“Livra-nos do Mal”

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“Livra-nos do Mal”

Vivemos em uma época em que a religião que mais cresce não é realmente uma religião. A doutrina primária dela pode ser resumida em uma frase sucinta: “Esta é a minha verdade!” O humanismo secular e o “euísmo” são a linha de pensamento constante dela. Ela tem todas as conotações de um movimento religioso com um fervoroso zelo de lealdade inabalável. Embora pareça estar “ampliando fronteiras” mais rápido e mais longe do que nunca, esse “evangelho do eu” é tão antigo quanto o Jardim do Éden.

Enquanto isso, a quantidade de pessoas que confiam no Deus interventor da Bíblia vem diminuindo gradualmente. Vemos isso em todo o mundo ocidental, principalmente nos Estados Unidos que, ironicamente, têm a frase “Em Deus Confiamos” em sua moeda e um hino retumbante de louvor nacional intitulado “Deus Abençoe a América”. Ademais, o Grammy Awards deste ano apresentou uma grande produção teatral de uma música intitulada “Unholy” [profano] com todo um figurino satânico.

E não se engane, pois o desafio foi lançado diante do Deus Todo-Poderoso e dos discípulos de Jesus Cristo. Não apenas por esse evento singular, mas também pela doutrinação em massa generalizada por incontáveis assédios das mídias sociais visando as mentes jovens e moldáveis e, sim, até você. O que uma pessoa de fé e alguém que crê na Palavra de Deus pode fazer?

Para tal tempo como este!

Está na hora de acordarmos para esse célere domínio da civilização pelas tropas antiDeus. E não pense que você ou seus entes queridos estão imunes a esses potentes ataques dessas forças das trevas. Essa não é simplesmente uma fase passageira! Pois, é “para tal tempo como este” (Ester 4:13-14) — como hoje! — que a consciência espiritual, a determinação e a proteção da mente e coração são essenciais a cada instante. Está na hora de ser considerado alguém que responde continuamente ao convite de Jesus para segui-Lo (Mateus 4:19; João 21:22).

Vamos ponderar num específico ponto de ação, entregue por nosso Mestre quanto a segui-Lo, que é comumente chamado de “Pai Nosso” ou “Oração do Senhor” (Mateus 6:9-13). Ele nos instrui a incluir esses elementos em nossas orações: “Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas [de pecado], assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!” (ARA, grifo nosso).

Observe que nesse modelo de oração e louvor está um anseio de libertação do maligno. Jesus estava afirmando claramente a existência do mal e, em outra passagem, identifica Satanás, o diabo, como pai e originador disso (João 8:44). E ao dizer que viu “Satanás, como raio, cair do céu” (Lucas 10:18), Jesus está implorando a nós, Seus discípulos, que nos concentremos na atual realidade de Satanás e tomemos diariamente as devidas medidas espirituais. Em suma, esse esboço de oração de Jesus nos lembra que estamos em guerra! Veremos no fim desse artigo que Jesus praticava o que pregava.

Conheça o inimigo de Deus e também nosso

Por que as palavras de Jesus são tão essenciais e instrutivas? Por causa da revelação das Escrituras, não fomos deixados às cegas e entregues às artimanhas da serpente (Gênesis 3:4; Apocalipse 12:9). A Bíblia revela Satanás como “o deus deste século” que cegou o entendimento da humanidade para o evangelho (2 Coríntios 4:4). Ele é “o príncipe das potestades do ar, do espírito que, agora, opera nos filhos da desobediência” (Efésios 2:2). E, de maneira camaleônica, ele parece um “anjo de luz” (2 Coríntios 11:14), mas é revelado como um “adversário...bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (1 Pedro 5:8).

Esse adversário e seus cúmplices trabalham para nos manter inconscientes de seus ataques espirituais, mas as Escrituras revelam essa nossa constante luta: “Porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Efésios 6:12).

Geralmente, como parte de seus esforços para levar as pessoas a rejeitar Deus e a existência do reino espiritual, Satanás evita se expor, o que contribui para um vácuo moral. Vemos os resultados disso em Romanos 1:21-23: “Eles conheciam algo sobre Deus, mas não O adoraram nem Lhe agradeceram. Em vez disso, começaram a inventar ideias tolas e, com isso, sua mente ficou obscurecida e confusa. Dizendo-se sábios, tornaram-se tolos. Trocaram a grandeza do Deus imortal por imagens de seres humanos mortais...” (Nova Versão Transformadora).

Será que isso não descreve muitas pessoas do mundo de hoje, que na última década destruíram qualquer aparência de sociedade ordenada por Deus? E nesta era das “selfies”, elas não erigiram seus próprios deuses? Não se engane, o espírito por trás disso tudo é de dominação, intimidação e controle — uma cultura do cancelamento dedicada a destruir a criação especial de Deus, que foi feita à Sua imagem e destinada a ser feita à imagem espiritual de Seu Filho como uma "nova criatura" (2 Coríntios 5:17).

Gostaria que entendessem minha preocupação com cada um de vocês que tem lido meus artigos nos últimos anos. Se alguma vez algum artigo lhe pareceu “duro” e “amargo” é porque os tempos assim o exigem. Os servos de Deus têm o dever de soar o alarme e acordar as pessoas. E esse alerta não é apenas para o mundo, mas também para os discípulos de Cristo que, ingenuamente, pensam que podem avançar apenas no “piloto automático” ou no “controle de cruzeiro” através da impiedade que está se espalhando ao nosso redor. A Palavra de Deus exorta cada um de nós: “Portanto, aquele que pensa que está de pé é melhor ter cuidado para não cair” (1 Coríntios 10:12, BLH).

Por que isso é tão importante? Porque, afinal de contas, somos responsáveis por nossas ações. Podemos ser “deixados cair em tentação”, mas somos nós mesmos quem decidimos sucumbir ou rejeitar a influência de Satanás. Portanto, ninguém pode usar a desculpa de que o diabo o fez fazer isso ou aquilo.

Vencer as trevas com a luz da esperança

Ademais, enquanto espero nos encontrar num próximo artigo, permita-me compartilhar alguns raios de luz peculiares.

Jesus Cristo, o Filho de Deus, enviado do alto, é “a vida e a vida era a luz dos homens...e a luz resplandece nas trevas...” (João 1:4-5). Assim, podemos enxergar tudo claramente.

Precisamos ter e manter a verdadeira e definitiva perspectiva: Essa Luz e nosso Pai Celestial são incriados, ou seja, sempre existiram (Isaías 57:15; 1 Timóteo 6:16), enquanto Satanás foi criado como um ser espiritual e se tornou um traidor do Reino de Deus (ver Ezequiel 28:14-15). E quem você acha que vai triunfar no final? Estamos lidando com duas diferentes esferas de existência, e quanto a isso Deus e Cristo são onipotentes.

Uma das principais razões pelas quais Jesus foi enviado à Terra foi para “destruir as obras do diabo” (1 João 3:8, ARA). Jesus não era simplesmente um mestre qualquer que proferia parábolas inteligentes e espirituosas. Ele foi enviado para tirar Satanás de cena. No altar do Gólgota foi conquistada a vitória e agora só falta acertar os detalhes. E uma questão bem clara é que na segunda vinda de Jesus Satanás será subjugado (Romanos 16:20).

Nesse dia, o triunfo final será glorioso. E a atual vitória é daqueles que, com a ajuda do Espirito de Deus, se esforçam para atender ao convite de Jesus de segui-Lo em uma sociedade cada vez mais obscura. Na última noite de Sua vida humana, Jesus, suplicando diretamente a Seu Pai por nós (João 17:20), disse o seguinte: “Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal” (versículo 15).

Jesus estava praticando em Sua oração o que havia pregado aos discípulos sobre a busca de nossa libertação do maligno. O constante carinho dEle para conosco é impressionante. E Sua oração compromissada com nossa proteção espiritual não era baseada no temor, mas na convicção e fé de que Seu Pai, também nosso Pai, abriria nossos olhos em relação ao inimigo de Seu Reino, guardando nossos corações e fortalecendo nossa determinação de tê-Lo sempre em primeiro lugar em nossas vidas.

Então, descrevi aqui um simples ponto de ação para seguir a Cristo e nos voltar para O único que pode nos capacitar para a jornada que ainda temos à frente. Busque a luz, orando a Deus por ajuda e libertação. Comece agora mesmo! E ao fazer isso, por favor, ore também pedindo que o Reino de Deus venha logo!

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