Introdução: Por Que Deus Permite O Sofrimento?

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Introdução

Por Que Deus Permite O Sofrimento?

“A grandiosa objeção quanto à crença de que existe um poder sábio e amoroso por trás do universo é a existência de tanta dor e angústia no mundo”— Richard Harris, autor.

Temos a tendência de estarmos confortáveis com a nossa crença em Deus, quando tudo está correndo bem e a nosso favor. Mas basta ocorrer uma tragédia e, logo, começamos a duvidar da Sua verdadeira existência.

Vejamos a condição espiritual do mundo. Os agnósticos—pessoas que demonstram descrença na existência de um Criador supremo e inteligente que controla o universo—influenciam os aspectos educativos, científicos e governamentais deste mundo. A existência do sofrimento no mundo é uma das justificativas mais comuns dos agnósticos pela falta de crença e fé em Deus.

Por não entender as razões de tanto sofrimento, eles concluem que nem Deus nem a religião têm as respostas para os problemas do mundo. Como o historiador e escritor Paul Johnson observou: “Eu suspeito que o problema do mal, afaste mais pessoas sérias da religião do que qualquer outra dificuldade”.

Na Europa, por exemplo, o agnosticismo é desenfreado. Aí a degradação da fé religiosa começou quando o abissal sofrimento e morte na Primeira Guerra Mundial foram realmente compreendidos por milhões de europeus sobreviventes. Mais de dez milhões de pessoas morreram e outras vinte milhões ficaram feridas naquele grande conflito.

Como escreveu o autor britânico, David L. Edwards: “A experiência na Europa, na era da ciência, frequentemente, demonstra que a crença em Deus pode ser assolada pelo sofrimento” (Os Futuros do Cristianismo [The Futures of Christianity], 1987, p. 339). Ele explicou como isto aconteceu:

“A primeira guerra mundial foi uma grande catástrofe [religiosa]. Ela causou mais danos ao cristianismo do que danos físicos às pessoas . . . pouquíssimas tradições das igrejas europeias estavam preparadas para essa crise espiritual . . . Todas as igrejas encorajavam os seus membros a orar por vitória e segurança, somente para verem mais tarde que uma nuvem de gás venenoso obscurecesse todas as doutrinas que tinham sido semeadas tão luminosamente nos dias de paz . . . Foi uma guerra que causou grandes danos aos antigos ensinamentos das igrejas de que Deus estava no controle, assim como o clérigo em sua paróquia” (pp. 306-307).

Desde então a maioria dos europeus têm acreditado que a fé em Deus é muito difícil de ser justificada. Muitos têm expressado a opinião de que Deus havia ficado surdo às angústias cruéis surgidas na Primeira Guerra Mundial e nos campos de extermínio nazistas da Segunda Guerra Mundial. Esta onda de dúvidas tem sido tão grande na Europa que em algumas áreas muitas igrejas antigas foram vendidas e se tornaram livrarias, espaços de negócios e até mesmo clubes noturnos.

Como conciliar a angústia e o sofrimento com a imagem de um Deus amoroso? Por que Ele permitiria o espantoso sofrimento que aflige a humanidade? Será que a Bíblia explica esse sofrimento? Será que ela revela um Deus que pode controlar todo o universo? Se Ele tem esse tipo de poder, por que não coloca, imediatamente, um fim a essa aflição?

Muitas pessoas, crentes e descrentes, veem essas calamidades—sejam pessoais, nacionais ou mundiais—e se angustiam por causa de tudo isso. Nesta lição veremos como a Bíblia trata este enigma: Por que Deus permite o sofrimento?