A Última e Melhor Esperança da Terra

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Embora os Estados Unidos celebrem novamente sua independência, muitos sentem nostalgia pelo que esse país já foi — preocupados e temerosos pelo futuro. A confiança na prosperidade e no sucesso ininterruptos dessa nação, no cenário interno ou externo, está diminuindo. O surgimento de profundas fissuras sociais tem contradito as aspirações da fundação desse país e as lutas para preservá-la. A próxima eleição nacional poderá tensionar ainda mais essa coesão. E com a crescente divisão cultural e política no país, muitos temem que essa crescente fragmentação possa levar a uma guerra civil.

Sem dúvida, há motivos para preocupação. Cada vez mais pessoas comentam que os estadunidenses estão prestes a perder a unidade de seu país. É muito triste pensar que os Estados Unidos, o grande bastião da liberdade — uma influência positiva ao longo da história, apesar de seus defeitos — possam sucumbir. Entretanto, a trágica realidade é que, segundo as Escrituras, o país realmente sucumbirá — será julgado por sua pecaminosa rebelião contra as leis de Deus (ver nosso guia de estudo bíblico gratuito “Os Estados Unidos e a Inglaterra na Profecia Bíblica”). Porém, aonde isso vai nos levar?

Durante a Guerra de Secessão na década de 1860, o presidente Abraham Lincoln alertou sobre a queda do país, chamando os Estados Unidos de “a última e melhor esperança da Terra”. Mas esse país nunca foi e nem é isso hoje. A última e melhor esperança para o mundo ainda está por vir — um novo governo que Deus trará ao mundo, o governo do Reino de Deus.

O caminho para se livrar da tirania e da escravidão

Quando Thomas Jefferson, quem escreveu a Declaração de Independência dos Estados Unidos, se tornou o terceiro presidente do país, ele se referiu, em seu discurso de posse em 1801, à nova república como “a melhor esperança do mundo”, apresentando-a como o caminho para se livrar da tirania dos governos humanos do passado. E Abraham Lincoln, décimo sexto presidente do país, alterou um pouco essa frase durante os dias sombrios da Guerra Civil.

No primeiro dia de dezembro de 1862, Abraham Lincoln enviou uma mensagem ao Congresso com uma lista de programas de governo e temas administrativos — mostrando que a governança seguia ininterrupta. A seguir, ele passou a tratar de assuntos mais profundos, delineando alguns planos para libertar os escravos, que aconteceria um mês antes da Proclamação de Emancipação. Então, ele disse o seguinte:

“Concidadãos, não podemos escapar da história. Nós, deste Congresso e deste governo, seremos lembrados, apesar de nós mesmos. Nenhuma importância pessoal ou insignificância poupará qualquer um de nós. O ardente julgamento pelo qual passamos nos iluminará, em honra ou desonra, até a última geração. Dizemos que somos pela união. O mundo não esquecerá que dissemos isso. Nós sabemos como salvar a união. O mundo sabe que sabemos como salvá-la. Nós, incluindo os aqui presentes, detemos o poder e assumimos a responsabilidade. Ao dar liberdade aos escravos, garantimos liberdade às pessoas livres — honroso no que damos e no que preservamos. Nobremente salvaremos ou perderemos, de maneira significativa, a última e melhor esperança da Terra”.

Abraham Lincoln enxergava a experiência estadunidense de autogoverno republicano como a última esperança de liberdade da humanidade — e a libertação dos escravos como uma parte importante disso. Embora a contribuição dos Estados Unidos para a liberdade individual fosse de grande valor, sobretudo como parte das bênçãos de Deus nesta era, a exaltação da nação como a última e melhor esperança da Terra era descabida. Essa distinção somente pode ser aplicada ao que Jesus Cristo anunciou em Seu evangelho ou mensagem de boas novas — a vinda do Reino de Deus (Marcos 1:14-15). E Ele ainda enviou Seus discípulos para proclamar essa mesma mensagem (Marcos 16:15).

O Reino não é uma idealização fantasiosa no coração dos homens. Na verdade, o justo governo de Deus será estabelecido sobre todas as nações quando Jesus voltar — ocasião em que se anunciará: “O reino deste mundo agora pertence ao nosso Senhor e ao Seu Cristo; e Ele reinará para todo o sempre” (Apocalipse 11:15, Bíblia Viva).

As Escrituras haviam prometido o seguinte sobre o Messias: “O governo está sobre os Seus ombros...para que se aumente o Seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o Seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto” (Isaías 9:6-7, ARA; comparar Lucas 1:31-33).

Um farol num mundo em trevas

Desde as cadeias da escravidão física e da opressão até ao cativeiro das trevas espirituais sob Satanás e o pecado, a humanidade tem ansiado por liberdade. Em meio a esse anseio, a promessa do Reino de Deus brilha como o último farol de esperança.

Contudo, haverá escuridão antes de um novo amanhecer. O mundo mergulhará no pior momento de sua história à medida que nos aproximamos da segunda vinda de Cristo. Os Estados Unidos e outras nações acabarão sofrendo uma terrível devastação. Precisamos manter firme em nossas mentes a visão do Reino de Deus para perseverarmos até o tempo de seu estabelecimento — e submeter nossas próprias vidas a esse governo hoje em dia.

No Reino de Deus, o mundo aprenderá a viver de acordo com a lei de Deus — o caminho de vida divino: “E virão muitos povos e dirão: Vinde, subamos ao monte do SENHOR, à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine o que concerne aos Seus caminhos, e andemos nas Suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém, a palavra do SENHOR”(Isaías 2:3). Assim, Ele conduzirá o mundo à paz: “Nem aprenderão mais a guerrear” (versículo 4).

A lei de Deus é uma lei de liberdade (Tiago 1:25; Salmos 119:45) e de amor ou de enorme preocupação com os outros (Romanos 13:10; 1 João 5:3; 1 Coríntios 13:4-5). Em Seu Reino, os apelos por compaixão serão atendidos — os oprimidos encontrarão consolo e refúgio e os quebrantados encontrarão cura. Não haverá lugar para a opressão ou a injustiça. E deveríamos aprender a refletir isso em nossas vidas hoje enquanto nos submetemos a Deus.

Além disso, o Reino de Deus trará reconciliação e união, derrubando as barreiras que dividem a humanidade e promovendo um mundo de respeito e compreensão mútuos, até mesmo entre antigos inimigos, pois todos vão aprender a verdade de Deus e serão ensinados a viver por ela (Isaías 11:9; 19:23-25; Jeremias 31:31-34) — alcançando o perdão através do sacrifício de Cristo e recebendo o Espírito de Deus para serem capacitados e transformados.

Enquanto peregrinamos por esse nosso mundo rebelde e nos preparamos para os tempos sinistros que virão, devemos nos apegar firmemente à verdadeira e melhor esperança da Terra: o Reino de Deus. Essa esperança transcende as limitações do esforço humano, por isso devemos confiar no futuro prometido por Deus, quando a justiça reinará e a paz prevalecerá.

Mais uma vez, ao abraçar a visão do Reino, somos chamados a incorporar os seus valores de amor, misericórdia e fidelidade em nossa vida quotidiana. Através de nosso exemplo de andar no caminho de vida de Deus hoje, podemos nos tornar agentes de transformação, anunciando o alvorecer de uma nova era, quando a promessa de liberdade e justiça para todos seja plenamente cumprida.

Testemunhar o declínio dos Estados Unidos — ou de qualquer nação que chamamos de lar — é algo muito triste. E temos razão em lamentar, mas não devemos nos desesperar porque isso não é o fim da história.

Em última análise, o Reino de Deus continua sendo a verdadeira, última e melhor esperança da Terra — um farol de luz que brilha em meio às trevas, guiando-nos em direção a um futuro de liberdade e redenção para todas as nações. Enquanto avançamos rumo a essa luz, devemos nos apegar firmemente a essa maravilhosa verdade, sabendo que no Reino de Deus todos serão libertados e a humanidade será salva.