O Aborto é a Solução Para a Gravidez Indesejada?
Ao refletir sob esta ótica, muitos países ao redor do mundo têm legalizado o aborto. No entanto, há também muita controvérsia sobre essa prática dos supostamente mais esclarecidos.
Uma decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos que legalizou o aborto, em 1973, no caso Jane Roe versus Henry Wade, desencadeou uma enorme polêmica. Nunca houve nada igual desde que a escravidão dividiu o povo estadunidense. As duas visões opostas sobre essa questão geralmente eram chamadas de “pró-vida”, ou seja, aqueles que defendem os direitos do nascituro, e “pró-escolha”, aqueles que dizem que uma mulher deve ter controle sobre seu próprio corpo, mesmo que isso signifique acabar com a vida do nascituro.
Muitos que defendem a legalização do aborto têm argumentado que o aborto deve ser seguro, legal e raro. No entanto, as estatísticas mostram que eles não são nada raros. Nos Estados Unidos, cerca de 3.700 bebês são abortados todos os dias, totalizando mais de 1,3 milhões por ano e mais de 45 milhões desde que a Suprema Corte dos Estados Unidos proferiu a sua decisão. As estatísticas também dizem que 93% dos abortos não ocorrem por causa de possíveis problemas graves de saúde, de estupro ou incesto (a principal razão para o aborto segundo os defensores “pró-escolha”), mas por causa de fatores sociais. A criança é indesejada ou inconveniente.
O maior ponto de fricção no assunto do aborto é sobre quando começa a vida. Aqueles que são a favor do aborto argumentam que ela não começa até o nascimento ou em algum momento próximo do nascimento, quando a criança poderia viver por si própria. Outros apontam que, no momento da concepção um pacote genético único passa a existir contendo tudo o que a pessoa se tornará—altura, tamanho dos pés e cor dos olhos, a inteligência e personalidade básica.
Embora a Bíblia não mencione a palavra aborto, há indicações de que Deus vê o nascituro como indivíduo. Ele disse ao profeta Jeremias: “Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci; e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às nações te dei por profeta” (Jeremias 1:5). Deus indica que conhecia Jeremias como pessoa e designou-o para um trabalho especial bem no início do período de sua gestação. Certamente que esta passagem implica pessoalidade ao nascituro, e Deus proíbe expressamente o assassinato no Sexto Mandamento.
Além disso, Jó disse isso a respeito das pessoas: “Aquele que me formou no ventre não o fez também a ele? Ou não nos formou do mesmo modo na madre?” (Jó 31:15). Jó entendia que era obra de Deus o processo de desenvolvimento humano no útero.
Deus vê a vida humana como muito valiosa e os versículos acima indicam que Ele vê a vida como iniciando na concepção. Assim, apesar de Ele não mencionar nominalmente o assunto moderno do aborto na Bíblia, essas e outras passagens indicam que Deus classificaria o aborto como um pecado.
Para ler mais sobre o assunto, leia os artigos “A Polêmica do Aborto” e “O Sacrifício de Crianças” no site: http://revistaboanova.org/literatura/artigos/ na secção ‘Vida Cristã’. Um guia de estudo bíblico para adolescentes sobre este tema está disponível na internet em http://revistaboanova.org/membros/juventude/juventudev7n2.pdf