Jesus Celebraria o Natal?
A maioria dos cristãos acredita que Jesus Cristo nasceu no dia do Natal. A maioria também aceita que as tradições natalinas, como a árvore decorada e o Papai Noel, são formas aceitáveis de honrar ao nosso Salvador. Mas sua Bíblia concorda com essas suposições? Há uma maneira de provar isso: Verifique em sua Bíblia e em muitas fontes seculares sobre o Natal.
Evidências históricas e bíblicas demonstram claramente que o Natal é uma festa pré-cristã. Ela não é bíblica e nem de Deus. Ironicamente, o antigo teólogo católico Orígenes repudiou como pecaminosa até mesmo a ideia de comemorar o aniversário de Cristo (A Enciclopédia Britânica, 11ª ed., 1910, vol. 6, p. 293).
O fato indiscutível é que o Natal não tem respaldo em sua Bíblia. Há uma pergunta fundamental que segue ressoando: Jesus Cristo participaria da observância do Natal? E se não, qual seria o motivo?
Jesus nasceu na época do Natal?
A primeira questão a se fazer é se Jesus nasceu na data tradicional de 25 de dezembro. O Evangelho de Lucas registra esse evento: "E teve a seu filho primogênito; envolveu-o em faixas e o deitou em uma manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem. Ora, havia naquela mesma região pastores que estavam no campo, e guardavam durante as vigílias da noite o seu rebanho" (Lucas 2:7-8). Até agora nenhuma menção de data. E essa cena se encaixa com um nascimento no inverno?
Alexander Hislop escreveu em seu livro As Duas Babilônias: "Não há uma palavra nas Escrituras sobre o dia exato de Seu nascimento, nem a época do ano em que Ele nasceu. O que está registrado implica que o tempo...[em que] Seu nascimento ocorreu não poderia ter sido no dia 25 de dezembro.
"No momento em que o anjo anunciou Seu nascimento aos pastores de Belém, eles estavam alimentando seus rebanhos durante a noite ao relento. Agora, sem dúvida, o clima da Palestina não é tão severo quanto o clima deste país [Inglaterra]; mas até lá, embora o calor do dia seja considerável, o frio da noite, de dezembro a fevereiro, é muito rigoroso, e não era costume dos pastores da Judéia pastorear seus rebanhos em campo aberto até o fim de outubro. Por conta disso, seria muito difícil que o nascimento de Cristo tenha ocorrido no fim de dezembro" (1959, pp. 91-92).
Considere o fato altamente improvável de que uma mulher grávida percorresse uma longa distância, durante um inverno úmido e frio, para se registrar em um recenseamento para fins de taxação. "...seria um absurdo fazer um censo no meio do inverno, principalmente para mulheres e crianças viajarem. Portanto, Cristo não poderia ter nascido em meio ao inverno...
"E se alguém achar que o vento do inverno não era tão intenso nessas áreas, lembre-se das palavras de Cristo no evangelho: ‘Orai para que a vossa fuga não suceda no inverno’. Se o inverno não fosse tão ruim assim não haveria problema para fugir, mas tudo indica que não era tempo de pastores ficarem nos campos e de mulheres e crianças viajarem" (ibid., p. 92, citação do estudioso Joseph Mede). O argumento mais lógico é que, provavelmente, Jesus tenha nascido entre o fim de setembro e meados de outubro.
Qual a origem do Natal?
Como há provas de que a data do nascimento de Jesus não é a verdadeira raiz desse feriado religioso, então de onde ele surgiu?
Hislop explica isso também: "Muito antes do século IV, e bem antes da própria era cristã, um festival era celebrado entre os bárbaros [isto é, os pagãos], naquele preciso momento do ano, em homenagem ao nascimento do filho da rainha celeste babilônica; e, por conta disso, pode-se presumir que, para conciliar os pagãos e para atrair um grande número de adeptos nominais ao cristianismo, esse mesmo festival foi adotado pela Igreja Romana, dando-lhe apenas o nome de Cristo. Esta tendência de uma parcela dos cristãos de manter parte do paganismo se desenvolveu em seus primórdios" (ibid., p. 93).
As evidências seculares e bíblicas mostram que as tradições modernas do Natal vieram do antigo solstício de inverno ou festival de Mitra adotado e celebrado pelos romanos.
"O Natal tem sua origem em dois antigos festivais, a grande festa de Yule dos nórdicos e a Saturnália romana. Durante a Saturnália, os ricos davam presentes aos pobres em homenagem à era de ouro da liberdade, quando Saturno governava o mundo conhecido, e os escravos podiam trocar de lugares e de roupas com seus mestres. Eles até elegiam seu próprio rei que, durante o período da festa, governava como um déspota. A Saturnália envolvia uma libertinagem selvagem e era um festival do próprio Pan" (Richard Cavendish, Homem, Mito e Magia, 1983, Vol. 2, p. 480).
Por volta de 230 d.C., o escritor católico Tertuliano reclamou desse antigo festival, que levou ao Natal: "Para nós...que estranhamos os sábados [judeus] e as novas luas, e as festas aceitáveis por Deus, a Saturnália, as festas de janeiro, a Brumália e a Matronália, agora são frequentadas e presentes são levados de um lado para o outro, os presentes do dia de ano novo são feitos com euforia, e entretenimentos e banquetes são celebrados com tumulto; oh, como os pagãos são tão fiéis à sua religião, a ponto de cuidar-se para não adotar nenhuma solenidade dos cristãos" (citado por Hislop, p. 93).
"Alguns homens retos lutaram para impedir essa corrente, mas, apesar de todos os seus esforços, a apostasia prosseguiu, até que a Igreja, com exceção de um pequeno remanescente, submeteu-se à superstição pagã. Não resta nenhuma dúvida que o Natal era originariamente um festival pagão. A época do ano e as cerimônias com as quais ainda é celebrado provam sua origem" (ibid.).
Em suma, o Natal veio de um festival pagão e pré-cristão.
Por que o Natal é comemorado em 25 de dezembro?
Veja esta surpreendente explicação na Nova Enciclopédia Católica sobre o motivo do Natal ter sido definido para 25 de dezembro: "Segundo a hipótese sugerida por H. Usener, pesquisada por B. Botte e aceita pela maioria dos estudiosos da atualidade, a data do nascimento de Cristo foi escolhida para o solstício de inverno (25 de dezembro no calendário Juliano e 6 de janeiro no calendário Egípcio) porque neste dia, à medida que o sol começava seu retorno em direção do hemisfério norte, os devotos pagãos de Mitra celebravam os dies natalis Solis Invicti (aniversário do sol invencível).
"Em 25 de dezembro 247 d.C., Aureliano proclamou o deus sol como o principal patrono do império e dedicou-lhe um templo Campo de Marte. O Natal se originou em um momento em que o culto ao sol era particularmente forte em Roma. Esta teoria encontra apoio em alguns padres da Igreja, que contrastam o nascimento de Cristo com o solstício de inverno; de fato, desde o início do terceiro século, o "Sol da Justiça" aparece como um título de Cristo.
“Embora a substituição dessa festa pagã pelo Natal não possa ser devidamente provada, esta continua sendo a explicação mais plausível para a datação do Natal” (“Natal e Seu Ciclo, História,” 1967, Vol. 3, p. 656).
O famoso antropólogo britânico Sir James Frazer (1854-1941) lança um pouco mais de luz à nossa compreensão do estabelecimento do Natal:
"A religião mitraica provou ser um formidável rival do cristianismo, combinando um ritual solene com pretensões de pureza moral e esperança da imortalidade. Na verdade, a questão do conflito entre as duas religiões, por um tempo, parecia estar equilibrada. Uma relíquia instrutiva dessa longa luta está preservada em nossa festa de Natal, que a Igreja parece ter tomado emprestada diretamente de seu rival pagão.
"Que razões levaram as autoridades eclesiásticas a instituir o festival do Natal? ...Era um costume dos pagãos celebrar em vinte e cinco de dezembro o aniversário do Sol, no qual eles acendiam luzes em sinal de festa. E nessas solenidades e festividades participavam os cristãos.
"Assim, quando os doutores [teólogos] da Igreja perceberam que os cristãos se inclinavam para esse festival, eles tomaram conselhos e resolveram que a verdadeira Natividade deveria ser solene naquele dia e na festa da Epifania no sexto dia de janeiro...A origem pagã do Natal está claramente implícita, se não tacitamente admitida, por Agostinho, quando ele exorta seus irmãos cristãos a não comemorar aquele dia solene como os pagãos por causa do sol, mas por causa daquele que fez o sol.
"Assim, parece que a Igreja Cristã escolheu celebrar o aniversário de seu Fundador no dia vinte e cinco de dezembro para transferir a devoção dos pagãos ao Sol por aquele que foi chamado de o Sol da Justiça...
"Por conta disso, as coincidências dessa comemoração do cristão com as festividades pagãs são muito próximas e muito numerosas para serem acidentais. Isso ressalta que a Igreja foi obrigada a se comprometer com seus rivais, vencidos e perigosos, para triunfar" (O Ramo de Ouro, 1963, pp. 416-419, grifo nosso).
Um Papai Noel vermelho e uma árvore de Natal verde
Hoje em dia, para muitas pessoas o personagem central do Natal não é Jesus, mas o homem do terno vermelho. "O Papai Noel, provavelmente o símbolo mais amplamente aceito entre todos os símbolos do Natal, chegou dos Estados Unidos à Grã-Bretanha durante a década de 1880, onde reinava a troca de presentes no dia de São Nicolau dos colonos alemães e holandeses.
"Na década de 1890, o Pai Natal inglês, originalmente um simples personagem fantasiado, foi absorvido pela personalidade de seu homólogo norte-americano [Papai Noel] e tornou-se a figura jovial que ele é hoje...O Papai Noel era acompanhado e associado a fantasmas e demônios...As crianças eram advertidas solenemente a serem muito boazinhas para receberem seus presentes" (Cavendish, página 483).
Por que os pais cristãos mentem para seus filhos, dizendo que Papai Noel traz os presentes deles do Polo Norte na véspera de Natal? Como os cristãos podem correlacionar os presentes dos sábios ao futuro Rei dos Reis com os presentes de Papai Noel para seus filhos?
E a tradição da árvore de Natal? "Do mesmo modo, era antiga a prática dos druidas, a casta dos sacerdotes celtas da França, Grã-Bretanha e Irlanda medieval, de decorar seus templos com visco, o fruto do carvalho, o qual eles consideravam sagrado. Entre as tribos alemãs, o carvalho era sagrado a Odin, seu deus da guerra, e eles faziam sacrifício a ele até que São Bonifácio, no século oitavo, persuadi-los a trocá-lo pela árvore de Natal, um pinheiro novo adornado em honra ao menino Jesus...E foram os imigrantes alemães que levaram esse costume para os Estados Unidos" (O Calendário Cristão, L.W. Cowie e John Selwyn Gummer, 1974, p. 22).
Cristo participaria do Natal hoje em dia?
Jesus Cristo participaria de um festival que, embora declarado como sendo em Sua homenagem, é diretamente antagônico a Ele, pois comemora a adoração a deuses falsos? Se fizesse isso, Ele estaria violando as leis de Deus que Ele mesmo proclamou — e assim pecaria (ver, por exemplo, Deuteronômio 12:29-32). Portanto, se Cristo pecou, não temos Salvador nem salvação.
Deus é o autor de verdades que salvam vidas — não de falsidades adornadas de forma imaculada. "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (João 8:32). As mentiras são de Satanás: "O Diabo...nunca se firmou na verdade, porque nele não há verdade; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio; porque é mentiroso, e pai da mentira" (versículo 44).
O Natal cega pessoas bem-intencionadas por sua falsa narrativa. Não podemos trazer Cristo de volta ao Natal, como muitos procuram fazer, porque, em primeiro lugar, Ele nunca esteve aí. Na verdade, pessoas mal-intencionadas O puseram aí. O que isso significa para nós?
Jesus perguntou aos líderes religiosos de Sua época: "Por que transgredis o mandamento de Deus por causa da vossa tradição?" (Mateus 15:3). E disse ainda: "Este povo honra-Me com os lábios; o seu coração, porém, está longe de Mim. Mas em vão Me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homem" (versículos 8-9).
Satanás quer destruir a mim e a você. Ele se apresenta como um anjo de luz (2 Coríntios 11:14-15), mas cria a escuridão espiritual e nela também vive (Efésios 6:12). Ele promove mentiras em vez de verdades, luzes brilhantes em vez da verdadeira luz de Deus, e música hipnotizante e clichês falsos em vez da verdade da salvação. Ele espera enganar a humanidade com feriados religiosos que honram uma mentira e não a Deus.
Sem dúvida, o Natal é um elixir inebriante, mas você pode libertar-se de seu vício debilitante. Você agora tem a opção de seguir a instrução de Deus ou seguir um feriado que se originou na adoração de antigos deuses falsos. Que Deus o guie para obedecer a Sua santa vontade e honrá-Lo sempre!