A Conduta Correta no Namoro

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A Conduta Correta no Namoro

Todo mundo sabe que na maioria das culturas o namoro é um prelúdio para o casamento. Mas o que muitos não sabem é que o modo como se namora hoje tem grande influência no tipo de casamento que teremos. A maneira como nos comportamos ao namorar é um excelente indicador do compromisso que teremos de um futuro relacionamento e um indicador do nível de felicidade que vamos desfrutar.

Neste capítulo vamos olhar a fórmula segundo Deus de encontrar um marido ou uma esposa. Vamos contrastar o namoro da cultura moderna com a prática do namoro segundo Deus. Vamos compartilhar com vocês algumas respostas francas sobre as consequências do sexo antes do casamento e mitos populares sobre o sexo. E, finalmente, vamos compartilhar alguns conselhos de pessoas que comprometeram suas vidas ao namoro segundo Deus.

Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só” (Gênesis 2:18) e que encontrar uma mulher é “uma coisa boa” (Provérbios 18:22). O mesmo princípio vale para as mulheres que encontram maridos amorosos e responsáveis. O casamento é bom para todos nós!

O casamento não é apenas uma base para a felicidade, mas também nos proporciona vidas mais longas e de melhor qualidade. Ademais, ele também é o tijolo que constrói comunidades, sociedades e, por fim, civilizações. Uma sociedade é tão forte quanto seus casamentos e famílias.

A base para um bom casamento é estabelecida muito antes da cerimônia de núpcias. Ela é fundada quando duas pessoas começam a namorar.

Namoro: Preparação para o casamento

À medida que crescemos, esta é uma pergunta comum que fazemos aos nossos pais: “Quando posso começar a namorar?” Embora a Bíblia não especifique nenhuma idade apropriada para o namoro, os pais sábios vão ensinar a seus filhos maduros os princípios bíblicos que os ajudarão a seguir os padrões de Deus acerca do comportamento.

Os pais devem determinar quando seus filhos estão prontos para namorar baseando-se em sua maturidade e disposição em aceitar a responsabilidade por suas ações. Antes de os pais permitirem o namoro, eles devem ensinar e incentivar os filhos a seguir os padrões bíblicos ao invés de deixá-los à vontade para aprender naturalmente.

Quando se começa a namorar, o propósito deve ser o de desenvolver-se socialmente—isto é, aprender sobre o sexo oposto e as muitas diferenças, valores e temperamento da personalidade humana. Quando terminamos nossa educação acadêmica e temos uma carreira estabelecida, estamos prontos para namorar seriamente no intuito de casar.

É claro que, mesmo o namoro para casamento, frequentemente começa na base social de conhecer outra pessoa. Em seguida, ele pode ir para o próximo nível, se ambos estão preparados e dispostos. Então, vamos começar com os jovens que estão prontos para começar a namorar socialmente.

Ensinar aos jovens os padrões de Deus antes de permitir que namorem pode soar extremamente antiquado e restritivo. Mas entendamos dessa maneira: A maioria dos governos não permite que as pessoas dirijam automóveis até que demonstrem conhecimento e habilidade para fazer isso com segurança. Nenhum pai ou mãe responsável colocaria o seu filho adolescente em um automóvel no meio de uma rodovia movimentada, sem ter lhe dado a instrução de como dirigir.

O namoro em nosso mundo não está isento de muitos perigos. Sem a instrução adequada, muitos jovens se tornam promíscuos, contraem doenças sexualmente transmissíveis, gravidezes indesejadas e decidem enveredar-se por caminhos errados, que parecem “curtição” no momento, mas levam a indescritíveis aflições (Provérbios 14:12 e 16:25). No início, os jovens precisam da instrução sobre o porquê e como os valores bíblicos podem protegê-los de semelhante sofrimento.

Sem esta instrução, muitos jovens cometem erros que obstruem seu potencial para ter um casamento feliz. Os pais amorosos jamais desejariam o sofrimento para seus filhos, mas ao deixá-los ignorantes provavelmente seguirão por este caminho. Uma compreensão clara dos padrões de Deus sobre o namoro e o casamento é uma das maiores bênçãos que os filhos podem receber de seus pais.

No entanto, muitos jovens estão muito além desse ponto, tendo alcançado a maioridade―alguns até chegaram a casar-se e, talvez, até mesmo a divorciar-se. Obviamente, o ideal é ensinar aos jovens a terem um comportamento adequado quanto ao namoro. Mas o que dizer dos adultos? Eles mudam as normas de conduta? Os adultos por serem mais velhos ganham o direito de terem mais liberdades do que os adolescentes? Todas as coisas são apropriadas para os adultos permissivos?

A Bíblia ensina que os critérios de Deus para o namoro se aplicam às pessoas de todas as idades. Ele não tem dois conjuntos de orientações, uma para adultos e outra para jovens. Seguir as leis bíblicas é igualmente benéfico independente da idade. Transgredir as leis de Deus é igualmente desastroso para pessoas de qualquer idade.

Os critérios modernos de namoro

Para entender a diferença entre o caminho de Deus e o do mundo, considere as práticas de namoro comuns no mundo ocidental.

Muitos supõem que, quando as pessoas estão namorando, a relação sexual é o jeito correto de determinar se são compatíveis. Eles acreditam que o sexo é simplesmente uma expressão natural do amor entre duas pessoas e assim a coisa natural seria que os indivíduos vivessem juntos ou “ficassem juntos” em um relacionamento de namoro íntimo. Se um casal então rompe essa relação e os dois começam a flertar com outras pessoas, o senso comum é que eles estão livres para ter relações sexuais com seus novos parceiros.

Esta prática de monogamia serial―ser sexualmente ativo com apenas uma pessoa solteira por vez―é considerada amplamente como uma forma adequada de namoro até encontrar um futuro companheiro.

Nos Estados Unidos cerca de dois terços das mulheres casadas aos vinte anos de idade coabitaram com seus futuros maridos antes do casamento (Robert Moeller, “Boletim da Moralidade nos Estados Unidos”, Leitor Cristão, novembro e dezembro de 1995, págs. 97-100). Esta prática duvidosa é seguida pela maioria dos jovens adultos no mundo ocidental. Infelizmente, a maioria não sabe o preço que vai pagar por tal conduta.

Uma das primeiras consequências da monogamia serial é o sofrimento emocional. O ato sexual cria um vínculo emocional entre um homem e uma mulher. Quando um casal se separa depois de ter tido relações sexuais, há um inevitável sofrimento por causa do rompimento deste vínculo. Para aliviar a dor, o homem e a mulher geralmente procuram estabelecer rapidamente outra relação semelhante com um novo parceiro, repetindo o mesmo erro.

Como as pessoas vão de uma relação sexual a outra, não apenas têm de lidar com a dor desses laços rompidos como também se habituam a ter relações sexuais de curto prazo—uma maneira de pensar muito comum em quem não é casado. Não é de admirar que aqueles que praticam o sexo antes do casamento se divorciam mais do que aqueles que se abstêm de praticar.

Claro, a maioria daqueles que pratica o sexo antes do casamento diz que seus parceiros devem informar quaisquer doenças sexualmente transmissíveis (DST) que tenham antes da relação sexual para que a proteção adequada seja empregada. Ao usar contraceptivos para evitar doenças e gravidezes indesejadas (algo que nem sempre funciona), os casais acreditam que estão praticando o “sexo seguro”. Estas práticas são tão amplamente aceitas que um número crescente de escolas e universidades fornece contraceptivos gratuitos para os estudantes, sem nenhum questionamento.

Embora essa abordagem possa parecer lógica, ela está distante dos critérios de Deus—que quando aplicados são sempre seguros. A verdade é que a prática do chamado “sexo seguro” não tem dado muito certo.

Apesar de que os jovens estejam recebendo muita educação sobre sexo, essa educação não está resultando em “sexo seguro”. Em vez disso, muitos jovens estão contraindo doenças sexualmente transmissíveis, algumas das quais ficará com eles para o resto da vida. A epidemia é tão terrível que, nos Estados Unidos, um em cada quatro adolescentes sexualmente ativos contrai uma DST a cada ano (Stenzel, pág. 67).

Pagando o preço da paixão

Quando deixamos de seguir as leis de Deus sobre a atividade sexual, sempre somos penalizados. As consequências físicas estão bem documentadas.

Hoje mais de vinte e cinco doenças sexualmente transmissíveis afligem as pessoas ao redor do mundo, um número que não para de crescer. Algumas destas doenças são causadas por bactérias e podem ser tratadas com antibióticos—se forem detectadas. Outras, como a AIDS, são causadas por vírus —o que significa que não existe cura para esse tipo de doença.

A pessoa que contrair uma doença sexualmente transmissível viral, como o vírus do papiloma humano (HPV), comumente conhecido como verrugas genitais, vai carregá-lo para o resto da vida. Esta é a DST mais comum nos Estados Unidos. Mais de um terço de todas as pessoas solteiras sexualmente ativas estão infectadas com ele e muitas delas nem sabem que carregam o vírus.

Infelizmente, a maioria dos estadunidenses não leva a sério a ameaça das DSTs. Os Centros de Controle de Doenças relata: “Apesar do fato de ter havido um grande avanço na prevenção das DSTs nas últimas quatro décadas, os Estados Unidos ainda têm as maiores taxas de doenças sexualmente transmissíveis do mundo industrializado. As taxas de doenças sexualmente transmissíveis são de cinquenta a cem vezes maiores nos Estados Unidos do que em outras nações industrializadas, apesar de as taxas de gonorreia e sífilis recentemente terem caído para um mínimo histórico.

“Nos Estados Unidos, cerca de 15,3 milhões de novos casos de DSTs são relatados a cada ano. Apesar de as DSTs estarem muito espalhadas e custarem bilhões de dólares para a saúde da nação a cada ano, a maioria das pessoas nos Estados Unidos continua ignorando o risco e todas as consequências da mais conhecida das DSTs—o HIV, o vírus que causa a AIDS [SIDA]” (CDC Rede Nacional de Informação Sobre a Prevenção).

Para ajudar as pessoas a entenderem a probabilidade de contrair uma DST nos Estados Unidos, Pam Stenzel escreve: “Você já ouviu falar de roleta russa? É um ‘jogo’ em que uma bala é carregada em uma arma com um tambor de múltiplas câmaras. Uma pessoa segura a arma apontada para a cabeça, puxa o gatilho e espera continuar viva.

“Compare jogar roleta russa com um revólver de seis tiros a fazer sexo. Você está mais propenso a contrair uma doença sexualmente transmissível por contato sexual do que ser morto por uma arma durante esse jogo. Se alguém lhe dissesse: ‘Ei, que tal se juntar a nós para jogar roleta russa?’ Eu aposto que você diria: ‘Você está louco!? Nem mesmo um idiota faria algo que tão estúpido’. E mesmo assim os adolescentes continuam a ter relações sexuais, pensando que podem evitar a gravidez e a AIDS, e que tudo ficará bem” (Stenzel, pág. 68).

As más decisões não se limitam apenas aos adolescentes

Claro, não são apenas os adolescentes que estão tomando decisões estúpidas. Os adultos também. Enquanto alguns se enganam pensando que é mínima a probabilidade de contraírem uma doença sexualmente transmissível nas relações sexuais extraconjugais, estas pessoas ainda têm o risco de passarem por sofrimentos emocionais ao fazer isso. As pessoas que praticam sexo antes do casamento ou têm relações extraconjugais sofrem uma série de consequências, como a preocupação de serem pegos, o medo de contrair uma DST, o receio de uma gravidez indesejada e a culpa.

Além de tudo isso, há sempre a situação da primeira experiência sexual, quando se deixa de ser virgem. Quem pode ser melhor na vida para se ter essa primeira experiência do que o marido ou a esposa?

A virgindade só pode ser entregue de uma vez. Uma vez entregue, não pode ser tomada de volta. Após o casamento, o fato de toda a atividade sexual ser limitada ao cônjuge também ajuda o marido e a esposa a valorizar um ao outro. O sexo fora do casamento destrói ou prejudica o relacionamento.

Essas consequências são o cumprimento moderno da Escritura que diz: “Fujam da imoralidade sexual! Qualquer outro pecado que alguém comete não afeta o corpo, mas a pessoa que comete imoralidade sexual peca contra o seu próprio corpo” (1 Coríntios 6:18, BLH).

O que as pessoas parecem esquecer é que não há necessidade de que alguém sofra essas consequências! A maneira de ter absoluta certeza de nunca contrair uma DST ou sofrer uma angústia emocional é evitar toda e qualquer prática sexual antes do casamento e, uma vez casado, somente ter relações sexuais apenas com seus cônjuges—com ninguém mais. Sem dúvida, esta fórmula funciona perfeitamente—sempre!

A história se repete

Os registros históricos da antiga cidade de Corinto revelam que, no coração do Império Romano, a civilização tecnologicamente mais avançada da época, os valores sexuais do primeiro século eram semelhantes aos conceitos modernos do namoro de hoje. Os padrões eram tão distorcidos que as relações sexuais com prostitutas do templo não eram consideradas um escândalo, mas sim uma forma apropriada de adoração.

Através do apóstolo Paulo, Deus ensinou aos coríntios um caminho muito melhor. Depois de dizer que a imoralidade sexual é um pecado contra nossos próprios corpos, Paulo disse: “Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo . . . e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (1 Coríntios 6:19-20).

Por que Paulo ousou tratar do comportamento privado das pessoas? Ele teve tamanha ousadia porque sabia que Deus permite as relações sexuais somente dentro do casamento (Gênesis 2:24, Hebreus 13:4). As relações sexuais em qualquer outra situação eram e são imorais.

Escrevendo aos membros da Igreja em Tessalônica, Paulo tratou das relações entre os membros do sexo oposto ainda mais diretamente. Exortando os irmãos a viverem suas vidas de uma maneira agradável a Deus (1 Tessalonicenses 4:1), ele escreveu:

“O Senhor castigará todas essas práticas, como já lhes dissemos e asseguramos. Porque Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santidade. Portanto, aquele que rejeita estas coisas não está rejeitando o homem, mas a Deus, que lhes dá o seu Espírito Santo” (versículos 3-8, NVI).

O costume e a prática do namoro―que leva ao casamento―devem ser acompanhados de respeito e dignidade. E não deve ser desvalorizado como uma desculpa para a satisfação sexual. Deus espera que permaneçamos virgens até o casamento. Esse enfoque demonstra respeito a Deus, a nosso corpo, a nosso futuro esposo ou esposa e à instituição divina do casamento.

O caminho de Deus é o melhor caminho para fazer um casamento dar certo. Os sociólogos descobriram que o critério de Deus para o namoro é o que produz casamentos duradouros.

O Jornal do Matrimônio e da Família comenta o seguinte: “Depois de analisar os padrões de coabitação e casamento entre cerca de treze mil adultos . . . sociólogos da Universidade de Wisconsin Madison concluíram que casais que viveram juntos antes do casamento experimentavam níveis mais altos de conflito conjugal e não se comunicavam bem. Esses casais eram menos comprometidos com o casamento e viam o divórcio como uma probabilidade alta do que aqueles que não tinham coabitado antes do casamento” (Vol. 54., 1992).

Namoro para socialização

Como os pais responsáveis podem acabar com a pressão que seus filhos sofrem para se entregarem a práticas imorais de namoro?

O primeiro passo, como observado anteriormente, é ensiná-los os princípios, segundo Deus, de namoro e amizade. Quando os adolescentes estão prontos, muitas famílias buscam namoros em grupo (três ou mais pessoas participando de uma atividade em conjunto) e isso pode ser uma boa maneira para os jovens entrarem no seu próximo estágio da vida.

Uma vez que os adolescentes, geralmente, não estão prontos para o casamento―por causa da imaturidade e da necessidade de formação educacional e profissional―algumas pressões e tentações do namoro a sós podem ser evitadas através de namoros em grupo. O desenvolvimento social e o aprendizado sobre como se divertir na companhia do sexo oposto em um ambiente seguro podem ser experiências saudáveis para os adolescentes.

Namoro para casamento

Quando duas pessoas maduras começam a namorar pensando em casamento, elas devem considerar muitas coisas. Quais são os valores defendidos pela outra pessoa? Será que ela acredita em Deus? Será que obedece a Deus? Quais são seus critérios e valores pessoais? Quais são as suas preferências, antipatias, caráter e personalidade? O que torna essa pessoa o par ideal? Será que eu conseguiria amá-la e respeitá-la?

Muitas vezes, no namoro moderno pouco se pensa num possível parceiro para toda a vida―além de pensarem se os dois têm prazer na relação sexual. No entanto, quando duas pessoas se abstêm do cenário de relações sexuais cheias de emoções, como Deus instrui, elas podem ser muito mais racionais ao refletir sobre os valores e as características pessoais de um possível cônjuge.

Encontrar um companheiro com valores religiosos semelhantes é um assunto muito importante. A antiga nação de Israel repetidamente perdia seus vínculos espirituais quando os seus cidadãos se casavam com pessoas de diferentes convicções e práticas religiosas (Números 25:1-3; Neemias 13:23-26). Casar-se dentro de sua própria fé ainda é igualmente importante.

O ideal é que os filhos tenham ambos os pais acreditando, praticando e ensinando os mesmos princípios religiosos. Quando os filhos têm pais que defendem valores diferentes, eles ficam confusos. Mesmo se os filhos não estejam envolvidos, o confronto entre os dois sistemas de valores concorrentes pode ser doloroso.

Depois de uma experiência amarga, muitos desejariam, quando estavam namorando, ter seguido o conselho do apóstolo Paulo sobre o “jugo desigual” com alguém de crença religiosa diferente (2 Coríntios 6:14; comparar 1 Coríntios 7:39). Uma atitude sábia é escolher um companheiro compatível quanto à religião, à filosofia e à etnia, entre outras coisas. Claro, Deus sempre está disposto a nos dar a sabedoria que precisamos quando pedimos (Tiago 1:5).

Quando duas pessoas consideram casar-se, se forem sábias, procurarão aconselhamento pré-nupcial. Os conselhos podem ajudar os casais a entenderem seus pontos fortes e fracos e suas diferenças antes do casamento. Além de uma revisão objetiva, eles também podem aprender habilidades de comunicação e de relacionamento que irá ajudá-los no futuro.

Embora a decisão de casar seja uma questão pessoal, este tipo de informação pode ajudar os casais a fazer escolhas mais sábias e entender melhor a pessoa com quem se está casando. E aqueles que decidam seguir com o casamento, os conhecimentos adquiridos através do aconselhamento pré-nupcial podem estabelecer uma base para um relacionamento duradouro.

O contato físico antes do casamento

Biologicamente, Deus nos criou para responder ao contato corporal com alguém que sentimos atração. Andar de mãos dadas, abraçar, beijar ou outro contato similar pode ser emocionante.

Mas esse contato é bom, justo e moralmente adequado? É para o nosso melhor interesse nos envolvermos nessas práticas antes do casamento?

Como decidir? Para aqueles que adotaram os padrões de comportamento da cultura popular de hoje, estas perguntas soam estúpidas. Na verdade, para eles, estas são perguntas irrelevantes—significando que simplesmente não deveriam ser feitas. Quando as pessoas acreditam que é normal ter qualquer tipo de relação sexual com outra pessoa antes ou fora do casamento, ter pouco (ou muito) contato físico com outra pessoa realmente não significa nada.

Leve em consideração o grande sucesso do filme Titanic. Neste filme, dois jovens se encontram, se apaixonam e, em seguida, fogem para um lugar privado para ter relações sexuais—ignorando o fato incômodo de que um deles está comprometido com outra pessoa.

Apesar de as estatísticas atuais dos Centros de Controle de Doenças demonstrarem que a maioria dos estudantes do ensino médio nos Estados Unidos não tem relações sexuais, muitos filmes mostram esse tipo de cenas como norma para os jovens. A maneira como se desenvolve é como acontece na vida. Tudo começa com um contato físico—acariciar, abraçar e beijar. E então vem a relação sexual completa. Mas isso vai contra o que a Bíblia ensina.

Como já vimos em Gênesis 2:24 Deus explica como e quando a união sexual entre um homem e uma mulher deve tomar lugar: “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (ARA).

Uma só carne” significa ter relações sexuais (veja 1 Coríntios 6:16) e, de acordo com as instruções de Deus, isto só deve acontecer depois que um homem e uma mulher estejam unidos em matrimônio. Ter relações sexuais antes do casamento é imoral, e, de acordo com a Palavra de Deus, devemos fugir “da imoralidade sexual” (1 Coríntios 6:18, BLH). Fugir significa correr para longe ou evitar. Então, devemos correr do sexo antes do casamento e das coisas que possam nos induzir a ser imorais.

Um ponto importante a observar na instrução de Deus é que a abstinência não precisa ser para sempre. Nós simplesmente devemos esperar até estar casados. Aí então, Deus diz, o sexo é bom (Hebreus 13:4). Pelo fato da abstinência ter sido descrita de forma tão negativa, alguns educadores agora estão escolhendo usar a palavra adiamento para descrever o processo de adiar o sexo até o casamento.

Como decidir sobre o contato físico

Muitos de vocês, que estão lendo este livro, podem já ter decidido esperar para ter relações sexuais quando estiverem casados. E outros também decidiram parar com as relações sexuais antes do casamento. Isso é ótimo! Estas são boas decisões. Mas o que dizer sobre o contato físico? Você vai continuar abraçando, beijando, dando as mãos ou algo semelhante?

Embora a Bíblia não trate especificamente destas questões, ela diz claramente que não devemos ter relações sexuais antes do casamento (1 Coríntios 6:18) ou até mesmo cobiçar outra pessoa (Mateus 5:28). O amor não deve ser provocado ou despertado até o momento apropriado (Cântico dos Cânticos 2:7, NVI).

A larga experiência humana mostra que esses tipos de contato muitas vezes levam ao desejo lascivo e ao sexo. Infelizmente, muitos jovens têm praticado essas formas de contato físico e, em seguida, perdem a sua virgindade, pois suas emoções ofuscam seu senso de julgamento. Eles simplesmente não conseguem parar porque isso lhes dá satisfação. É evidente que os adultos são igualmente afetados pelo contato físico.

Então, como podemos decidir o que fazer? Alguns perguntaram: “Até que ponto um cristão pode ir sem pecar?” O momento de se tomar essas decisões sobre o contato físico deve ser antes de se colocar numa situação delicada. Tomar decisões importantes na hora, sem avaliar antes, é uma receita para ir longe demais. (Para mais informações, consulte “Lidando com Situações Delicadas”)

Planejar a felicidade sexual

Como indivíduos, nós escolhemos se queremos viver uma vida sexualmente pura ou se vamos ignorar as instruções que conduzem à felicidade e à satisfação. Fazer um compromisso com os pais, amigos e Deus para ser sexualmente puro em palavras, pensamentos e atitudes é o primeiro e importante passo para viver uma vida plena, completa e sexualmente feliz.

Podemos decidir que não vamos usar qualquer tipo de linguagem obscena, incluindo a que degrada o sexo. E também devemos estar determinados a não assistir filmes com conteúdo sexual impróprio ou ouvir músicas com letras sexualmente explícitas (porque elas podem e vão nos influenciar).

Também podemos decidir que não vamos ceder à pressão de grupo para acompanhar aqueles que desrespeitem o sexo. Podemos decidir que estamos dispostos a ser ridicularizados por causa de nossas crenças e nunca ceder. Podemos escolher fazer amizade principalmente com pessoas que compartilham de nossas convicções. Ademais, podemos fazer da oração a Deus nossa prática diária para ter forças para honrá-Lo na maneira como vivemos nossas vidas. Todas essas coisas vão nos ajudar a viver uma vida abundante (João 10:10).

Como vimos, Deus quer que o namoro e o casamento sejam experiências honrosas e de alto nível. Tratar o sexo como dom honroso de Deus, que deve ser despertado somente no casamento, vai ajudá-lo a receber a doce recompensa de uma vida feliz e santa.