As Profecias Sobre Jesus Podem Provar que Ele era o Messias?
Há pouco mais de dois mil anos, um bebê nasceu de uma jovem chamada Maria, na pequena cidade de Belém, na Judéia, uma província do Império Romano. Na época não se sabia, mas esta criança estava destinada a mudar todo o curso da história. Seus pais, José e Maria, deu o nome de Jesus ao recém-nascido, segundo a vontade de Deus.
Não é possível descrever adequadamente o que a vinda de Jesus significa para o mundo. Mal começamos a compreender Suas inúmeras obras. Um dos relatos bíblicos da Sua vida e obra afirma: “Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez; e, se cada uma das quais fosse escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem” (João 21:25).
Muitos têm tentado descrever a Jesus e Suas obras. Segundo alguns historiadores, apenas no idioma inglês foram publicados mais de cem mil livros sobre Jesus. A vinda de Jesus Cristo, Seus ensinamentos, Sua morte e ressurreição, revolucionou a história e deu à luz a maior religião do mundo.
Será que Jesus era apenas mais um mestre errante, que seus seguidores acreditavam ser o Messias, levando-os a estabelecer uma nova religião em Seu nome, e que por acaso veio a ter hoje quase dois bilhões de adeptos? Ou o que a Bíblia ensina sobre Ele é realmente verdade—que ele era o Messias ou Cristo, o Filho de Deus, e que Sua vida e obra foram preditas muito antes de Seu nascimento?
Jesus foi realmente único?
Naquela época, surgiram outros homens alegando ser algum tipo de messias que iria libertar o povo do jugo romano. “É triste o fato de que na Palestina entre os anos 67 e 37 a.C. nada menos que cem mil homens morreram em rebeliões frustradas” (William Barclay, A Mente de Jesus [The Mind of Jesus], 1963, p. 45).
Todos esses movimentos não deram em nada, enquanto que a obra de Jesus sobreviveu e, eventualmente, se expandiu. Este é apenas um dos aspectos maravilhosos sobre Jesus de Nazaré. Outras características singulares dEle nunca foram encontradas em nenhuma outra pessoa em toda a história.
Uma delas diz respeito às diversas profecias sobre Ele. A natureza de Seu nascimento e muitos aspectos de Sua vida e obra foi anunciada no Antigo Testamento. Esta faceta da vida de Jesus é o foco deste artigo.
Calcula-se que encontramos no Antigo Testamento “332 predições distintas, que foram literalmente cumpridas em Cristo” (Floyd Hamilton, A Base da Fé Cristã [The Basis of Christian Faith], 1946, pp. 156-157). A probabilidade de isso acontecer por acaso desafia a nossa capacidade de avaliar as estatísticas.
Hoje em dia, quando olhamos para a Bíblia, quase dois milênios após a sua conclusão, encontramos o que é comumente chamado de Antigo Testamento e Novo Testamento. Nós vemos estes como um único livro. No entanto, alguns podem não saber que o Antigo Testamento foi compilado dessa forma há cerca de quatrocentos anos antes da vinda de Jesus Cristo.
As profecias sobre Ele ali ficaram, aguardando alguém para cumpri-las e validar a Bíblia como a Palavra de Deus. Todas as profecias sobre Ele já haviam sido escritas. Se surgisse um homem que cumprisse apenas algumas das profecias de Deus, então poderíamos atribuir isso a obra do acaso. Mas, cumprir mais de trezentas profecias desafia as chances de qualquer probabilidade!
“O islamismo [islã] não pode indicar nenhuma profecia da vinda de Maomé, proferida há centenas de anos antes de seu nascimento. Nem os fundadores de qualquer outro culto . . . podem identificar corretamente nenhum texto antigo, prevendo que havia de surgir” (Wilbur Smith, O Livro Incomparável [The Incomparable Book], 1961, p. 10). Nesse aspecto, a Bíblia é única!
Neste artigo, vamos ver sobre o cumprimento de apenas algumas profecias específicas.
Primeira Profecia: Jesus nasceria em Belém
“E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá O que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Miquéias 5:2, ARA).
Até quem conhece poucos detalhes sobre o nascimento de Cristo, sabe que seus pais não viviam em Belém. Eles viviam em Nazaré, distante muitos dias ao norte. Na época em que Jesus estava prestes a nascer, algo precisava acontecer para que José e Maria saíssem de sua casa e fossem para a aldeia de Belém.
E esse acontecimento foi o censo romano. O imperador Augusto publicou um decreto, dizendo que todos os habitantes do império deveriam ser registrados. As pessoas eram obrigadas a se registrarem em sua cidade natal, por isso José levou Maria, sua esposa prometida, a Belém. E enquanto estavam lá, Jesus nasceu (Lucas 2:1-7).
Será que foi Deus quem instigou ao imperador Augusto a declarar que todos os habitantes do seu reino fossem recenseados exatamente naquela época? A resposta é sim! Este seria o primeiro de muitos casos de intervenção divina para realizar o que foi predito.
Segunda Profecia: Um emissário iria proclamar a Jesus
Mais de quatro séculos antes de Jesus nascer, Deus levantou um profeta que afirmou que o ministério de Cristo seria precedido por outro profeta, que anunciaria a Sua vinda: “Eis que eu envio o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim” (Malaquias 3:1, ARA).
Esse mensageiro seria João Batista, e o registro de sua proclamação do ministério de Jesus Cristo é o seguinte: “Veio no deserto a palavra de Deus a João, filho de Zacarias. E percorreu toda a terra ao redor do Jordão, pregando o batismo de arrependimento, para o perdão dos pecados, segundo o que está escrito no livro das palavras do profeta Isaías, que diz: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai as suas veredas” (Lucas 3:2-4).
À medida que se aumentam as previsões da vinda do Senhor se diminuem as chances de esses fenômenos terem acontecido por acaso. Ao longo da história humana, muitos bebês nasceram em Belém. E mais bebês continuam nascendo lá agora. Mas quantos nasceram em Belém com um mensageiro que, de antemão, proclamaria sua vinda para pregar a Palavra de Deus?
O nascimento de Jesus foi profetizado no Antigo Testamento, e, em seguida, Sua vinda foi proclamada com antecedência por João Batista. Ambas as profecias se cumpriram.
Terceira Profecia: Jesus entraria em Jerusalém montado em um jumento
O profeta Zacarias registrou uma profecia referente a um evento que ocorreria durante a última semana da vida de Jesus: “Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e Salvador, pobre e montado sobre um jumento, sobre um asninho, filho de jumenta” (Zacarias 9:9).
Na última semana de Sua vida terrena, Jesus entrou em Jerusalém montado em um burro e, com efeito, proclamando-Se o Messias de Deus (Mateus 21:7-11). Quantos homens na história do mundo já entraram em Jerusalém como governante e montado em um burro? Por si só, essa profecia é algo que não tem nenhum precedente histórico registrado.
Quanto mais profecias são citadas mais se diminuem a probabilidade desses eventos terem ocorridos ao azar. Quantos homens entraram em Jerusalém montado em burros, que também nasceram em Belém, e cuja vinda foi precedida pelo anúncio de outra pessoa?
Quarta Profecia: Ele seria como um pastor ferido
“Ó espada, ergue-te contra o meu Pastor e contra o varão que é o meu companheiro, diz o Senhor dos Exércitos; fere o Pastor, e espalhar-se-ão as ovelhas” (Zacarias 13:7).
Isso foi cumprido na noite em que Jesus foi preso e quando os discípulos fugiram e O abandonaram (Mateus 26:31, 56). Em seguida, os soldados romanos golpearam várias vezes a Jesus, que havia Se declarado como o bom Pastor (João 10:14). Eles cuspiram nEle e O esmurraram (Mateus 26:67). No dia seguinte, Ele foi morto, de fato, o pastor foi ferido e Seus seguidores mais próximos foram dispersos.
Para cada predição dos profetas do Antigo Testamento a respeito de Jesus vemos o seu cumprimento historicamente registrado no Novo Testamento. Isto confirma que esses eventos estavam sendo guiados por Deus e que a Bíblia é infalível. Praticamente é impossível explicar sem levar em conta que uma mão divina conduzia esses acontecimentos.
Quinta Profecia: Ele seria traído por trinta moedas de prata
“O Senhor, pois, me disse: Arroja isso ao oleiro, esse belo preço em que fui avaliado por eles. E tomei as trinta moedas de prata e as arrojei ao oleiro, na Casa do Senhor” (Zacarias 11:13).
Isto foi cumprido quando Judas entregou Jesus aos principais sacerdotes pelo preço de trinta moedas de prata (Mateus 26:15-16). Mais tarde, Judas, cheio de remorso, tentou devolver o dinheiro aos sacerdotes. Eles se recusaram a aceitar e Judas jogou o dinheiro no chão do templo. Então, os sacerdotes pegaram o dinheiro e usaram para comprar o campo do oleiro para enterrar estranhos que por ali morressem (Mateus 27:3-10).
Esta profecia é muito específica. Vamos refletir sobre esta questão: Quantos homens aceitaram dinheiro para trair um amigo e tentaram devolver, mas não conseguiram? E ainda mais, quais são as chances desse dinheiro ser usado para comprar um terreno para enterrar peregrinos, como há séculos havia sido predito?
Sexta Profecia: Ele não se defendeu durante Seu julgamento
“Ele foi oprimido, mas não abriu a boca; como um cordeiro, foi levado ao matadouro e, como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca” (Isaías 53:7).
Quando Jesus estava perante o procurador romano Pôncio Pilatos, os sacerdotes e os anciãos trouxeram muitas acusações contra Ele, as quais Jesus não respondeu. Pilatos “estava muito maravilhado” por um homem inocente nada falar em Sua própria defesa diante de tanto ódio e falsas acusações (Mateus 27:12-14).
Quantos homens na história têm reagido como Jesus quando sua vida estava em julgamento? Como um homem poderia ser forte o suficiente para conter-se e não tentar salvar a sua vida, sendo completamente inocente? A resposta é que Jesus era o Filho de Deus. Ele veio à Terra para cumprir todas as profecias registradas sobre Ele. E Ele sabia que, mesmo sendo inocente, iria morrer pelos nossos pecados.
Apenas o Messias poderia suportar essa situação atormentadora sem reclamar. Ele resistiu a tudo sem pecar. “Nem houve engano na Sua boca” (Isaías 53:9). Ao fazer isso, Ele estabeleceu um exemplo para todos os cristãos que são acusados quanto à sua fé (1 Pedro 2:21-23).
Sétima Profecia: Sua morte seria por crucificação
“O ajuntamento de malfeitores me cercou; traspassaram-me as mãos e os pés” (Salmo 22:16). Pilatos mandou açoitar a Jesus e “entregou-O para ser crucificado” (Mateus 27:26). Por esta profecia ter sido cumprida foi preciso uma incrível e extraordinária cadeia de eventos.
Os líderes judeus queriam se livrar de Jesus, a quem eles consideravam um adversário religioso. No entanto, os romanos não permitiram que os próprios judeus executassem a pena capital. Se fossem eles que tivessem que matar Jesus, provavelmente seria por apedrejamento (Atos 7:58), já que os judeus não praticavam a crucificação.
Os romanos executavam por crucificação os criminosos desprezíveis e, especialmente, as pessoas que pensassem representar uma ameaça para a paz romana. Pilatos sabia que Jesus não representava tal ameaça. Ele sabia que “por inveja O haviam entregado” (Mateus 27:18).
Os judeus levaram Jesus diante de Pilatos, trazendo a acusação de que Ele, sem dúvida, representava uma ameaça a Roma (Lucas 23:2). Mais uma vez, Pilatos sabia que eles tinham forjado essas acusações, então se recusou a condenar Jesus à crucificação. Entretanto, eles coagiram Pilatos a condenar a Jesus ao dar a entender que ele estaria sendo desleal a César se não fizesse isso (João 19:12). Pilatos temia que essa informação chegasse a Roma porque isso poderia pôr em risco o seu cargo de procurador.
Assim, para se cumprir a profecia a respeito de como Jesus iria morrer era preciso ocorrer uma cadeia de circunstâncias e eventos incomuns. O cumprimento desta profecia acerca da vida e morte de Jesus Cristo evidencia ao mundo que este homem, cuja vida foi profetizada e meticulosamente determinada de antemão por Deus, era o Messias. Seu cumprimento acresce-se à prova infalível de que a Bíblia é a Palavra de Deus. Nenhum simples livro poderia conter tantas impressões digitais divinas.
Oitava Profecia: Ele morreria junto a criminosos e seria sepultado com os ricos
Ele “derramou a Sua alma na morte e foi contado com os transgressores” (Isaías 53:12). Embora sendo totalmente inocente, Jesus foi crucificado entre dois malfeitores, infratores flagrantes da lei (Marcos 15:27-28, Lucas 23:33).
Isaías 53 também diz: “E puseram a Sua sepultura com os ímpios e com o rico, na sua morte” (versículo 9). Isso pode soar como uma contradição, mas a primeira parte denota uma vala comum para criminosos e última parte mostra o que realmente aconteceu, que foi sepultado no túmulo de um homem rico, José de Arimatéia, que fez um pedido especial a Pilatos pelo corpo de Jesus (Mateus 27:57, 60). Novamente, só Deus poderia ter previsto tudo isso com antecedência e garantido a sua realização, registrando tudo com séculos de antecedência.
Ainda há mais para vir—assegurado pela Palavra de Deus
Felizmente, Jesus não permaneceu morto e sepultado. Está profetizado que Ele fará muitas coisas grandiosas—e isso só poderia acontecer se Ele voltasse à vida. E, de fato, sabemos que Jesus ressuscitou dentre os mortos e, depois de aparecer a muitas pessoas, foi para o céu para sentar-se à direita de Seu Pai. Ele vai ficar lá até o momento de voltar novamente—desta vez como “Rei dos reis e Senhor dos senhores” (Apocalipse 19:16).
Sem dúvida, devemos ficar fascinados pela maneira precisa como Jesus cumpriu as profecias. Devemos ler a Palavra inspirada de Deus, a Bíblia, com admiração, porque ela não só nos fala de profecias que se cumpriram, mas também nos diz o que vai acontecer no futuro.
Ela nos diz que Jesus voltará para estabelecer o Reino de Deus na Terra e que reinará para sempre (Apocalipse 11:15). Você poderá estar lá e fazer parte desse Reino, se você proceder conforme a Palavra de Deus e entregar sua vida a Ele agora!
Foram escritos outros livros que se propõem a serem sagrados. Como podemos distinguir a Bíblia de todos eles? Uma das principais maneiras é o cumprimento das profecias.
Deus, falando por meio de Isaías, diz: “As primeiras coisas, desde a antiguidade, as anunciei; sim, pronunciou-as a minha boca, e eu as fiz ouvir; de repente agi, e elas se cumpriram . . . anunciei desde aquele tempo e to dei a conhecer antes que acontecesse, para que não dissesses: O meu ídolo fez estas coisas; ou: A minha imagem de escultura e a fundição as ordenaram” (Isaías 48:3, 5).
Leia a Bíblia! Estude-a diligentemente. Ela é a Palavra de Deus! Nela você vai encontrar o plano de Deus—o Seu propósito para você. Aquilo que Ele deseja para todas as pessoas é muito maior do que possamos imaginar ou compreender plenamente.
No entanto, podemos ter uma ideia disso ao ler a Bíblia. Como Ele nos diz em 1 Coríntios 2:9-10: “Como está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam. Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus”! BN