Eventos e Tendências Atuais: Janeiro - Fevereiro 2018

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Eventos e Tendências Atuais

Janeiro - Fevereiro 2018

O Egito Enfrenta um Risco Crescente de Terrorismo

Enquanto todo o Oriente Médio continua lutando contra a propagação e a violência do extremismo islâmico, o governo egípcio do presidente Abdel Fattah el-Sisi está lutando contra uma situação cada vez mais tensa e perigosa em sua região leste.

Embora a área do Sinai seja mais conhecida como o cenário do antigo êxodo israelita do Egito, agora ela está sendo conhecida como um ninho de terrorismo e violência sectária, com vários grupos extremistas diferentes, inclusive o Estado Islâmico, que realiza operações na península. Até agora, as forças egípcias não tiveram êxito em conter esse surto, que já se aproxima dos centros populosos do país.

A revista The New Yorker ressalta: "A situação do Egito é uma reminiscência da experiência dos Estados Unidos no Iraque e no Afeganistão. As forças egípcias possuem bases militares, operam postos de controle e realizam patrulhamento constante em comboios blindados — mas não conseguem controlar grande parte daquela área. Abdel Fattah pode até ser o homem mais poderoso dentre os governantes de mais de vinte países árabes. Mas sua estratégia no Sinai, até agora, não está funcionando" (Robin Wright, "O Egito Está Em Dificuldades Não Apenas Com O Estado Islâmico", 27 de novembro de 2017).

Apesar dos graves reveses sofridos no ano passado, o extremismo islâmico em suas diversas organizações — EI, al-Qaeda e outros — está bem vivo no Oriente Médio e no norte da África. Em 24 de novembro de 2017, uma mesquita frequentada por sufis no norte do Sinai foi alvo de um ataque brutal que deixou mais de trezentos mortos e pelo menos cem feridos, configurando o pior ataque terrorista na história do país.

O tempo vai dizer se o Egito se recuperará desses últimos desastrosos sete anos, iniciados pela primavera árabe de 2010.


A Era do Videogame: Todos jogam e ninguém trabalha?

Um estudo recente revela que homens jovens, sem diplomas universitários, estão tendo dificuldade em se adaptar aos empregos disponíveis e estão voltando-se para outras coisas. "Os economistas de Princeton, da Universidade de Rochester e da Universidade de Chicago, dizem que [além de um fraco desempenho da economia] mais uma razão é que muitos desses jovens — que não possuem diplomas universitários — estão rejeitando esses trabalhos porque têm uma alternativa melhor: ficar em casa e curtir videogames" (Ana Swanson, "Por Que os Incríveis Jogos de Videogame Podem Causar um Grande Problema nos Estados Unidos", The Washington Post, 23 de setembro de 2016).

A recessão de 2008 não afetou apenas o setor imobiliário, mas também os empregos. Todo  mês sai relatórios de como o mercado de trabalho está reagindo e as projeções para os próximos meses. Muitos desses jovens que estavam em busca de trabalho, mas agora estão escolhendo ficar desempregados: "Os pesquisadores não estão apenas dizendo que jovens desempregados estão voltando-se para os videogames. Eles estão dizendo que jogos eletrônicos cada vez mais sofisticados estão atraindo os homens jovens para longe do mercado de trabalho" (ibid.).

Em longo prazo, isso terá um efeito sobre a carreira deles e o sucesso na vida. Ao invés de ganhar experiência no trabalho e progredir numa carreira a partir dos vinte anos de idade, eles adiam esse processo, prejudicando não apenas suas futuras famílias, mas também o mercado de trabalho em geral. (Embora o interesse pelo videogame também tenha aumentado entre aqueles com diplomas universitários, as taxas de ocupação para este grupo até agora não foram afetadas).

Essa devoção ao videogame é um caso extremo de busca de prazer. Todo mundo em uma sociedade de primeiro mundo está suscetível a esse tipo de gratificação instantânea, sejam por meio de videogames, redes sociais, seriados de TV ou outros entretenimentos.

A Bíblia adverte sobre um tempo em que os homens serão “mais amantes dos prazeres do que amigos de Deus" (2 Timóteo 3:4, NVI). Quase um quarto (22%) dos homens, que têm apenas o ensino médio, se encontra em um caminho potencialmente perigoso de envolvimento com recompensas superficiais.


Antigos perigos que continuam ameaçando Israel

Poderíamos pensar que os recentes e graves reveses do Estado Islâmico diminuiriam seu alcance e influência na Síria e que seriam boas notícias para o Estado judeu de Israel, que divide sua fronteira nordeste com a Síria. No entanto, as políticas do Oriente Médio raramente são tão simples quanto parecem, e o recuo do Estado Islâmico e o fortalecimento do regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, podem significar tempos difíceis para Israel.

Os problemas de Israel persistem desde a sua fundação na primavera de 1948. Naquela ocasião, em poucas horas, uma coalizão de Estados árabes declarou guerra ao país incipiente e o invadiu por várias frentes. Nove meses depois, Israel saiu vitorioso e tem lutado pelo seu direito de existir desde então. Agora, esse rearranjo e o balanço de poderes no Oriente Médio podem fazer surgir novamente a antiga ameaça de uma coalizão hostil.

Um recente artigo no site Geopolitical Futures se refere justamente a isso: "O maior medo de Israel não é ser invadido por um inimigo; pois tem uma geografia militar vantajosa para resistir a um único invasor na região. O cenário de pesadelo para o país é sofrer uma invasão bem coordenada por múltiplos poderes. (Se a coalizão dos estados árabes que atacaram Israel em 1948 fosse mais bem coordenada, poderia ter derrotado Israel)”.

"A guerra civil na Síria, portanto, tem sido na verdade o lado bom da revolta [da primavera árabe de 2011] no Egito para os israelenses. Ao mesmo tempo em que Israel temia o retorno dos demônios passados no Egito, de repente, seus inimigos ao norte ficaram incapacitados” (Jacob Shapiro, "Israel: O Perigo Está no Horizonte", 28 de novembro de 2017).

Uma nova coalizão invasora é o cenário de pesadelo dos israelenses, porque talvez não haja muito que poderia ser feito caso isso se tornasse realidade. Atualmente, Israel está buscando uma improvável aliança com a Arábia Saudita contra seu inimigo em comum, o Irã, mas qualquer coalizão pan-árabe contra Israel pode incluir a Arábia Saudita como um membro-chave.

Atualmente o Estado de Israel está em uma posição bastante segura, mas, como sempre, o prognóstico é preocupante.


Os Estados Unidos reconhecem Jerusalém como a capital de Israel

Na quarta-feira, 6 de dezembro de 2017, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cumpriu uma grande promessa de campanha ao anunciar que os Estados Unidos reconheciam oficialmente Jerusalém como a capital de Israel e que estava ordenando que se realizassem os planos para transferir a embaixada dos Estados Unidos em Israel de Tel Aviv para Jerusalém.

O anúncio foi imediatamente criticado por vários líderes mundiais, muitos alegando que isso iria levar a mais conflito na região — embora isso pareça provável, ainda assim foi feito. E é claro, a mudança da embaixada somente acontecerá daqui a alguns anos, pois é preciso tempo para planejamento e construção e pode ser que isso seja finalizado apenas depois do atual mandato presidencial.

O congresso dos Estados Unidos votou uma lei para fazer isso em 1995, que foi aprovada quase por unanimidade — no Senado, 93 votos a favor e 5 contra, e na Câmara dos Deputados 374 votos a favor e 37 contra. No entanto, a lei dava ao presidente um tempo de postergação de seis meses por razões de segurança nacional, e essa opção foi usada pelos ex-presidentes a cada seis meses por vinte e dois anos! No ano passado, o apelo para essa transferência foi reafirmado no Senado por uma votação de 90 a 0, em 5 de junho de 2017.

James Phillips, da Heritage Foundation, escreveu: "Essa postergação é simbólica, pois demonstra uma injustiça histórica: Israel é o único país do mundo que não pode escolher sua própria capital" (Heritage.org, 7 de dezembro de 2017) — ou pelo menos não tem sua escolha respeitada.

Francamente, esse reconhecimento deveria ter vindo junto com o Estado israelense em 1948. O motivo de isso ter levado tanto tempo é devido à prolongada permissão ocidental à violência islâmica e a ideia de que reconhecer as reivindicações dos judeus em relação a Jerusalém impediria as negociações de paz.

No entanto, o editor do jornal Daily Wire, Ben Shapiro, disse na Fox News, em 6 de dezembro: "O que o presidente Trump está fazendo não é apenas um reconhecimento da realidade, mas também um ato de utilidade política, porque todas as negociações que aconteceram nos últimos vinte anos... tinha como pré-requisito a estupidez de que Israel iria desistir da sua capital eterna, mas isso é loucura. Para entender o quanto isso é estúpido, basta pensar que, para Israel, Jerusalém é mil vezes mais importante do que Washington é para os Estados Unidos" (citado no site DailyWire.com).

Além disso, em muitas passagens da Bíblia a cidade Jerusalém é mostrada como o lugar focal do povo de Israel e Judá: "Pois Davi disse: O SENHOR Deus de Israel deu repouso ao Seu povo; e Ele habita em Jerusalém para sempre" (1 Crônicas 23:25). E "naquele tempo chamarão a Jerusalém o trono do SENHOR”, quando Jesus reinar sobre todas as nações (Jeremias 3:17). Mas antes disso, a cidade estará no centro de um conflito mundial (Zacarias 12:1-3). Portanto, precisamos orar “pela paz de Jerusalém" (Salmo 122:6).

Para saber mais sobre os futuros eventos nessa região, baixe ou solicite nosso guia de estudo bíblico gratuito O Oriente Médio na Profecia Bíblica.


Abusos sistemáticos na Venezuela

O jornal Financial Times informou recentemente sobre os abusos que sofrem os presos na ditadura socialista sul-americana da Venezuela:

"As forças de segurança da Venezuela estão asfixiando, eletrocutando e abusando sexualmente de prisioneiros e forçando-os a comer comida cheia de cinzas de cigarro, insetos e excrementos nas prisões, todos são manifestantes antigoverno detidos este ano" (Gideon Long, "Venezuela Acusada de Abuso Sistemático de Prisioneiros", 28 de novembro de 2017).

A situação é horrível. Felizmente, sabemos que uma mudança está a caminho. A Boa Nova proclama uma mensagem de esperança e de salvação através de Jesus Cristo e um futuro Reino de paz que Ele iniciará quando retornar. O Rei dos reis e SENHOR dos Senhores vai estabelecer um sistema de governo justo e imparcial. Muito diferente de qualquer sistema que o mundo já tenha visto.