O Brexit da Babilônia: O Futuro das Nações Democráticas

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O Brexit da Babilônia: O Futuro das Nações Democráticas

Um evento obscuro na Grã-Bretanha recentemente chamou minha atenção e me fez pensar em certa escritura bíblica. Os protestos de facções LGBTQ obrigaram um shopping a não renovar o contrato de locação do único restaurante britânico da rede estadunidense Chick-Fil-A.

O Chick-Fil-A pertence a uma família de fortes e firmes convicções religiosas. Suas lojas fecham aos domingos. E se recusa a apoiar o estilo de vida homossexual. Até recentemente, apoiava financeiramente organizações religiosas que mantêm o ensinamento bíblico sobre casamento entre homem e mulher — mas parece que, por pressão de grupos LGBTQ, eles retiraram o apoio a algumas dessas organizações, inclusive ao Exército de Salvação e a Irmandade de Atletas Cristãos.

A forte posição dessa rede de alimentos em defender as crenças cristãs tradicionais sobre a sexualidade gerou severas críticas nos Estados Unidos. Agora, o único restaurante Chick-Fil-A da Inglaterra foi fechado, vítima das guerras culturais do mundo ocidental.

As nações esgotaram suas forças

Ler essas notícias me fez pensar no que Deus disse por meio do profeta Oséias. Falando à principal tribo da nação israelita, conhecida como Efraim, e observando que a nação sofreu terríveis problemas sociais por abandonar Sua lei, Deus disse o seguinte:

“O Meu povo se mistura com os povos idólatras e adota seus maus costumes. Por isso se tornam tão inúteis quanto um pão que não foi bem assado! Começaram a adorar deuses estranhos, e isso acabou com suas forças, mas eles não sabem disso. O cabelo de Efraim embranquece, mas ele nem sequer percebe como está fraco e velho! Seu orgulho em outros deuses condenou Israel abertamente. Apesar disso ele não se volta nem tenta procurar o Seu Deus” (Oséias 7:8-10, Bíblia Viva).

O governo da Grã-Bretanha está irremediavelmente paralisado em relação ao Brexit, e a nível cultural as guerras de gênero visam uma rede de alimentos que vende sanduíches de frango. A força da nação está se esvaindo nas duas extremidades, mas muito poucos conseguem perceber isso.

As duas principais potências mundiais, a Grã-Bretanha e os Estados Unidos, estão passando por turbulências políticas e culturais, correndo o risco de perder sua posição entre as nações e até de sofrer profundas mudanças que podem diminuir seu papel dominante no mundo. Os eventos nos próximos meses — a saída da Grã-Bretanha da União Europeia (UE) e as eleições presidenciais de 2020 nos Estados Unidos — terão grande impacto no futuro de ambas as nações.

No momento em que este artigo está sendo publicado, o governo britânico ainda busca uma solução para a saída da Grã-Bretanha (Brexit) da União Europeia, isso mais de três anos depois que a maioria do eleitorado declarou o desejo de cortar os laços com essa união continental à qual o país aderiu em 1973. Essa decisão levou à renúncia do primeiro ministro, David Cameron. Sua sucessora, Theresa May, não conseguiu chegar a um acordo com o Parlamento e teve que renunciar em 2019.

O terceiro primeiro-ministro a lidar com essa situação, Boris Johnson, está lutando contra os mesmos ventos contrários que enfrentaram seus antecessores. Pelo fato de ele não conseguir convencer o Parlamento a aprovar seu acordo com a União Europeia, o prazo para a saída em 31 de outubro foi estendido para 31 de janeiro de 2020. Aqueles que querem deixar a União Europeia reclamam que a vontade do povo está sendo ignorada, enquanto os "remanescentes" preveem uma catástrofe econômica se o Reino Unido deixar a União Europeia sem um acordo de desligamento do bloco — geralmente chamado de "Brexit sem acordo". Esse é um colapso geracional no governo que ninguém poderia prever.

Uma eleição crucial nos Estados Unidos

Enquanto isso, o governo dos Estados Unidos está envolto em uma crise constitucional que provavelmente trará consequências indesejadas em suas relações com outras nações, tanto aliadas quanto inimigas.

A Câmara dos Deputados, agora controlada pelo partido democrata, iniciou os debates sobre o processo de impeachment do presidente Donald Trump, que é do partido republicano. Um processo de impeachment exige a votação de dois terços do Senado, controlado pelos republicanos, para remover o presidente do cargo. Embora isso pareça improvável, alguns argumentam que a liderança republicana pode usar essa circunstância para pressionar o presidente a renunciar, na esperança de garantir um candidato menos polêmico na próxima eleição. Outros afirmam que o processo de impeachment seria desfavorável aos democratas, aumentando as chances do presidente Trump nas próximas eleições.

Em todo caso, o que está claro é a profunda divisão política e cultural que existe dentro da nação. A batalha pelo futuro dessa nação nunca foi tão feroz em linguagem e implicação desde a sangrenta Guerra Civil, há mais de 150 anos.

Nesse momento crítico em que o mundo está passando por uma mudança de alinhamento de poder, a crise que envolveu ambas as nações deve nos fazer refletir sobre esta questão: Qual a importância disso?

Que diferença faz para os assuntos mundiais a saída da Grã-Bretanha da União Europeia? O que significa a turbulência política e cultural em torno de um presidente estadunidense além das emoções viscerais provocadas por seu caráter e visão de mundo?

Isso faz diferença porque essas duas nações desempenharam um papel fundamental na história do evangelho de Deus!

Uma característica essencial do verdadeiro evangelho são as promessas que Deus fez a Abraão, o patriarca de um povo conhecido como Israel. Essas promessas espirituais e materiais são relevantes para o mundo de hoje e são fundamentais para entender o que está acontecendo na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos.

Não é mero acaso o fato de que essas duas nações moldaram o mundo nos últimos 250 anos e que os Estados Unidos ainda dominam o cenário mundial. O Deus que disse a Abraão: "Eu te farei ali uma grande nação” (Gênesis 46:3) conduz o destino das nações desta era moderna. Os povos de língua inglesa, segundo Sua vontade, impactou o mundo moderno, de forma positiva e benéfica, mais do que qualquer outro povo na história. O que acontece com eles é definitivamente importante para o mundo de hoje.

Esse aspecto pouco conhecido, porém crítico, do evangelho da salvação é conhecido pelos leitores mais antigos da revista A Boa Nova. Nosso guia de estudo bíblico Os Estados Unidos e a Inglaterra na Profecia Bíblica conta essa história com mais detalhes. (Não deixe de solicitar ou baixar seu exemplar).

O que é e o porquê do Brexit

O desejo da Grã-Bretanha de sair da União Europeia é uma história multifacetada.

Primeiramente há o fato de que mais da metade dos eleitores expressaram o desejo de deixar uma união econômica e política que inclui outros vinte e sete países europeus. A Grã-Bretanha, sendo uma das três maiores economias desse grupo, torna sua saída um grande negócio. O sentimento predominante entre os britânicos é o desejo de manter sua soberania como nação.

A União Europeia tem se tornado cada vez mais um poder supranacional cujas políticas e leis substituem as das nações individuais. As leis sobre imigração, tributação e regulamentação econômica foram ditadas aos países membros a partir da burocracia centralizada da União Europeia, que está cada vez mais poderosa.

O objetivo da União Europeia da remoção de fronteiras nacionais facilitou a circulação de pessoas e bens entre os Estados-membros. Embora muitas outras nações europeias tenham aceitado bem esse tema, os britânicos começaram a recuar diante dessa tendência ao ver sua cultura e identidade únicas desaparecerem e serem remodeladas pela imigração maciça de outros países do bloco — sem de fato a população nativa poder opinar a respeito.

Muitos legisladores e eleitores expressaram a opinião de que essas tendências foram longe demais. Na cabeça dessas pessoas, a Grã-Bretanha representa algo especial no mundo. Elas argumentam que sua soberania nacional deve ser preservada em vez de ser cedida gradualmente à Europa.

Essa convicção faz parte do tecido histórico de uma cultura distintamente britânica desenvolvida ao longo de mais de um milênio entre os habitantes das Ilhas Britânicas. Sua cultura, política, economia e até a religião foi desenvolvida de forma diferente no continente europeu durante o mesmo período e representa outro nível da história.

Em uma nova história dos Estados Unidos, o livro Land of Hope: A Invitation of the Great American Story [Terra da Esperança: Um Convite para a Grande História Americana], do historiador Wilfred McClay, descreve o desenvolvimento da Inglaterra: “A própria Inglaterra, como nação insular que se desenvolveu isoladamente em relação às influências de outras nações, criou instituições e costumes muito diferentes das outras nações do continente europeu. Ela tinha uma tradição feudal muito mais fraca que seus rivais continentais e um compromisso muito mais forte com os direitos de propriedade. Assim como na religião, na política e na sociedade, a maneira inglesa de fazer as coisas era distinta.

“As atuais monarquias da França e da Espanha adotaram o absolutismo, que significava uma centralização cada vez maior do poder nas mãos de um único soberano cujas prerrogativas reais estavam fundamentadas como direito divino. Mas os ingleses seguiram um rumo muito diferente, criando um sistema no qual o governante era limitado por forças que dividiam e restringiam seu poder” (2019, p. 22).

Esse sistema que restringia o poder dos governantes foi consagrado em 1215, quando os nobres ingleses forçaram o rei João a assinar a Magna Carta, um acordo que limitava o poder do rei e o compartilhava com a aristocracia.

Juntamente com o compartilhamento de poder, o rei tinha um controle limitado do governo a nível local — que era deixado para os funcionários de baixo escalão. O Parlamento, eleito pelo povo, controlava a política fiscal e tinha autoridade para cobrar impostos.

McClay explica que o poder do rei era "limitado por uma convicção generalizada de que o povo possuía certos direitos fundamentais que nenhum monarca poderia desafiar ou violar. Acreditava-se que esses direitos fossem baseados em algo mais permanente do que os desejos dos governantes. E que estavam profundamente enraizados na singular tradição inglesa do direito consuetudinário, uma abordagem do direito que se baseava em precedentes judiciais construídos ao longo de muitos anos por gerações de juízes. Direitos como o direito ao julgamento por júri ou a proteção contra buscas e apreensões injustificadas eram invioláveis porque estavam consagrados na lei e nos costumes, nas liberdades tecidas na trama do desenvolvimento da história britânica”.

Essa cultura inglesa distinta contrasta fortemente com o modelo continental europeu que se desenvolveu no mesmo período. A Europa desenvolveu um sistema legal baseado no direito civil romano, codificado no século sexto pelo imperador Justiniano. Essa lei civil colocou o poder do Estado nas mãos do monarca — César (czar ou kaiser) ou rei.

A moderna União Europeia tornou-se um gigantesco “Superestado” burocrático, entrelaçado e enraizado no modelo romano. De certo modo, ela é um renascimento moderno do sistema imperial romano iniciado por César Augusto, há dois mil anos. A Grã-Bretanha decidiu se livrar desse sistema. E, curiosamente, não é a primeira vez.

Em 410 d.C., o Império Romano Ocidental estava desmoronando sob o peso de sua própria corrupção e pressão das invasões de tribos germânicas. Uma revolta na Grã-Bretanha, que fez parte desse império por cerca de quatro séculos, separou o país do domínio continental romano. Houve uma combinação distinta de visões religiosas, políticas e culturais semelhantes ao que aconteceu hoje com o Brexit.

Em 410 d.C., havia uma grupo “remanescente” pró-europeia que desejava permanecer sob o poder romano. Mas, foi feito um acordo com o Imperador Honório, solicitando a separação legal da colônia do poder administrativo de Roma. Os britânicos tiveram a permissão para se separar. Nada desse gênero tinha acontecido anteriormente. Em 25 de junho de 2016, quando a Grã-Bretanha votou em deixar a União Europeia, vimos uma repetição desse processo. O Reino Unido novamente procura deixar um poder baseado no continente, que se assemelha cada vez mais ao antigo sistema romano.

Os capítulos 17 e 18 de Apocalipse descrevem graficamente, em termos proféticos, uma potência global chamada “Mistério, a Grande Babilônia” — uma união política, econômica e religiosa com raízes que remontam a Roma (à antiga Roma e ao Sacro Império Romano da Idade Média) e, finalmente, de volta à cidade da Babilônia. Esse poder elimina impiedosamente toda oposição. Como foi no passado, essa união estará “embriagada do sangue dos santos e do sangue das testemunhas de Jesus". E é um poder que "reina sobre os reis da terra" (Apocalipse 17:6, 18).

Pela história e a profecia bíblica, há muitas as razões para acreditar que o poder econômico de hoje na Europa é o precursor do último renascimento da Babilônia e Roma profetizado a ser um poder dominante mundial no fim dos tempos. Enquanto lemos o Brexit nas manchetes, vemos uma das principais nações do mundo tentando se livrar de um sistema semelhante ao da Babilônia — e enfrentado obstáculos extremamente difíceis de transpor. O fato é que o Brexit não é um acontecimento insignificante no decorrer dos eventos mundiais. Ele tem implicações proféticas!

E os Estados Unidos?

Desde a eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, tem havido um estado de constante crise contra ele e suas políticas. Sob o lema "Tornar os Estados Unidos grande novamente”, o presidente Trump tem tentado fazer mudanças radicais.

Ele tem trabalhado para renegociar tratados comerciais que eram contra os interesses estadunidenses e que davam vantagens econômicas a outros países.

Ele criticou os países da OTAN por terem parado de pagar os encargos financeiros e militares pela defesa da Europa, dizendo que os Estados Unidos não ficariam com a maior parte dos custos, enquanto seus parceiros da OTAN não pagassem as parcelas acordadas.

Ele retirou tropas estadunidenses do Oriente Médio, alterando o equilíbrio de poder na região e fazendo com que até aliados, como o Estado de Israel, questionar o quanto eles podem contar com o apoio dos Estados Unidos contra seus inimigos.

Sua política de construir um muro na fronteira sul dos Estados Unidos para impedir a imigração ilegal (e o contrabando de drogas) enfureceu os formuladores de políticas progressistas no país e no mundo.

Ao tentar restringir a imigração de países que são refúgios para terroristas islâmicos, o presidente Trump conseguiu alienar não apenas o establishment de Washington e seus oponentes políticos, mas também uma boa parte dos formuladores de políticas internacionais de todas as partes do governo e da cultura.

Os leitores da revista A Boa Nova precisam entender a razão dessa oposição a praticamente tudo que o presidente Trump tente fazer. Pois, isso não diz respeito apenas a políticas partidárias e disputas entre personalidades.

John Fonte, do Hudson Institute, apresenta mais informações sobre o que está alimentando esse antagonismo em um artigo de agosto de 2019 no site American Greatness intitulado “Who Makes the Rules in a ‘Rules-Based’ Liberal Global Order?” [Quem Faz As Regras Em Uma Ordem Mundial Liberal "Baseada Em Regras"]. Fonte descreve o globalismo transnacional como uma ideologia utópica derivada de um antigo desejo de que o mundo fosse governado por um único poder, sem nações soberanas individuais.

Nesta visão globalista, ele explica que a paz mundial, a justiça social e a equidade econômica só podem ser alcançadas através de um bom governo para todos os povos, como uma potência mundial que supera todas as fronteiras nacionais, diversidades étnicas e credo religioso.

Este é um sonho que surgiu das ideias de Aristóteles e Platão ao ponderar quem deve governar e sobre quais critérios. Mas, na verdade, isso é mais antigo que os gregos. Gênesis 11 mostra esse objetivo no mundo pós-diluviano, quando a humanidade se reuniu em Babel e começou a formar a primeira “ordem mundial transnacional”. Deus interrompeu o processo dividindo as pessoas, dando-lhes diferentes idiomas.

Fonte mostra que, há décadas, os planos para uma nova ordem mundial vêm crescendo nas fileiras de autoridades e formuladores de políticas estadunidenses. Ele observou que autoridades democratas e republicanas de alto escalão do Departamento de Estado vêm dizendo que “um governo mundial significa que as nações cederiam autoridade soberana às instituições supranacionais em casos que exigissem soluções abrangentes para os problemas globais” e que “era hora de 'repensar' a soberania [nacional]” porque, "na verdade, ela não está apenas se tornando mais fraca, mas que precisa se tornar mais fraca” (grifo nosso).

Esse pensamento permeia praticamente todas as instituições multinacionais. O Banco Mundial, as Nações Unidas, a Corte Internacional de Justiça, a Organização Mundial do Comércio e o Fundo Monetário Internacional são todos liderados e formados por pessoas completamente imersas nessa ideologia.

Fonte diz: “Essa base social certamente inclui a liderança da União Europeia (que é um modelo de governo supranacional) e seus administradores da Comissão Europeia, juízes do Tribunal de Justiça Europeu e outros funcionários bloco”. O pensamento global transnacional impulsiona os líderes do Fórum Econômico Mundial, que se reúnem em todos os invernos para conferências em Davos, Suíça.

Usando o fim da Segunda Guerra Mundial como referência, a política dos Estados Unidos tem se movido inexoravelmente em direção a essa ordem mundial. Começando com as Nações Unidas, com tratados internacionais e uma posição crescente apenas por causa de seu imenso poder econômico e militar, os Estados Unidos se apegou ao desenvolvimento de um mundo globalizado.

Em 2016, o presidente Barack Obama declarou abertamente a intenção de seu governo de impelir os Estados Unidos para esse sistema, dizendo às Nações Unidas: "Conectamos nosso poder às leis e instituições internacionais . . . Estou convencido de que, em longo prazo, abrir mão da liberdade de ação — não de nossa capacidade de nos defender, mas nos vincularmos às regras internacionais em longo prazo — aumenta nossa segurança”.

A análise de Fonte mostra os esforços do governo Trump para reverter décadas de movimento político em direção à perda da soberania estadunidense. Ele inclui a reação da Grã-Bretanha à União Europeia como evento chave para entender o que é chamado de "estado de caos" nas duas nações anglo-saxônicas.

“Pela primeira vez, com o referendo do Brexit, a eleição de Donald Trump e a ascensão de nacionalistas democráticos conservadores em todo o Ocidente, o projeto de governança global foi seriamente desafiado. Parece que o 'arco da história' foi alterado".

Fonte conclui sua peça dizendo: “Em duas frentes, externa e interna, estamos agora envolvidos em um conflito que determinará não apenas a direção da política, mas também a existência do Estado-nação democrático nos Estados Unidos, na Grã-Bretanha, no Ocidente e em todo o mundo".

Ressurgimento nacional ou constante declínio?

O que o Brexit e as atuais políticas da administração Trump prenunciam para o futuro?

Não temos como prever o resultado da eleição presidencial dos Estados Unidos em 2020. Exceto que a Grã-Bretanha deixará a União Europeia, mesmo diante de uma dramática reversão do voto do Brexit ou de constantes adiamentos. E se os Estados Unidos e a Grã-Bretanha criarem uma relação comercial ainda mais estreita com outros principais países de língua inglesa (Canadá, Austrália e Nova Zelândia), um potencial bloco comercial maior que a União Europeia poderá surgir. Juntas, essas cinco nações lideram o que alguns chamam de anglosfera, que representam um PIB de 27,5 trilhões de dólares em comparação com os 15,9 trilhões de dólares da União Europeia. As implicações desse possível bloco comercial são importantes.

O que isso significaria para os eventos proféticos ainda não foi definido. Contamos constantemente nessas páginas o imenso valor das nações de língua inglesa no mundo moderno. A prosperidade delas é uma bênção do Deus de Abraão. Ele a manterá assim por um tempo, de acordo com Seu propósito e vontade. (Mais uma vez, contamos essa história com mais detalhes em nosso guia de estudo bíblico gratuito Os Estados Unidos e a Inglaterra na Profecia da Bíblia).

A profecia bíblica mostra que o mundo está caminhando para uma ordem mundial transnacional do fim dos tempos, destinada a surpreender o mundo com seu poder, riqueza e influência. E tudo isso terá a Europa como núcleo, sendo o último renascimento de Roma e da Babilônia, mencionado anteriormente.

Todas as nações vão "adorar" esse poder por sua promessa de trazer uma ordem mundial utópica de paz, prosperidade e justiça inclusiva para todos. Mas, embora tenha um verniz de religião, essa camada ocultará um terrível mal que se oporá, de forma sanguinária, ao verdadeiro cristianismo bíblico.

Haverá tensão nas fronteiras nacionais e algumas poderão desaparecer num último esforço para criar um novo mundo — uma nova ordem mundial sem os Estados Unidos, a Grã-Bretanha ou qualquer outro Estado soberano. A única coisa que não será tolerada será a oposição a esse Estado mundial. Não haverá nenhuma tolerância a qualquer oposição a esse Estado mundial e seus objetivos.

O mundo ainda não chegou a esse ponto. A mensagem do evangelho da salvação e do vindouro Reino de Deus ainda pode ser proclamada. Você ainda tem a oportunidade de entender o mundo de hoje e o verdadeiro evangelho de Deus para agir de acordo com esse conhecimento!