A Verdadeira História do Natal Verdades espantosas possivelmente desconhecidas!
A maioria de nós cresceu com a história tradicional do Natal – tu a conheces bem: a história de que Jesus nasceu no dia de Natal, num estábulo em Belém, com os pastores e os três magos a olhar.
Mas, foi isso realmente o que aconteceu? Muitos acham que sim, mas uma investigação cuidadosa do que a Bíblia diz revela várias diferenças espantosas.
Os Evangelhos de Mateus e Lucas descrevem a verdadeira história do nascimento de Jesus e constaremos que eles certamente não descrevem a história do Natal, que é tão popular nesta estação do ano.
Examinemos, pois, o que a Bíblia diz acerca das circunstâncias do nascimento de Cristo.
A importante experiência de Lucas
Tome em consideração primeiro Lucas, o escritor do Evangelho, que tinha uma mente inclinada para grandes detalhes, pois era um médico e historiador. E assim ele se esforçou para apresentar todos os fatos importantes.
Vejam o seu prefácio: “Prezado Teófilo, muitas pessoas têm se esforçado para escrever a história das coisas que aconteceram entre nós. Elas escreveram o que foi contado por aqueles que viram essas coisas desde o começo e anunciaram a mensagem do evangelho. Portanto, Excelência, eu estudei com todo o cuidado como foi que essas coisas aconteceram desde o princípio e achei que seria bom escrever tudo em ordem para o senhor, a fim de que o senhor pudesse conhecer toda a verdade sobre os ensinamentos que recebeu” (Lucas 1:1-4, Bíblia na Linguagem de Hoje [BLH], enfase adicionada por nós neste artigo).
Em outras palavras, Lucas entrevistou as testemunhas e aqueles que tinham conhecimento dos acontecimentos à volta da vida de Cristo, e essa informação foi a base do seu Evangelho. Depois desta importante introdução, Lucas começa a contar a história verdadeira dos acontecimentos que precederam o nascimento de Jesus, com um relato de como Deus tratou Zacarias, o pai do João Batista:
“Quando Herodes era o rei da terra de Israel, havia um sacerdote chamado Zacarias, que era do grupo [ou “do turno”] dos sacerdotes de Abias. A esposa dele se chamava Isabel e também era de uma família de sacerdotes” (versículo 5). Mais adiante na história se lê que ela era uma prima da Maria (versículo 36).
“Esse casal vivia a vida que para Deus é correta, obedecendo fielmente a todas as leis e mandamentos do Senhor. Mas não tinham filhos porque Isabel não podia ter filhos e porque os dois já eram muito velhos” (versículos 6-7 BLH).
A responsibilidade de Zacarias como sacerdote no seu turno ajuda-nos a conhecer e compreender o periodo do nascimento de Cristo. O seu turno era o “dos sacerdotes de Abias”. O que é que isto significa?
Cerca de mil anos antes, o rei David tinha organizado os sacerdotes levíticos em 24 “grupos” ou “turnos,” pois havia uma abundância de ministros para servir nas várias funções do templo. Não querendo que alguêm não tivesse uma oportunidade de servir, a solução de David foi uma de dividir os ministros em 24 grupos, como é explicado em 1 Crônicas 24 e mais específicamente nos versículos 3, 10 e 19. Cada grupo ministerial assim servia por um periodo duma semana duas vezes por ano, assim como durante as três estações festivas (Deuterenómio 16:16), quando todos os ministros serviam.
Sabemos então os períodos do ano em que o turno de Abias servia no templo? Sim, sabemos. Esta determinação pode ser feita quando juntamos a informação em 1 Crônicas 24 com as tradições Judaicas acerca dos turnos no templo.
Esta evidência demonstra que a semana em que Zacarias tinha o seu turno, tal como relatado por Lucas, era à volta da Festa de Pentecostes, que geralmente é celebrada entre os fins de Maio e o meio de Junho no nosso calendário. Embora os turnos caiam em datas específicas no calendário Sagrado de Deus (lunar), as datas dos Seus dias Santos e dos Seus Festivais variam por algumas semanas no calendário (gregoriano) Romano em uso hoje em dia.
Assim é possível concluir quando é que Zacarias estava a servir no templo: a Bíblia de Companheiro [The Companion Bible] (versão de 1974, Apendix 179, p. 200), calcula que Zacarias serviu na semana de 13 a 19 de Junho, inclusivo, nesse ano.
Uma aparição angélica inesperada
A história de Lucas continua: “E aconteceu que, exercendo ele o sacerdócio diante de Deus, na ordem da sua turma, segundo o costume sacerdotal, coube-lhe em sorte entrar no templo do Senhor para oferecer o incenso” (Lucas 1:8-9).
O que aconteceu depois, teria sido amedrontoso a qualquer um de nós: “Então, um anjo do Senhor lhe apareceu, posto em pé, à direita do altar do incenso. E Zacarias, vendo-o, turbou-se, e caiu temor sobre ele. Mas o anjo lhe disse: Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dará à luz um filho, e lhe porás o nome de João” (versículos 11-13).
Então o anjo explicou a missão do futuro filho de Zacarias, João Batista: “será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe…. e irá adiante dEle [de Jesus Cristo, o Messias vindouro] no espírito e virtude de Elias, … com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto [bem preparado]” (versículos 15-17).
Embora o Zacarias fosse um homem justo, nesta ocasião ele foi meramente humano e demonstrou falta de fé na mensagem do anjo Gabriel. Por causa desta incredulidade, ele ficou mudo até o seu filho João nascer (versículos 18-20).
O periodo de tempo entre a concepção da Isabel e da Maria
“E sucedeu que, terminados os dias de seu ministério, voltou para sua casa. E, depois daqueles dias, Isabel, sua mulher, concebeu e, por cinco meses, se ocultou” (Lucas 1:23-24). Visto que o turno de Zacarias foi durante o meio de Junho, e presumindo que ela ficou grávida uma ou duas semanas após isso, cinco meses mais tarde traz-nos aos fins de Novembro.
O relato, então, continua com o nascimento de Jesus Cristo: “E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria. E, entrando o anjo onde ela estava, disse: Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres” (versículos 26-28).
Este relato revela que Maria era uma jovem mulher de muita fé. Gabriel, então, disse a ela, “E eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; ... e reinará eternamente na casa de Jacó [Israel], e o seu Reino não terá fim” (versículos 31-33).
E Maria, visto que era uma virgem, perguntou o que é óbvio. “E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus” (versículo 35).
Gabriel acentuou o poder de Deus capaz de fazer milagres: “E eis que também Isabel, tua prima, concebeu um filho em sua velhice; e é este o sexto mês para aquela que era chamada estéril. Porque para Deus nada é impossível” (versículos 36-37).
Maria, Isabel e o nascimento de Jesus
Estamos agora no sexto mês da gravidez da Isabel, isto é, possivelmente lá para os fins de Dezembro ou pouco depois. “E, naqueles dias, levantando-se Maria, foi apressada às montanhas, a uma cidade de Judá, e entrou em casa de Zacarias, e saudou a Isabel. E aconteceu que, ao ouvir Isabel a saudação de Maria, a criancinha saltou no seu ventre” (versículos 39-41).
Como se viu do trecho anterior, Maria agora estava grávida, e Isabel lhe fala como que se soubesse que ela estava grávida: “E de onde me provém isso a mim, que venha visitar-me a mãe do meu Senhor? Pois eis que, ao chegar aos meus ouvidos a voz da tua saudação, a criancinha saltou de alegria no meu ventre” (versículos 43-44).
O versículo 56 diz, “E Maria ficou com ela quase três meses e depois voltou para sua casa”. Isto pôe-nos lá para os fins de Março. Maria ficou na companhia de Isabel até ao nascimento do João Batista. “E completou-se para Isabel o tempo de dar à luz, e teve um filho” (versículo 57).
Vê-se então que Maria estava provavelmente grávida de três meses quando o João nasceu. João nasceu provavelmente nos fins de Março ou início de Abril.
Então quando foi que Jesus Cristo nasceu? Por volta de seis meses depois, o que equivaleria aos fins de Setembro ou no início de Outubro – no Outono, e não no meio do inverno, como muitos presumem hoje em dia.
A evidência do censo Romano
Podemos achar outra evidência bíblica que Jesus nasceu no outono e não no inverno? Sim, podemos.
Continuando com o relato de Lucas: “E aconteceu, naqueles dias, que saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo se alistasse” (Lucas 2:1). “Todo o mundo” neste contexto, representa todas as áreas debaixo do governo Romano. “(Este primeiro alistamento foi feito sendo Cirênio governador da Síria.) E todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade” (versículos 2-3).
Que gênero de povo eram os romanos quando se fala de fazerem as coisas em ordem e eficientemente? Eles construíram pontes, estradas e prédios, que em alguns casos ainda estão a ser usados até hoje, 2.000 anos depois. As estradas deles eram grandes maravilhas de engenharia desse tempo. Eles construíram grandes aqueodutos e esgotos. Até hoje, os planos de urbanização usam princípios que originaram dos romanos. Até hoje uma grande parte da organização governamental e militar é inspirada no modelo romano. Eles eram mestres em organização e estrutura.
Então, teriam os Romanos ordenado fazer um censo durante o meio do inverno? Está claro que não! Isso seria contraditório ao propósito do censo. No inverno, as temperaturas à volta de Jerusalém podem cair abaixo de 0o C, e as estradas estariam molhadas e enlameadas com as chuvas frias e a possibilidade de neve. Seria uma temperatura terrível para se viajar, especialmente para uma mulher perto de dar à luz a um bêbê.
Um escritor diz que este censo “não poderia ter sido durante esta estação [de inverno], pois tal altura não teria sido escolhida pelas autoridades romanas para um alistamento publico, que necessitaria que a população viajasse de todas as partes para os seus distritos natais, porque temporais e chuva fariam as viagens perigosas e desagradáveis, exceto em anos em que o tempo estivesse especialmente favorável. Nevadas não são raras em Jerusalém nos meses do inverno, e eu sei que ás vezes a neve é tanta que pessoas perderam-se fora dos portões da cidade” (Cunningham Geike, “Christmas at Bethlehem” [Natal em Belém], Edward Deems, editor, Holy-Days and Holidays [Dias Santos e feriados], 1968, p. 405).
Nenhum oficial romano razoável teria planejado um censo durante o inverno. Para uma sociedade agrária, como a de Judeia no 1º século, o outono (no hemisfério do norte), quando as colheitas teriam sido armazenadas, seria uma época muito mais propícia para tal fim.
Por que não havia quartos em Belém?
Continuando com a nossa história relatada por Lucas, achamos outra evidência bíblica do período de tempo do nascimento de Jesus Cristo.
“E subiu da Galiléia também José, da cidade de Nazaré ... (porque era da casa e família de Davi), a fim de alistar-se com Maria, sua mulher, que estava grávida. E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz” (Lucas 2:4-6).
Não sabemos com que antecedência eles viajaram, nem quanto tempo estiveram eles lá para o censo. O ponto essencial é que o nascimento mais importante em toda a história foi debaixo destas condições.
“E deu à luz o seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem” (versículo 7).
Mas por que não havia espaço para José e para Maria em Belém? Somo muito instruídos se compreendemos a cultura dessa era.
Se calcularmos o período do ano corretamente em que João Batista foi concebido, isto é, pouco depois do primeiro turno de Abias, que seria próximo à festa de Pentecostes, e o seu nascimento nove meses depois, seguido pelo de Jesus seis meses depois, chegaremos ao fim de Setembro ou possivelmente ao início de Outubro. Então, havia outro acontecimento, durante essa estação do ano, que faria com que as pensões e hoteis em Belém estivessem cheias?
Sim havia! Ao fim de Setembro e no início de Outubro, há um período de Festas no calendário de Deus. Em Jerusalém, essas festas são durante o Outono (do hemisfério do Norte). Este é um dos três períodos de peregrinação anual, nos quais as famílias viajavam a Jerusalém a fim de observarem os Dias Santos de Deus (ver Deuteronômio 16:16). Os Judeus dos dias de hoje ainda observam este mandamento e é por isso que, mesmo hoje em dia, é difícil reservar um quarto de hotel em Jerusalém durante este periodo do ano!
A população de Jerusalém, durante este periodo, aumentava de tal maneira que não tinha capacidade suficiente de acomodar todos os visitantes. Isto também afetava as cidades próximas de Jerusalém tais como Belém, localizada a dez kilômetros ao sul de Jerusalém.
Por causa deste grande número de visitantes, todas as hospedarias locais estavam cheias, o que fez com que José e Maria buscassem para acomodação um local que normalmente seria usado para guardar animais. Não se tratava uma acomodação de primeira classe, mas certamente ficaram muito gratos por consegui-la.
Os pastores e os seus rebanhos
Continuando com o relato de Lucas, encontramos outra prova de que Jesus não nasceu no inverno. O versículo 8 lê: “Ora, havia, naquela mesma comarca, pastores que estavam no campo e guardavam durante as vigílias da noite o seu rebanho”.
Isto também demonstra que estes acontecimentos não se deram no inverno. O custume dos pastores era de manter os seus rebanhos no campo de Abril até Outubro, mas durante os meses frios e chuvosos do inverno, eles traziam-nos de volta para casa e protegiam-nos.
O Comentário do Interpretador num volume [The Interpreter’s One-Volume Commentary] (1971) diz que este trecho contradiz a tradição “do nascimento de Cristo em 25 de Dezembro, visto que o tempo não teria permitido” os pastores cuidarem dos seus rebanhos nos campos à noite.
O Comentário de Adam Clarke [Adam Clarke’s Commentary] explica que, “como estes pastores ainda não tinham trazido os seus rebanhos para casa, é um ponto forte de debate que ainda não era Outubro, e que consequentemente o nosso Senhor não nasceu em 25 de Dezembro, quando não haviam rebanhos no campos; nem podia ele ter nascido depois de Setembro, pois os rebanhos ainda estavam nos campos à noite. Nesta fundação, a natividade em Dezembro deve de ser abandonada. A pastagem dos rebanhos durante a noite nos campos é um fato cronológico [isto é, de periodos fixos de tempo] que dá muita luz a este ponto de disputa”.
Uma vez mais, o relato de Lucas aponta para um nascimento no fim de Setembro.
Os pastores vieram ver Jesus
Continuando com a história em Lucas 2:10-17: “E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo, pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos será por sinal: achareis o menino [Grego: brefos = bébé] envolto em panos e deitado numa manjedoura.
“... E foram apressadamente e acharam Maria, e José, e o menino [Grego: brefos = bébé] deitado na manjedoura. E, vendo-O, divulgaram a palavra que acerca do menino lhes fora dita”.
Devemos que tomar nota que foi só os pastores que chegaram a tempo de visitar Jesus na manjedoura. Os magos, como veremos, só vieram mais tarde.
“E, quando os oito dias foram cumpridos para circuncidar o menino, foi-lhe dado o nome de Jesus, que pelo anjo lhe fora posto antes de ser concebido. E, cumprindo-se os dias da purificação, segundo a lei de Moisés, o levaram a Jerusalém, para o apresentarem ao Senhor (segundo o que está escrito na lei do Senhor: Todo macho primogênito será consagrado ao Senhor) e para darem a oferta segundo o disposto na lei do Senhor: um par de rolas ou dois pombinhos” (Lucas 2:21-24; compare com Êxodo 13:2).
Isto era conhecido como o “resgate do primogênito”. Levítico 12:2-3, 6 diz-nos que esta cerimônia acontecia 40 dias após o nascimento dum filho. Ora, se Cristo nasceu aos fins de Setembro, então esta cerimônia aconteceria no meio de Novembro.
Os magos e Herodes
Agora continuaremos com a história em Mateus 2:1-3: “E, tendo nascido Jesus em Belém da Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do Oriente a Jerusalém, e perguntaram: Onde está Aquele que é nascido rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos a adorá-lO. E o rei Herodes, ouvindo isso, perturbou-se, e toda a Jerusalém, com ele”.
Por que Herodes se preocupou com esta notícia? Vários comentários históricos atestam que Herodes tinha uma grande preocupação de ser destronado. Por isso, a notícia de que um novo rei dos Judeus tinha nascido foi vista como um perigo para a sua posição.
Herodes tinha bom conhecimento das tradições e das profecias acerca dum Messias. “E, congregados todos os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo, perguntou-lhes onde havia de nascer o Cristo. E eles lhe disseram: Em Belém da Judéia” (versículos 4-5).
Porém, o rei Herodes ocultou suas intenções de matar o Messias. Vejamos: “Então, Herodes, chamando secretamente os magos, inquiriu exatamente deles acerca do tempo em que a estrela lhes aparecera. E, enviando-os a Belém, disse: Ide, e perguntai diligentemente pelo menino [Grego: pahidion = menino], e, quando O achardes, participai-mo, para que também eu vá e O adore” (versículos 7-8).
Notem que Herodes não referiu a Jesus como um bébé [Grego: brefos], mas como um menino. Ele tomou em consideração o tempo de viagem dos magos, pois vieram possivelmente de tão longe como da Pérsia [área do Irã] ou da região da Babilônia [área do Iraque], que foi para onde os Israelitas e Judeus tinham sido levados cativos muitos séculos antes.
Herodes sabia quando a estrela tinha aparecido, e por isso sabia que não estava à procura dum bebê recém-nascido, mas dum menino de possivelmente vários meses, ou de um ano de idade.
No entanto, para eliminar qualquer dúvida temporal, o rei ordenou que houvesse o genocídio de todos os meninos de Belém e proximidades, que possuíssem dois ou menos anos. Vejamos: “então, Herodes, vendo que tinha sido iludido pelos magos, irritou-se muito e mandou matar todos os meninos que havia em Belém e em todos os seus contornos, de dois anos para baixo, segundo o tempo que diligentemente inquirira dos magos” (versículo 16).
Não foi a cena tradicional de natividade
Os magos foram milagrosamene guiados ao menino Cristo (versículos 9-10). “E, entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe” (versículo 11).
A costumeira cena do Natal está completamente errada deste ponto adiante. Senão, vejamos:
Jesus já não estava na manjedoura, mas sim em casa. E não era mais um bebê, mas um menino, pois os magos visitaram Jesus um bom tempo depois dos pastores (podia ter sido um ano mais tarde ou até mais).
Ademais, a cena tradicional descreve três magos. A Bíblia, no entanto, não diz quantos magos eram, mas simplesmente fala de três tipos de presentes apresentados a Ele: ouro, incenso e mirra.
E por que Lhe foram dados esses três tipos de presentes? O simbolismo é fascinante quando entendido.
O Ouro era um presente para a realeza; nesse caso, para o Rei dos Judeus e quando da segunda vinda, O “Rei dos Reis e Senhor dos Senhores”, que governará o mundo inteiro (Apocalipse 19:16).
O Incenso é diretamente ligado ao sacerdócio e aos sacrifícios do templo, prevendo o facto que Jesus Cristo serviria como Sumo-Sacerdote e daria a Sua vida como o sacrifício perfeito para pagar a pena de todos os pecados da humanidade (Hebreus 4:14-15; 9:11-14; 1 Pedro 1:18-19).
A Mirra tinha um simbolismo muito mais sombrio, a morte do Salvador para nos salvar. Quando uma pessoa morria, o corpo era coberto com esta fragrância natural para disfarçar o cheiro da morte. O corpo de Jesus foi envolvido em lençóis com mirra e aloés (João 19:39-40).
Por que devemos celebrar os Dias Santos de Deus em vez dos dias religiosos tradicionais?
Mateus e Lucas revelam a verdadeira história do nascimento de Jesus Cristo e, duma maneira geral, em que época do ano é que Ele realmente nasceu. João Batista nasceu na primavera (no hemisfério norte). O seu primo Jesus nasceu seis meses depois, provavelmente ao fim de Setembro, ou mais tardar, início de Outubro. Os pastores visitaram-nO imediatamente; os magos – e não sabemos quantos foram – chegaram muito depois.
É triste que a verdadeira história esteja tão embaralhada pela tradição humana. E é ainda mais triste que as pessoas ignorem as instruções bíblicas que são bem claras e inventem as suas próprias tradições. O próprio Jesus condenou fortemente os líderes religiosos do Seu dia que estavam “invalidando, assim, a palavra de Deus pela vossa tradição, que vós ordenastes” (Macos 7:13).
Em Deuteronômio 12, encontra-se um firme e significante princípio bíblico. Este descreve porque devemos celebrar os Dias Santos anuais de Deus, assim como os festivais que Deus nos revelou na Sua Palavra – e não os feriados tradicionais que foram emprestados do paganismo:
“Não adorem o ETERNO, o nosso Deus, do jeito que aqueles povos adoram os seus deuses, pois Ele odeia e detesta tudo o que esses povos fazem nas suas reuniões religiosas. ... -Obedeçam a todas as leis que eu estou dando a vocês, sem acrescentar nem tirar nada” (Deuteronômio 12:31-32 BLH).
Não é interessante o fato de que, embora dois dos escritores do Evangelho descrevam as circunstâncias do nascimento de Cristo (e os outros dois nem sequer mencionem tal acontecimento), nenhum deles faça referência à data? E por que que a Bíblia nunca menciona o “Natal”? E por que nenhum dos escritores bíblicos dizem nada acerca de celebrar esse nascimento?
De outro lado, nós encontramos mandamentos — muito explícitos, por sinal —, para comemorarmos o sacrifício e a morte de Jesus Cristo para o nosso benefício (1 Coríntios 11-23-26). Também encontramos mandamentos para observarmos outros festivais bíblicos, os mesmos festivais que Jesus e a Igreja do Novo Testamento celebraram. Finalmente, já não chegou a hora de inspecionar minuciosamente a Bíblia para ver o que a Palavra de Deus diz acerca destes festivais? BN