Série Os Dez Mandamentos: O Sétimo Mandamento

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Série Os Dez Mandamentos: O Sétimo Mandamento

O casamento é uma maravilhosa dádiva de Deus! E ele tem prioridade máxima no plano de Deus. Após criar Eva, Deus ordenou imediatamente o casamento.

Sem dúvida, O Sétimo Mandamento é um importantíssimo tema relacionado ao casamento. E dois de nossos guias de estudo bíblico, Os Dez Mandamentos e Casamento e Família: A Dimensão Perdida, cobrem os ensinamentos bíblicos fundamentais relativos ao assunto. Este artigo também indicará outros artigos relevantes e importantes. O desejo de Deus é que levemos em consideração Seu Livro de Instruções, a Bíblia, como fundamento de todo o conhecimento, inclusive a compreensão sobre o casamento e o sexo.

Hoje, a maioria das pessoas que está em algum relacionamento ignora totalmente o que revela a Bíblia. Nossa sociedade está cada vez mais imoral e amoral. E as consequências disso são catastróficas. Quando o alicerce da sociedade — a família — rui, esta logo sucumbe.

O primeiro e segundo capítulo de Gênesis contêm muitas revelações significativas. Em uma de Suas primeiras declarações, Deus disse a Adão para “não comer do fruto proibido” (Gênesis 2:16-17). Depois disso, Deus disse-lhe também: “Não é bom que o homem fique sozinho. Vou fazer uma companheira para ele, uma auxiliadora à altura dele” (Gênesis 2:18, Bíblia Viva). Eva era o complemento perfeito para Adão.

Então, Gênesis 2:24 declara: “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (ARA).

Essa passagem contém um importante significado. O homem e a mulher começam uma nova família enquanto transferem sua dependência, dedicação e compromisso dos pais para o cônjuge. A palavra “unir-se” tem uma conotação muito além do casamento. Deus queria que eles fossem permanente e inseparavelmente unidos. Por exemplo, a tradução Almeida Corrigida e Fiel usa o termo “apegar-se-á”. Deus vê o casamento como um pacto sagrado em que o marido e a esposa prometem sua fidelidade um ao outro diante dEle, permanecendo juntos, amando e servindo um ao outro altruisticamente.

A palavra “adulterar” significa contaminar ou tornar impuro. Deus proíbe qualquer coisa que arruíne o casamento. O adultério era tão sério na Antiga Aliança, que os adúlteros eram mortos (Levítico 20:10; Deuteronômio 22:22).

O Sétimo Mandamento proíbe mais do que o sexo extraconjugal (um pecado contra si mesmo e contra o cônjuge, conforme mencionado em 1 Coríntios 6:18). Ele é um mandamento abrangente que proíbe o sexo antes do casamento (fornicação), o homossexualismo, o incesto, a prostituição, a bestialidade e outras relações proibidas, alguns das quais estão listadas em Levítico 18 e 20. Em muitas passagens, além do adultério, o Novo Testamento condena todas as formas de “imoralidade sexual” (a palavra grega usada é porneia, donde se origina a palavra portuguesa pornografia).

Ações pecaminosas começam com pensamentos pecaminosos (Tiago 1:14-15). Jesus Cristo magnificou o Sétimo Mandamento, demostrando que o ato do adultério abrange os pensamentos de uma pessoa. Ele disse: “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela” (Mateus 5:27-28). A palavra grega para “cobiçar” é epithumeo, que significa desejo carnal, luxúria e fantasia.

Então, nos versículos 29-30, Jesus usa uma linguagem contundente para enfatizar que devemos fazer o que for necessário para fugir das tentações.

O mandamento de Jesus é contra ver qualquer tipo de pornografia e até mesmo cenas eróticas, que é muito recorrente em diversos filmes, programas de TV e revistas. Ademais, isso também diz respeito ao afeto físico apaixonado (beijar, acariciar, etc.) de um homem e uma mulher que resulte em excitação sexual, pois isso não deve acontecer antes do matrimônio. Na verdade, isso deve ser considerado como preliminares da relação sexual no casamento.

O casamento é sagrado, pois é um vínculo confirmado por Deus no céu. Em Marcos 10:9, Jesus disse: “Portanto, o que Deus ajuntou, não o separe o homem”. E Deus odeia o divórcio, pois o descumprimento de um voto de casamento é uma deslealdade com o cônjuge (Malaquias 2:14-16). Portanto, Deus espera que tenhamos um compromisso absoluto com nossos votos de casamento.

Tenha em mente que na Bíblia a palavra “amor” é principalmente um verbo de ação, que se refere a como tratamos os outros e não a um sentimento emocional. Isso nos ajuda a entender as Escrituras que ordenam que os maridos “amem suas esposas” e as esposas “amem seus maridos” (Efésios 5:25; Tito 2:4). Então, Deus está julgando maridos e esposas todos os dias pela forma como estão se tratando.

Em Mateus 22:39, Jesus disse que o segundo grande mandamento é “amar o próximo como a si mesmo” e seu próximo mais importante é seu cônjuge!

O casamento requer muito empenho, sacrifícios, perdão e amor verdadeiro, mas um casamento fiel é recompensado com muita felicidade a longo prazo. E o mais importante, independentemente de quanto alguém seja recompensado ou não nesta vida, Deus recompensará ricamente os bons maridos e as boas esposas na próxima vida.

O que significa “uma só carne”?

Em Gênesis 2:24, a frase “uma só carne” refere-se especificamente às relações sexuais e ao vínculo íntimo entre marido e mulher. Isso é demonstrado no texto de Paulo em 1 Coríntios 6:13-20. Observe que nos versículos 19-20, Paulo nos diz que nossos corpos e mentes pertencem a Deus, então quando os usamos como Ele deseja, nós O glorificamos.

Então, quando Deus disse a Adão e Eva que eles “se tornariam uma só carne”, Ele estava dizendo especificamente para se unirem no sexo. Mas Ele também queria que eles se unissem em companheirismo, completude, parceria e amor.

Deus não planejou a sexualidade humana apenas para reprodução como o fez quando projetou a anatomia e os instintos dos animais. Pois, Deus deseja fervorosamente que as pessoas “sejam frutíferas e se multipliquem” porque Ele quer ter uma grande família espiritual (Gênesis 1:28) no futuro. Deus deseja que a maioria dos casais tenham filhos e sejam os melhores pais possíveis para eles.

Então, Deus teria projetado a humanidade de forma muito diferente se estivesse apenas preocupado com a reprodução. Quanto mais uma pessoa aprende sobre os projetos complexos (anatômicos, neurológicos e hormonais) do corpo e mente humanos, masculinos e femininos, mais entende que eles foram “destinados ao prazer” e ao vínculo conjugal, e não apenas à reprodução.

A intenção de Deus de que o sexo fosse prazeroso também é enfatizada em várias Escrituras, como Provérbios 5:15-19, Eclesiastes 9:9 e Cantares.

Deus deseja que os casais considerem sua intimidade conjugal como uma grande responsabilidade e uma expressão essencial do amor um pelo outro. 1 Coríntios 7:3-5 adverte aos maridos e esposas a não serem egoístas negligenciando a satisfação sexual do cônjuge. Isso nos diz que se você é casado, então não deve privar seu cônjuge de satisfazer suas necessidades sexuais.

O plano de Deus é que quando casais amorosos “se tornem uma só carne” regularmente, isso fortalece e melhora seu casamento, unindo-se e harmonizando-se profundamente para também terem uma mente e um coração. Assim, dois se tornam um!

Esse é o plano de Deus. Ele nos criou como homem e mulher para que maridos e esposas possam se tornar intimamente unidos física, mental, emocional e espiritualmente. Sem dúvida, um plano belíssimo e extremamente significativo!

Nosso amorosíssimo e sapientíssimo Criador nos deu o Sétimo Mandamento para enaltecer e proteger o precioso relacionamento do casamento!

A relação de Cristo com a Igreja para um futuro casamento!

O relacionamento de Deus com Seu povo foi retratado como um casamento, e o relacionamento entre Cristo e a Igreja também é descrito dessa mesma maneira.

A Bíblia toda diz respeito a relacionamentos. E o mais importante deles é o nosso relacionamento com Deus, sendo o casamento o segundo mais importante. Esses dois relacionamentos tem um paralelo significante — cada um deles nos ajuda a entender e desenvolver o outro.

O Sétimo Mandamento promove, preserva e protege o casamento. Há muitas Escrituras que proíbem qualquer tipo de relacionamento sexual que não seja entre um homem e uma mulher casados. E de fato, no Novo Testamento, as palavras porneia e porneuō (substantivo e verbo grego que originaram a palavra pornografia), muitas vezes traduzido como “imoralidade sexual”, têm uma conotação reprovável em trinta e uma passagens. Um relacionamento sexual é uma dádiva especial de Deus somente para casais casados.

Deus, Cristo, a Igreja, o Matrimônio e o Espírito Santo

O relacionamento de Deus com Seu povo foi retratado como um casamento (Jeremias 3:14; Ezequiel 16:1-63). A relação entre Cristo e a Igreja também é retratada como um casamento (Efésios 5:23-32; Apocalipse 19:7-9). E quando Israel — a quem Deus se referiu como Sua esposa — se voltou para falsos deuses, Deus chamou isso de “adultério” e “prostituição” (Jeremias 3:1-9). A idolatria é um adultério espiritual.

Esses e outros textos semelhantes enfatizam a importância e a santidade do relacionamento conjugal aos olhos de Deus. E como o casamento tem a intenção de ilustrar nosso relacionamento com Jesus Cristo, todo tipo de pecado sexual pode ser visto como um vergonhoso sacrilégio contra Deus. O casamento de um homem piedoso com uma mulher piedosa os ajuda a entender seu relacionamento com Deus e Cristo e também a crescer espiritualmente. E, da mesma forma, quanto mais entendemos o relacionamento da Igreja com Cristo, mais entendemos como devem ser nossos casamentos.

E se o marido e a mulher são cristãos, eles são parceiros espirituais que ajudam um ao outro a permanecer fortes e crescer espiritualmente, servindo melhor à Igreja e a outras pessoas. Um casal que tem o Espírito Santo tem uma vantagem monumental — assim o marido e a esposa são realmente semelhantes entre si e a Deus, porque ambos têm os “olhos” e os “ouvidos” da compreensão e da perspectiva espiritual (Mateus 13:16 -17). E seus frutos do Espírito Santo — amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gálatas 5:22-23) — são exatamente as virtudes que necessitam para terem um bom casamento!

Quanto mais o marido e a esposa forem compatíveis em atitude, mais fácil será para eles terem um casamento harmonioso. E, sem dúvida, a maneira mais importante de um casal ser compatível é ter a mesma mentalidade espiritual. Isso é mencionado em diversas escrituras do Antigo Testamento e em duas passagens do Novo Testamento. Ao se referir a uma mulher solteira ou viúva, Paulo escreveu que estão livres “para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor” (1 Coríntios 7:39; ver também 2 Coríntios 6:14-18). A mentalidade espiritual tem enormes vantagens práticas. Quando o marido e a esposa têm “consenso” nos assuntos bíblicos, eles podem “andar juntos” e fortalecer um ao outro (Amós 3:3). Pois, estão de acordo sobre quais Dias Santos observar, o que ensinar aos filhos, etc.

E se você já é casado com alguém que não compartilha de suas convicções religiosas, mesmo assim Deus quer que você seja um cônjuge dedicado e amoroso e uma “luz” humilde para seu cônjuge (ver 1 Coríntios 7:12-17; 1 Pedro 3: 1-2, 7; Mateus 5:14-16).

O Sétimo Mandamento

Em Gênesis 2:24, “unir-se” significa um relacionamento permanente e exclusivo entre marido e mulher. Assim nunca deve haver qualquer relacionamento sexual ou intimidades, romance ou flertes com outra pessoa. E qualquer uma dessas deslealdades são tentações que resultam em outras formas de infidelidades.

A atração sexual é algo poderoso, e qualquer tipo de poder pode ser usado para o bem ou para o mal. As relações sexuais são uma grande bênção dentro do casamento, mas fora do casamento são um grande desastre pessoal e espiritual. Satanás despreza o casamento e quer destruir a humanidade com uma cultura cada vez mais imoral, libertina, indecente e obcecada por sexo. As pessoas “ao mal chamam bem e ao bem, mal” (Isaías 5:20). Romanos 1:18-32 explica como um pecado leva a outros pecados ainda mais nefandos.

As inevitáveis consequências da imoralidade são perniciosas para qualquer pessoa e para os que a cercam (ver Provérbios 6:26-33). Pois, geralmente, isso resulta em divórcios, famílias desfeitas, doenças, violência, crimes, problemas mentais, suicídios, reputações arruinadas e ruína financeira. Além disso, se uma pessoa não se arrepender profundamente desses pecados sexuais, ela “não herdará o reino de Deus” (1 Coríntios 6:9-10).

Como dito anteriormente, o Sétimo Mandamento proíbe mais do que o sexo extraconjugal (um pecado contra o atual cônjuge). O espírito da lei implícito nesse mandamento inclui proibições contra o sexo antes do casamento (fornicação, um pecado contra o futuro cônjuge), o homossexualismo, o incesto, a prostituição, a bestialidade e outros relacionamentos proibidos. Como explicado anteriormente, Jesus Cristo deixou claro que até mesmo o desejo sexual na mente é um grave pecado (Mateus 5:27-30).

Consequentemente, o Sétimo Mandamento também proíbe interações imorais por meio da tecnologia moderna, como pornografia e cibersexo. Todos esses pecados são transgressões trágicas e terríveis contra as leis de Deus.

O pecado da homossexualidade

Tanto o Novo Testamento quanto o Antigo Testamento deixam claro que as relações sexuais homossexuais são pecado. Leia Romanos 1:26-27, 1 Coríntios 6:9 e 1 Timóteo 1:10. O principal problema com a legalização do casamento homossexual não é a cerimônia em si, mas o fato de se tolerar oficialmente um relacionamento sexual proibido como algo aceitável e normal. Deus proíbe todas as relações sexuais homossexuais e até as heterossexuais que não sejam entre um homem e uma mulher casados.

As trágicas consequências da imoralidade

Em toda a Bíblia há muitas advertências contra a imoralidade. O livro de Provérbios dedica os primeiros nove capítulos à advertência sobre as tentações e a insensatez do pecado sexual.

Os pecados sexuais são singulares porque são especialmente destrutivos para a mente e o coração de quem os praticam. (E muitas vezes são lesivos à integridade física da pessoa, como, por exemplo, quando resultam em uma DST — doença sexualmente transmissível — ou em um conflito violento).

Em 1 Coríntios 6:18 diz o seguinte: “Fujam do pecado sexual. Nenhum outro pecado atinge o corpo como este. Quando vocês cometem este pecado, é contra o seu próprio corpo” (Bíblia Viva). Nesse contexto, o termo “corpo” inclui a mente e o coração. Paulo está citando Provérbios 6:32: “No entanto o homem que comete adultério não tem juízo; ele está se destruindo a si mesmo” (BLH).

Geralmente, as pessoas tentam manter seus pecados em segredo, mas quase sempre são descobertas. Números 32:23 adverte: “Sentireis o vosso pecado, quando vos achar”. E, independentemente do quanto alguém consiga esconder um pecado de outras pessoas, lembre-se de que Deus vê tudo. “Nós teremos de prestar contas a Deus de tudo o que fizermos e até daquilo que fizermos em segredo, seja o bem ou o mal” (Eclesiastes 12:14, BLH).

Em nosso site, www.revistaboanova.org, há muitos artigos excelentes que tratam dos aspectos da moralidade sexual e ensinam nossos filhos a respeito da perspectiva de Deus sobre o sexo, a moralidade e a modéstia.

Preparando-se para algo muito maior

Quando uma pessoa se preocupa com os prazeres sexuais, ela corre o risco de tomar péssimas decisões pela busca desses prazeres. Mas os cristãos precisam estar focados em se preparar para algo muito maior. Deus está nos oferecendo a oportunidade de ter uma vida alegre e gloriosa — vida eterna — no Reino de Deus!

Na “mão direita de Deus há delícias perpetuamente” (Salmos 16:11). No Reino de Deus, você terá todos os prazeres que jamais experimentou na vida e nunca se arrependerá dos sacrifícios que fez para estar no Reino de Deus!

Enfim, sempre devemos nos lembrar de que Deus é imensamente misericordioso. E não importa quais pecados uma pessoa tenha cometido, quando Deus vê que houve um arrependimento profundo e sincero, Ele sempre a perdoará (Salmos 103:8; Ezequiel 18:30-32; 1 João 1:9). O verdadeiro arrependimento inclui tanto a tristeza segundo Deus quanto a determinação de “ir e não pecar mais” (2 Coríntios 7:9-10; João 8:11). Assim, Deus promete: “Ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve” (Isaías 1:18).

Deus deseja que você entre em Seu Reino e Jesus Cristo o convida para ser parte de Sua Noiva, a Igreja!