Descobertas Recentes na Terra Santa Confirmam O Registro Bíblico

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Descobertas Recentes na Terra Santa Confirmam O Registro Bíblico

Muro fortificado em Laquis do tempo do rei Roboão (23 de abril de 2019). Os caroços de oliveiras na fundação de um muro reforçado em Tel Lachish, a sudoeste de Jerusalém, foram datados como sendo por volta de 920 a.C., alinhando-se com a época do filho de Salomão, Roboão. As escrituras dizem que Laquis foi uma das cidades de Judá fortificadas por Roboão (2 Crônicas 11:9).

Provas de depósitos de mineração de cobre do reino edomita (18 de setembro de 2019). A análise química e microscópica de depósitos de resíduo de cobre no Vale do Aravah, onde ficava o reino bíblico de Edom, mostrou as mesmas técnicas de refino avançadas e padronizadas sendo usadas em locais amplamente dispersos, evidência de um governo central forte antes de meados do século 11 a.C., trezentos anos antes do que pensavam os estudiosos. As escrituras atestam que havia reis regendo sobre Edom antes de quaisquer reis de Israel (Gênesis 36:31).

Nome hebraico javista em Abel Beth Maacah (16 de janeiro de 2020). Pelo fato de não acreditar na descrição bíblica do poderoso estado israelita sob o rei Davi, muitos pensavam que Abel Beth Maacah, na fronteira norte de Israel, estava fora do domínio hebraico nos anos 900 a 800 a.C. Mas uma jarra de vinho deste período foi encontrada aqui com a inscrição "de Benayo", um nome hebraico que termina na forma do Deus Yahweh de Israel. Essa cidade serviu de refúgio ao rebelde Sabá antes de ele ser entregue às forças sitiantes de Davi (2 Samuel 20: 14-22).

Grande centro administrativo do antigo reino de Judá (22 de julho de 2020). Uma das maiores coleções de impressões de selos do reino de Judá foi encontrada em um enorme complexo de coleta e armazenamento de impostos públicos do fim do século oito a meados do século sete a.C., época do rei Ezequias e seu filho, o rei Manassés, perto da nova embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém. Mais de cento e vinte alças de jarras estão marcadas com as letras lmlk, que significa "do rei". A escavação revelou que o local continuou em operação depois que o rei assírio Senaqueribe atacou Judá em 701 a.C., consistente com a descrição bíblica do reinado de Ezequias.

Capitéis de colunas proto-eólias fora dos muros de Jerusalém da época de Ezequias (3 de setembro de 2020). Três versões em escala reduzida de cabeças de coluna em voluta no estilo fenício antigo, como o palácio adornado de Davi, que aparentemente faziam parte de uma suntuosa mansão fora das muralhas defensivas de Jerusalém como parte da sucessiva expansão da cidade sob Ezequias depois que as forças de Senaqueribe partiram. Novamente, uma descoberta condizente com a descrição bíblica da sobrevivência e riqueza da cidade após o cerco.

Corante púrpura real em tecidos da época de Davi e Salomão (28 de janeiro de 2021). Três fragmentos de tecidos coloridos, dentre as mais de cem descobertas nas antigas minas de cobre de Timna, no sul de Israel, foram encontrados tingidos de púrpura real. A datação direta por radiocarbono confirma que os achados datam de aproximadamente 1000 a.C., correspondendo às monarquias bíblicas de Davi e Salomão em Jerusalém. Esse corante era valioso na época por sua extração, já que era produzido por glândulas corantes colhidas de três espécies de caramujos marinhos nas margens do mar Mediterrâneo e seu processamento era demorado e trabalhoso.

Por isso, o tecido púrpura era muito caro, às vezes até mais do que ouro, e usado apenas pela realeza, funcionários de alto nível e pessoas riquíssimas (comparar Cantares 3:9-10). A descoberta desses tecidos roxos em Timna junto com espinhas de peixes trazidos do Egito demonstram uma rede comercial significativa sob a supervisão de um governo central forte — condizente com a época de Davi e Salomão.

A descoberta de novos fragmentos dos Manuscritos do Mar Morto (16 de março de 2021). Um trabalho de quatro anos realizado pela Autoridade de Antiguidades de Israel, incluindo a exploração de cavernas remotas, revelou oitenta novos fragmentos de pergaminho com linhas de texto grego de Zacarias e Naum. É a primeira vez em sessenta anos que cientistas voltam a se deparar com evidências do tipo no deserto da Judeia. Acredita-se que eles faziam parte de um conjunto de fragmentos dos Doze Profetas Menores da “Caverna dos Horrores”, que recebe esse nome por ter sido o ponto de encontro de quarenta esqueletos humanos durante escavações na década de 1960.

Acredita-se que o pergaminho tenha sido escondido durante a Revolta de Barcoquebas (132-136 d.C.), quando judeus fugiram para as cavernas com suas famílias com a intenção de se esconder dos romanos. Alguns notaram pequenas variações textuais, mas esses escritos tinham pouquíssimas diferenças de nossas Bíblias. E, mais uma vez, precisamos atentar para o fato de que as Bíblias atuais foram traduzidas da versão grega em vez de uma versão hebraica, que seguia uma rígida tradição de escribas.

Escrita alfabética mais antiga da Terra Santa encontrada em Laquis (20 de abril de 2021). Um pequeno fragmento de cerâmica encontrado em Tel Lachish, no sul de Israel, contém a escrita alfabética mais antiga encontrada no sul do Levante, datada do século 15 a.C. Em duas linhas curtas do texto semítico havia o termo 'abd’, que significa "servo" (talvez como parte de um nome) e ‘npt’, significando possivelmente mel (nophet em hebraico). Alguns a estão chamando de “elo perdido” entre a escrita alfabética egípcia anterior e a escrita posterior no Levante. Esse é mais um golpe contra aqueles que dizem que Moisés não poderia ter escrito a Torá em hebraico, visto que, supostamente, ele viveu bem antes dessa escrita alfabética. Essa inscrição é datada exatamente da época de Moisés.

Inscrição que pode ser o nome de Jerubbaal, outro nome de Gideão (13 de julho de 2021). Escavações em Khirbet al-Ra'i, perto de Laquis, revelaram um nome escrito em três fragmentos de cerâmica. As quatro letras, rb’l, que significam rubbaal são claras. A primeira letra anterior não está totalmente preservada, mas pode ser um yod, resultando no nome Yrb'l (Jerubaal). Este era outro nome do juiz bíblico Gideão após ele destruir o altar de Baal (Juízes 6:32; 7:1). E a inscrição data de cerca de 1100 a.C., época da morte de Gideão.

Entretanto, as Escrituras não fazem menção à influência de Gideão em Judá, ressaltando apenas sua atividade no norte e no leste de Israel. Alguns propõem que a inscrição pode ser lida como Azrubaal, Zecharbaal ou Meribbaal. Mesmo assim, Gideão esteve no cargo de juiz por um longo período, com uma sucessão controversa posteriormente entre seus filhos, então seu nome poderia ter sido importante até em Judá — e também alguém poderia ter recebido o nome dele em sua homenagem.

Descoberta de trechos da muralha leste da cidade de Jerusalém da época de Ezequias e Josias (14 de julho de 2021). Um longo trecho da muralha da cidade no íngreme lado leste da Cidade de Davi foi encontrado, até então esse trecho estava ausente no rastreamento da fortificação oriental da cidade nos séculos 8 a 7 a.C. isso permitiu que os arqueólogos observassem toda a extensão da muralha que circundava Jerusalém antes de sua destruição pela Babilônia.

Antes, esse setor da muralha não era considerada fortificada devido à crença de que os babilônios não haviam deixado essa estrutura de pé, baseando-se em 2 Reis 25:10, que afirma que o exército babilônio "derribou os muros em redor de Jerusalém". Agora alguns têm afirmado que essa nova descoberta contradiz essa passagem. Mas o versículo não diz que nenhuma parte da muralha ficou de pé. A muralha foi reduzida de tamanho, com alguns trechos de difícil acesso deixados intactos, pois, mais tarde, Neemias teve que fazer um grande trabalho de restauração. Portanto, as muralhas ao redor da cidade foram realmente derrubadas, como diz a Bíblia.

Escavação em Jerusalém localiza evidências de terremoto descrito no livro de Amós (4 de agosto de 2021). O livro bíblico de Amós foi escrito no século 8 a.C., durante o período do rei Uzias, de Judá, e do rei Jeroboão II, de Israel, "dois anos antes do terremoto" (Amós 1:1). Evidentemente, esse foi um grande e inesquecível terremoto em que as pessoas fugiram de Jerusalém, e que foi relembrado cerca de 250 anos depois em Zacarias 14:5, mesmo após o cativeiro e a restauração da nação.

Agora, os arqueólogos encontraram uma camada de destruição na cidade de Jerusalém que se encaixa nesse período de tempo. A ausência de danos causados pelo fogo da invasão consolida a conexão com o terremoto. Evidências de destruição semelhante foram achadas em outros locais da região, como Hazor, Laquis, Gezer e Megido, mas esta é a primeira vez que foram encontrada em Jerusalém. E isso pode servir como uma nova âncora de datação para os arqueólogos que estão escavando ali.

Thomas Levy, professor de arqueologia da Universidade da Califórnia em San Diego, disse ao site de notícias de ciência Live Science: “Quando os dados bíblicos são combinados com os dados arqueológicos e paleo-sísmicos do sul do Levante, nota-se uma forte e evidente correlação entre o Livro de Amós, um profeta da Bíblia Hebraica, e o registro arqueológico”.

Descoberta de falha na muralha em Gate mostra por onde o exército arameu invadiu (8 de agosto de 2021). A Bíblia afirma que Hazael, rei arameu ou sírio, atacou a cidade filisteia de Gate e a conquistou (2 Reis 12:17). Existem muitas evidências arqueológicas desse cerco e destruição no século 9 a.C., tanto dentro quanto fora da cidade, antiga cidade natal de Golias e agora conhecida como Tell es-Safi, mas os pesquisadores não conseguiam descobrir onde a muralha fortificada da cidade foi rompida.

Agora, uma lacuna de nove metros da muralha foi encontrada na parte mais baixa da cidade, bem ao lado de um portão bem fortificado que chega até o abastecimento de água da cidade. O arqueólogo Aren Maeir acredita que essa pode ser "a mais antiga evidência conhecida de um cerco em todo o mundo".

Mais uma vez, a Bíblia prova que seus registros não são mitos, mas histórias reais!