O Papel Profético dos Estados Unidos na História

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O Papel Profético dos Estados Unidos na História

Este ano tem testemunhado ataques massivos às fundações da sociedade ocidental. Os Estados Unidos e a Inglaterra viram monumentos e estátuas nacionais sendo vandalizados e destruídos. Anarquistas e marxistas estão agindo para apagar e substituir a história nacional.

Neste 400º aniversário da chegada dos peregrinos na Nova Inglaterra [uma região que compreende seis estados no nordeste dos Estados Unidos], estão tentando acusá-los, e também a outros colonos da Grã-Bretanha, de saqueadores perversos que mergulharam o mundo em séculos de opressão e genocídio. Ademais, andam dizendo que eles e os países que formaram continuam no mesmo caminho vil e brutal. Entretanto, essa afirmação é uma mentira absurda.

Realmente os povos norte-americano e britânico nem sempre agiram corretamente na forma como trataram os outros povos. A escravidão foi um mal terrível, assim como muitas relações com os povos indígenas. No entanto, esses males já afligiam a humanidade por muito tempo, séculos antes, e, posteriormente, essas nações trabalharam para acabar com isso.

Eles expandiram ainda mais a liberdade em grandes partes do mundo, espalhando princípios e oportunidades libertárias, e têm sido muito generosos em compartilhar seus recursos. Essas duas grandes potências salvaram o mundo do despotismo em duas guerras mundiais. Após a segunda guerra mundial, os Estados Unidos até reconstruíram seus inimigos derrotados, Alemanha e Japão, além de ajudar seus aliados. E os Estados Unidos continuaram a proteger o Ocidente contra a tirania comunista pela seguinte metade do século.

Essas nações foram os maiores poderes políticos da história da humanidade, usando seu poder para fazer muitas coisas boas em todo o globo. Eles distribuíram Bíblias ao redor do mundo e por muito tempo promoveram a moralidade bíblica. Apesar de esse bom exemplo ter dado lugar, tragicamente, à depravação por várias décadas, a Bíblia continua a influenciar grande parte da sociedade, e está profundamente arraigada no caráter e na história desse país.

Surpreendentemente, nas páginas da Bíblia é que aprendemos quem são realmente os povos dos Estados Unidos e de outros países de descendência britânica, e também por que são tão ricamente abençoados, por que têm ajudado tanto outras nações e o que o futuro reserva para eles.

Contudo, para enxergar essa conexão, devemos começar, por mais surpreendente que pareça ser, com a história bíblica da nação de Israel, começando com as promessas proféticas feitas aos patriarcas Abraão, Isaque, Jacó e a José há quase quatro mil anos.

Deus disse a Abraão: “E far-te-ei uma grande nação...e em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gênesis 12:2-3). Posteriormente, Deus especificou: “Serás o pai de uma multidão de nações...e reis sairão de ti” e “em tua semente serão benditas todas as nações da Terra” — prometendo ainda que os descendentes de Abraão seriam tão incontáveis quanto às estrelas e possuiriam as portas de seus inimigos (Gênesis 15:5-6; 17:1-6; 22:16-18).

Grandeza nacional e bênçãos para o mundo

Aqui vemos uma promessa de grandeza nacional e bênção para o mundo por meio dos descendentes de Abraão. Essa bênção viria em parte por meio da grandeza nacional, mas, em última análise, como descobrimos mais tarde, por meio da quintessência Semente de Abraão, Jesus Cristo, e da difusão das Escrituras.

Continuando em Gênesis, vemos que essas bênçãos foram passadas para o filho de Abraão, Isaque, e depois para seu filho Jacó, que foi renomeado para Israel. A bênção nacional que Jacó recebeu incluiu a promessa de seus descendentes herdarem as áreas de produção mais ricas da Terra que outras nações iriam se curvar diante deles (Gênesis 27:27-29).

Deus ainda disse a Jacó que Seus descendentes herdariam não apenas a terra de Canaã, mas que se espalhariam ou colonizariam por todo o mundo e abençoariam todas as famílias da terra (Gênesis 28: 13-14). Mais tarde, Deus declarou que “uma nação e multidão de nações” viria de Jacó, bem como a realeza — portanto, uma grande nação singular e um grupo relacionado de nações (Gênesis 35:10-11).

Mais tarde descobrimos que as promessas de direito de primogenitura de grandeza nacional, incluindo colonização no exterior, riqueza de terras e pessoas e um enorme poder militar, foram passadas para José, filho de Jacó, enquanto a promessa de governo e reis foi passada para Judá, outro filho de Jacó e pai de os judeus (ver Gênesis 49:8-10, 22-26; 1 Crônicas 5:1-2). Através de Judá viria a linhagem real de Davi, que chegaria até Jesus Cristo. Mas e o direito da primogenitura como nação?

Em Gênesis 48, encontramos a extraordinária história dos dois filhos de José sendo abençoados por Jacó. José colocou seu filho mais velho, Manassés, à direita de Jacó, um lugar de destaque, e seu filho mais novo, Efraim, à esquerda de Jacó. Mas Jacó colocou sua mão direita sobre Efraim e a esquerda sobre Manassés, evidentemente, cruzando os braços, para transmitir sua bênção.

Ele profetizou que Manassés se tornaria uma grande nação e que Efraim se tornaria uma multidão ou grupo de nações. Portanto, aqui estava a promessa anterior a Jacó de uma nação e um grupo de nações — com Manassés se tornando uma grande e única nação e Efraim se tornando um grupo de nações integradas.

Assim começa a história que, finalmente, levou aos Estados Unidos da América e às nações da Comunidade Britânica — Grã-Bretanha, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.

Onde estão os antigos israelitas hoje em dia?

Após o êxodo do Egito, os israelitas viveram na Terra Prometida por muitos séculos. Eles se tornaram um grande reino na época de Davi e Salomão — mas não na extensão que Deus havia prometido aos patriarcas. Após a morte de Salomão, o reino se dividiu em dois — com o reino de Israel no norte e o reino de Judá no sul.

Por meio de Moisés, Deus havia prometido aos israelitas grandes bênçãos pela obediência e alertado sobre terríveis maldições se O desobedecessem (ver Levítico 26; Deuteronômio 28). Consequentemente, ambas as nações foram invadidas e levadas cativas por causa de seus pecados, como Deus havia predito.

Muitos descendentes de Judá mantiveram sua identidade e alguns voltaram para a Terra Prometida em tempos anteriores a Cristo. Hoje, conhecemos o povo de Judá como judeus. Mas as tribos do norte de Israel foram consideradas perdidas e assimiladas às nações. Mesmo assim, Deus disse: “Porque eis que darei ordem e sacudirei a casa de Israel entre todas as nações, assim como se sacode grão no crivo, sem que caia na terra um só grão” (Amós 9:9). Deus predisse que eles continuariam sendo, embora dispersos, um grupo distinto de povos descendentes de Jacó.

Então, para onde foram essas “dez tribos perdidas”? Seguimos uma série de pistas nas Escrituras e na história em nosso guia de estudo bíblico gratuito Os Estados Unidos e a Inglaterra na Profecia Bíblica. E, ao juntar tudo isso, aprendemos que ao longo dos séculos os israelitas migraram para o oeste das terras de seu cativeiro para a Europa. Muitas das nações do noroeste da Europa são descendentes de israelitas e foram enormemente abençoadas.

Entretanto, as principais de todas essas nações — e de todas as nações da história — são aquelas que nasceram da Grã-Bretanha, incluindo os Estados Unidos. Essas nações são descendentes de José, filho de Jacó. Elas são descendentes de Efraim e Manassés, a quem se aplicam as bênçãos especiais de se tornar “uma multidão de nações” e um “grande povo”, respectivamente (Gênesis 48:8-19).

Entre eles, o povo norte-americano e britânico dominou o globo nos últimos dois séculos — juntos governaram uma porcentagem maior da população e do território do mundo do que qualquer outro povo. Sem dúvida, eles possuíram, conforme predito, as “portas” de seus inimigos — as importantes passagens no mar e na terra, que lhes dão domínio militar estratégico sobre as várias regiões da Terra.

E, como já mencionado, essas nações, apesar dos erros que cometeram, usaram suas grandes bênçãos para ajudar a abençoar de muitas maneiras o resto do mundo.

“Mas nos esquecemos de Deus”

Infelizmente, os Estados Unidos e outras nações israelitas não apenas perderam o conhecimento de sua identidade, mas também se esqueceram do Deus que os abençoou tão ricamente. Já em 1863, durante a Guerra de Secessão, o presidente Abraão Lincoln emitiu um decreto reconhecendo: “Temos recebido as mais escolhidas bênçãos dos céus; fomos preservados em paz e prosperidade durante muitos anos; crescemos em número, riqueza e poder como nenhuma outra nação. Mas nos esquecemos de Deus” (comparar Deuteronômio 8:11-19).

Houve tempos em que essa nação se aproximou de Deus. Todavia, mais recentemente, os Estados Unidos e as outras nações israelitas tornaram-se cada vez mais desobedientes e antagônicos a Deus e têm enfrentado uma série de punições nacionais, conforme listado em Levítico 26 e Deuteronômio 28. A antiga Israel e Judá sofreram isso em grande escala — e a mesma coisa acontecerá aos seus descendentes modernos nos últimos dias, embora em uma escala ainda mais catastrófica. Em Jeremias 30:4-7, Deus avisou sobre a pior de todas as épocas, o “tempo de angústia para Jacó”, o terrível tempo da Grande Tribulação também predito por Daniel e Jesus (Daniel 12:1; Mateus 24:21-22).

Outras profecias mostram que esse será um tempo de cidades devastadas, invasões, fomes, pestes e sobreviventes levados ao cativeiro e à escravidão — como foi antes, mas dessa vez será muito pior. Isso é horrível até de se pensar, mas o objetivo de Deus é sacudir as pessoas para que abandonem sua rebelião e, enfim, trazer muitos ao arrependimento e à oportunidade de salvação.

Mas, felizmente, essa devastação não será o fim da história. Outras profecias ainda revelam que Jesus retornará em breve com poder e glória para governar o mundo. Nessa época, Ele reunirá os remanescentes de Israel de onde estiverem espalhados e os trará de volta à Terra Prometida em um grande e segundo êxodo. Então, os israelitas se submeterão a Deus e a Seus caminhos e, por fim, servirão fielmente como uma nação modelo para o resto do mundo, como deveriam ter sido desde o começo. Sem dúvida, ficamos muitíssimo alegres ao comtemplar esse maravilhoso futuro.

Contudo, uma olhada em onde estamos hoje nos leva de volta à realidade do quanto esse país (e na realidade, todas as nações) se afastaram das intenções de Deus. Como povo de Deus, precisamos voltar a ser quem somos e o que deveríamos ser — ou enfrentar horríveis consequências!

Felizmente, você não precisa esperar até que chegue esse julgamento. Individualmente, qualquer que seja sua origem nacional, você pode abandonar seus caminhos errados e buscar a Deus agora mesmo. Ele o abençoará pessoalmente e o guiará, e também a todos os que se submeterem a Ele, durante esses vindouros tempos sombrios — e o conduzirá para o Seu maravilhoso Reino que se aproxima!


Seria Uma Atitude Racista Reconhecer a Identidade Israelita de Um País?

Embora não seja comumente compreendido, os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e outras nações do noroeste europeu são em grande parte descendentes dos antigos israelitas da Bíblia. No entanto, muitos veem essa identificação com desprezo e como algo racista. Mas, é verdade que, de certo modo, alguns crentes do denominado Israelismo Britânico têm demonstrado preconceitos raciais. E os piores exemplos têm vindo de um movimento erroneamente denominado como "Identidade Cristã", que é abominavelmente supremacista branco e antissemita. Pois, na verdade, o verdadeiro ensinamento bíblico sobre a identidade de Israel é antirracista.

As bênçãos e a posição que Deus concedeu aos povos de língua inglesa devem ser entendidas não como uma questão de supremacia racial, mas de herança e responsabilidade familiar. As nações começaram fundamentalmente com o crescimento das famílias. E Deus diz que pretende abençoar todos os povos por meio dos israelitas. Hoje em dia, muitos agitadores marxistas buscam erradicar a herança familiar da sociedade. Mas uma herança familiar, ou seja, da família de Israel, está no centro do propósito e do plano de Deus para a humanidade.

É fato que Deus escolheu especificamente um homem, o patriarca Abraão, e seus descendentes para cumprir um papel especial no mundo. O Deus Criador tem todo o direito de conceder bênçãos e atribuir tarefas a quem Ele quiser. Para Abraão, e seu filho Isaque e seu neto Jacó, que foi renomeado para Israel, Deus fez promessas peculiares a esse respeito. Mas isso não significava que eles ou seus descendentes eram, inerentemente, superiores a outras pessoas (Deuteronômio 7:7-8; 9:6). Na verdade, Deus critica muito mais os israelitas, ao longo das Escrituras, do que qualquer outro povo, uma vez que eles são julgados de acordo com sua herança de entendimento e bênçãos divinas. Como Jesus declarou: “E a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá” (Lucas 12:48).

A herança étnica israelita não é motivo de orgulho, embora alguns a tratem assim. Um dos principais propósitos da nação de Israel era servir de exemplo para o resto do mundo do que acontece a uma sociedade que honra ou rejeita a Deus. Uma série de profecias diz respeito às grandes bênçãos de Israel nesta era e na era porvir. Mas muitas outras alertam sobre as terríveis consequências que virão sobre os israelitas como julgamento pelo flagrante pecado e rebelião contra Deus.

Porém, não é razoável rotular como racista o direcionamento dessas advertências bíblicas aos destinatários pretendidos. Tampouco é racismo expressar apreço pelos aspectos positivos da herança dessas nações. Em vez disso, é certo e apropriado enfocar os exemplos de virtude (Filipenses 4:8), entendendo que todos os seres humanos, exceto Jesus, são terrivelmente falhos.

O registro bíblico apresenta a história de Israel em seus triunfos morais e tragédias, e podemos ver a mesma coisa na história pós-bíblica e em profecias ainda a serem cumpridas. Uma observação importante é que Deus, ao escolher um determinado grupo de pessoas para Seus santos propósitos, não privilegia nem garante facilitar as coisas para elas — longe disso! Após o sofrimento do povo judeu na época da Segunda Guerra Mundial, um judeu, lamentando-se, perguntou: "Por que Ele não escolheu outro povo pelo menos por um tempo?"

Nenhum seguidor de Jesus Cristo deve abraçar ou promover o racismo. Deus chama pessoas de “todas as nações, e tribos, e povos, e línguas” (Apocalipse 7:9). A Bíblia declara que pessoas de todas as origens étnicas são “geração de Deus” (Atos 17:29) e todos têm o potencial de se tornarem filhos glorificados na família divina.

O apóstolo João escreveu que o amor de Deus pelo mundo inteiro motivou o envio de Jesus para morrer pelos pecados de todas as pessoas (João 3:16). Além disso, Deus levou o apóstolo Pedro a declarar: “Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas; mas que Lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, O teme e faz o que é justo” (Atos 10:34-35, grifo nosso). Deus não nos julga por nossa ancestralidade ou pela cor de nossa pele, mas por quem somos por dentro: “Porque o SENHOR não vê como vê o homem. Pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o SENHOR olha para o coração” (1 Samuel 16:7).

A Bíblia revela que a haverá total harmonia entre as raças quando Cristo governar o mundo no Reino de Deus e resolver essas antigas inimizades: “Naquele dia, Israel será o terceiro com os egípcios e os assírios, uma bênção no meio da terra. Porque o SENHOR dos Exércitos os abençoará, dizendo: Bendito seja o Egito, Meu povo, e a Assíria, obra de Minhas mãos, e Israel, Minha herança” (Isaías 19:24-25). Entretanto, isso não torna a linhagem física irrelevante. Observe que distintas nacionalidades étnicas ainda existirão durante o vindouro reinado de Cristo.

Paulo, o apóstolo dos gentios, viu significado em sua própria linhagem étnica: “Porque também eu sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim” (Romanos 11:1). Claro, nossa linhagem mais importante é a espiritual, tendo Deus como nosso Pai através do Espírito Santo. Ainda assim, é preciso notar que as Escrituras equiparam isso a se tornar um verdadeiro israelita. Como Paulo explicou, Jesus Cristo é a semente perfeita de Abraão, pois todos os outros foram desqualificados dessa grande herança por causa do pecado — contudo, todos os que se arrependem e se unem a Cristo, por meio do recebimento do Espírito Santo, se tornam semente de Abraão e coerdeiros de Cristo como Israel, inclusive aqueles que são etnicamente gentios (Gálatas 3; 6:16; Romanos 2:28-29; 8:14-17; 9:1-8; 11; Efésios 2:11-22).

Não obstante, é importante entender que pessoas de todas as nações precisam se tornar israelitas para serem salvas. Enfim, a família divina é a glorificação de Israel, pois, as passagens de Apocalipse 21-22 mostram que os nomes das doze tribos estão escritos nos portões da Nova Jerusalém. Porém, embora isso nos dê a imagem definitiva do mundo abençoado através de Israel até a eternidade, devemos entender que Deus abençoou o mundo desta era de muitas maneiras por meio da descendência de Abraão — principalmente através de Jesus, mas também pelos grandes benefícios que Deus trouxe ao mundo por meio da família que Ele escolheu. E, em toda a Bíblia, tudo isso mostra que a herança israelita como nação é fundamental para o plano de Deus para a humanidade.

Sem sombra de dúvidas, proclamar quem são os povos israelitas hoje em dia não é uma atitude racista — pois isso significa reconhecer o que Deus tem feito ao longo dos séculos para realizar Seu grande plano de abençoar todos os povos por meio de Israel.