Comentário Bíblico
Êxodo 30
No capítulo 30 do livro de Êxodo, vemos o restante das instruções sobre o que deveria ser colocado no tabernáculo. Nesse capítulo, Moisés recebeu orientações sobre como fazer um altar para queimar incenso. Esse altar deveria ser posto “diante do véu” que separava o Lugar Santo do Lugar Santíssimo (versículo 6). E esse incenso aromático representava as orações do povo de Deus diante de Seu trono (comparar Salmos 141:2; Apocalipse 5:8). Portanto, Deus queria que Sua singular sala do trono fosse preenchida com o aroma desse incenso. Mas, certamente, Ele não queria ali nenhum "incenso estranho" (Êxodo 30:9), pois, o livro de Provérbios explica que aquele “que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável” (Provérbios 28:9). E a bacia de bronze, localizada do lado de fora do Lugar Santo, era para Aarão e seus filhos lavarem as mãos e os pés na água antes de entrarem para oficiar — um símbolo da purificação espiritual. Também havia instruções para fazer o sagrado óleo da unção, que — assim como o incenso — não devia ser copiado por ninguém da congregação para uso pessoal. Somente os sacerdotes podiam usar o óleo da unção, assim como hoje apenas os ministros ordenados podem ungir os enfermos com óleo. Nesse contexto, o óleo representa claramente o Espírito Santo de Deus.
Há outra coisa muito interessante nesse capítulo, que é a oferta expiatória coletada no censo, também conhecida como pagamento do resgate. Moisés foi instruído a fazer o censo das pessoas com idade de vinte anos para cima, recolhendo uma oferta de metade de um siclo de cada pessoa para o serviço do tabernáculo. O sentido aqui é que que cada pessoa estava pagando um preço por sua vida — reconhecendo que sua vida pertencia a Deus, por isso a pessoa tinha uma dívida com Ele. É preciso ressaltar que todos deveriam pagar a mesma quantia, independentemente de serem ricos ou pobres.