Por Que o Espírito Santo É, Frequentemente Referido Como "Ele" e "Lhe"
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Por Que o Espírito Santo É, Frequentemente Referido Como "Ele" e "Lhe"
A língua grega, como as línguas românicas derivadas do latim (português, espanhol, francês, italiano, etc.), atribui um gênero específico para cada substantivo. Cada objeto, animado ou inanimado, é designado como masculino ou feminino [ou neutro no caso do grego]. O sexo atribuído ao substantivo frequentemente não é relacionado ao objeto ser de fato masculino ou feminino.
Por exemplo, em português a palavra “livro”, está no gênero masculino e se refere ao pronome português “ele”. Igualmente, a palavra “mesa”, está no feminino. É claro, embora estes substantivos tenham gênero, esse gênero não se refere ao fato de serem macho ou fêmea.
Podemos observar que na língua hebraica, na qual o Antigo Testamento foi escrito, a palavra traduzida como “espírito”, ruach, é apresentada com pronomes femininos. Mas o Espírito Santo certamente não é do sexo feminino ou uma mulher.
Em grego, palavras masculinas e assim como palavras de gênero neutro são usadas para se referir ao Espírito Santo. A palavra grega traduzida como “Consolador”, “Auxiliador”, “Confortador” e “Advogado” [dependendo na versão que usa] nos capítulos de João 14 a 16 é parakletos, uma palavra masculina no grego e, assim, referido nesses capítulos por pronomes gregos equivalentes ao português “ele”, “lhe”, “seu”, “próprio”, “quem” e “o qual”.
Por causa das regras gramaticais do grego e do português, é incorreto concluir que o Espírito Santo é uma pessoa porque é referido no masculino, como “ele” ou “o qual”.
Somente se soubéssemos que o parakletos ou o auxiliador fosse de fato uma pessoa é que podiamos concluir que é uma pessoa. O pronome masculino não garante que estamos falando duma pessoa. E o termo parakletos, certamente pode se referir a uma pessoa—como quando se refere a Jesus Cristo em 1 João 2:1. No entanto, o Espírito Santo em nenhum lugar é designado com pessoalidade.
Além disso, não há absolutamente nenhuma justificativa teológica ou bíblica para se referir ao termo “Espírito Santo” com pronomes masculinos, mesmo em grego. A palavra grega pneuma, traduzida como “espírito” (mas também traduzida como “vento” e “sopro” no Novo Testamento) é uma palavra gramaticalmente neutra. Assim, na língua grega, os pronomes equivalentes ao português “que” ou “aquilo” são utilizados corretamente quando se refere a esta palavra traduzida ao português como “espírito”.
No entanto, quando a tradução de João Ferreira de Almeida foi concluída e impressa, em 1753, a doutrina da trindade já estava sendo aceita há mais de mil anos. Então, naturalmente, os tradutores dessa versão, influenciados por essa crença, escolhiam os pronomes pessoais, em vez de neutro, referindo-se ao Espírito Santo em português Um tal exemplo é Mateus 10:20, onde Jesus diz: “Porque não sois vós que falais, mas o Espírito do vosso Pai que [não quem] fala