2:1), uma das festas que Deus ordenou para o Seu povo muitos séculos antes (Levítico 23). Ao revelar essas festas, Deus disse que “são estas as minhas festas . . . as festas fixas do Senhor, as santas convocações” (versículos 2, 4, ARA). Deus proclamou que essas festas seriam “estatuto perpétuo por vossas gerações” (versículos 14, 21, 31, 41).
Os Evangelhos mostram que Jesus Cristo observava as mesmas festas (Mateus 26:17-19, João 7:10-14, 37-38). Tanto o livro de Atos quanto as cartas de Paulo mostram os apóstolos guardando essas festas durante as décadas posteriores à crucificação de Cristo (Atos 2:1-4; 18:21; 20:6, 16; 27:9).
A maioria das igrejas ensina que as festas foram “pregadas na cruz” e que, de alguma forma, foram anuladas pela morte de Cristo. No entanto, o registro inconfundível da Bíblia mostra que a Igreja primitiva continuou a observá-las, porém com uma melhor compreensão de seu significado espiritual.
E, ao falar de uma dessas festas dadas por Deus, o apóstolo Paulo exortou a igreja em Corinto—um grupo misto de gentios e judeus crentes—a celebrar “a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade” (1 Coríntios 5:8, ARA). Paulo estava se referindo claramente a Festa dos Pães Ázimos (ver Levítico 23:6, Deuteronômio 16:16).
Paulo explicou o significado da Páscoa (1 Coríntios 5:7; Levítico 23:5) e deu instruções sobre a maneira correta de observar essa cerimônia (1 Coríntios 11:23-28).
As inúmeras referências nos Evangelhos, em Atos e nas epístolas de Paulo levam a uma questão óbvia: Desde que Jesus, os apóstolos e a Igreja primitiva observaram esses dias, por que as igrejas não os ensinam e nem os observam hoje? Afinal, Paulo fez uma conexão direta entre as festas e Jesus, Seu propósito e Seu sacrifício pela humanidade (1 Coríntios 5:7). (Para saber mais sobre essas festas, solicite ou baixe gratuitamente o livro O Plano dos Dias Santos de Deus: A Promessa de Esperança Para Toda a Humanidade).
Os Evangelhos e o livro de Atos são igualmente claros ao informar que Cristo, os discípulos e a Igreja primitiva guardaram o Sábado—de sexta-feira à noite a sábado à noite, o sétimo dia da semana—como o dia de descanso e adoração (Marcos 6:2, Lucas 4:16, 31-32; 13:10, Atos 13:14-44; 18:4). O próprio Jesus disse que Ele mesmo era “Senhor do Sábado” (Marcos 2:28).
Era costume de Jesus ir à sinagoga todos os Sábados para adorar (Lucas 4:16). Ao contrário do ensinamento daqueles que dizem que Paulo abandonou o Sábado, pois também era seu costume ir à sinagoga todos os Sábados (Atos 17:1-3), usando a oportunidade para ensinar aos outros sobre Jesus Cristo.
O Sábado semanal é outra festa de Deus, como as mencionadas anteriormente. De fato, está listado como a primeira de Suas festas (Levítico 23:1-4). Ele está incluso nos Dez Mandamentos (Êxodo 20:8-11, Deuteronômio 5:12-15).
Como as outras festas de Deus, o Sábado é ignorado pela maioria esmagadora das igrejas. Ao invés de guardar o Sábado como ordenou Deus, a maioria das igrejas se reúne no primeiro dia da semana―domingo―um dia que nunca foi ordenado na Bíblia como dia de adoração. Por quê? Se formos observar algum dia como dia de descanso semanal e de culto, não deveria ser o mesmo dia em que Jesus Cristo e os apóstolos guardaram? (Para saber mais, não deixe de pedir ou baixar nosso livro gratuito O Sábado, de Pôr do sol a Pôr do sol: O Dia do Descanso de Deus)
Encontramos também outras diferenças no ensino e na prática. Muitas igrejas ensinam que a obediência à lei de Deus é desnecessária e que Cristo cumpriu a lei para nós ou que a lei foi “pregada na cruz” com Ele. Isso vai diretamente contra às palavras do próprio Jesus (Mateus 4:4; 5:17-19) e do ensinamento e prática dos apóstolos (Atos 24:14; 25:8, Romanos 7:12, 22; 1 Coríntios 7: 19; 2 Timóteo 3:15-17).
Seguindo o exemplo de Cristo, os apóstolos pregaram, poderosamente, sobre o retorno de Jesus Cristo para estabelecer o Reino de Deus (Lucas 4:43; 8:1; 21:27, 31; Atos 1:3; 8:12; 14:22; 19: 8; 28:23, 31). Mas Paulo advertiu que, mesmo em sua época, alguns já estavam pregando “outro evangelho” (2 Coríntios 11:4, Gálatas 1:6).
Vemos muita confusão nas igrejas sobre o que é o evangelho. Elas o veem mais como uma mensagem sobre a história da vida e morte de Cristo para nos “salvar”, mas realmente não entendem por que Ele veio e por que tinha que morrer e, assim, não proclamam a mensagem do Reino de Deus que o próprio Cristo ensinou (Marcos 1:14-15) .
Da mesma forma, Jesus e os apóstolos não ensinaram que os justos iriam ascender ao céu no momento da morte (João 3:13, Atos 2:29, 34), e eles entendiam que o homem não possui uma alma imortal (Ezequiel 18:4, 20; Mateus 10:28), nem que passariam a eternidade no céu ou inferno. (Para saber a verdade sobre estas questões, solicite ou baixe nossos livros gratuitos O Evangelho do Reino de Deus e Céu e Inferno: O que Realmente Ensina a Bíblia?)
Além disso, em nenhum lugar encontramos os feriados religiosos populares, como o Natal, aprovados na Bíblia. A Quaresma e suas práticas estão longe de serem encontradas na Bíblia (Leia nosso livro grátis Feriados Religiosos ou Dias Santos: Será Que Importa Quais Dias Observamos?).
Estas são algumas das principais diferenças entre o cristianismo da época de Cristo e dos apóstolos e o que hoje é comumente praticado. Será que você não deveria olhar para sua Bíblia para ver se suas crenças e práticas se enquadram no que Jesus Cristo e os apóstolos praticaram e ensinaram? Como visto, temos muitos recursos que podem ajudá-lo em seu estudo da Palavra de Deus. Procure baixar ou solicitar suas cópias gratuitas hoje mesmo!