E Se Sodoma Tiver Sido Encontrada?
Uma história de “proporções bíblicas” — com enormes ramificações — foi recentemente anunciada e divulgada por diversos veículos de notícias em todo o mundo.
Nos últimos dezesseis anos, o arqueólogo Dr. Steven Collins, reitor da Universidade Trinity Southwest de Albuquerque, e uma equipe de funcionários e voluntários têm escavado um local que acreditam ser a cidade bíblica de Sodoma. O local da escavação fica no lado leste do Vale do Jordão, na Jordânia, do outro lado do rio Jordão a partir de Jericó. O local é enorme — provavelmente quatro a cinco vezes o tamanho de Jericó, que também existia na mesma época.
No decorrer de suas escavações (janeiro e fevereiro, quando as temperaturas são amenas o suficiente para tornar esse trabalho suportável) foram feitas algumas descobertas científicas muito interessantes.
Nas últimas temporadas de escavação, o Dr. Collins e sua equipe encontraram evidências de uma destruição avassaladora nesse lugar agora chamado de Tall el-Hammam. Por anos, o Dr. Collins tem apresentado evidências da razão de ele acreditar que esse pode ser o local da antiga cidade de Sodoma (ver “A Bíblia Informa a Localização da Cidade de Sodoma?”, começando na página 11).
Outro membro importante da equipe de escavação é o Dr. Phillip Silvia, arqueólogo de campo e supervisor do Projeto de Escavação do Tall el-Hammam. No outono passado, um artigo de pesquisa científica de sessenta e cinco páginas, revisado por pares — e de autoria de vinte e um cientistas, incluindo o Dr. Phillip — foi enviado para revistas científicas de todo o mundo. Ele foi publicado primeiro no jornal de ciências Nature Scientific Reports.
O mais impressionante sobre esse artigo é que ele detalha como as evidências de destruição encontradas pelos arqueólogos em Tall el-Hammam se enquadram na descrição bíblica do fim repentino de Sodoma. As evidências mostram uma súbita destruição catastrófica originada fora deste planeta.
Nossa equipe editorial tem acompanhado esse trabalho de escavação nos últimos dezesseis anos, até mesmo visitando o local pouco antes do início das escavações em 2005. Porém, precisamos observar que temos alguns problemas de datação com esse local, conforme nosso entendimento da cronologia da época em que Abraão viveu e da época em que Sodoma foi destruída, pois a destruição dessa cidade ocorreu cerca de duzentos anos antes do tempo que os arqueólogos concluíram para esse lugar.
A equipe do Tall el-Hammam está confiante de que a datação daquele sítio arqueológico é precisa. E, no momento, não há resposta fácil para tal discrepância. Talvez nos próximos meses e anos surjam mais informações que nos aproxime mais da data da destruição dessa cidade. A arqueologia bíblica é um campo científico em constante evolução, pois novas evidências surgem continuamente nessas terras da Bíblia.
Vários arqueólogos de renome também concluíram que aquele é realmente o local de Sodoma, apesar dos problemas na datação. As evidências do próprio sítio arqueológico, bem como os marcadores de localização bíblicos, são muito convincentes. As evidências geográficas e novas evidências científicas da destruição dessa cidade apresentam fortes razões para corroborar essa afirmação.
Essa história tem profundas implicações bíblicas para a comunidade arqueológica, mas implicações espirituais ainda maiores para o mundo inteiro.
Então, vamos dar uma olhada nas Escrituras para ver o que aconteceu com as cidades de Sodoma e Gomorra e comparar isso com o que os cientistas descobriram. E com esse pano de fundo, vamos ponderar nesta pergunta: E se Sodoma fosse encontrada? O que isso significaria para a humanidade? E o que isso deveria significar para você e para mim?
Sodoma: um antro de maldade
Provavelmente, a maioria de nós conhece o relato bíblico da destruição de Sodoma e Gomorra pelas mãos de Deus por causa dos pecados daquele povo. Apenas um pequeno grupo de moradores escapou. Abraão implorou a Deus para poupar a cidade se alguns justos pudessem ser encontrados nela (Gênesis 18: 16-33). Contudo, somente o sobrinho de Abraão, Ló, e sua família foram dignos de serem poupados, e por causa de sua relação com o justo Abraão.
O povo de Sodoma era rico e orgulhoso e tinha abundância de comida e de ociosidade, e não se preocupavam com os necessitados, além disso, eles levavam uma vida tremendamente imoral, o que fez com que Deus determinasse sua destruição (Ezequiel 16:49-50).
A história dessa destruição está registrada no capítulo dezenove de Gênesis. A informação introdutória sobre a depravação daquela cidade é muito chocante. E dois anjos em forma humana foram à cidade para resgatar Ló e sua família da destruição que se aproximava. Então, Ló lhes oferece um lugar seguro para passar a noite em sua casa, mas a história rapidamente toma um rumo sombrio quando os homens da cidade cercaram a casa querendo estuprar aqueles visitantes! (Gênesis 19:4-5).
Então, Ló implorou a eles: "Meus irmãos, rogo-vos que não façais mal" (versículo 7). Ele até ofereceu suas duas filhas àquela turba, mas eles o ameaçaram e quase arrombaram sua porta antes que os anjos o resgatassem e ferisse de cegueira aquela multidão (versículos 8-11).
E a partir desse relato é que o termo sodomia entrou na língua portuguesa. Proibido na maioria dos países por muitos séculos, agora ela está sendo aprovada e amplamente aceita no mundo, e aqueles que ainda a consideram pecaminosa são censurados e denunciados como preconceituosos e retrógrados.
Destruição pelo fogo vindo do céu
Mas, a história não termina aí. Os mensageiros angelicais dizem a Ló para reunir sua família e fugir — “Pois nós vamos destruir este lugar... e o SENHOR nos enviou a destruí-lo” (versículo 13).
Então, Ló implorou a seus genros, dizendo-lhes: “Levantai-vos; saí deste lugar, porque o SENHOR há de destruir a cidade” (versículo 14). Mas eles interpretaram isso como uma piada e não quiseram lhe dar atenção. Afinal de contas, Sodoma era uma cidade grande e próspera — não havia nada com que se preocupar, certo?
Ao amanhecer, os anjos insistiram para Ló se apressar e levar sua esposa e filhas para fora da cidade. E como ele se demorava, os anjos tiveram que puxá-lo e também seus familiares para fora da cidade. E ali, um dos anjos disse-lhes: “Escapa-te por tua vida; não olhes para trás de ti e não pares em toda esta campina; escapa lá para o monte, para que não pereças” (versículo 17).
Quando eles se aproximaram da cidade de Zoar, aquela tragédia abrasadora começou.
“Então, o SENHOR fez chover enxofre e fogo, do SENHOR desde os céus, sobre Sodoma e Gomorra. E derribou aquelas cidades, e toda aquela campina, e todos os moradores daquelas cidades, e o que nascia da terra” (versículos 24-25). As cidades, vilas e aldeias vizinhas, seus habitantes e até mesmo as plantações e árvores foram destruídas.
Abraão, longe da zona de risco, mas perto o suficiente para perceber que ocorrera uma catástrofe, “olhou para Sodoma e Gomorra e para toda a terra da campina; e viu, e eis que a fumaça da terra subia, como a fumaça duma fornalha” (versículo 28).
A área que antes era exuberante e verdejante a ponto de ser comparada ao Jardim do Éden e ao fértil Egito (Gênesis 13:10), agora se tornou em um cenário de desolação fumegante e abrasador. Sodoma, Gomorra e as cidades e vilas vizinhas haviam desaparecido, reduzidas a entulho e cinzas da explosão pelo fogo.
Uma explosão aérea
Será que existe alguma correlação entre o que os cientistas descobriram recentemente e as passagens bíblicas que acabamos de ler?
Em 20 de setembro, o Dr. Phillip Silvia, diretor de análise científica do Projeto de Escavação do Tall el-Hammam, anunciou a publicação do artigo mencionado anteriormente no jornal Nature Scientific Reports intitulado “A Tunguska Sized Airburst Destroyed Tall el-Hammam, a Middle Bronze Age City in the Jordan Valley Near the Dead Sea” (Uma explosão aérea do tamanho de Tunguska destruiu Tall el–Hammam, uma cidade da Idade Média do Bronze no Vale do Jordão, perto do Mar Morto, em tradução livre).
Esse artigo contém detalhadas evidências forenses de que uma explosão aérea arrasou o Tall el-Hammam, a maior cidade da área do Mar Morto, séculos antes ou depois, um evento datado por volta de 1650 a.C.
O diretor da escavação do Tall el-Hammam, Dr. Steven Collins, há muito tempo sugeriu que aquele era o local mais provável da cidade bíblica de Sodoma. Ela está no lugar certo, com base em muitas pistas geográficas de Gênesis (novamente, consultar “A Bíblia Informa a Localização da Cidade de Sodoma?”, começando na página 11).
Ao longo de anos de escavação no local, a equipe documentou uma camada de destruição maciça de 1,5 metros de espessura abaixo da superfície do monte repleta de artefatos num raio de oitocentos metros de comprimento. Essas camadas são bastante comuns em locais antigos e, geralmente, indicam incêndios provocados por conquista militar ou acidental devido à negligência humana ou a eventos naturais, como terremotos. Normalmente, a causa é bastante fácil de identificar devido às evidências de destruição associadas. Mas o que causou aquela extensa destruição ali?
A análise dos cientistas
Em 2014, a Comet Research Group, uma corporação sem fins lucrativos do Arizona, foi convidada para auxiliar na análise de evidências materiais do interior dessa camada de destruição. Essa corporação é autora de dezenas de artigos que documentam catástrofes cósmicas que afetam nosso planeta.
Aliás, a Comet Research Group não é um grupo religioso. Ela é composta por cientistas que estudam cometas. O site do grupo afirma: “Será que nosso último ataque espacial foi há sessenta e cinco milhões de anos, com um asteroide que dizimou os dinossauros? Pense novamente nisso. Os cometas assassinos são mais comuns do que você imagina. A missão corporação é provar isso e fazer algo a respeito antes da destruição da próxima cidade”.
A história arqueológica do Tall el-Hammam tem sido bem delineada após quinze períodos de pesquisa de campo, em que foi necessário um conjunto de diferentes talentos para investigar adequadamente essa camada de destruição. A Comet Research Group tinha capacidade técnica e forense suficientes para determinar se aquelas evidências de campo respaldavam a descrição bíblica.
E, surpreendentemente, o relato bíblico de uma destruição vinda do céu acabou sendo apoiado por numerosas linhas de evidências geoquímicas e materiais enterradas abaixo da superfície do solo.
Algo havia demolido os doze metros superiores da estrutura de um palácio de quatro a cinco andares e destruído as maciças muralhas defensivas de tijolos de barro de treze metros de espessura da cidade. Alguns poucos restos mortais mostraram “fragmentação” e “desarticulação extrema” — significando que os corpos foram despedaçados violentamente.
Uma camada de destruição rica em carbono e cinzas continha concentrações de quartzo chocado, cerâmica derretida e tijolos de argila, carbono semelhante a diamante, fuligem, esférulas ricas em ferro e silício e esférulas de gesso derretido. Também foram encontrados traços de platina derretida, irídio, níquel, ouro, prata, zircão, cromita e quartzo.
Experimentos de aquecimento indicam que as temperaturas devem ter ultrapassado instantaneamente de dois mil graus centígrados. E quão quente é isso? O suficiente para transformar um caminhão em uma poça de ferro derretido!
O Dr. Allen West, da Comet Research Group, disse o seguinte sobre essas descobertas: “Entre outras evidências técnicas, descobrimos ossos humanos que haviam sido fundidos com vidro derretido por esse evento. O vidro é indistinguível daquele encontrado no marco zero após as explosões atômicas. Essas pessoas foram mortas pelo calor e pela pressão de uma explosão semelhante a atômica, mas sem a radiação” (grifo nosso).
Reduzindo as possibilidades
O Dr. Silvia produziu catorze linhas de evidências que sustentam que esse é o local da localização da antiga cidade de Sodoma. O documento está disponível para download gratuito no site Nature Scientific Reports (nature.com/articles/s41598-021-97778-3).
As principais descobertas do estudo científico realizado em Tall el-Hammam estão documentadas no trabalho de investigação — juntamente com gráficos, mapas, equações e análises — que mostra por que o Tall el-Hammam poderia muito bem ser o local da destruição da antiga Sodoma. Algumas das principais descobertas incluem:
• Provas de uma combustão de elevada temperatura na cidade.
• Materiais de construção derretidos.
• Minerais e materiais sujeitos a pressões e temperaturas extremamente altas.
• Fragmentos de ossos humanos na camada de destruição.
• Alto teor de sal do solo associado à destruição e suas implicações para a agricultura na região.
• Destruição e incineração nas proximidades de Jericó na mesma época.
• Potenciais causas de destruição da cidade.
Os cientistas analisaram dez maneiras diferentes de destruir essa cidade, incluindo guerras, incêndios acidentais, terremotos, vulcanismos e relâmpagos. Algumas das evidências se encaixam em determinadas possibilidades. Mas todas as evidências parecem apontar apenas para uma única opção — uma explosão aérea cósmica, ou seja, um cometa próximo ou explosão de meteoro que obliterou a cidade e seus arredores.
A equipe concluiu que os eventos de destruição semelhantes mais próximos da história moderna foram primeiro o teste de bomba atômica em 1945 no Novo México, como parte do Projeto Manhattan da Segunda Guerra Mundial (com um poder explosivo de vinte e uma mil toneladas de TNT) e depois a explosão aérea de Tunguska em 1908, que destruiu dois mil quilômetros quadrados daquela floresta siberiana com uma força explosiva semelhante.
Acredita-se que a explosão que destruiu a cidade de Tall el-Hammam tenha sido de um cometa da classe de Tunguska ou uma explosão de meteoros que explodiu perto da extremidade norte do Mar Morto, alguns quilômetros a sudoeste do local.
Esse evento foi tão destrutivo que em todo o baixo Vale do Jordão, quinze outras cidades e mais de cem pequenas vilas foram abandonadas ao mesmo tempo nessa época e permaneceram praticamente desabitadas por aproximadamente trezentos a seiscentos anos, o que aponta para a ocorrência de um evento catastrófico raro e incomum.
Provas de uma destruição originada de fora deste mundo
Como observado anteriormente, mais de vinte cientistas e pesquisadores de diversas áreas contribuíram para o principal artigo de análise da destruição dessa grande e próspera cidade no local de Tall el-Hammam há quase quatro mil anos. O que eles aprenderam? Parte disso é altamente técnica, mas vamos resumir.
Citação do artigo de pesquisa: "A primeira pista crucial nessa investigação foi a descoberta de fragmentos de cerâmica extremamente vesiculares na matriz de detritos que pareciam ter sido derretido em altas temperaturas, mas sem nenhuma evidência clara de um mecanismo de formação" (pp. 56-57) .
Interpretação: Eles encontraram cerâmica de argila quebrada — comum em locais bem antigos — mas essa cerâmica havia sido submetida a temperaturas muito altas e derreteu, formando bolhas, mas sem nenhuma evidência clara do que poderia ter gerado essas temperaturas extremamente altas.
Continuando no artigo: “Essa primeira descoberta levou a algumas observações gerais sobre a singularidade dos detritos da camada de destruição, por exemplo, suas características incomuns de alta temperatura e sua orientação NE-SW consistente. Os escavadores do local especularam que a causa da destruição pode ter sido uma explosão ou impacto cósmico, mas eles não puderam eliminar outros mecanismos potenciais, inclusive aqueles relacionados à guerra, vulcanismo e tectonismo”.
Interpretação: Os destroços na camada de destruição eram incomuns não apenas por terem sido submetidos a temperaturas extremamente altas, mas também porque foram lançados em uma direção específica — de sudoeste a nordeste, indicando uma força destrutiva originada no ar sudoeste da cidade (perto da extremidade norte do Mar Morto).
“Nós investigamos catorze linhas principais de evidência para investigar esse evento incomum: (I) grãos de quartzo chocados que se formaram a pressões de ~ 5-10 GPa; (II) cerâmica vesicular que derreteu a > 1500° C; (III) tijolos de barro e argila para telhados que derreteram a > 1400° C; (IV) altas concentrações de sal nos sedimentos, incluindo KCl derretido e NaCl incorporado em tijolos de barro derretidos; (V) carbono semelhante a diamante (diamantóides) que se formou em alta pressão e temperatura; (VI) fuligem, carvão e cinzas, indicando incêndios de alta temperatura; (VII) Esférulas ricas em Fe [ferro-] e Si [silício-], algumas das quais se fundiram a > 1590° C; (VIII) platina, fundida a ~ 1768° C; (IX) irídio a ~ 2466° C; (X) zircão a > 1687° C; (XI) cromita a > 1590° C; (XII) titanomagnetite a > 1550° C; (XIII) quartzo a 1713° C; e (XIV) baixo magnetismo remanente, um contraindicador de quedas de raios”.
Interpretação: Eles examinaram catorze linhas de evidências da destruição da cidade, incluindo grãos de quartzo e carbono que foram submetidos a um calor e pressão tão grandes que sua estrutura microscópica foi deformada e transformada em uma forma completamente diferente; fuligem e cinzas resultantes de incêndios de alta temperatura; cerâmica e materiais de construção que derreteram em temperaturas a mais de 1400° C; teor inexplicavelmente alto de sal no solo; e minúsculas esferas de elementos raros e minerais que derreteram com temperaturas entre 1500 a 1700° C (muito acima da temperatura de fusão do ferro e do aço).
“Consideramos e rejeitamos oito dos dez potenciais processos... incluindo vulcanismo, guerra e tectonismo, que poderiam ser responsáveis por pelo menos algumas, mas não todas as evidências. Concluímos que o único mecanismo de formação plausível que pode ser responsável por toda a gama de evidências é... um impacto de formação de cratera ou uma explosão aérea, provavelmente um pouco maior do que a explosão aérea de vinte e duas megatoneladas em Tunguska, Sibéria em 1908”.
Interpretação: Eles consideraram dez cenários diferentes para explicar as evidências de destruição naquele local e eliminaram quase todos, exceto dois. As únicas duas possibilidades restantes que poderiam explicar essas evidências eram um cometa ou um meteoro que se chocou com o solo ou explodiu no ar nas proximidades.
“Os dados também sugerem que uma explosão aérea ocorreu a poucos quilômetros a SW de Tall el-Hammam causando, em uma rápida sucessão, um pulso térmico de alta temperatura de uma bola de fogo que derreteu materiais expostos, inclusive argila dos telhados, tijolos de barro e cerâmica. E isso foi seguido por uma onda de explosão de alta temperatura e hipervelocidade que demoliu e pulverizou paredes de tijolos de barro em toda a cidade, arrasando a cidade e causando extensa mortalidade humana”.
Interpretação: As evidências indicam que um cometa ou um meteoro explodiu no ar perto da extremidade norte do Mar Morto, a sudoeste da cidade, gerando um calor súbito na casa dos milhares de graus centígrados, derretendo tijolos de argila (principal material de construção da cidade), materiais de argila e cerâmica dos telhados. Outra onda secundária de alta pressão, alta temperatura e hipervelocidade pulverizou e arrasou a cidade, matando todos que viviam nela.
“Além disso, o altíssimo e anormal teor de sal na matriz de detritos condiz com uma detonação aérea acima dos sedimentos de alta salinidade perto do rio Jordão ou acima do Mar Morto hipersalino. Esse evento, por sua vez, espalhou sal por toda a região, limitando severamente o desenvolvimento agrícola regional por até ~ 600 anos”.
Interpretação: O teor anormalmente alto de sal na camada de destruição e a quilômetros de toda a área levou os pesquisadores a concluir que uma explosão aérea vaporizou um grande volume de água altamente salina do Mar Morto. Posteriormente, esse sal, juntamente com outros minerais do Mar Morto, se espalhou sobre a terra em uma concentração tão grande que a lavoura — e, portanto, a habitação humana — tornou-se quase impossível nos séculos seguintes.
Uma mensagem de advertência e arrependimento
Diante de tudo que foi descoberto nesse local e do que foi documentado a respeito dessa destruição, e se esse for o local da antiga Sodoma, Gomorra e das cidades vizinhas? E se a cidade Sodoma tiver sido encontrada?
Contudo, há uma pergunta ainda mais importante: E se nosso mundo estiver voltando para Sodoma? Quais seriam as lições para nós hoje em dia?
A revista A Boa Nova existe para proclamar ao mundo as boas notícias do futuro Reino de Deus (Mateus 28:19-20; 24:14). Recebemos a ordem de pregar o evangelho ao mundo, em particular aos atuais descendentes da antiga Israel. E isso inclui os Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Austrália e Nova Zelândia. (A maioria das pessoas presume que atualmente os israelitas são apenas o povo judeu e aqueles que vivem na pequena nação de Israel no Oriente Médio, mas isso não é verdade — leia nosso esclarecedor guia de estudo Os Estados Unidos e a Inglaterra na Profecia Bíblica para saber mais sobre o assunto).
E se eles não ouvirem e se arrependerem? E se não prestarem atenção?
Observe a comissão que Jesus Cristo deu aos Seus apóstolos no evangelho de Mateus: “Jesus os enviou com as seguintes instruções: Não vão aos outros povos nem aos samaritanos, porém só ao povo de Israel — as ovelhas perdidas de Deus...Qualquer cidade ou qualquer casa que não receber vocês, sacudam de seus pés o pó daquele lugar quando saírem. Verdadeiramente, as cidades más de Sodoma e Gomorra estarão em situação melhor do que essas outras no Dia do Juízo” ( Mateus 10:5-6, 14-15, Bíblia Viva).
Muitos historiadores e cientistas seculares contestariam qualquer alegação da existência de Sodoma, insistindo que a história bíblica é um mito, apesar das muitas pistas geográficas contidas na Bíblia. E muitos ainda continuariam negando, mesmo diante de novas evidências.
E até mesmo alguns que afirmam ser cristãos duvidam das histórias de julgamento divino como a de Sodoma. Mas se Sodoma não passasse de um mito, por que o próprio Jesus a usaria como advertência?
Ademais, Sodoma é mencionada nove vezes no Novo Testamento e, na maioria das vezes, pelo próprio Jesus. Por que Ele falaria sobre um lugar que nunca existiu e que nunca foi destruído sobrenaturalmente? Isso não faria sentido. Por isso temos que concluir que Sodoma era um lugar real em uma época real com pecados reais.
E como vimos em Mateus 10, por que o exemplo de Sodoma está junto com a proclamação das boas novas do Reino de Deus?
A resposta é simples. Um componente-chave dessa mensagem é o arrependimento — mudar quem e o que somos para que possamos fazer parte desse Reino. Veja como Marcos resume a mensagem de Jesus Cristo em seu evangelho: “Veio Jesus para a Galileia, pregando o evangelho do Reino de Deus e dizendo: O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho” (Marcos 1:14-15).
E não podemos separar esses dois elementos da mensagem trazida por Jesus Cristo. Ele é o Rei desse Reino, que será estabelecido em todo o mundo assim que Ele retornar à Terra (leia nosso guia de estudo bíblico gratuito O Evangelho do Reino de Deus). Entretanto, para fazermos parte desse Reino, devemos nos arrepender e voltar para Deus, para que nossos pecados sejam apagados (Atos 3:19).
Um mundo que está voltando para Sodoma
As ruínas de Sodoma são um grito de alerta para as pessoas de nosso mundo de hoje. E também são um lembrete sério das consequências do pecado.
Você acha que Deus está satisfeito com nosso mundo? O que será que Ele pensa sobre as modernas nações de língua inglesa, cujos ancestrais distribuíram amplamente a Bíblia ao mundo e basearam nela suas sociedades, leis e cultura?
O que Ele deve pensar das milhões de vidas que essas mesmas nações assassinaram ainda no útero? O que Ele pensa sobre nossa revolução sexual? E quanto às confusas versões e redefinições de gênero além do masculino e feminino que Ele criou? (Gênesis 1:27; 5: 2; Mateus 19:4; Marcos 10:6). E quanto aos divórcios, à elevada criminalidade, às drogas, às depredações nas cidades, aos homicídios e o desrespeito pelas leis e o menosprezo à vida?
Será que estamos voltando para Sodoma? Ou será que já voltamos para Sodoma? Observe o estado do mundo ao seu redor. Estamos à beira do julgamento divino sobre este mundo. Veja o que Jesus Cristo disse às pessoas de Sua época, que testemunharam Seus milagres e ouviram Sua mensagem, mas se recusaram a se arrepender e mudar suas vidas:
“E tu, Cafarnaum, que te ergues até aos céus, serás abatida até aos infernos [a sepultura]; porque, se em Sodoma tivessem sido feitos os prodígios que em ti se operaram, teria ela permanecido até hoje. Porém Eu vos digo que haverá menos rigor para os de Sodoma, no Dia do Juízo, do que para ti” (Mateus 11:23-24).
E isso também deveria servir como um terrível aviso para nossa geração do tempo do fim. Hoje, somos piores do que a antiga Sodoma, e já deveríamos saber disso! A destruição de Sodoma foi um exemplo para todos nós e devemos aprender essa lição. (Ver “Estamos Voltando Aos Dias de Sodoma?”).
Judas, meio-irmão de Jesus Cristo, também nos avisa: “E não se esqueçam de Sodoma e Gomorra e das cidades vizinhas, cheias de imoralidade e de perversão sexual de todo tipo, que foram destruídas pelo fogo e servem de advertência do fogo eterno do julgamento” (Judas 1:7, Nova Versão Transformadora).
A Palavra de Deus deixa claro que uma destruição devastadora está se aproximando de nosso mundo. Leia as palavras do próprio Jesus Cristo em Mateus 24 e Sua revelação ao apóstolo João no livro de Apocalipse, capítulos 6, 8-9 e 12-18. Algumas das pragas preditas para atingir nosso planeta são como a destruição de Sodoma, porém multiplicada muitas vezes.
O padrão de Deus — frequentemente repetido na Bíblia — consiste em advertir antes de enviar destruição. Portanto, é da natureza de Deus testificar poderosamente a verdade e a exatidão de Sua Palavra como último testemunho ao mundo antes de executar Seu julgamento!
Seria o Tall el-Hammam o local de Sodoma? As pesquisas e escavações seguem em andamento. E mais evidências virão à luz. Em todo caso, a mensagem de Sodoma é um chamado ao arrependimento, e também é a nossa mensagem. E cada um de nós não deve ser pego desprevenido em um mundo que a cada dia fica mais parecido com Sodoma. A destruição aguarda aqueles que não se arrependerem.
E como isso vai impactar sua mente, seus pensamentos e sua vida? Será que você está procurando viver sua vida de acordo com toda a palavra de Deus (Mateus 4:4), ou Deus e Sua Palavra são uma verdade inconveniente que você prefere ignorar?
Será que alguém vai ouvir essa advertência? Será que você vai ouvir? E se Sodoma realmente tiver sido encontrada? A Palavra de Deus será ouvida? Você vai prestar atenção nela? Oramos para que seja assim em sua vida!