A Cilada do Aborto
Desde a decisão do Supremo Tribunal no caso Roe versus Wade, em 1973, a questão do aborto nos Estados Unidos tem sido uma batata quente política polarizada em dois campos rotulados pró-escolha e pró-vida. Fundamentalmente, os proponentes da pró-escolha alegam que a mulher tem o direito de determinar o que acontece dentro de seu próprio corpo, incluindo o direito de destruir um embrião. O grupo pró-vida defende sua posição sobre os direitos do nascituro como um ser humano. Ambos os lados afirmam que suas respectivas plataformas descansam sobre um fundamento ético dos direitos humanos básicos.
A legislação governamental sobre esta questão muitas vezes leva ao chamado meio termo: Que o aborto pode ser legalmente permitido no início da gravidez, mas proibido após um determinado número de semanas do desenvolvimento do feto no útero da mãe.
As apostas são altas. Afinal, a linha entre o assassinato — a decisão ilegal sobre uma vida humana — e o aborto legal depende da questão de quando começa a vida humana.
Debate sobre quando a vida começa
O argumento central é sobre os critérios que determinam quando um embrião ou do feto pode ser chamado de humano. A maioria do grupo pró-vida defende que a vida humana começa na concepção. E muitos do grupo pró-escolha alegam que o aborto é aceitável apenas nos estágios iniciais da gravidez.
Alguns argumentam que a vida humana começa com a atividade do cérebro, enquanto outros afirmam que o aborto deve ser legal em qualquer fase da gravidez. Esta última posição levou a procedimentos como nascimento parcial de abortados, em que um feto parcialmente desenvolvido tem o crânio perfurado e esmagado para tornar mais fácil removê-lo do corpo da mãe.
Um professor da Universidade de Princeton levou o debate ainda mais longe. O doutor Peter Singer, professor de bioética, sustenta que as mães devem ter o direito de matar qualquer bebê que seja fisicamente ou mentalmente incapacitado até vinte e oito dias após o nascimento. Sua justificativa é que um bebê não é um ser pensante, uma pessoa autoconsciente neste momento.
Até mesmo a maioria dos proponentes pró-escolha acharia repugnante a posição do doutor Singer. No entanto, a pergunta mais importante permanece: Quem e o que determina o momento em que um embrião ou feto não é mais considerado mero tecido, mas uma vida distinta, com o direito moral de viver?
Esta é uma questão vital para os milhares de bebês que serão abortados à volta do mundo nas próximas 24 horas.
O efeito cascata do caso Roe versus Wade mudou dramaticamente a sociedade norte-americana, e está a afetar a sociedade noutros países ocidentais. Um artigo de 1998 no U.S. News & World Report concluiu que, no ritmo atual, mais de quatro em cada dez mulheres norte-americanas pode chegar a fazer um aborto em sua vida.
"A estatística é impressionante: Quarenta e três por cento das mulheres norte-americanas terão um aborto em sua vida, se as taxas atuais forem mantidas. Isso significaria, para melhor ou pior, o aborto é tão comum experiência de vida para as mulheres como o divórcio — e três vezes mais comum que o câncer de mama. Isso significaria que mais do dobro de mulheres têm aborto para poder conseguir os diplomas universitários. Isso significaria que vinte e cinco anos depois do caso Roe versus Wade abortos são seguros, legais, e não raros”.
"No entanto, a estatística, recolhida do grupo que defende o direito ao aborto, do Instituto Alan Guttmacher, mantém-se ao escrutínio. (No período de um ano, as chances de uma mulher fazer um aborto são pequenas, mas uma vez que as mulheres têm cerca de trinta anos de vida reprodutiva, as chances de fazerem um aborto a qualquer momento da vida são muito maiores)" (Steven Waldman, Elise Ackerman e Rita Rubin, "Os abortos nos Estados Unidos", U.S. News & World Report, 19 de janeiro de 1998).
Quando começa a vida?
Na concepção um espermatozoide fecunda um óvulo do tamanho do ponto final desta frase. O crescimento e desenvolvimento são imediatos e notáveis.
A nova vida tem seu batimento cardíaco cerca de dezoito dias depois da concepção. Em cerca de três semanas, geralmente antes mesmo de a mãe saber que está grávida, no embrião que mede 1/10 de polegada já começa a se formar os olhos, a medula espinhal e o sistema digestivo. Quarenta dias depois da fertilização, as ondas cerebrais podem ser registradas. Os delicados e pequenos dedos, dos pés e mãos, estão começando a aparecer na oitava semana. Na decima oitava semana o feto está se movimentando, socando e chutando.
Nos Estados Unidos, durante os séculos dezoito e dezenove, havia uma crença comum de que a vida começava quando o bebê podia ser sentido e estava se movimentando no útero da mãe. Os abortos antes deste tempo, chamado de "o despertar", eram aceitos por alguns, até mesmo nos círculos religiosos.
A Associação Médica Norte-Americana foi fundamental na mudança de atitudes em relação ao nascituro, e no início dos anos 1900 praticamente todos os estados tinham aprovado leis que proibiam o aborto.
A decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos no caso Roe versus Wade cancelou todas as leis estaduais. Mas o tribunal evitou a questão crítica, afirmando que não poderia resolver o difícil problema de quando um feto se torna uma pessoa humana. Assim, a decisão do tribunal foi a de errar para o lado de tirar a vida ao invés de errar para o lado de salvar a vida.
Então, quando a vida começa? E quando o feto pode ser considerado uma vida humana?
James Drummey do The New American exorta-nos a considerar essa perspectiva: "Um dos elementos essenciais do debate sobre o aborto é a verdadeira natureza da vítima. Se o nascituro é um ser humano, então ele ou ela merece a total proteção da lei. Embora ele ainda possa surpreender alguns, há poucas coisas mais certas... do que os nascituros são seres humanos”.
"É um fato biológico e científico que a vida humana começa na fecundação, quando o espermatozoide do pai fecunda o óvulo da mãe. Esse pacote genético único, algo que cada um de nós foi, contém tudo o que uma pessoa vai se tornar — a cor de seus olhos, o tamanho de seus pés, até mesmo se, ele ou ela, terá diabetes na idade de cinquenta anos" (James Drummey, "Aborto: Outro Holocausto", A Novo Norte-americano, 20 de janeiro de 1986, págs. 21-26).
A fertilização de um óvulo humano, unindo os cromossomos que determinam as características humanas, marca o início de uma vida. Se não for uma vida humana, então o que é?
É uma questão legal ou religiosa?
Os grupos pró-aborto argumentam que o aborto é uma questão secular e jurídica em vez de religiosa. Mas o valor da vida humana é simplesmente uma questão legal?
"Desde a escravidão nunca houve um problema tão polarizado na sociedade norte-americana — e talvez nunca haja um problema que represente um grande dilema moral. O debate moderno sobre o aborto, como é visto fora dos tribunais do e assembleias legislativas do país, é um conflito de visões morais concorrentes e um direito fundamental do ser humano: à vida, à privacidade, ao controle sobre o próprio corpo.
"No entanto, quando despojado da retórica política e da rede de argumentos legais, é um assunto que repousa sobre questões teológicas básicas. O que é a vida humana? Quando começa? Qual é o seu valor e origem? "(Jeffrey Sheler, "A Teologia do Aborto", U.S. News & World Report, 9 de março, 1992).
Esta questão é muito debatida, mesmo entre as denominações religiosas. Para os cristãos a autoridade final é a Bíblia. Embora a Palavra de Deus não mencione especificamente o aborto, ela tem muito a dizer sobre os princípios subjacentes e o valor da vida humana.
Gênesis 1:26-27 nos diz que Deus fez a humanidade à Sua imagem. Esta afirmação é profunda e nos dá uma compreensão clara sobre o propósito da vida humana. Deus revela o potencial dos seres humanos, quando declara: "Eu serei o seu Deus e ele será meu filho" (Apocalipse 21:7). Deus criou a humanidade, porque Ele quer ter Seus próprios filhos!
Ao criar o homem e a mulher, Deus escolheu o método da reprodução humana. Ele disse a Adão e Eva: "Sede fecundos e multiplicai-vos; enchei a terra" (Gn 1:28).
A reprodução sexual humana, santificada no casamento, é uma bela expressão do amor de duas pessoas comprometidas com uma à outra em um relacionamento por toda a vida. Os filhos desta união são uma bênção de Deus (Salmo 127:3). Embora os pais sejam responsáveis de criar e alimentar a sua prole, por fim, os filhos pertencem a Deus como Seus filhos e filhas.
A visão de Deus sobre o nascituro
Desde que Deus criou homem e mulher, e o método de reprodução sexual, o que a Bíblia revela sobre Sua perspectiva quanto ao feto?
O rei Davi, escrevendo sob a inspiração de Deus, disse sobre Seu Criador: "Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no seio de minha mãe. Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem”.
“Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda" (Salmo 139:13-16, ARA).
Deus mesmo disse ao profeta Jeremias que o conhecia antes de ter sido formado no ventre de sua mãe: " Assim veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci; e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às nações te dei por profeta" (Jeremias 1:4-5).
Estas passagens mostram que a formação do feto no útero é parte da obra criativa de Deus. A Bíblia é clara não apenas sobre o valor da vida humana, mas também que a reprodução sexual humana é o método que Deus criou para iniciar o processo de trazer à existência Sua própria família.
As verdadeiras questões
A questão do aborto é mais debatida quando se discute se a gravidez é perigosa para a saúde da mãe. A verdade é que os abortos que envolvem casos em que a vida da mãe está em jogo são uma pequena percentagem de todos os abortos. Simplesmente, a maioria dos abortos é um método de controle de natalidade.
De acordo com o U.S. News & World Report: "Estes são os fatos básicos: Cerca de 1,4 milhão de mulheres fazem abortos a cada ano — 89 por cento antes da décima segunda semana de gestação. Oitenta e dois por cento são solteiras ou separadas, e quarenta e quarto por cento tiveram pelo menos um aborto anterior...”
"Existem poucas estatísticas mostrando o motivo que as mulheres fazem abortos. No último levantamento, em 1987, setenta e seis por cento disseram estar preocupadas sobre como um bebê pode mudar suas vidas, e cinquenta e um por cento teve problemas com um relacionamento ou queria evitar ser mãe solteira. Treze por cento citou a saúde do feto; sete por cento a saúde da mãe, um por cento por estupro ou incesto. O U.S. News fez um levantamento e descobriu, surpreendentemente, que, até mesmo na maioria dos abortos, que ocorrem na vigésima semana ou mais tarde, a saúde do feto ou da mãe foi um fator relativamente pequeno na decisão de fazer um aborto" (Waldman, Ackerman e Rubin, "Abortos de Norte-americanos", U.S. News & World Report, 19 de janeiro de 1998).
Se a vida começa na concepção e a gestação é o método pelo qual Deus começa o processo de criação de Seus filhos, então praticamente todos os abortos realizados constituem um crime aos olhos do Criador. Pior ainda, se mata por conveniência.
Isso pode soar como uma sentença dura em nossa sociedade pluralista. Estamos acostumados a pensar em tons cinza ao invés de em termos preto e branco ou absolutamente certo e errado. Porém, a Bíblia explicita os valores morais absolutos — e não uma decisão particular ou uma moralidade de se fazer o que se acha bom.
O apóstolo Paulo escreveu à igreja em Roma, algumas palavras comoventes sobre a sociedade de sua época. Ele descreveu o processo que ocorre em nosso pensamento quando rejeitamos a fonte da autoridade moral absoluta:
"E, como eles se não importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convém; estando cheios de toda iniquidade, prostituição, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade; sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes ao pai e à mãe; néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia; os quais, conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem" (Romanos 1:28-32, ênfase adicionada).
O ato de acabar com a vida de uma criança que está para nascer não é uma questão vazia. O aborto é um sintoma. Junto com divórcios, lares desfeitos, angústia mental e o sofrimento físico de doenças venéreas, o aborto é um dos muitos sintomas de uma sociedade que tem uma visão egoísta, equivocada e até mesmo pervertida do relacionamento sexual desenhado pelo próprio Deus para a reprodução humana, onde Deus quis que os seres humanos desfrutassem como uma expressão de amor dentro dos limites do casamento.
Todo efeito tem uma causa. A causa das crescentes tragédias sociais é o nosso descaso intencional das instruções de nosso Criador, que foram entregues para o nosso bem (para entender melhor seus benefícios, não se esqueça de solicitar sua cópia gratuita do livro Os Dez Mandamentos). A solução e cura é voltar-se para o casamento como o único ambiente aceitável para um relacionamento sexual e concepção de filhos.
E se eu já tiver feito um aborto?
Muitas mulheres sofrem cicatrizes emocionais após realizar um aborto. Algumas dizem que acordam durante a noite ouvindo um grito do bebê. Elas experimentam a dor da culpa ao ver uma mãe brincando com seu filho e, às vezes, o medo de que Deus possa não as perdoar.
É fácil cair na armadilha de pensar que nossos pecados são tão terríveis que até mesmo um Deus misericordioso não nos perdoará. Paulo escreve que Deus perdoa, apesar de que "todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus" (Romanos 3:23), mas muitas vezes é mais fácil aplicar tais declarações para os outros.
Jesus foi condenado pelos líderes religiosos de Seus dias, porque Ele tomava as refeições com pessoas que eram claramente pecadores. Ele disse aos líderes uma parábola sobre um homem que tinha cem ovelhas, mas uma se afastou do rebanho e se perdeu. O pastor, Ele disse, iria naturalmente procurar a ovelha perdida até encontrá-la, então carregá-la nos ombros e levá-la para casa.
Jesus conclui a parábola com a afirmação: "Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento" (Lucas 15:7).
Se você já fez um aborto, busque ao Seu Pai no céu e se arrependa. Peça a Ele para aplicar o sacrifício de Seu Filho em seu lugar e ajudá-lo a ter uma relação de pai e filha com Ele. E se você continuar sofrendo pela culpa, procure aconselhamento.
Da mesma forma, se você teve um filho e participou na decisão de abortar para evitar sua responsabilidade paterna, você deve se arrepender por ter tomado parte na decisão de matar uma vida humana inocente.
Em qualquer situação, lembre-se das palavras de Jesus a uma mulher apanhada no ato do adultério: "Nem eu te condeno, vá e não peques mais" (João 8:11). Deus perdoa, mas espera que paremos de pecar.
Um último caso
Um homem e uma mulher que pensavam que nunca poderiam ter filhos ouvem ansiosamente enquanto um médico explica os perigos daquela gravidez. A jovem passou por uma série de raios X antes de saber que estava grávida. O médico explicou que havia pouca esperança para o feto e recomendou um aborto. Um segundo médico concordou.
O casal nunca duvidou de sua decisão. Eles oraram por uma cura milagrosa, preparam-se para aceitar a vontade de Deus e levou adiante a gravidez.
O filho deles, o bebê que o médico recomendou ser abortado, veio a ser o orador oficial de sua turma na escola dessa temporada de primavera. Ele tornou-se um atleta com uma personalidade vencedora, ele é o meu sobrinho que agora está tentando decidir que faculdade escolher.
Apenas nesta última hora, cerca de cento e cinquenta crianças ainda não nascidas foram mortas nos Estados Unidos. Essas cento e cinquenta crianças nunca vão rir, frequentar a escola, descobrir a cura para o câncer, se apaixonar, ver um pôr do sol, sentir a areia entre os dedos dos pés ou escrever uma sinfonia.
A solução definitiva
Deus enviará Jesus Cristo de volta à Terra para estabelecer o Seu Reino, para construir um novo mundo regido por uma lei maior. Ele vai criar um ambiente de paz e harmonia, um mundo seguro para as crianças. Será um mundo seguro para o nascituro.
O profeta Zacarias foi inspirado a escrever sobre este momento em que o Messias reinará: "Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Ainda nas praças de Jerusalém habitarão velhos e velhas, levando cada um na mão o seu bordão, por causa da sua muita idade. E as ruas da cidade se encherão de meninos e meninas, que nelas brincarão" (Zacarias 8:4-5).
Orem para esse dia chegar logo.
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Barra Lateral: A Colheita Sangrenta
A tecnologia tem inspirado e tornado possível um controvertido pesadelo sobre a utilização de partes dos embriões abortados e dos fetos em pesquisas médicas.
A revista World Magazine relata que os pesquisadores podem até mesmo fazer pedidos de partes do corpo: "A maioria dos pesquisadores querem partes colhidas de fetos que tenham estado 18 a 24 semanas no útero, o que significa que os maiores bebês nas bandejas dos laboratórios medirão 25 a 30 cm — do tamanho do seu pulso até ao seu cotovelo. Alguns pesquisadores acrescentam um sinal sutil de 'mais' às '24' semanas, indicando partes de bebês no prazo final da gravidez seriam aceitáveis. Muitos estipulam o desejo deles com o rótulo de ‘nenhuma anormalidade’, significando que o bebê em questão deveria ter sido saudável antes de ter sua vida abreviada por "compressão intrauterina cranial" (esmagamento do crânio)" (Lynn Vincent, "A Colheita do Aborto”, World Magazine, 23 de outubro de 1999, págs. 16-19).
Embora alguns pesquisadores médicos afirmem que estão apenas fazendo uma situação ruim ser boa, e com a alta demanda por tecido fetal as implicações morais são desalentadores.
"Ironicamente, os próprios bebês é que são referidos como ‘doadores’, como se tivessem algo a dizer sobre o assunto. Tais semânticas de etiquetas vermelhas — e uma falange de outras — têm sido debatidas calorosamente pelos bioeticistas por causa da questão da investigação do tecido fetal: O uso dos corpos de bebês abortados em inúmeras pesquisas médicas não seria uma exploração daqueles que já são vítimas?
"Será que a existência de programas de doação de tecido fetal tem convencido mais as mães de que o aborto é aceitável, e que até seja uma opção altruísta? Desde que o aborto seja legal e que os corpos humanos estão destinados a ser descartados de qualquer maneira, tudo isso junto não seria um modo ético de compensar, mitigar o holocausto do aborto como uma boa causa?" (Mesma fonte).
Algumas empresas de investigação biomédica divulgam folhetos dizendo o que vão pagar pelas partes do corpo dos abortados. Uma lista divulgada na revista World Magazine oferecia o seguinte: coluna vertebral 150 dólares. Medula espinhal 325 dólares. Membros (pelo menos dois) 150 dólares. Olhos 75 dólares (50 dólares se forem mais de oito semanas). Cérebro 999 dólares (se até oito semanas de idade, trinta por cento menos, se estiver significativamente fragmentados).
Nesta atual condição de ser humano, em breve poderemos ver o dia onde as pessoas vão encomendar os tecidos que precisam, as mulheres que apoiam o aborto serão contatadas ou até mesmo fecundadas, e no momento adequado o feto será abortado para uso medicinal segundo este raciocínio humano. O arrazoamento de que os médicos pesquisadores apenas estão fazendo o melhor de uma situação ruim é um ledo engano.