O Maior Retorno da História!

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O Maior Retorno da História!

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Ao longo da história, retornos a posições de importância têm sido celebrados como feitos incríveis de resiliência, determinação e força. Histórias desse tipo de superação nos lembram de nossas próprias lutas e nos inspiram a nos erguer, superar e continuar lutando. Ainda assim, retornos bem-sucedidos são raros. No mundo dos esportes, até mesmo atletas de elite lutam para retornar à grandeza após um hiato prolongado. A competição no mundo é acirrada e até mesmo um pequeno declínio no desempenho pode significar a diferença entre a vitória ou o fracasso.

Ultimamente, na arena política, tem se falado do retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos como algo impressionante. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, chamou essa vitória eleitoral dele de "o maior retorno da história". E o último político a ter dois mandatos não-consecutivos como presidente dos Estados Unidos foi Stephen Grover Cleveland, no fim do século XIX.

Contudo, embora esse retorno ao poder seja certamente notável no contexto da política moderna, ele não é de forma alguma o maior retorno da história. A Bíblia registra alguns retornos surpreendentes (ver “Outras Histórias Bíblicas de Redenção”). Entretanto, o maior retorno da história é o de Jesus Cristo, pois supera qualquer outro. Os esforços para silenciá-Lo e destruí-Lo levaram à Sua morte — mas Ele ressuscitou dos mortos! Diferente de qualquer outro, o retorno de Jesus à vida, após ser crucificado, é incomparável, e não apenas por sua natureza milagrosa, mas também por seu significado eterno, que mudou toda a trajetória do futuro da humanidade. E a vitória de Jesus sobre a morte continua com a promessa de Seu futuro retorno para governar o mundo — estabelecendo um padrão para nossa própria vitória com Ele.

Deixando a glória divina para enfrentar uma ameaça iminente

Para ter plena consciência da magnitude do retorno de Jesus Cristo, precisamos primeiro entender a grandeza de Sua identidade, o nível ao qual Ele teve que descer, a oposição que Ele enfrentou durante Sua vida humana e a morte horrível à qual Ele foi submetido.

A passagem de João 1:1-3 revela que no princípio havia dois Seres divinos, Deus e o Verbo, e que todas as coisas foram criadas por meio do Verbo. O versículo 14 afirma claramente que o Verbo se fez carne e habitou entre nós. Jesus, que nasceu da virgem Maria, também foi o Criador de todas as coisas! E, “embora Deus, não exigiu nem tampouco Se apegou a Seus direitos como Deus, mas pôs de lado Seu imenso poder e Sua glória, ocultando-se sob a forma de escravo e tornando-se como os homens” (Filipenses 2:6-7, Bíblia Viva).

Jesus se humilhou e veio à Terra como homem, despojando-se voluntariamente de Sua glória e poder divinos. Esse grande e poderoso Ser colocou Sua existência nas mãos de Deus Pai no momento de sua concepção no ventre de Maria!

Ao nascer, Jesus estava na mira daqueles que planejavam matá-Lo. Ele já era aquele humilde Cordeiro que estava sendo preparado para o matadouro (Isaías 53:7). Herodes, o Grande, ao saber que Aquele bebê seria o Rei dos judeus, o Messias da linhagem de Davi, tentou eliminá-Lo através de um massacre de crianças inocentes (Mateus 2). Herodes era um instrumento de Satanás, o diabo (ver Apocalipse 12:3-4, 9). Mas, naquela ocasião, Jesus foi levado a um lugar seguro, pois ainda não era Sua hora de morrer.

Os esforços para destruir Jesus

Por volta dos trinta anos, Jesus começou Seu ministério pregando sobre o Reino de Deus e enfatizando a importância do amor, do perdão e da obediência sincera a Deus. Ele realizou milagres, curou doentes, expulsou demônios e treinou discípulos para espalhar Sua mensagem. Os ensinamentos e ações dEle logo atraíram a atenção de líderes religiosos e políticos estabelecidos. As coisas que Ele disse e fez, inclusive as chocantes insinuações sobre Sua identidade, foram vistas como uma ameaça direta ao status quo, e logo as autoridades começaram a conspirar para silenciá-Lo.

Os líderes religiosos tentavam constantemente enredar Jesus em Suas próprias palavras, mas Ele sempre invertia a situação, fazendo-os parecer tolos. Indignado com os sacrifícios, ofertas e impostos do templo, que estavam se tornando uma inescrupulosa fonte de lucro, Ele expulsou os desprezíveis cambistas do templo (Marcos 11:15-17) — ameaçando assim um negócio lucrativo que também trazia riqueza para a família do sumo sacerdote e para os líderes políticos. “E os principais sacerdotes e escribas ouviam estas coisas e procuravam um modo de lhe tirar a vida; pois O temiam, porque toda a multidão se maravilhava de Sua doutrina” (Marcos 11:18, Almeida Revista e Atualizada).

Os esforços para destruir Jesus se intensificaram com o tempo. Assim, Seus inimigos conspiraram para prendê-Lo, pois sabiam que Sua crescente influência entre o povo minaria a autoridade deles. Depois que Jesus ressuscitou Lázaro dos mortos (João 11:1-44), “os principais dos sacerdotes e os fariseus formaram conselho e diziam: Que faremos? Porquanto este homem faz muitos sinais. Se O deixamos assim, todos crerão nEle, e virão os romanos e tirar-nos-ão o nosso lugar e a nação” (João 11:47-48). Eles também tinham muita inveja dEle, como percebeu o governador romano Pôncio Pilatos quando Jesus foi acusado diante dele (Marcos 15:10).

Por fim, eles conseguiram que Jesus fosse preso, julgado e condenado à morte. E se alguma vez houve um julgamento e execução precipitados, esse foi o caso de Jesus. Ele foi “preparado” como um cordeiro para o matadouro. Ele foi acusado de ser um insurgente que tentava destruir o templo, desafiava a autoridade romana, proclamando-se rei, e proibia Seus discípulos de pagar tributos a Roma. Os juízes fizeram essas acusações infundadas contra Jesus sem nenhum depoimento prévio de testemunhas — realizando o julgamento antes do amanhecer para impedir que alguém testemunhasse a Seu favor e ainda intimando falsas testemunhas para depor, as quais deram declarações contraditórias. Todavia, Jesus Cristo era completamente inocente. E até Pilatos percebeu a inocência dEle.

Uma morte torturante, mas não definitiva

Vergonhosamente, os líderes políticos da época, inclusive Pilatos, cederam à pressão da multidão enfurecida que exigia Sua morte por crucificação, uma forma brutal e humilhante de execução. Jesus foi ridicularizado, espancado e forçado a carregar uma cruz para Sua crucificação pelas ruas antes de ser pregado nela para todos verem.

E então Ele morreu — o Criador do mundo, foi rejeitado e morto por aqueles que Ele havia criado! Eles O colocaram em um túmulo, pensando que Ele nunca mais seria visto ou ouvido.

Para todos os efeitos, a morte de Jesus parecia ser o fim. Os Seus seguidores ficaram devastados. A mensagem dEle, que havia despertado tanta esperança e expectativa, parecia ter sido derrotada. As autoridades religiosas acreditavam que a morte de Jesus eliminaria a ameaça que Ele representava ao poder deles. Porém, eles não sabiam que esse não seria o fim da história de Jesus.

Na verdade, o sofrimento e morte de Jesus — que eles e todos os seres humanos são culpados — faziam parte de um plano impressionante traçado antes da fundação do mundo. E isso tinha que acontecer para pagar a pena pelos pecados da humanidade — através de Jesus como “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1:29). Isso foi prenunciado pela Páscoa anual, celebrada em Israel durante séculos com o sacrifício de um cordeiro. O apóstolo Paulo entendeu esse simbolismo, dizendo-nos que “Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós” (1 Coríntios 5:7).

Mas, segundo esse grande plano, Jesus não permaneceria morto.

O milagre da ressurreição

O retorno mais incrível da história ocorreu depois de o corpo de Jesus ter ficado no túmulo por três dias e três noites (ver Mateus 12:40). O túmulo estava vazio e a pedra tinha sido removida.

Contrariando todas as expectativas, Jesus ressuscitou dos mortos. Deus Pai O trouxe de volta à vida! (Gálatas 1:1). A Bíblia descreve como, a princípio, Seus seguidores, que testemunharam Sua execução brutal, estavam desesperados e céticos — mas logo Jesus apareceu para eles, vivo e bem, e seus corações foram reanimados. A ressurreição de Jesus não foi meramente uma ressuscitação ou um simples retorno à vida, na verdade, foi uma milagrosa vitória sobre a própria morte!

Aliás, isso também confirmou Sua divindade e a veracidade de Seus ensinamentos. Ele havia predito Sua morte e ressurreição, e Seu retorno dos mortos validou Suas afirmações sobre quem Ele era. A ressurreição foi uma declaração poderosa de que uma sepultura fria e as forças das trevas, do pecado e da morte não poderiam detê-Lo (ver Atos 2:24). E também foi a vitória definitiva sobre os próprios poderes que buscavam silenciá-Lo e destruí-Lo e, em última análise, sobre Satanás (Hebreus 2:14).

E isso aconteceu durante a festa posterior à Páscoa, a Festa dos Pães Asmos, que representa nosso seguimento de Jesus, saindo de uma vida de pecado e morte para uma nova vida (comparar 1 Coríntios 5:7-8; Romanos 6:1-4). Portanto, ao triunfar sobre o maior inimigo, a morte, Jesus ofereceu ao mundo a esperança da vida eterna.

E nos quarenta dias seguintes à Sua ressurreição, Jesus apareceu aos Seus discípulos, oferecendo-lhes a prova da Sua presença viva. O retorno dEle não foi apenas um momento efêmero, mas uma declaração poderosa de que a própria morte tinha sido derrotada e que o plano de salvação de Deus estava sendo cumprido. A ressurreição de Jesus Cristo é fundamental para a fé cristã, pois representa a esperança de vida eterna para todos os que creem nEle. Como nos é dito, Deus “nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (1 Pedro 1:3, Almeida Revista e Atualizada).

A ascensão, a liderança da Igreja e a promessa de retorno de Jesus

Após aparecer aos Seus seguidores e dar-lhes instruções sobre como espalhar Sua mensagem ao mundo, Jesus ascendeu ao céu. Embora essa aparente ausência de Jesus tenha sido um momento de tristeza para os Seus seguidores, a ascensão dEle marcou uma nova fase no desenrolar do plano de Deus para a humanidade. A ascensão de Jesus à direita do Pai significou a Sua vitória sobre a morte e a garantia de Seu retorno para reinar sobre o universo. Assim, o retorno dEle ao céu não foi um recuo, mas um retorno triunfante ao Seu devido lugar na glória, donde Ele também serviria como nosso Sumo Sacerdote e lideraria Sua Igreja através do Espírito Santo de Deus.

A mensagem da ressurreição ensinada pela Igreja tinha como objetivo chamar as pessoas para uma mudança de vida por meio do arrependimento: “E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse e, ao terceiro dia, ressuscitasse dos mortos; e, em Seu nome, se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém” (Lucas 24:46-47).

Entretanto, o maior retorno de todos não termina com a ascensão de Jesus e com a liderança de Seu povo hoje. Jesus nos garantiu que um dia retornará à Terra para estabelecer Seu reino sobre todas as nações. Esse futuro retorno, conhecido como a Segunda Vinda, é uma fonte de grande esperança e expectativa para os fiéis. A promessa é que Jesus voltará, não como um humilde servo, mas como Rei dos reis para governar e reinar sobre toda a Terra. Esse retorno decisivo será uma vitória definitiva, pois Jesus derrotará todo o mal e trará justiça ao mundo, estabelecendo a paz e a retidão por toda a eternidade.

No Novo Testamento, os cristãos são instruídos a aguardar esse retorno com grande entusiasmo (Tito 2:13; 2 Timóteo 4:8) — submetendo-se ao governo de Cristo em suas vidas agora, não apenas ouvindo o evangelho ou as boas novas, mas obedecendo-o e vivendo de acordo com a vontade de Deus (1 Pedro 4:17; 2 Tessalonicenses 1:8). O retorno de Cristo fará com que todas as pessoas aprendam a viver no caminho de Deus e tenham a oportunidade de salvação. E, como mostrado em Apocalipse 21-22, isso culminará em um novo céu e uma nova Terra, onde Deus habitará com Seu povo para sempre, e a morte, o sofrimento e a dor não existirão mais (Apocalipse 21:4). O retorno definitivo de Jesus Cristo trará a “restauração de todas as coisas” (Atos 3:21) — a era do Reino que, enfim, levará à eternidade com Deus Pai e Cristo. O retorno de Jesus dentre os mortos é um prenúncio dessa restauração vindoura e também o meio para sua realização.

O verdadeiro e grandioso retorno

A história da ressurreição de Jesus Cristo não é apenas o retorno mais importante de todos os tempos, ela também é a história do amor inabalável de Deus pela humanidade e Sua determinação de trazer a redenção definitiva do mundo. Então, nenhum retorno político, esportivo ou artístico de qualquer tipo pode se comparar ao impacto eterno da ressurreição de Jesus e à promessa de Seu regresso.

Em um mundo turbulento e repleto de sofrimento e incerteza, a ressurreição de Jesus é a única esperança. Ela é a garantia de que não importa o que aconteça nesta vida, a morte não é o fim. A vitória de Jesus sobre a morte oferece uma grandiosa esperança para todos os que creem nEle. Assim como Ele ressuscitou dos mortos, aqueles que O seguem viverão para sempre.

E a próxima etapa do glorioso regresso de Jesus Cristo à Terra será o maior retorno já visto pela humanidade e levará à vitória final sobre o mal e a morte. Embora os retornos terrenos possam nos inspirar por um tempo, o retorno eterno de Jesus é que mudará para sempre o curso da história e trará paz, justiça e esperança ao mundo inteiro.

Você reconhece a mão de Deus na História e na vida desse Homem, Jesus Cristo, e está comprometido a atender ao chamado dEle em sua vida? Jesus veio à Terra e deu Sua vida para trazer muitos filhos à glória (Hebreus 2:10). A Bíblia os chama de os fracos deste mundo, mas cada um terá sua própria história de retorno para confundir os poderosos (1 Coríntios 1:26-29) — e finalmente viver e reinar com Cristo para sempre. Você quer se libertar do pecado e da morte? Você vai se arrepender e crer nas boas novas? (Marcos 1:14-15). Agora é a hora de responder!


Outras Histórias Bíblicas de Redenção

A Bíblia está repleta de histórias inspiradoras de superação e redenção, e entre elas se destacam as vidas de José, Moisés e Davi.

José, o filho favorito de Jacó, relatou à sua família seus sonhos proféticos, que indicavam sua futura autoridade, e isso gerou inveja entre seus irmãos, que o venderam como escravo. Ele acabou como servo na casa do alto oficial egípcio, Potifar, onde foi promovido a supervisor. Então, quando ele resistiu ao assédio sexual da esposa de Potifar, ela o acusou de agressão sexual, assim ele foi jogado na prisão.

Entretanto, o carcereiro, reconhecendo sua sabedoria e capacidade de liderança, colocou José como responsável pelos outros prisioneiros. E quando o copeiro e o padeiro do faraó ficaram um tempo presos nessa mesma prisão, José interpretou precisamente os sonhos que tiveram — o padeiro foi executado e o copeiro recuperou seu cargo. Então, José pediu ao copeiro que se lembrasse dele para que pudesse ser libertado, mas ele o esqueceu. Porém, Deus não se esqueceu de José. Ele fez com que o faraó tivesse um sonho que seus magos não conseguiram interpretar, e isso levou o copeiro a se lembrar de José. Então, José predisse sete anos de abundância seguidos de sete anos de fome e também instruções para se preparar para isso. Por causa disso, faraó o nomeou primeiro-ministro do Egito! Mais tarde, sem perceber, seus irmãos vieram e se submeteram a ele – até que José finalmente revelou-lhes sua verdadeira identidade.

Moisés, salvo do massacre de bebês hebreus ordenado pelo faraó, foi criado na corte egípcia como um príncipe. Quando adulto, ele foi ver a situação de seu povo em cativeiro e acabou matando e escondendo o corpo de um capataz egípcio que estava espancando um israelita. E ao saber que isso foi descoberto e seria usado para condená-lo, ele fugiu pelo deserto até chegar em um lugar chamado Midiã, onde se casou com uma mulher da família de Jetro e cuidou de seus rebanhos por quarenta anos. E quando ele tinha oitenta anos, Deus apareceu-lhe em uma sarça ardente e o chamou para retornar ao Egito para libertar os israelitas da escravidão. Moisés derrotou o maior império do mundo e conduziu os israelitas à Terra Prometida.

Davi, ungido rei por Samuel quando era apenas um adolescente para substituir Saul, nunca tentou tomar o poder. Após matar Golias, ele se tornou um grande líder militar sob o comando de Saul. Mas o ciúme levou Saul a tentar matar Davi, que fugiu para o deserto, onde vários refugiados e um grupo violento de combatentes se reuniram em torno dele. Davi passou muitos anos fugindo de Saul, mesmo assim poupou sua vida duas vezes quando teve a oportunidade de matá-lo. Por fim, Deus causou a morte de Saul e Davi finalmente tornou-se rei de Judá — sete anos depois, ele tornou-se rei de toda a Israel. Como um rei justo, Davi passou a governar um território muito maior que o de Saul, embora tenha cometido alguns erros terríveis.

Enfim, Davi será ressuscitado para governar no Reino de Deus — assim como José e Moisés. Esses três e muitos outros heróis da fé bíblicos, são exemplos inspiradores de superação e redenção. Contudo, as histórias deles são apenas exemplos e reflexos da maior história de retorno de todos os tempos: a de Jesus Cristo.