Como a Obra de Deus é Mantida?
Jesus Cristo instruiu Seus apóstolos e, em princípio, a todos os Seus seguidores, que viriam mais tarde, “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos 16:15). E Ele lhes deu outras instruções: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mateus 28:19-20, grifo do autor).
Assim, a Igreja de Deus, ainda hoje, segue tendo a missão de proclamar o evangelho do Reino de Deus ao mundo e de ajudar aqueles que respondem ao chamado para se tornarem discípulos de Cristo. Essa é uma grande obra e Deus instituiu o modo de financiamento dela, através de muitos colaboradores. Esse método é o dízimo, a separação de um décimo de nossa renda para Deus.
A contínua necessidade de pregar o evangelho
Jesus não começou a Sua Igreja no primeiro século para vê-la desaparecer nos séculos seguintes. Cristo sabia que Seus principais apóstolos seriam martirizados, mas Ele também sabia que Seus ensinamentos continuariam sendo apregoados através dos séculos. Na oração da noite antes de Sua morte, Jesus disse: “Não rogo somente por estes [os discípulos daquela época], mas também por aqueles que vierem a crer em Mim, por intermédio da sua palavra” (João 17:20).
Pouco antes de ser martirizado, o apóstolo Pedro prometeu em sua última carta: “Mas também eu procurarei, em toda a ocasião, que depois da minha morte tenhais lembrança destas coisas” (2 Pedro 1:15). Os ensinamentos apostólicos foram escritos e preservados para nós através dos tempos nas páginas do Novo Testamento.
Deus Pai enviou Seu Filho ao mundo com uma mensagem de esperança e salvação eterna. Cristo entregou diretamente aos Seus doze apóstolos escolhidos a comissão de compartilhar essa mensagem. Eles pregaram o evangelho do Reino, estabeleceram congregações da Igreja e ordenaram a presbíteros e diáconos, que continuaram a espalhar a boa nova e a servir ao povo de Deus. Haveria sempre uma necessidade contínua de instrutores e pastores para proclamar as boas novas da vinda do Reino de Deus e que orientassem e cuidassem espiritualmente daqueles que fossem trazidos à comunhão da Igreja.
Embora com poucos membros, a Igreja que Jesus edificou está muito viva hoje, pregando ativamente e publicando o verdadeiro evangelho (para saber mais, você pode baixar ou pedir o nosso livro gratuito A Igreja Que Jesus Edificou). Deus continua acrescentando membros à atual Igreja quando os chama para a salvação (João 6:44, 65; Atos 2:39, 47), seja através da pregação na televisão, na Internet, em publicações impressas ou pessoalmente.
Refletir a luz de Deus e participar de Sua colheita
Satanás, o diabo tem enchido este mundo com todo tipo imaginável de trevas. Ele é “o deus deste século” (2 Coríntios 4:4). O apóstolo Paulo considerou o nosso tempo como o “presente século mau” (Gálatas 1:4). O diabo tem influenciado a mídia de hoje para promover o mal ou pecado—a transgressão das leis de Deus—em todo o mundo.
Praticamente toda a nossa atual geração tem perdido o contato com Deus e tem colhido trágicas consequências, indo de mal a pior. Nos tempos antigos, o nosso Criador lamentou a apostasia da nação de Judá, exclamando: “O meu povo se esqueceu de mim por inumeráveis dias” (Jeremias 2:32). E como isso é verdade hoje!
No entanto, Cristo disse a Seus discípulos: “Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte . . . Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus” (Mateus 5:14, 16). Hoje, a Igreja de Deus deve continuar visível. E também deve continuar tendo a preciosa mensagem do evangelho de Deus para as nações. O apóstolo Paulo escreveu: “Ai de mim se não anunciar o evangelho!” (1 Coríntios 9:16). E assim também deve ser hoje em dia.
Depois dos apóstolos terem sido escolhidos e instruídos pessoalmente por Cristo, Ele começou a voltar a Sua atenção para a colheita espiritual de Deus, ou seja, as pessoas que seriam salvas: “Eis que eu vos digo: levantai os vossos olhos e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa. E o que ceifa recebe galardão e ajunta fruto para a vida eterna” (João 4:35-36).
No entanto, os apóstolos não iriam fazer isso sozinhos. Pessoas treinadas e pastores qualificados seriam muito necessários para ajudar a colher essa safra espiritual em meio a um mundo hostil. Jesus havia instruído claramente: “A seara é realmente grande, mas poucos são os ceifeiros. Rogai, pois, ao Senhor da seara [Deus Pai] que mande ceifeiros para a sua seara” (Mateus 9:37-38).
“Para a obra a que os tenho chamado”
Na antiga cidade síria de Antioquia (atual cidade turca de Antakya), surgiu uma série de profetas e mestres (Atos 13:1). Deus instruiu-os através de Seu Espírito:
“E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo [posteriormente, Paulo] para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram” (versículos 2-3).
Em seguida, com todas as bênçãos de Deus, Paulo e Barnabé começaram a espalhar o evangelho por várias cidades em suas viagens (Atos 13:6, 14, 51; 14:6-7, etc.) Na verdade, os apóstolos e evangelistas (pregadores do Evangelho) do primeiro século levaram a boa nova para o mundo civilizado conhecido.
Algumas vezes, essa missão evangelística era chamada de “a obra” (Atos 13:2; 15:38). Ainda hoje ela é referida desta forma ou como a obra de Deus.
A obra que Deus confiou aos discípulos de Cristo em Jerusalém cerca de dois mil anos atrás tem que continuar e ainda precisa ser financiada hoje. Qual é o método de Deus para fazer isso?
A lei do dízimo
Será que a lei financeira de Deus, revelada no Antigo Testamento,nãoé mais aplicável hoje em dia, como muitos defendem? Será que Jesus invalidou os dízimos—a entrega de um décimo de sua renda para Deus?
Aqueles que estão envolvidos na pregação do evangelho, nos ensinamento das pessoas que Deus chama e no pastoreio das congregações do povo de Deus, devem confiar apenas em ofertas voluntárias para sustentar essa obra tão importante? As moedas da viúva, um poderoso exemplo de dar oferta (Lucas 21:1-4), devem de nos humilhar, pois Deus e seus pastores continuam sendo muito gratos por isso e por todas as ofertas voluntárias.
No entanto, o nosso próprio Criador revelou o dízimo aos antigos patriarcas como parte de Seu ensinamento pré-mosaico (Gênesis 14:18-20; 28:20-22).
Esta prática financeira continuou quando as leis divinas foram codificadas para a antiga Israel (Levítico 27:30;Números 18:24, 26). Evidentemente, odízimo permaneceu em pleno vigor e efeito no fim do período do Antigo Testamento (2 Crônicas 31:11-12; Neemias 10:38; Malaquias 3:8-10).
Deus instruiu Moisés a escrever estes estatutos e leis nos livros de abertura da Bíblia. O rei Davi resumiu: “Fez notórios os Seus caminhos a Moisés” (Salmos 103:7). E no derradeiro capítulo do último livro do Antigo Testamento na maioria das Bíblias nos diz: “Lembrai-vos da Lei de Moisés, meu servo, a qual lhe prescrevi em Horebe [Monte Sinai] para todo o Israel, a saber, estatutos e juízos” (Malaquias 4:4).
O dízimo no Novo Testamento
Infelizmente, a maioria das pessoas, que se identificam como cristãos, acreditam que Jesus Cristo abandonou ou anulou muitos ensinamentos do Antigo Testamento. Nada poderia estar mais longe da verdade. O próprio Jesus afirmou claramente: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir [ou preencher completamente]. Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til [os menores símbolos da escrita hebraica] jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra. Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus” (Mateus 5:17-19).
Jesus também disse: “E E é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til sequer da Lei” (Lucas 16:17).
Embora Jesus tenha repreendido os líderes religiosos daquela época por negligenciar o mais importante da lei— a justiça, a misericórdia, a fé e o amor —Ele continuou apoiando diretamente o dízimo (Lucas 11:42 Mateus 23:23). Cristo tambémdisse aos fariseus: «Dai, pois, a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus” (Mateus 22:21). O dízimo pertence ao nosso Criador. Ele não é nosso.
Evidentemente, você não pode viajar ao céu através do espaço e dar seus dízimos diretamente a Deus. Ele sempre teve Seus representantes na Terra para recebê-los. Primeiro foi Melquisedeque, a quem Abraão pagou os dízimos. (Na verdade, esse rei-sacerdote era o Cristo pré-existente.) Nessa época, vigorava o sacerdócio levítico. E hoje em dia, odízimovoltou novamente a Melquisedeque (Hebreus 7:1-17)—ou seja, ao Sumo Sacerdote Jesus Cristo através de Seus representantes na Terra, dentro da Igreja de Deus.
O apóstolo Paulo ensinou abertamente sobre o atual sistema do dízimo. Em 1 Coríntios 9:13, ele refere-se diretamente ao sistema do dízimo: “Vocês não sabem que aqueles que trabalham no templo alimentam-se das coisas do templo, e que os que servem diante do altar participam do que é oferecido no altar?” (NVI). O próximo versículo continua: “Da mesma forma, o Senhor ordenou àqueles que pregam o evangelho, que vivam do evangelho” (NVI). Paulo mostra que esse mesmo sistema de dízimo continua financiando obra de Deus hoje e que foi ordenado por Jesus Cristo.
A realização da obra de Deus hoje
Atendendo a comissão entregue por Jesus para proclamar o evangelho e cuidar de Seu povo, a Igreja de Deus Unida publica e distribui gratuitamente a revista A Boa Nova, o Curso Bíblico, mais de vinte guias de estudo bíblico e muitos artigos impressos. O programa de televisão Beyond Today (somente em inglês) proclama o evangelho em muitas estações nos Estados Unidos, Austrália e Canadá. Também mantemos sites na Internet, temos pastores para ensinar e cuidar de várias congregações da Igreja em todo o mundo e organizamos acampamentos de verão para os jovens. Alguns de nossos pastores respondem a perguntas bíblicas de nossos leitores.
Todas essas atividades custam muito dinheiro. Os membros da Igreja, colaboradores e doadores ajudam nessas despesas, àmedida queDeus lhes permite. Nós não poderíamos realizar essa obra sem a ajuda deles, por isso agradecemos imensamente seus dízimos e doações. Todos eles são colaboradores que ajudam a proclamar o evangelho de Cristo.
Éclaro que poderíamos fazer muito mais se tivéssemos um aumento substancial dos fundos. Pedimos a Deus regularmente para colocar nos corações de nossos leitores a vontade de contribuir de acordo com suas próprias possibilidades. Afinal de contas, esta éuma obra de fé, pois acreditamos, juntamente com Paulo, que “Deus é poderoso para tornar abundante em vós toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, toda suficiência, superabundeis em toda boa obra” (2 Coríntios 9:8).
Deus abençoa as pessoas que doam generosamente (versículos 6-7), e Ele não descuida do dizimista (Malaquias 3:8-10). As bênçãos podem nãoaparecer imediatamente, mas no devido tempo elas virão se continuarmos obedecendo a Deus. Ao longo dos anos muitos têm compartilhado conosco seu testemunho de gratidão nesse sentido.
Uma palavra sincera: Nós não esperamos que as pessoas deem o que não têm. Algumas pessoas sobrevivem com pensões pequenas. O dízimo é para pessoas que ganham dinheiro. As ofertas voluntárias podem vir de qualquer um, desde que as obrigações pessoais e familiares necessárias não sejam negligenciadas.
Acima de tudo, as orações sinceras daqueles que não podem contribuir financeiramente—e também dos que podem—são muito bem-vindas. “A oração fervorosa de um homem justo tem grande poder e resultados maravilhosos” (Tiago 5:16, Bíblia Viva).
Em certa ocasião, Jesus disse que “mais bem-aventurada coisa é dar do que receber” (Atos 20:35). Este grande princípio de Deus ajuda a manter a Igreja viva e ativa hoje em dia! BN