Os Estados Unidos e o Retorno a Deus
Em 26 de setembro de 2020, dezenas de milhares de norte-americanos se reuniram no National Mall em Washington, D.C., em resposta a um chamado à oração e ao arrependimento emitido por diferentes ministérios evangélicos. Eu estava lá com uma equipe do programa Beyond Today cobrindo este momento notável na história de nossa nação, uma ocasião emocionante para pessoas de várias origens religiosas — todas sabendo que algo está desesperadamente errado com o estado espiritual dos Estados Unidos — se reunindo para orar durante esse evento que foi chamado de “O Retorno”.
Na verdade, O Retorno consistiu em dois eventos separados organizados por dois ministérios, um liderado pelo pastor e escritor messiânico Jonathan Cahn e o outro por Franklin Graham, filho do famoso evangelista norte-americano Billy Graham. Ambos fizeram uma convocação para que as pessoas fossem a Washington naquele dia para orar pela condição espiritual e moral dos Estados Unidos. Diversos líderes exortaram, oraram e cantaram, e as pessoas ouviram, choraram e oraram em grupos grandes e pequenos em toda a vasta extensão do Lincoln Memorial a leste do Washington.
A equipe do Beyond Today não estava participando de nenhum desses eventos. Assistimos como observadores para ouvir o que foi dito e avaliar o foco da reunião — para analisar o que significava e o que poderia resultar disso.
À beira do julgamento divino
Temos escrito e divulgado amplamente o tema sobre como os Estados Unidos e outros países anglófonos enfrentarão um tempo de crise e a necessidade de se voltarem para Deus em um arrependimento nacional.
Apresentamos os assuntos de uma perspectiva bíblica, analisando esses povos como a antiga nação de Israel, um povo abençoado por Deus segundo as promessas feitas aos antepassados de Abraão. As antigas nações de Israel e Judá, herdeiros de Abraão que receberam apenas uma parte de todas as promessas, foram consumidas pela decadência moral e espiritual muito semelhante ao que vemos hoje.
Também temos mostrado frequentemente as conexões bíblicas entre os Estados Unidos e as consequências sofridas pelos israelitas, explicando que, assim como Deus puniu Israel por seus pecados, os Estados Unidos sofrerão o mesmo destino, a menos que seu povo volte para Deus — buscando a Deus Pai e Seu Filho, Jesus Cristo, e se humilhando em arrependimento com base na lei de Deus.
Nesse evento em Washington, ouvimos um sincero reconhecimento desses problemas, juntamente com apelos ao arrependimento. Alguns palestrantes reconheceram que os Estados Unidos pecaram gravemente e merecem o julgamento de Deus. E muitos citaram os mais de sessenta milhões de abortos realizados nos Estados Unidos desde a legalização do aborto pela Suprema Corte do país.
Ironicamente, esse evento foi realizado no mesmo dia que o presidente Donald Trump anunciou na Casa Branca a nomeação da juíza Amy Coney Barrett, uma firme defensora da vida do nascituro, à Suprema Corte para substituir a falecida juíza Ruth Bader Ginsburg. Alguns veem a posição conservadora da juíza Barrett como uma esperança de que uma futura decisão do tribunal reverta à controversa decisão de 1973.
Nesse encontro, diversos palestrantes também chamaram a atenção para a urgência do momento. Conflitos raciais têm se espalhado pelas ruas das grandes cidades, levando a mais divisão e sofrimento. E isso além do ininterrupto impacto da pandemia do coronavírus na economia e na saúde pública.
Tudo isso foi abordado dentro do contexto de um julgamento e de um chamado ao reconhecimento da mão de Deus sobre a nação. Jonathan Cahn proferiu uma advertência entusiasmada e provocativa de julgamento segundo os moldes do profeta Jeremias.
Deus instruiu o profeta a pegar uma botija de barro, reunir os anciãos de Jerusalém no Vale de Hinom no lado sul e ali proclamar uma fervorosa mensagem de julgamento contra a cidade. Jeremias deveria jogar essa botija no chão e estilhaçá-la, simbolizando a intenção de Deus de quebrar a cidade com seus habitantes em tantos pedaços que não poderia ser juntado novamente (Jeremias 19). Esse foi um momento dramático, quando Cahn, em uma encenação enérgica, quebrou um grande vaso de barro diante de milhares de espectadores.
Um profundo senso de obstinação nacional
Eu ouvi muitas declarações contundentes e verdadeiras de oradores sinceros. “As igrejas da Terra estão cheias de bezerros de ouro”, proclamou um dos principais organizadores. “Deus saiu da casa”, disse ele, referindo-se à visão de Ezequiel da presença de Deus deixando o templo de Jerusalém. Em uma oração a Deus, outro reconheceu: “Nós merecemos seu julgamento”, mas implorou: “Dê-nos mais tempo” — pedindo mais tempo e misericórdia para que as pessoas possam mudar, arrepender-se e voltar-se para Deus.
Ouviu-se o som de um shofar, um chifre de carneiro, usado nos tempos bíblicos para avisar sobre um perigo iminente e também para chamar as pessoas a uma assembleia solene, como de fato ocorreu nessa ocasião. O evento aconteceu num Sábado, entre as festas bíblicas das Trombetas e Expiação, um período reverenciado na tradição judaica como período de Dias de Reverência, em que há esse dia particular conhecido como Shabbat Shuvah, o "Sábado do Retorno", que chega já perto do fim de um período de quarenta dias chamado de Teshuvá ou “Retorno”. No pensamento judaico, esse é um tempo de avaliação e reatamento com Deus por meio de uma profunda introspecção e arrependimento. Aquele foi um dramático dia de oração.
Eu estava em uma pequena colina à sombra do Monumento de Washington, observando milhares de pessoas, sinceras e devotas, passando. Algumas carregavam suas crianças em carrinhos de bebê. Outras estavam em cadeiras de rodas. Muitos se juntaram a outros participantes na formação de pequenos círculos e orando pela nação e seus líderes. Todos estavam em paz. Não vimos nenhum sinal de protesto violento. Sentimo-nos completamente seguros em meio a essa multidão. Ali estavam pessoas que sentem que algo está terrivelmente errado com os Estados Unidos de hoje e se reuniram para clamar a Deus e para buscá-Lo em oração.
Será que vamos escutar os argumentos de Deus?
Mas pergunto novamente, qual foi o resultado desse grande dia de oração? Houve alguma mudança de coração? Será que esses apelos ao arrependimento apontam mesmo para o que Deus diz que precisa ser feito para trazer restauração e mudança duradouras?
Tive a oportunidade de conversar com Jonathan Cahn por alguns minutos. Eu queria discutir com ele, através de uma perspectiva bíblica, como Deus vê os Estados Unidos e o que Deus aponta como problemas sistêmicos em seu povo. Uma questão importante que levantei é o que Deus disse por meio do profeta Ezequiel a respeito dos dois principais motivos do cativeiro de Israel e de Judá pelas mãos dos assírios e babilônios.
Em Ezequiel 20, Deus diz que os problemas e o cativeiro dos israelitas resultaram da violação de Seus Sábados e da idolatria arraigada que era uma armadilha sempre presente na nação.
A título de referência, os anciãos do povo judeu foram a Ezequiel para ouvir o que Deus lhes diria sobre a situação deles. Através do profeta, Deus recordou sobre a libertação dos israelitas do Egito e quando lhes deu leis e estatutos pelos quais viver. “Mas”, disse Deus, “rebelaram-se contra Mim e não Me quiseram ouvir; ninguém lançava de si as abominações dos seus olhos, nem deixava os ídolos do Egito; então, Eu disse que derramaria sobre eles o Meu furor, para cumprir a Minha ira contra eles no meio da terra do Egito” (versículo 8).
E Deus disse ainda: “E também lhes dei os Meus sábados, para que servissem de sinal entre Mim e eles, para que soubessem que Eu sou o SENHOR que os santifica. Mas a casa de Israel se rebelou contra Mim no deserto, não andando nos Meus estatutos e rejeitando os Meus juízos, os quais, cumprindo-os o homem, viverá por eles; e profanaram grandemente os Meus Sábados; e Eu disse que derramaria sobre eles o Meu furor no deserto, para os consumir” (versículos 12-13).
E para não deixar espaço para más interpretações das razões dessa punição, Deus ratificou: “Mas também os filhos se rebelaram contra Mim e não andaram nos Meus estatutos, nem guardaram os Meus juízos, os quais, cumprindo-os o homem, viverá por eles; eles profanaram os Meus Sábados; por isso, Eu disse que derramaria sobre eles o Meu furor, para cumprir contra eles a Minha ira no deserto. Também levantei a mão para eles no deserto, para os espalhar entre as nações e os derramar pelas terras; porque não executaram os Meus juízos, e rejeitaram os Meus estatutos, e profanaram os Meus Sábados, e os seus olhos se iam após os ídolos de seus pais” (versículos 21-24).
Israel violou frequentemente os mandamentos de Deus de observar Seus Sábados e ainda escolheu seus próprios deuses — ídolos de madeira e pedra. E, nos piores momentos de sua história, eles se envolveram em sacrifícios de crianças, oferecendo seus filhos pequenos ao fogo do deus pagão Moloque.
Com esse pano de fundo, minha pergunta a Cahn foi se havia necessidade dele e de os ministros reunidos com ele ouvirem e compartilharem essa mensagem de advertência dessa profecia. Sua resposta foi de anuência. As igrejas, disse ele, devem olhar para sua conexão com a Igreja primitiva e entender onde o cristianismo começou.
Infelizmente, o tempo não nos permitiu discutir mais esse ponto. No entanto, visto que Deus não muda (Malaquias 3:6; Hebreus 13:8), Seu aviso permanece válido ainda hoje. Qualquer cristão professo ou denominação deve entender que a Igreja de Jesus começou guardando o Sábado e ensinando os mandamentos de Deus. O cristianismo subsequente se desviou dessa fé entregue por Cristo à Sua Igreja (para saber mais, baixe ou peça nosso guia de estudo bíblico gratuito A Igreja que Jesus Edificou). Não pode haver um “retorno” completo a Deus sem reconhecer esses fatos.
A adoração em vão
O mau cheiro dos procedimentos abortivos nas clínicas dos Estados Unidos é uma testemunha viva do resultado de nossos pecados de idolatria e transgressão do Sábado, ambos têm nos levado perder o conhecimento do Deus verdadeiro e de Seu Filho Jesus Cristo. Desde 1973, mais de sessenta milhões de crianças — todas feitas à sublime imagem de Deus — foram abortadas. Uma geração de crianças foi oferecida no altar da conveniência pessoal e da obstinação apenas nos Estados Unidos.
A questão do direito ao aborto se tornou uma prova de fogo para os juízes da Suprema Corte, como vimos claramente em recentes audições neste tribunal. Os progressistas liberais temem que um tribunal conservador reverta à decisão de 1973 e permita novamente que os estados declarem o aborto ilegal, como foi o caso durante os primeiros duzentos anos da história do país.
Além disso, embora o nome de Jesus Cristo seja frequentemente invocado nas igrejas dos Estados Unidos, essas igrejas em sua maioria se reúnem, seguindo uma antiga tradição, no primeiro dia da semana, o domingo — um claro repúdio ao Quarto dos Dez Mandamentos, que diz que observemos o sétimo dia, Sábado, como o santo dia de repouso de Deus.
E, como o Sábado do sétimo dia, outras festas sagradas de Deus (listados em Levítico 23) são rejeitadas, sendo substituídas por feriados pagãos como o Domingo de Páscoa e o Natal. Assim, Deus não é adorado em espírito e em verdade — com um coração transformado e de acordo com a Palavra de Deus (ver João 4:24). As pessoas podem até ser sinceras, mas, sinceramente, adoram a Deus em vão. Então, não pode haver um retorno efetivo ou arrependimento até que essa verdade fundamental da Bíblia seja reconhecida.
Caminhar apenas uma parte do caminho não é o suficiente
No palco desse nobre esforço para levar os adoradores à fé e criar um renascimento espiritual na nação e um “retorno”, muitos homens e mulheres condenaram o aborto, a homossexualidade e a crescente confusão moral e espiritual nos Estados Unidos. Eles avaliaram integramente a corrupção que está consumindo o coração do país.
Eles disseram, corretamente, que as "igrejas da nação estão cheias de bezerros de ouro", mas não sabem como tomar as medidas necessárias para expulsar os ídolos do egocentrismo, do orgulho e da tradição religiosa de seus próprios cultos. Não seria muito mais eficaz fazer um chamado para se reunir humildemente todas as semanas no verdadeiro dia de descanso bíblico — o Sábado — e adorar a Deus conforme Suas instruções?
E não seria muito mais eficaz um chamado para substituir as armadilhas pagãs do Domingo de Páscoa e do Natal pela verdadeira adoração a Deus em Suas festas anuais, que, segundo a Bíblia, Ele mesmo entregou ao Seu povo? Está na hora de os cristãos retornarem às suas raízes bíblicas, conforme ensinado e praticado pela Igreja no livro de Atos.
Será que Deus pode ser realmente encontrado nessas grandes catedrais e nas megaigrejas luxuosas e ornamentadas dos subúrbios elegantes dos Estados Unidos? Esta é uma pergunta incômoda. A resposta viraria de ponta-cabeça esse sistema religioso há muito tempo estabelecido.
Em nossa opinião, apesar da visível sinceridade, esse evento foi uma mistura turva de ensino judaico-messiânico — o toque do shofar, que se referia aos Dias de Reverência e menção do Rosh Hoshana (a Festa das Trombetas) e Yom Kippur (o Dia de Expiação) — coexistindo com um cristianismo evangélico profundamente enraizado em dias de adoração, festividades, práticas e crenças pagãs. (Pesquise esses temas em nosso site revistaboanova.org para entender o que a Bíblia realmente diz sobre isso).
Lembrei-me das metáforas que Deus usa para descrever Seu povo nos capítulos sete a nove do livro de Oséias. Eles estavam “quentes como um forno” buscando sinceramente compreensão e restauração, mas nenhum deles clamava realmente pelo Deus verdadeiro. Eles se “misturavam com os povos” e eram como “bolo que não foi virado”. A força deles tinha ido embora e eles não sabiam disso. “A nação está ficando fraca como um velho de cabelos brancos, mas o povo não percebe isso” (Oséias 7:9, BLH).
É uma linguagem muito forte, mas os tempos exigem isso.
Eu estava no centro do National Mall de Washington, um conjunto de parques que abriga diferentes monumentos e memoriais que representam o orgulho e o poder dos Estados Unidos. Eu ouvi o nome de Deus sendo invocado e pessoas buscando entendimento e cura espiritual. Eles sabem que algo está profundamente errado nos Estados Unidos. Mas, ao mesmo tempo, eles não ouviram, talvez nem queriam ouvir, a solução definitiva para a doença do país. Contudo, você está tendo oportunidade de ouvir e atender a palavra da verdade de Deus — e realmente voltar-se para Deus.
O erro de confiar em cerimônias e instituições religiosas
Lembrei-me também de quando Deus enviou Jeremias ao templo em Jerusalém, o centro da vida religiosa da cidade. A presença de Deus desceu para aquele lugar sagrado. Mas, na verdade, o coração das pessoas estava longe de Deus. A idolatria ainda era praticada naquela terra. Os mandamentos de Deus não eram obedecidos completamente.
O templo era visto como uma espécie de "amuleto da sorte". A presença dele ali, pensava o povo, os livraria de qualquer perigo. Eles acreditavam que eram um povo especial e que Deus sempre os manteria naquela terra e, independente do que acontecesse, Jerusalém sempre existiria e um descendente de Davi continuaria no trono.
Deus disse a Jeremias para ir ao templo e dar uma mensagem muito diferente: “Põe-te à porta da Casa do SENHOR, e proclama ali esta palavra, e dize: Ouvi a palavra do SENHOR, todos de Judá, vós os que entrais por estas portas, para adorardes ao SENHOR. Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Melhorai os vossos caminhos e as vossas obras, e vos farei habitar neste lugar. Não vos fieis em palavras falsas, dizendo: Templo do SENHOR, templo do SENHOR, templo do SENHOR é este” (Jeremias 7:2-4).
O povo de Judá confiava na estrutura do templo e em seus rituais e serviços para protegê-los. Eles tinham uma forma externa de religião, simbolizada pelo templo com seus sacerdotes e rituais, mas seus corações estavam longe da religião pura de fé e confiança em Deus, conforme definido pelos princípios básicos da lei.
“Mas, se deveras melhorardes os vossos caminhos e as vossas obras, se deveras fizerdes juízo entre um homem e entre o seu companheiro, se não oprimirdes o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, nem derramardes sangue inocente neste lugar, nem andardes após outros deuses para vosso próprio mal, Eu vos farei habitar neste lugar, na terra que dei a vossos pais, de século em século” (versículos 5-7).
O povo de Judá tinha uma forma de religião que não se traduzia em verdadeira justiça para com os pobres e necessitados. Eles adoravam seus próprios deuses do orgulho, da riqueza e da prepotência. E, enfim, sofreram as consequências disso.
Aparentar seguir a Deus enquanto O negam
Em Washington, D.C., muitos edifícios e monumentos proeminentes levam o nome de Deus e têm citações da Bíblia. Moisés e as tábuas dos Dez Mandamentos estão esculpidos no prédio da Suprema Corte. No entanto, esse mesmo tribunal sancionou o aborto, desprezou a identidade sexual e baniu a Bíblia e Deus da vida pública.
A religião cristã dos Estados Unidos leva o nome de Deus e Seu Filho Jesus Cristo, mas carece da plena revelação da verdade bíblica e está comprometida com crenças e práticas advindas do antigo paganismo.
Deus fala conosco hoje por meio dessas remotas palavras da profecia de Jeremias: “Eis que vós confiais em palavras falsas, que para nada vos aproveitam. Que é isso? Furtais e matais, cometeis adultério e jurais falsamente, queimais incenso a Baal e andais após outros deuses que não conheceis, e depois vindes, e vos pondes diante de Mim nesta casa que se chama pelo Meu nome, e dizeis: Estamos salvos; sim, só para continuardes a praticar estas abominações! Será esta casa que se chama pelo Meu nome um covil de salteadores aos vossos olhos? Eis que Eu, Eu mesmo, vi isto, diz o SENHOR” (Jeremias 7:8-11).
O National Mall de Washington é como um templo secular para a nação. É como o fórum da Roma Antiga e a acrópole de Atenas, onde reside a sede do poder e da história nacional consagrada. Neste dia de setembro de 2020, chamado “O Retorno”, um grupo de líderes religiosos dirigiu-se à multidão reunida ali e conduziu-a a uma oração coletiva. Eles disseram boas palavras. Eles denunciaram os pecados da nação. Eles tocaram uma trombeta de advertência e quebraram um vaso de barro como um lembrete do que Jeremias uma vez fez em Jerusalém. Mas, será que Deus os ouviu?
Um ponto de não retorno?
Não duvido da sinceridade daqueles milhares de pessoas que compareceram àquele evento. Em seu íntimo, eles sabiam que algo está terrivelmente errado e procuravam ter e preservar uma vida melhor para si e para seus filhos e netos. Mas como Deus viu e discerniu tudo aquilo? Novamente, precisamos ir até a Bíblia.
Observe como Deus via para os líderes religiosos dos tempos de Jeremias: “Uma coisa espantosa e horrível acontece nesta terra: Os profetas profetizam mentiras, os sacerdotes governam por sua própria autoridade, e o Meu povo gosta dessas coisas. Mas o que vocês farão quando tudo isso chegar ao fim?” (Jeremias 5:30-31, NVI).
Os líderes religiosos que guiavam as multidões nesse dia de oração serão responsabilizados por Deus pelo que ensinam em seus púlpitos. Deus diz que um ministro pode governar (ensinar ou pregar) por sua própria autoridade, ou seja, por conta própria, e estar ensinando falsidades. Anteriormente, vimos que Ezequiel disse que a punição de Israel, que a levou ao exílio e ao cativeiro, ocorreu por causa da violação de Seus Sábados e pela idolatria. E esses pecados ainda contaminam nosso povo hoje em dia.
Será que os Estados Unidos estão em um ponto de não retorno? O “retorno” que agradará a Deus deve incluir toda plenitude de Sua eterna lei espiritual. Com isso quero dizer a lei de Deus escrita em nossos corações (Jeremias 31:33; Hebreus 8:10), e não apenas professada por nossas bocas. Chegou a hora de você decidir por si mesmo se seguirá a Deus, conforme Sua Palavra. Está na hora de você buscar a Deus e estudar as Escrituras para entender o que Deus deseja que você faça. (Não deixe de ler o artigo “Você Realmente Entregou Sua Vida Para Deus?”).
Está na hora de escolher o Reino de Deus sobre todos os reinos deste mundo. Aquele evento, embora tenha sido um começo, não foi o suficiente para agradar a Deus. Cabe a você escolher se vai se arrepender e reconhecer a mensagem que Deus entregou por meio de Seus profetas. Agora é a sua hora de decidir!