Maravilhoso Cumprimento da Profecia por parte de Jesus
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Maravilhoso Cumprimento da Profecia por parte de Jesus
“Mas Deus assim cumpriu o que já dantes pela boca de todos os seus profetas havia anunciado...” (Actos 3:18).
Dizer que era Deus é uma coisa — mas convencer as pessoas de que era na verdade o que disse que era, é outra coisa completamente diferente. Por isso, como é que os seguidores mais íntimos de Cristo se convenceram tanto ao ponto de darem a vida por essa crença?
Muitas das profecias do Antigo Testamento acerca do Messias foram cumpridas, em detalhe exacto, por Jesus de Nazaré. Nem os Judeus e nem os discípulos de Jesus compreenderam na altura que Jesus estava cumprindo as profecias messiânicas do Antigo Testamento — não obstante, por vezes, Ele lhes tenha dito que esse era o caso (Lucas 18:31; Mateus 26:56). Eles aguardavam um Messias muito diferente daquEle que muitas profecias verdadeiramente descreviam.
Uma das defesas de Jesus para com os Judeus, era a de apelar às próprias escrituras do Antigo Testamento as quais O identificavam como O que viria. “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam” (João 5:39).
Depois de Jesus ressuscitar, Ele começou a ajudar os discípulos a compreender as Escrituras e eles foram inspirados a declarar que Jesus era na verdade o Messias. A prova que eles deram consistiu das mesmas Escrituras que eles anteriormente não tinham compreendido.
Juntando o Quebra-cabeça da Profecia
Pouco depois da Sua ressurreição, Jesus encontrou-se com dois dos seus discípulos que caminhavam em profundo colóquio a caminho da cidade de Emaús. Não O reconhecendo, eles abertamente raciocinavam de como podia ser possível tal acontecimento como a morte do Messias. Jesus começou por lhes explicar que o Seu sofrimento e a Sua crucifixão foram profetizados nas Escrituras.
Ele, gentilmente, reprovou-os: “Ó néscios, e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram! Porventura não convinha que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória?” (Lucas 24:25-26). Então, “começando por Moisés e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras” (versículo 27).
Mais tarde, nesse dia, Ele apareceu a quase todos os Seus apóstolos e clarificou o que lhes tinha dito antes da Sua morte. E disse-lhes: “São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo o que de Mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos” (versículo 44).
Quando Ele disse “Moisés, e os Profetas e os Salmos” Ele referia-se às três maiores divisões do Antigo Testamento, coisa que todo o Judeu crente, como eram estes apóstolos, compreendia. “Então abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras. E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dentre os mortos” (versículos 45-46).
O Espírito de Deus Abre as Escrituras ao Entendimento
Dentro de dias os apóstolos começaram a citar passagens das Escrituras, declarando que estas profecias foram cumpridas por Jesus Cristo.
Pedro fala da morte de Judas, o discípulo que traiu Jesus, em Actos 1:20, citando Salmos 69:25 e 109:8: “Fique desolado o seu palácio; e não haja quem habite nas suas tendas” e “...outro tome o seu ofício”. Pedro e os discípulos começaram a compreender que as Escrituras falavam em detalhe da vida, da morte e da ressurreição de Jesus.
Depois que receberam o Espírito Santo, no dia de Pentecostes, o entendimento deles das Escrituras aumentou grandemente (João 14:26). Pedro, falando nesse dia, cita de Joel 2:28-29, dizendo que o envio do Espírito Santo foi um cumprimento dessa profecia (Actos 2:14-18).
Pedro continua com a sua mensagem às multidões agrupadas em Jerusalém, explicando a ressurreição de Jesus com uma referência a Salmos 16:8-11: “Porque dele [de Jesus] disse David: ‘Sempre via diante de mim o Senhor, porque está à minha direita...Pois não deixarás a minha alma no Hades [no sepulcro]. Nem permitirás que o teu Santo veja a corrupção [decomposição do corpo depois da morte]...Com a tua face me encherás de júbilo [pela ressurreição do sepulcro]’” (Actos 2:25-28). Pedro afirma que David foi um profeta e que previu a ressurreição de Jesus o Messias.
Mais espantoso ainda é o quadro da ressurreição de Cristo que David pinta e que Pedro cita: “Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés” (Actos 2:34-35). Pedro agora vê claramente que o Antigo Testamento antevia a vinda de Jesus o Messias – O Messias a Quem eles seguiram por mais de três anos. Agora Pedro está citando Escrituras aos seus conterrâneos para provar-lhes que Jesus é o Messias.
Muitos anos mais tarde encontramos Paulo, que a princípio se opôs violentamente aos que aceitaram Jesus como o prometido Messias, argumentando com os Judeus, nas sinagogas, a favor de que Jesus é na verdade o Messias, o Cristo (Actos 17:1-4). Da mesma forma Apolo refutou, “Porque com grande veemência, convencia publicamente os judeus, mostrando pelas Escrituras que Jesus era o Cristo” (Actos 18:28). Alguns dos Judeus a que se dirigiram começaram a compreender as suas próprias Escrituras à luz da vida, da morte e da ressurreição de Jesus o Cristo.
Profecias Cumpridas nos Evangelhos
Os Judeus que acreditavam que Jesus cumpriu as profecias messiânicas eram uma minoria. Os escritores dos Evangelhos, contudo, foram implacáveis ao citarem das Escrituras para demonstrar que Jesus cumpriu em detalhe as muitas profecias messiânicas.
O apóstolo Mateus, por exemplo, parece ter escrito o Evangelho especificamente para uma audiência Judaica do primeiro século. Através de uma série de citações do Antigo Testamento, Mateus documenta a afirmação de Cristo de ser o Messias. A genealogia, o baptismo e os milagres de Cristo, tudo aponta para a inescapável conclusão: Ele é o profetizado Messias.
O Evangelho de Mateus cita 21 profecias que foram cumpridas em circunstâncias envolvendo a vida e a morte de Cristo. Onze passagens apontam esse cumprimento ao usar tais introduções como “para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta...” ou “então, se cumpriu o que foi dito pelo profeta...”
Cumprimento Acidental das profecias?
Os escritores do Novo Testamento citam mais de 130 vezes profecias messiânicas do Antigo Testamento. Algumas estimativas consideram que o Antigo Testamento contém 300 passagens proféticas que descrevem quem o Messias é e o que Ele fará. Sessenta destas, são profecias da maior importância. Quais são as probabilidades destas profecias se cumprirem numa pessoa?
Pois, como o Dr. Geisler diz, Deus não comete erros. É completamente inconcebível que Deus permitisse uma decepção total em Seu nome, ou um cumprimento acidental na vida de uma pessoa errada. Tais coisas eliminam a possibilidade dum cumprimento acidental (Christian Apologetics [Apologias Cristãs] p. 343).
Pode-se ainda argumentar que há essa possibilidade, conquanto remota. Mas as probabilidades matemáticas de todas estas profecias poderem ter convergido por acaso nos acontecimentos da vida de Cristo são incrivelmente diminutas, ao ponto de eliminar qualquer possibilidade desse tipo.
O astrónomo e matemático Peter Stoner, no seu livro Science Speaks (A Ciência Fala), apresenta uma análise matemática que mostra que é impossível serem cumpridos, numa simples pessoa, por mera coincidência, os exactos depoimentos sobre Aquele que viria.
A probabilidade de somente oito destas profecias (dentre dúzias) serem cumpridas na vida de um homem, estima-se de ser 1 em 10 elevado à potência de 17. Isto é, será uma possibilidade em 100.000.000.000.000.000.
Como podemos pôr isto em termos que possamos compreender? O Dr. Stoner ilustra as possibilidades com este cenário: “Tomem-se 1017 [dez à potência de dezassete] moedas de dólares de prata [uma moeda de cerca de 38 mm de diâmetro] e coloquem-se sobre a superfície to estado do Texas (com a sua superfície aproximada de 262.000 milhas quadradas [678,576 Km2 – quase que o mesmo tamanho que Moçambique]). Elas cobrirão todo o estado com uma espessura de dois pés [aproximadamente de 60 cm]. Agora, marque-se uma dessas moedas e seguidamente misturem-se todas cuidadosamente sobre todo o território. Ponha-se uma venda num homem e diga-se-lhe que ele pode andar por onde quiser, mas que tem de apanhar uma moeda e dizer que ela é a moeda que foi marcada.”
“Que probabilidades teria ele de encontrar a moeda certa? Precisamente as mesmas que os profetas teriam tido ao escreverem estas oito profecias e acertarem com elas todas num homem.”
Mas isto são somente oito profecias sobre o Messias, de entre dezenas delas. Usando a ciência da probabilidade, a probabilidade de 48 profecias acontecerem a uma pessoa, são de 1 em 10 elevadas à potência de 157, isto é, 1 seguido de 157 zeros (Science Speaks [A Ciência Fala] por Peter Stoner, 1963, pp. 100-109).
Um ou dois cumprimentos proféticos na vida de Cristo podiam ser descartados como coincidentes, mas quando as ocorrências do cumprimento das profecias são contadas, a lei da probabilidade rapidamente atinge o ponto onde mera probabilidade se transforma em certeza. Esta é uma das provas de que Jesus foi o Messias prometido — as profecias messiânicas foram exacta e precisamente cumpridas n’Ele.
Analisemos algumas delas.
Semente de Abraão e descendente de David
Em Gálatas 3:8 e 16, Paulo explica que a promessa feita a Abraão de que “...todas as nações serão benditas em ti” (Génesis 12:3; 18:18; 22:18), era uma referência ao Messias vindouro. Esta promessa foi mais tarde repetida a Isaque, filho de Abraão (Génesis 26:4) e, depois, mais tarde, prometida a Jacó, neto de Abraão (Génesis 28:14).
Vários séculos mais tarde, foi profetizado que o futuro Messias viria através de Jessé, o pai do rei David, da tribo de Judá — um dos doze filhos de Jacó. “Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará” (Isaías 11:1).
David foi o filho de Jessé de quem procederia a linha da qual descenderia Jesus de Nazaré, umas trinta gerações mais tarde. Através do profeta Jeremias, Deus profetizou que: “... que levantarei a David um Renovo justo” (Jeremias 23:5).
Nesta espantosa progressão de profecias, começando uns 1.500 anos antes da vinda do Messias, somos informados em termos precisos qual seria a linhagem de Cristo. Jesus cumpre estas promessas, como o apóstolo Mateus nos mostra ao registar a descendência de Jesus através da linha do rei David. O número de pessoas que potencialmente poderiam cumprir as profecias messiânicas diminui grandemente quando limitado a esta família.
O Messias viria de Belém
Os Judeus do tempo de Jesus também sabiam que o Messias estava para vir, com origem a partir de Belém (Mateus 2:3-6). Isto era perfeitamente compreendido ao ler Miquéias 5:2: “E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.”
Havia duas Beléns, uma na região de Efrata em Judá e a outra no norte, na região da tribo bíblica de Zebulom. Mas a profecia de Miquéias é precisa. O Messias nasceria em Belém de Efrata. Jesus nasceu nesta Belém de Judá (Mateus 2:1).
As profecias analisadas até agora apontam fortemente para Jesus, mas não são conclusivas. Outras pessoas poderiam qualificar-se se usarmos este critério. Mas estas são somente o princípio.
Uma Virgem concebe
Uma profecia notável em Isaías 7:14, chamada “a profecia de Emanuel”, profetiza o nascimento único de Jesus por uma virgem: “...Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel.”
Antes de Jesus nascer, um anjo apareceu a José, em sonho, e disse-lhe que a sua noiva, Maria, estava grávida com uma criança — concebida não por homem, mas pelo Espírito Santo. O anjo referiu-se a esta profecia de Isaías (Mateus 1:18-23; compare-se com Lucas 1:26-35).
Jesus foi um Profeta
Moisés, considerado o maior dos profetas e mestres Hebreus, escreveu a profecia messiânica dizendo que Deus faria vir a público um profeta como ele mesmo de entre Israel, e que Ele representaria directamente Deus (Deuteronómio 18:15, 18).
Jesus foi visto como um profeta (Mateus 14:5; 21:46; Lucas 7:16; 24:19; João 4:19; 9:17). Depois de Ele ter multiplicado, miraculosamente, peixe e pão, para alimentar as 5.000 pessoas que O ouviam, Jesus foi visto especificamente como o profeta de quem Moisés tinha falado (João 6:14; comparar com 7:40). Pedro, mais tarde, referiu-se explicitamente a Jesus como este Profeta (Actos 3:20-23).
Um sacrifício pelos pecados
As profecias do Velho Testamento sobre os detalhes do sofrimento e morte do Messias, não foram de maneira nenhuma bem entendidas nos dias de Jesus. Os Judeus acreditavam que o Messias por quem eles aguardavam seria um rei vitorioso que os libertaria dos odiados Romanos e restauraria o reino Israelita — não um humilde Mestre que suportaria sofrimento e morte pelos pecados da humanidade.
Não obstante, isto é uma das principais áreas de profecia do Velho Testamento e do cumprimento do Novo Testamento. Todo o aspecto do sofrimento e morte de Jesus foi virtualmente explicado séculos antes de ter chegado a acontecer.
O verdadeiro quadro revelado nestas profecias é de que o Messias seria “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1:29). O povo não esperava que o prometido Salvador, o Rei conquistador, viesse a ser Um que primeiro dava a Sua vida pela dos outros.
Hebreus 10:12 diz-nos que a morte de Cristo foi, de uma vez por todas, a oferta pelos pecados: “Mas este, havendo oferecido para sempre um único sacrifício pelos pecados, está assentado à destra de Deus”. Os versículos 5 a 7 citam Salmos 40:6-8 ao descreverem a vontade de Cristo em se submeter como um sacrifício para pagar o preço dos pecados de todos.
O sistema sacrificial que Deus instituiu no antigo Israel, foi uma representação do sacrifício de Jesus que pagaria este preço uma vez por todas. O derramar de sangue de touros, bezerros, cordeiros e bodes não poderiam tirar os pecados (Hebreus 10:4).
Só o sangue derramado pelo Próprio Criador podia expiar os pecados dos Hebreus bem como os de todos os seres humanos. Os sacrifícios, que foram instituidos sob Moisés, retratam de forma verdadeiramente gráfica a futura morte sacrificial do Salvador da humanidade pelos nossos pecados. Neste sentido o sistema sacrificial, em si mesmo, foi profético do Messias.
O Cordeiro de Deus
Os cordeiros da Páscoa que eram mortos no dia 14 do primeiro mês, pelos Israelitas (Êxodo 12:3-6; Levítico 23:5), eram um poderoso e pungente retrato do sacrifício do Messias, conquanto os Israelitas nunca o entendessem na altura.
Foi neste mesmo dia do calendário Hebraico, o dia em que os cordeiros da Páscoa eram mortos, que Jesus foi preso, julgado e executado. Ele foi verdadeiramente “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” como foi dito por João Baptista (João 1:29).
Os Israelitas não entenderam durante séculos este quadro, assim como os Judeus do tempo de Jesus, e, só depois de ter acontecido é que os discípulos compreenderam que Jesus cumpriu secções inteiras das Escrituras que ninguém suspeitava seriam cumpridas pelo Messias.
Profecias à volta da Sua traição, sofrimento e morte
Nada menos que 29 profecias foram cumpridas no período de 24 horas antes da morte de Jesus. Algumas das mais notáveis são:
- Ele seria crucificado. “Traspassaram-me as mãos e os pés” (Salmos 22:16). Este depoimento foi escrito cerca de 1.000 anos antes do acontecimento se dar (João 20:25, 27). Talvez mais notável ainda, é o desta profecia descrever uma forma de execução que não começaria a ser praticada por muitos séculos — cerca de 800 anos passar-se-iam antes que os Romanos adoptassem a crucifixão como uma forma de punição para os criminosos condenados.
- Seu corpo seria perfurado. “...Olharão para mim, a quem traspassaram” (Zacarias 12:10). João diz-nos o que aconteceu: “...um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água” (João 19:34). João diz-nos que foi testemunha ocular deste acontecimento (versículo 35) e verifica que isso foi o cumprimento dessa profecia: “E outra vez diz a Escritura: ‘Verão aquele que traspassaram’” (versículo 37).
- Nenhum dos Seus ossos será quebrado. “Ele lhe guarda todos os seus ossos; nem sequer um deles se quebra” (Salmos 34:20). João diz-nos: “Foram, pois, os soldados, e, na verdade, quebraram as pernas ao primeiro, e ao outro que como ele fora crucificado; Mas, vindo a Jesus, e vendo-o já morto, não lhe quebraram as pernas (João 19:32-33).
João confirma que isto é uma profecia que foi cumprida: “Porque isto aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz: ‘Nenhum dos seus ossos será quebrado’” (versículo 36).
- Pessoas jogariam aos dados as Suas roupas. “Repartem entre si as minhas vestes, e lançam sortes sobre a minha roupa” (Salmos 22:18). João também testifica que este detalhe foi cumprido.
“Tendo, pois, os soldados crucificado a Jesus, tomaram as suas vestes, e fizeram quatro partes, para cada soldado uma parte; e também a túnica. A túnica, porém, tecida toda de alto a baixo, não tinha costura. Disseram, pois, uns aos outros: Não a rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela, para ver de quem será. Para que se cumprisse a Escritura . . .” (João 19:23-24).
- Ele oraria pelos seus executores. “...Ele...intercedeu pelos transgressores” (Isaías 53:12). Jesus orou, “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23:34).
- Ele viria a ser executado com criminosos. “E foi contado com os transgressores...” (Isaías 53:12). Mateus 27:38 diz-nos que “foram crucificados com ele dois salteadores, um à direita, e outro à esquerda.”
- Ele não retaliaria. “Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca” (Isaías 53:7).
Mateus 27:12 diz-nos que “sendo acusado pelos príncipes dos sacerdotes e pelos anciãos, nada respondeu”. Pilatos, o governador Romano, também tentou obter d’Ele uma resposta: “Disse-lhe então Pilatos: Não ouves quanto testificam contra ti? E nem uma palavra lhe respondeu, de sorte que o presidente estava muito maravilhado” (versículos 13-14)
- Ele seria abandonado pelos Seus seguidores. “Fere ao pastor, e espalhar-se-ão as ovelhas...” (Zacarias 13:7). Quando Jesus foi preso, todos os Seus discípulos “O abandonaram e fugiram” (Marcos 14:50).
- Ele seria traído por um amigo de confiança. A traição de Jesus por Judas, um dos Seus discípulos, foi profetizada em Salmos 41:9: “Até o meu próprio amigo íntimo, em quem eu tanto confiava, que comia do meu pão, levantou contra mim o seu calcanhar”. Em João 13:18 e versículo 26, Jesus declara cumprida esta profecia quando dá a Judas o pedaço de pão.
- O preço da traição seria de 30 moedas de prata. O acto de 30 moedas de prata pagas a Judas pela traição de Jesus (Mateus 26:14-15), entende-se ter sido profetizado em Zacarias 11:12: “E pesaram o meu salário, trinta moedas de prata.”
- Ser-Lhe-ia dado vinagre e fel. Quando Jesus estava a ser crucificado deram-Lhe vinagre com fel (Mateus 27:34), coisa que fora profetizada em Salmos 69:21: “Deram-me fel por mantimento, e na minha sede me deram a beber vinagre.”
Uma vez mais, o número absoluto de profecias e da sua precisão, tudo aponta a que fossem cumpridas por uma pessoa, Jesus de Nazaré. Contudo, a despeito de tantas testemunhas oculares específicas das profecias cumpridas, ainda há pessoas que levantam várias objecções.
Foi o seu cumprimento urdido?
Uma objecção vulgar que alguns levantam é a de que Jesus e os Seus seguidores deliberadamente tentaram fazer por cumprir estas profecias. Vários livros têm proposto variações desta teoria, entre elas a de O Complô da Páscoa. Advogados desta idéia alegam que Jesus manipulou acontecimentos de forma a fazer parecer que Ele cumpriu as profecias. De alguma forma Jesus manobrou disfarçar a Sua morte para reviver mais tarde.
Não há dúvida que Jesus deu alguns passos para directamente cumprir profecia, tal como adquirir um jumento para nele entrar em Jerusalém e fazer com que os Seus discípulos tivessem espadas para serem contados como criminosos (ver Mateus 21:1-7; Lucas 22:36-38). Isto não era, contudo, enganador. Tanto mais que, Deus, no Velho Testamento, explica como Ele é capaz de predizer o futuro: “...eu sou Deus...Que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antigüidade as coisas que ainda não sucederam...porque assim o disse, e assim o farei vir” (Isaías 46:9-11).
Cristo, como Deus em carne, estava simplesmente fazendo acontecer o que Ele tinha predito.
Contudo, se fosse só um ser humano comum, Jesus não seria capaz de realizar tudo quanto fora profetizado acerca do Messias. Embora a idéia possa soar intrigante, ela é impossível quando consideramos o que Jesus teria de ter feito para a executar. Para começar, Ele teria de ter manipulado com sucesso, o Seu próprio local de nascimento e a Sua linhagem familiar. Ele teria de ter organizado a sua data de nascimento, de forma a que, como adulto, Ele começaria o Seu ministério e organizado a Sua morte tudo de acordo com o quadro do tempo da profecia de Daniel 9. E, ainda por cima, Ele teria de ter engendrado o Seu próprio miraculoso nascimento por uma virgem.
Se esta teoria tivesse algum sentido de plausibilidade, mesmo assim não faria sentido que Jesus não tivesse cumprido a expectação Judaica de um Messias que estava para vir como rei para governar o povo nessa altura. Certamente que Jesus teve essa oportunidade de, se Ele quisesse, fazer-se um rei e chefe físico da nação Judaica. Muitos desejavam-No seguir e fazê-Lo rei (João 6:15; 12:12-19). Contrariamente, Ele tomou a via que O levou ao Seu horrível sofrimento e morte.
Ele, cumpriu fielmente as profecias de acordo com a intenção de Deus, mas contrariamente ao entendimento comum da sua época. Ele fez-se servo e desejou dar a Sua vida como paga pelos pecados de todos (Mateus 20:28). O carácter demonstrado não O qualifica como charlatão e falsário — alguém que manipula acontecimentos para seu próprio benefício.
O Cumprimento da profecia é prova
Deus, que é capaz de controlar todos os acontecimentos, fez com que estas profecias fossem escritas séculos antes de se realizarem na pessoa de Jesus de Nazaré. Como Pedro declara: “...Deus assim cumpriu [por Jesus Cristo] o que já dantes pela boca de todos os seus profetas havia anunciado” (Actos 3:18).
Paulo reafirma que “Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1 Coríntios 15:3-4).
Predizer com precisão estes acontecimentos 200 a 800 anos em avanço não é nada menos que um milagre — um que requer conhecimento e poder divino para os fazer acontecer como predito. Deus não faz as coisas ao acaso. Ele sabia, mesmo a partir da fundação do mundo, que o Seu Filho teria de vir à terra (1 Pedro 1:20), e anunciou os acontecimentos do Seu nascimento, morte e vida para que tivéssemos firme evidência em que firmar a nossa fé.