Existe um grande conflito entre Deus e Satanás?

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Existe um grande conflito entre Deus e Satanás? Ou há uma cegueira espiritual no mundo que Deus permitiu?

Transcrição

Bom dia ou boa tarde queridos irmãos aqui é Jorge Campos.

Um dos problemas maiores desta sociedade de hoje em dia e que causam muitas angústias e muitas dificuldades é a provação do divórcio e isto afeta, está claro, os conjugues, mas afeta pais, os filhos, afeta irmãos, irmãs, avós, amigos, afetam todos à volta dessas pessoas.

E por isso lidar com essas dolorosas repercussões que vão acontecer sejam emocionais, mentais ou físicas que existem quando há um divórcio é muito importante e em DT 24:1-2 vemos: “quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela então será que se não achar graça a seus olhos e por nela encontrar coisa indecente far-lhe-á uma carta de repúdio e lhe dará na sua mão e a despedirá da sua casa; se ela, pois, saindo de sua casa e for se casar com outro homem”

E continua essa instrução que Moisés deu aos israelitas, mas vejamos a intenção de Deus porque em MQ 2 lemos aqui as intenções de Deus já no AT e começando n v. 13 lemos: “ainda fazeis isto outra vez cobrindo o altar do Senhor com lágrimas, com choro e com gemidos de sorte que nem olha mais para a oferta que aceitará com prazer da vossa mão”

Sim, são choros, lágrimas e gemidos, hipócritas e por que? Porque que Deus não olha para isso? E aqui está a resposta no v. 14: “eis porquê? Porque o Senhor foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade com o qual fostes desleal sendo ela a tua companheira e a mulher da tua aliança”

E no v. 15: “e não fez só ele somente um ainda que sobrava o espírito e por que somente um? Ele buscava uma descendência para Deus”; razão que Deus instituiu o matrimônio é para termos descendentes para Deus.

“porquanto guardai-vos em vosso espírito e ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade e por que o Senhor Deus de Israel odeia o repúdio”; Deus odeia o divórcio.

“e aquele que encobre a violência com a sua roupa diz o Senhor Deus dos exércitos, portanto guardei-vos em vosso espírito e não sejais desleais”

Deus odeia o divórcio e quando pessoas se casam acreditando que o divórcio possa vir a ser uma opção viável se as coisas não derem certo isso é uma atitude que Deus odeia.

E lembrem-se no mesmo livro no cap 3:6 diz: “porque Eu o Senhor não mudo”; Deus não mudou, Ele odeia o divórcio, Ele uniu o homem e a mulher e os fez uma só carne como diz aqui: “porque Deus busca descendência para Deus”

Filhos e filhas através de nós como filhos e filhas de Deus na igreja de Deus, mas a realidade, irmãos, desta vida moderna em que nós vivemos, divórcio acontece muito e as estatísticas em muitos países mais de 50% acabam em divórcio, não estou a dizer que seja em todos os países, nem em todas as áreas, mas há muito divórcio por aí.

Então como devemos lidar com algo tão entrelaçado em nossa sociedade? Por que? Isto impacta diretamente os irmãos e as irmãs na igreja, e como é que os verdadeiros cristãos devem de lidar com estas situações e podem cristãos se divorciarem e depois se casarem de novo? O que é que a Bíblia diz?

Ora, em MT 5:31-32 lemos: “também foi dito: qualquer que deixar a sua mulher lhe dê carta de divórcio, foi o que lemos a pouco em DT 24, Eu, porém, diz aqui Jesus Cristo, vos digo que qualquer que repudiar a sua mulher a não ser por causa de fornicação faz com que ela cometa adultério e qualquer que casar com a repudiada comete adultério”

Irmãos, o casamento é um compromisso até a morte nos separar e diz aqui a não ser por causa de imoralidade sexual que é traduzida em fornicação, mas a não ser por essa causa diz aqui: qualquer que casar com a repudiada comete adultério.

Outra pessoa se casa com uma pessoa que está divorciada essa pessoa que se casa com essa pessoa está a cometer adultério e vejam também em MT 19:3-6 lemos: “então chegaram a Ele fariseus tentando dizer é lícito ao homem repudiar a sua mulher por qualquer motivo? Então, Jesus Cristo, porém, respondendo disse: não tendes lido que Aquele que vos fez no princípio macho e fêmea os fez e disse: portanto deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher e serão os dois em uma carne, e assim não são mais dois, mas uma só carne, portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem”

Palavras muito claras de Jesus Cristo e este compromisso, irmãos, de matrimônio e casamento é um dos passos mais importantes e sérios da nossa vida humana, sim, mais sério é o batismo, mas o verdadeiro batismo, mas o matrimônio é o segundo mais importante da nossa vida depois do batismo.

Ora, um casal planejando entrar na união do matrimônio precisa entrar nessa união com grande cuidado para terem certeza eu estão entrando neste compromisso por motivos certos e para que?

Para poderem receber uma benção de Deus e que para realmente estejam comprometidos ao matrimônio até à morte e vejamos então em LC 16:18: “qualquer que deixa a sua mulher e casa com outra, adultera; e aquele que casa com a repudiada pelo marido adultera também”

O casamento novo, ou digamos, o recasamento é considerado adultério em certos casos porque vimos uma exceção a pouco então vamos continuar a ler em MT 19:7-9: “e disse-lhes eles: Moisés por causa da dureza dos vossos corações, irmãos, isto não é só aplicável aos israelitas e sim a toda a sociedade hoje em dia seja em que país estejamos, A DUREZA DOS NOSSOS CORAÇÕES”

“vos permitiu repudiar vossas mulheres, mas no princípio não foi assim”; a intenção de Deus é que o divórcio não acontecesse e no v.9: “eu vos digo, porém, qualquer que repudiar sua mulher não sendo por causa de fornicação e casar com outra comete adultério e o que casar com a repudiada também comete adultério”

A intenção inicial de Deus foi que o casamento, fosse e é para toda a vida, ora o NT, irmãos, define dois casos em que o divórcio e o subsequente novo casamento eram aceitáveis sem que o resultado fosse declarado pecado.

E isto, irmãos, pode ser resumido em dois princípios básicos: primeiro a imoralidade sexual e segundo um descrente que não consente, isto é, não quer continuar a morar ou a viver com o crente e são esses dois casos.

Então, hoje irmãos, vou examinar estes dois princípios básicos juntamente com outras declarações bíblicas para abordarmos este assunto claramente, ora nós já lemos MT 19:9 e quero chamar a vossa atenção com esta palavra traduzida por causa de fornicação. Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher não sendo por causa de fornicação e isto é o que está escrito na ACF e na ARC diz: “prostituição”, e na ARA diz: “relações sexuais ilícitas” e na NVT e na NVI diz: “imoralidade” e na Nova Tradução da Linguagem de Hoje diz: “adultério

Mas esta palavra em MT 19:9 traduzida fornicação ou relações sexuais ilícitas qual é esta palavra grega? É a 4202 PORNEIA donde vem hoje em dia na nossa linguagem corrente a palavra pornografia.

Ora, então vejamos alguns dicionários ou léxicos e o que dizem acerca desta palavra:

Primeiro o léxico inglês do NT baseado em domínios semânticos escrito por Johannes e Eugene e diz o seguinte: porneia traduzida como fornicação ou prostituição ou relações sexuais ilícitas que eu vou simplesmente dizer é IMORALIDADE SEXUAL.

Ora este léxico grego descreve dessa maneira acerca desta palavra: envolver-se em imoralidade sexual qualquer tipo muitas vezes com implicação de prostituição, envolver-se em sexo ilícito, cometer fornicação, imoralidade sexual ou prostituição.

Essa é a definição desta palavra PORNEIA em MT 19:9 de acordo com este léxico, então vejamos outro léxico grego-inglês do NT e outras literaturas cristãs primitivas escrito por Walter Bauer e F. Wolver  e Frederick W. e diz acerca desta palavra: significa prostituição, impureza, fornicação, TODA ESPÉCIE DE RELAÇÃO SEXUAL ILÍCITA.

O dicionário expositivo de palavras  do AT e NY que eu tenho este volume e aí escreve acerca desta palavra: é usada para RELAÇÃO SEXUAL ILÍCITA, e depois descreve em JO 18:41, AT 15:20, AT 15:29, AT 15:21-25 e outras mais que cita.

E no plural em 1 CO 7:2, MT 5:32 e MT 19:9 representa ou inclui o adultério, e então é UMA RELAÇÃO SEXUAL ILÍCITA QUE INCLUI O ADULTÉRIO.

O dicionário teológico do NT resumido em um volume, esse é seu título e diz: porneia significa fornicação, as vezes  movendo adultério, figurativamente é um termo para apostasia como infidelidade a Deus, o judaísmo posterior mostra o uso da palavra porneia amplia-se para incluir não apenas fornicação ou adultério, mas incesto, sodomia, casamento ilegal e relações sexuais em geral.

Por isso irmãos, PORNEIA, é o termo mais entendido do que fornicação porque esta é mais entendida como ilegal antes do casamento e POR ISSO PORNEIA PODE REFERIR-SE A QUALQUER TIPO DE IMORALIDADE SEXUAL E SIM INCLUI O ADULTÉRIO.

Eu quero ler ou citar uma secção bem grande do livro: o comentário do conhecimento bíblico por John F. e Roy Bisac e tem uma seção interessante que fornece uma visão sobre o contexto das palavras de Cristo em MT 19:1-12, é sempre importante entender o contexto sobre o qual Cristo falou.

Ora, este comentário bíblico cita o seguinte: Jesus deixou a Galileia pela última vez e seguiu para Jerusalém pela região da Judeia até o lado leste do rio Jordão, essa área era conhecida como Pereia, lá como muitas vezes antes  Ele foi seguido por grandes multidões de pessoas necessitadas e elas os curou.

Mas alguns fariseus tentaram testar a Jesus por meio de uma pergunta: é lícito ao homem divorciar-se de sua mulher por qualquer motivo?

Agora, irmãos, é importante entender o contexto porque esta pergunta e continuando a ler: a nação estava dividida sobre essa questão, certos seguidores achavam que o homem poderia divorciar-se da sua mulher por qualquer motivo, mas outros diziam que não poderiam se divorciar da sua mulher a menos que ela fosse culpada de crime sexual.

E por isso havia esta controvérsia entre esses dois grupos; e então sem se envolver na controvérsia Jesus lembrou aos líderes religiosos o propósito original de Deus ao estabelecer o vínculo matrimonial.

Deus fez as pessoas homem e mulher, MT 19:4 e GN 1:27; no casamento Ele os une em um vínculo inseparável e este vínculo é muito mais elevado que um relacionamento pai e filho, pois, o homem deve deixar o seu pai e a sua mãe e se unir a sua esposa em um relacionamento de uma só carne, GN 2:24

Portanto, o que Deus uniu os homens não devem separar, isto é, apartar e em 1 CO 7:10 esta palavra significa divorciar e continuando a ler citando este comentário: os fariseus percebendo que Jesus estava falando de permanência do relacionamento conjugal perguntaram: então, porquê Moisés fez uma previsão para o divórcio para as pessoas do seu tempo, MT 19:7

A resposta do Senhor foi que Moisés concedeu essa permissão porque o coração das pessoas era duro podem comparar isso com DT 24:1-4 como eu já li, mas essa não era a intenção de Deus para o casamento, pois, Deus pretendia que maridos e esposas vivessem juntos permanentemente, até[e à morte.

Continuando a citar deste comentário: o divórcio era errado exceto por infidelidade conjugal, se lê em MT 5:32, os estudiosos da Bíblia divergem sobre o significado desta cláusula de exceção encontrada apenas no evangelho de MT.

A palavra para esta infidelidade conjugal é PORNEIA, alguns acham que Jesus usou isso como sinônimo de adultério, mas adultério usa a palavra grega 3429, morraial, portanto o adultério de qualquer de um dos parceiros no casamento é o único motivo suficiente em que o casamento termine em divórcio entre aqueles que sustentam essa visão alguns acreditam que o novo casamento é então possível, mas outros acreditam que o novo casamento nunca deve ocorrer.

Outros definem PORNEIA como uma ofensa sexual que poderia ocorrer apenas no período de noivado quando um homem e uma mulher judeus eram considerados casados, mas ainda não haviam consumado seu casamento com relações sexuais, e vamos falar um bocado mais acerca desse período de noivado antes do casamento.

Se nesse período a mulher fosse encontrada grávida como vemos o caso de Maria em MT 1:18-19 um divórcio poderia ocorrer para quebrar o contrato, outra visão é que PORNEIA refere a um estilo de vida implacável persistente e de infidelidade sexual diferente do ato de situações ilícitas.

No NT PORNEIA é mais amplo do que adultério, o qual prática contínua seria, portanto, a base do divórcio uma vez que tal conduta infiel e implacável teria quebrado o vínculo matrimonial.

Irmãos, como é mostrado nas fontes que citei acima MT 19 pode incluir todas as formas de má conduta sexual e é importante percebermos e entendermos que estamos discutindo ou falando de comportamento habitual.

Os léxicos usam a palavra prostituição e o comentário do conhecimento bíblico como eu citei a pouco se refere a um estilo de vida implacável, persistente e impenitente de infidelidade sexual o que é diferente de um ato único de relações ilícitas.

Irmãos, isto é consistente com outras admoestações nas escrituras sobre o pecado como um ponto de vista de ato único, uma fraqueza e comparado com um hábito que é um pecado habitual.

Vejam por ex. em RM 6:15-20 lemos: “pois que? Pecaremos porque não estamos debaixo da lei e debaixo da graça, de modo nenhum, não sabeis vós que em que vos apresentardes por servos para obedeceres, sois servos daquele a quem obedeceis”

Deus nos perdoa dos pecados passados, mas agora devemos viver o caminho sem pecado e continua: “ou do pecado para a morte ou da obediência para a justiça”

v. 17: “mas graças a Deus tendo sido servos do pecado, e porquê? Porque era um pecado habitual, éramos servos do pecado, agora obedecestes ao coração à forma de doutrina que fostes entregues e fostes liberados do pecado, deste pecado habitual,  e fostes servos da justiça, obedecestes as leis de Deus como uma forma habitual”

v. 19: “falo como um homem pela fraqueza da vossa carne, pois,  assim como apresentasses vossos membros para servirem a imundícia e para a maldade assim apresentai agora os vossos membros para servirem  a justiça e a santificação.

Quer dizer que agora temos que mudar aquele modo de vida habitual do pecado para vivermos um modo de vida habitual de justiça e santificação e no v. 20: “porque quando éreis servos do pecado, habitual, estáveis livres da justiça, não estavam a obedecer os caminhos da justiça”

E por isso esse era o resultado de uma pessoa fazia, digamos assim, antes da conversão e em 1 JO 1:8 lemos: “se dissermos que não temos pecado enganamos a nós mesmos e não há verdade em nós”

Não é um pecado habitual, mas as vezes quando falhamos porque somos pessoas  da carne e somos fracos: “mas se confessarmos os nossos pecados Ele é fiel para nos perdoar”

Mas em 1 JO 3:8 aí fala do pecado habitual, lemos: “quem pratica o pecado, o habitual, é do diabo”; é o hábito de praticar; “porque o diabo peca desde o princípio e por isso o filho de Deus se manifestou para desfazer as obras do diabo”

Queridos irmãos, quando estamos a falar aqui deste assunto em MT 19  porque existe outra coisa que é o arrependimento e o perdão, tem que haver este arrependimento e sabermos ser necessário de perdoar e em MT 18:21-22 lemos: “então Pedro se aproximando Dele disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim e eu o perdoarei? Sete vezes? Então Jesus disse: não te digo até sete, mas setenta vezes sete”

Temos que perdoar irmãos e vejam no v. 35: “assim vos fará também o Meu Pai celestial se de coração não perdoares cada um a seu irmão, as suas ofensas, então sereis castigados”

Ora, por isso se o pecador se arrependeu verdadeiramente e parou esse hábito do pecado o objetivo deve ser salvar o casamento e por isso, irmãos e irmãs, cuidado de não abandonarem o casamento sem saber se a pessoa ofensora realmente se arrependeu da sua conduta e temos que perdoar.

Estamos aqui a falar muito claramente de imoralidade sexual, PORNEIA, isto é, uma gama de má conduta sexual e também estamos a ver que inclui o adultério, morraial, que tem o foco mais estreito do que PORNEIA e não permite uma gama de comportamento sexual suficiente.

PORNEIA, por outro lado, pode ser considerado mais genérico em significado e, portanto, em certos contextos também inclui o adultério e em MT 5:32 lemos: “eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar a sua mulher a não ser por causa de fornicação, porneia, faz com que ela cometa adultério, morraial, e qualquer que casar com a repudiada comete adultério, morraial”

Em MT 19:9 lemos também: “Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar a sua mulher não sendo por causa de fornicação, [PORNEIA], e casar com outra comete adultério, [morraial], e o que casar com a repudiada também comete adultério, [morraial]”

Se vê que ambas as palavras são usadas, em resumo: a má conduta sexual seria um motivo do divórcio, embora de maneira geral deve haver um esforço para salvar o casamento se a conduta não for habitual e isto é mencionado por Cristo é o que chamamos cláusula da exceção.

Quando você considera a intenção de Deus para o casamento durar até à morte somente quando não houver presença de arrependimento ou chance de reconciliação só então é que deve ocorrer o divórcio.

Então, se o divórcio ocorrer nesta condição o novo casamento é possível sem que seja considerado adultério sobre estas condições e ao início deste sermão eu mencionei e que há duas condições no NT: uma é o caso de porneia que eu mencionei aqui sem arrependimento causando adultério e o outro era o caso de o crente e o descrente.

E agora eu vou abordar esta segunda situação do crente e do descrente é encontrada em 1 CO 7:14-25: “porque o marido descrente é santificado pela mulher e a mulher descrente é santificada pelo marido e de outra sorte os vossos filhos que seriam imundos, mas agora são santos”

Aí está um grande significado para os nossos filhos quando um é crente e o outro não para os nossos filhos serem santificados estão a ser chamados para a igreja e no v. 15: “mas se o descrente se apartar porque neste caso o irmão ou a irmã não está sujeito à servidão, mas Deus chamou-nos para a paz”

Aqui esta situação Paulo está a dar com um cônjuge descrente se divorciando de um crente, se quer se apartar, se aparte, se quer se divorciar, se divorcie, neste caso o crente não está sujeito à servidão.

O termo: não está sujeito à servidão é mais bem explicado em alguns comentários e vou abordar alguns para explicar este termo, o comentário do conhecimento bíblico já mencionado anteriormente diz o seguinte acerca desta expressão: no entanto, havia exceções à regra de não divorciarem e se o descrente insistisse em um divórcio a ele não devia ser negado, a palavra traduzida apartar, corritsu, é o verbo também usado no v. 10.

Se isso ocorresse, o cristão não era obrigado a manter o casamento, mas era livre para se divorciar e para se casar novamente e veja também comparando com o v. 39, e Paulo não disse como no v. 11 que o cristão nesse caso deveria permanecer solteiro, não disse isso.

O comentário de Mathew diz: o crente não é pela fé em Cristo solto dos laços matrimoniais como o descrente, mas é imediatamente ligado e tornado apto a ser um parente melhor, mas embora um marido ou esposa crente que não deva se separar, isto é, apartar, de um cônjuge descrente ainda assim se o parente abandonar o crente e de nenhum meio puder se reconciliar por coabitação em tal caso o irmão ou irmã não está em escravidão, v. 15, não está preso ao humor irracional e servilmente obrigado(a) a seguir ou aderir ao setor malicioso ou não está obrigado(a) a viver solteiro(a) depois de todos os meios adequados de reconciliação terem sido tentados.

É aqui em 1 CO 7 que Paulo dá informações adicionais e mais específicas sobre o casamento no NT, e uma análise deste capítulo nos dá princípios e respostas as perguntas que a igreja enfrentava e enfrenta sobre este assunto.

E por isso essa situação que esses irmãos em Corinto encontravam é muito semelhante aos dias de hoje e por isso Paulo teve que abordar uma série de perguntas por membros da igreja e vejam por ex. em 1 CO 7:1-2 e diz assim: “quanto as coisas que me escrevestes, me perguntastes, bom seria que o homem não tocasse em mulher, mas por causa da fornicação, [de imoralidade sexual], cada um tenha a sua própria mulher e cada um tenha o seu próprio marido”

E por isso se vê aqui que ele está respondendo a várias perguntas que o fizeram e responde a essas questões e assim Paulo dedicou bastante tempo a, digamos assim, quatro categorias de membros na igreja e nos vs. 8-9 vemos aqui duas categorias:

“digo, porém, aos solteiros e as viúvas, duas categorias de membros na igreja, que lhes é bom ficarem como eu, mas se não podem conter-se então casem-se porque é melhor casar do que se envolver em imoralidade sexual”

E depois continua mais adiante, por ex. nos vs. 25-40 falando acera dessas duas categorias de membros, solteiros e viúvos, por ex., no v. 39 fala que a mulher está ligada pela lei a todo o tempo que o seu marido vive, mas se falecer o seu marido fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor, que se case com uma pessoa que esteja na fé.

Por isso se vê uma instrução a viúva, mas se vê que a princípio é aplicado a todos, aos solteiros também, quando se casam devem casar com uma pessoa que esteja no Senhor e esteja na fé, é o que diz aqui se não vai haver problemas.

Então essas foram as duas primeiras categorias que Paulo falou de membros da igreja: solteiros e viúvos, mas Paulo dirigiu os seus comentários sobre o divórcio a duas outras categorias de irmãos.

A terceira categoria que ele abordou foi para os crentes casados, ambos marido e mulher são crentes na igreja e Paulo declarou categoricamente que eles se deviam manter casados, no entanto, diz assim: se eles se separarem, presumivelmente, devido a dificuldades conjugais eles então devem perceber que não há opção para novo casamento.

Apenas uma opção: reconciliação e aqui temos dois crentes casados na igreja, são dois crentes, não há opção para novo casamento, apenas uma opção: reconciliação e vejam em 1 CO 7:10-11: “todavia, aos casados mando, não eu, mas o Senhor que a mulher não se aparte do marido, se, porém, se apartar, se houver este divórcio, essa separação que fiquem sem casar, ou preferivelmente, que se reconciliem com o cônjuge”

Uma vez mais, dois crentes casados, na igreja e na fé, devem perceber que não há opção para novo casamento, há simplesmente uma opção: reconciliação.

Como membros batizados têm que aprender a reconciliação, mas há um quarto grupo: crentes casados com descrentes, e lemos aqui em 1 CO 7:12-1: “mas aos outros e em outras versões para os demais, digo”, e em 1 CO 7:12-16 lemos as diretivas de Paulo que foram inspiradas para serem incluídas nas escrituras bíblicas e diz assim: “mas aos outros, digo eu, e não o Senhor, mas como digo foi inspirado está na Bíblia: se algum irmão tem mulher descrente e ela consente em habitar com ele, não a deixe, e se alguma mulher tem marido descrente e ele consente em habitar com ela, não o deixe, seja qual for o caso não se separem”

“porque o marido descrente é santificado pela mulher e a mulher descrente é santificada pelo marido, de outra sorte os vossos filhos seriam imundos, mas agora são santos como mencionei a pouco”

Vs. 15-16: “mas, se o descrente se apartar, aparte-se, porque neste caso o irmão ou a irmã não está sujeita a servidão, mas Deus chamou-nos para a paz como expliquei a pouco, porque de onde sabes uma mulher salvarás o teu marido ou de onde sabes o marido salvarás a tua mulher”

Quer dizer, devemos de tudo possível para viver em paz, mas se de fato há esta divisão, estas diretivas dizem que podem se separar ou apartar e ao combinar isto com o resto que lemos da palavra de Deus podemos chegar a posição guardada para a igreja de Deus.

Nós, na igreja de Deus Unida concluímos destes escritos de Paulo que é permitido para um cristão que é casado com um descrente ser elegível para um novo casamento se o descrente se afastar e quer divorciar.

Uma questão lógica que pode surgir deste entendimento, irmãos, é o que acontece se o descrente não se afastar e não divorciar, mas simplesmente vai tornar a vida miserável para o crente, neste caso um membro é casado com um descrente ou é casado com um membro que se tornou descrente e o descrente não está sujeito a manter o casamento então que se afaste, ou seja, uma separação física ou não.

Mas pode ser que queira ficar no casamento, isto por ex., é o caso de abortos, ou usar drogas ilícitas ou outros atos flagrantes e demonstram que um dos cônjuges não está mais participando do casamento.

Muitas vezes o descrente busca o divórcio, mas as vezes, não; nesse caso qual é a atitude que o crente pode tomar nessa situação? Porque geralmente o que acontece nesses casos há um abuso e muitas vezes as pessoas pensam que o abuso é físico e está bater um no outro ou coisa assim ou ele nela.

Mas o abuso pode ocorrer de muitas outras formas pode ser emocional, assim como o físico, está claro, pode ser sexual e espiritual.

Deus ao definir o amor não tolera abuso, um homem ou uma mulher não podem usar o pacto matrimonial vinculativo para fazer de seu cônjuge um escravo emocional e usando a desculpa: olha estou disposto a continuar a viver contigo, pessoalmente esse sabe a Bíblia e vai usar isso como, digamos assim, uma arma de manipular a situação e causar abuso no outro crente.

Um cônjuge sem amor que comete abuso continuamente enquanto afirma que está satisfeito em permanecer com a outra pessoa não é um cônjuge amoroso como Deus veria e então em tais casos um casal deve procurar aconselhamento matrimonial e se o cônjuge ofensor não o fizer e demonstrar por ações que não mudará o seu comportamento, continuando o seu abuso da forma que seja então o cônjuge abusado está livre para se separar e para não estar sujeito a servidão.

Em resumo vemos que há duas razões bíblicas para a dissolução do casamento: a primeira é porneia, moralidade sexual, isto é, um ato habitual sem arrependimento e reconciliação; a segunda é um descrente que não tem prazer ou não consente habitar com o crente seja isso literalmente que diz: não quero habitar contigo ou que haja um abuso ou outros atos flagrantes.

Em ambos os casos a união matrimonial foi quebrada e o novo casamento pode resultar sem o medo de estar a cometer adultério, estes são os dois casos bíblicos, mas há um terceiro que poderia de ser chamado também uma razão de divórcio que é o caso de anulação em que há um casamento fraudulento que é posto de lado por fraude.

Isso é diferente, digamos assim, tecnicamente que um divórcio, embora possa ser necessário para quebrar o contrato, mas em geral a anulação entra em jogo quando houve ou há engano.

Em MT 1:18-19 vemos aqui a situação de José e Maria e lemos: “o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada de José antes de se ajuntarem achou-se concebido pelo Espírito Santo”

Estava grávida, e já estava desposada, mas ainda não se tinham tecnicamente casados, mas estava grávida e a pergunta normal e física é: olha, teve um relacionamento imoral com outra pessoa?

“então José, seu marido sendo justo , e não tentando a querer difamar tentou deixá-la secretamente”, e vocês sabem o resto da história que o anjo veio falar com ele e explicou que não havia problema nenhum.

Ora, em certo sentido essa foi a situação de Maria e José que dava a entender talvez ela tivesse cometido uma imoralidade sexual e que não cometeu, está claro, foi um milagre.

Quando Maria foi encontrada grávida Jose podia repudiá-la, isto é, anular este, digamos assim, casamento acontecer, embora, eles estivessem noivos um do outro e ainda não estavam casados o casamento potencial que ia acontecer podia ser posto de lado por causa da suposição de fraude da parte de José, isto é, porque ele viu que a Maria estava grávida.

Por isso é verdade que a porneia pode incluir atividade sexual pré marital e se essa atividade for escondida ou ocultada do outro parceiro então teríamos engano e a anulação seria permitida, mas para entender melhor a situação de José e Maria, ficar mais claro, é bom explicar o costume do casamento hebraico ou judaico nessa época.

Os casamentos eram, digamos assim, arranjados para esses indivíduos pelos pais e os contratos eram negociados à frente, e depois que isso tinha sido realizado os indivíduos eram considerados casados e eram chamados: marido e mulher, mas eles, no entanto, não começaram a viver juntos.

Por isso é que diz: estando Maria desposada com José antes de se juntarem, por isso essa tradição judaica já estava assim como casados, mas não tinham concebido o casamento.

E em vez disso a mulher continuava a viver com seus pais e o homem a viver com os deles um ano, e este período de espera era para demonstrar a fidelidade do juramento da pureza feito a respeito da noiva; e se ela fosse encontrada grávida durante esse período ela obviamente não era pura, mas tinha se envolvido num relacionamento sexual infiel.

Portanto o casamento poderia ser anulado e esse, digamos assim, irmãos o contexto da situação que aconteceu naquela altura e José como diz aqui, seu marido, sendo justo não a queria difamar.

Por isso o ponto de anulação é o seguinte: quando se descobre que o membro do casamento deliberadamente escondeu informações que se conhecidas teriam feito que o outro parceiro não se casasse e então temos uma fraude.

Em termos gerais fraude é algo que deve ser tratado logo quando descoberto e não muitos anos depois, essencialmente isso exigiria a anulação do casamento e tecnicamente não é um divórcio.

Por isso as informações importantes foram deliberadamente ocultadas ou escondidas por qualquer uma das partes, um relacionamento de aliança como o casamento não é vinculativo, isto é, não estavam unidos, portanto, pode ser anulado como fraude.

Agora, uma outra pergunta final? O que é que dizemos acerca do divórcio antes da conversão, e Paulo confirma que o arrependimento, o perdão e o batismo fornecem aos novos convertidos o novo começo e eles não estão presos aos pecados do passado no casamento ou mais que outro pecado como lemos em RM 6:1-7; o significado do batismo, daquele velho homem e vejamos então em RM 6:7 diz: “porque aquele que está morto está justificado do pecado”

Batismo, arrependimento, posto no batismo na morte simbólica, o batismo na água, os pecados do passado são perdoados sejam eles o que forem; portanto uma pessoa recém convertida é aceita em seu status atual, isto é,  na sua situação como ele está agora ou ela porque os pecados do passado foram perdoados.

Possivelmente num casamento que tenha acontecido antes da conversão, um casamento novo tenha acontecido, essa pessoa pode se manter nesse estado de casada desse segundo casamento porque os pecados do passado foram perdoados.

Ou possivelmente uma pessoa é solteira como um resultado de um divórcio antes da conversão e então para concluir, irmãos, qual é o ensino da igreja?

O ensino da igreja é que o casamento é uma instituição divina, ordenada por Deus, projetada para ser uma união amorosa, gratificante, continuamente enriquecedora e vitalícia até à morte.

Em EF 5:21 lemos: “sujeitando-vos, uns aos outros, no temor de Deus, vós mulheres sujeitai-vos aos vossos maridos, o marido é a cabeça da mulher como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo Ele o salvador do corpo sorte que assim como a igreja está sujeita a Cristo assim as mulheres estejam sujeitas a tudo aos seus maridos, vós maridos amai as vossas esposas como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela para a santificar purificando como lavagem da água pela palavra para a apresentar, a igreja, a si mesmo, que seja gloriosa e sem mácula nem rusgas ou coisas semelhantes, mas  santa e irrepreensível”

“e assim devem amar os maridos as suas mulheres, sacrificar, sujeitar-se, amar, manter-se juntos, dar a sua própria vida as suas próprias mulheres como se fossem os seus próprios corpos e quem ama a mulher se ama s si mesmo”

E assim começa esta secção dizendo: sujeitando-vos uns aos outros, os homens tem que se sujeitar as mulheres também e não ser ditadores e aqui se vê um ponto importante no v. 32: “grande é este mistério, digo, porém, isto a respeito de Cristo e a igreja”

Como Paulo explicou o casamento transcende o plano humano, e é, na verdade, um reflexo, uma imagem do relacionamento que Cristo tem com a igreja e a igreja mantém firmemente e por isso a instrução bíblica para manter maridos e esposas serem fieis aos ideais desta união do matrimônio.

A responsabilidade de ministros ao aconselhar casais a ter dificuldades ou irmãos todo o casal vai ter dificuldades mais cedo ou mais tarde e o objetivo é paz e reconciliação.

(extrema cautela deve ser exercida em casos que hajam abusos), mas o ponto e objetivo da igreja é para todos os irmãos e irmãs se esforçarem para salvar e fazerem do seu casamento o que Deus quer para representar este grande mistério do relacionamento entre Cristo e a igreja.