Lidando Com Situações Delicadas
O que dizer sobre dar as mãos?
Bill, vinte e oito anos de idade, casado com Sue, disse que não tinha regras quanto a darem-se as mãos antes de se casarem, mas percebeu que “os primeiros contatos físicos são emocionantes quando se é jovem e, muitas vezes, podem abrir a porta para a intimidade prematura e os grandes erros da vida”.
Continuando, ele comentou: “Se eu pudesse fazer tudo de novo, eu não mais daria as mãos até ter certeza do compromisso (e me certificaria do envolvimento ser suficientemente breve para minimizar eventuais problemas). A tolerância individual quanto a segurar as mãos ou tocar no outro pode variar, e por isso não há nenhuma regra estrita e fácil. Mas para mim teria sido melhor errar sendo rigorosamente conservador nesta área”.
Kate, 28 anos, casada com Lucas, escreveu: “Nós não nos demos as mãos até quase um ano depois de começarmos a namorar. Nós começamos a namorar um ano ou mais depois de conhecer um ao outro como amigos e ao perceber que estávamos potencialmente interessados no casamento e queríamos passar mais tempo juntos para descobrir isso.
“Uma coisa que nós dois aprendemos foi que no período que antecede o casamento com uma pessoa, qualquer coisa tem potencial para ser fisicamente excitante e inquietante. No meio da empolgação, você tem que deixar cativo seus pensamentos e tomar decisões sobre como desfrutar da proximidade emocional e os poucos contatos físicos baseando-se em se a relação é profunda e sólida o suficiente para se beneficiar destas dimensões agregadas, ou se servirá apenas para encobrir a verdadeira falta de comunicação. Para Lucas e eu, darmos as mãos era uma coisa positiva que manifestava fisicamente alguns dos sentimentos e ideias que já havíamos conversado”.
O que dizer sobre abraçar?
Depois de fazer amizade com alguém, parece que abraçar faz parte da maneira como muitas pessoas se despedem antes de separar por um bom tempo ou um olá quando se encontram. Apesar de que a maioria neste grupo entendeu que esses tipos de abraços breves são adequados, eles sugerem tomar precauções quanto a abraços regulares e prolongados com o sexo oposto.
A Sara disse: “Eu acho que o fato é que quanto mais demorado seja o abraço entre duas pessoas do sexo oposto, maior a tendência de querer se beijar. Portanto, se esse tipo de coisa estiver afetando sua mente, quando você for abraçar essa pessoa e, de repente, você querer beijá-lo, então, diga a si mesmo: Uau! Pare já com isso! Assim é melhor você repensar suas atitudes, porque a maneira santa é “fugir da imoralidade” e não testar o quanto podemos chegar perto dela!”
Bill concordou com Sara, dizendo: “Os abraços entre duas pessoas que sabem que sentem atração um pelo outro devem ser breves. Abraços envolvem um contato físico ainda maior e pode ser usado inadequadamente se a pessoa não tomar cuidado ou se tem alguma fraqueza nessa área”.
O que dizer sobre beijar?
Beijar, de acordo com o nosso grupo, é definitivamente mais íntimo do que dar-se as mãos ou se abraçar e deve ser evitado antes do noivado. Depois que você estiver noivo ou noiva, um beijo breve pode ser apropriado.
Como Sara expôs: “Eu sei que é difícil resistir a beijar alguém, especialmente se essa pessoa significa muito para você ou é muito atraente. Mas você tem que lembrar, se Deus não escolheu esta pessoa para você, seus lábios estão beijando o companheiro de outra pessoa. Se você fosse casado e alguém beijasse sua esposa ou marido, certamente você ficaria muito louco!”
“É possível que se argumente que dar as mãos e abraçar pode ser compartilhado de forma muito descontraída e ‘inofensiva’”, disse Bill. “No entanto, o beijo na boca é, na verdade, um dos estágios iniciais da intimidade sexual e é um caminho fácil e rápido para se chegar ao contato sexual explícito. Os jovens e adultos solteiros devem evitar o beijo na boca a todo custo, exceto, talvez, apenas antes do casamento (mesmo assim, é preciso que sejam cuidadosos para evitar um comportamento lascivo)”.
Ao explicar como se beijaram pela primeira vez, Kate disse: “Eu havia dito a Lucas o que um beijo significava para mim quando começamos a nos aproximar. Ele respeitou minha opinião e nunca tirou vantagem de mim em qualquer momento de vulnerabilidade. Eu o respeitava profundamente por isso e continuo respeitando, mesmo que às vezes eu queria que ele me beijasse. Para mim, um beijo significava: ‘Eu te amo e quero ser seu marido’”.
Continuando, ela lembrou: “Eu tinha perguntado a minha mãe, quando eu era jovem, se era errado beijar alguém antes de se casar. Ela disse que dependia do entendimento que ambos deveriam ter sobre o significado daquele beijo. Então, passei a pensar sobre isso, e comecei a sentir que não queria lembranças do beijo de qualquer homem, exceto do meu marido, e que para mim um beijo era um sinal de amor e posse. Segurar as mãos é como que uma extensão disso—isso implica um certo grau de exclusividade e posse mútua”.
“Para mim, um beijo na boca entre um homem e uma mulher implica essa propriedade de uma forma sexual, que é linda e poderosa”.
O que mais?
O contato físico mais íntimo do que o descrito acima é frequentemente chamado de carícias. De acordo com o nosso grupo, esta categoria de conduta excede claramente os limites seguros que os cristãos devem manter.
Quanto às carícias antes do casamento, Kate escreveu: “Com exceções apenas de passar suas mãos no meu cabelo ou no rosto e vice-versa, além disso, nada mais. Eu acho que nos expor às tentações não seria justo para nenhum de nós. E assim, nós tínhamos decidido que não queríamos sentir culpados por nada que fizéssemos um ao outro nesta área, por isso nos mantivemos afastados”.
Conselhos Finais
Resumindo seus pensamentos, Sara disse: “A decisão de ficar totalmente puros antes do casamento foi difícil por causa de tudo o que sentimos um pelo outro, mas procuramos olhar para isso em um sentido mais amplo. Você gostaria de ser culpado de contaminar alguém tão especial? Você quer se sentir culpado por estar se contaminando? Você gostaria que o seu companheiro tivesse chegado tão perto de fazer sexo com muitos outros antes de você? A Regra de Ouro é: ‘Faça aos outros o que gostaria que fizessem para você’. Então ponha isso em prática, e você não será apenas mais feliz por isso, como também Deus o abençoará!”.
Às vezes, ser piedoso se torna um grande desafio quando você encontra a pessoa com quem pretende se casar. De acordo com Cheryl: “Quando encontrei a pessoa que eu senti que poderia me casar um dia, aí então eu passei a ter muito mais cuidado. Pequenas coisas podiam se transformar em grandes coisas muito rapidamente. As zonas de conforto são rapidamente alcançadas e ampliadas quando você está com alguém que ama e confia. Meu melhor conselho é: Não namore a sós até encontrar essa pessoa. Namoros em grupo com amigos de confiança pode ser uma forma muito divertida de conhecer e passar tempo com alguém que você pode estar interessado, pois aí há menos pressão ou tentação”.
Em seguida, ela disse: “Quando você estiver namorando alguém a sós, realmente é preciso ter cuidado para não se colocar em uma situação onde permaneça sozinho e fora da vista das pessoas por um longo período de tempo. Se se mantiver em ambientes mais iluminados, você não tem que inventar desculpas porque se sente desconfortável se os seus limites predeterminados não correspondem à situação”.
Bill, ao concluir, dá os seguintes conselhos sobre namoro para os solteiros: “Não permita ficar a sós com a pessoa, ou pelo menos em situações onde o contato sexual seja possível e onde haja privacidade suficiente para cair nessa situação. Simplesmente, a tentação pode ser grande demais. Pense no contato físico da mesma maneira como pensa na virgindade. Uma vez que a linha é cruzada, seja ter dado as mãos, beijado ou dormido juntos, não há como voltar atrás. Você não pode reverter o que já está feito”. (É claro, você pode parar o que está fazendo, se já tiver ido longe demais, mas sempre é mais difícil voltar atrás depois que se começou).
Kate arrazoa desta forma: “O contato físico é poderoso. Assim, Deus fez. Devemos usá-lo respeitosamente da maneira como Ele deseja”.