Nunca Mais Se Falará de Guerra!

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Estou escrevendo este artigo próximo ao Dia do Armistício do ano passado, meus pensamentos estavam na comemoração do dia do fim da Primeira Guerra Mundial. Na 11ª hora do 11º dia do 11º mês do ano de 1918, as armas de guerra pararam de rugir, os sinos das igrejas tocaram em júbilo e os pássaros puderam novamente ser ouvidos nos campos da Europa. Com o armistício (termo derivado do latim armistitium, que significa “destituição de armas”), a chamada “Grande Guerra” ou “A Guerra para Acabar com Todas as Guerras” chegou ao fim.

A ingenuidade quanto ao progresso social presumia que as pessoas tinham avançado para além da selvageria dos antepassados, mas, claramente, não foi isso que aconteceu! Afinal de contas, morreram cerca de vinte milhões de pessoas. Contudo, apenas vinte e um anos depois, veio a Segunda Guerra Mundial, que, segundo estimativas conservadoras, ceifou quarenta a cinquenta milhões de vidas e desalojou milhões de pessoas. E, após 1945, outras guerras continuaram a ser travadas.

Se estiver lendo este artigo no início de 2024, provavelmente, a guerra Rússia-Ucrânia e a nova e crescente crise do Oriente Médio ainda estão em curso. O temor pela ocorrência de uma Terceira Guerra Mundial aumenta à medida que avançam os conflitos atuais!

Sejamos realistas, a escalada do conflito global juntamente com o tsunami de desafios sociais ímpios e imorais podem atemorizar até mesmo os atuais discípulos de Jesus. Então, está na hora de acalmar nossos corações enquanto aceitamos o convite pessoal de seguir a Jesus (Lucas 9:23; João 10:27), lendo e meditando seriamente nas Escrituras sobre as grandes e esperançosas promessas acerca da indubitável intervenção de Jesus Cristo.

Resgatando a humanidade de si mesma

Vamos começar com um anúncio megafônico, tanto de advertência quanto de consolo, feito por Jesus em uma profecia sobre os eventos do fim dos tempos: “Haverá mais angústia que em qualquer outra ocasião desde o começo do mundo, e nunca mais haverá angústia tão grande. De fato, se o tempo de calamidade não tivesse sido limitado, ninguém sobreviveria, mas esse tempo foi limitado por causa dos escolhidos” (Mateus 24:21-22, Nova Versão Transformadora, grifo nosso).

Jesus não promete aos Seus seguidores que será um tempo de tranquilidade. As pessoas ficarão desesperadas. Nesse tempo, vai parecer que Satanás, o arqui-inimigo de todos os que foram criados à imagem de Deus, está vencendo. Os próprios seguidores devotados de Jesus clamarão: “Até quando, ó Soberano Senhor...?” (Apocalipse 6:10, ARA). Talvez você já tenha chegado ao ponto de pensar assim.

Contudo, nosso Pai Celestial enviará Seu Filho, nosso campeão, para intervir na história humana e mudar as coisas para sempre. Aquele que criou o tempo é o Mestre do tempo e saberá precisamente quando intervir para salvar a humanidade de si mesma. Se essa intervenção ocorresse cedo demais, muitos poderiam pensar: Precisaríamos apenas de um pouco mais de tempo para fazer as coisas darem certo do nosso jeito. Mas, se ocorresse tarde demais, não restaria ninguém vivo!

Vamos desligar a “máquina de ruído” desta era e ouvir a clara instrução do EU SOU: “Aquietai-vos e sabei que Eu sou Deus; serei exaltado entre as nações; serei exaltado sobre a Terra. O SENHOR dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio” (Salmos 46:10-11). Novamente, isso significa que os tempos que estão por vir serão fáceis? Não! Jesus é muito franco em Sua descrição desse tempo. Contudo, Ele prometeu, em alto e bom som, que o sol nasceria após essa tempestade criada pela humanidade.

Por que Jesus precisa intervir na história para resgatar a humanidade? As Escrituras explicam: “Desconhecem o caminho da paz, nem há justiça nos seus passos; fizeram para si veredas tortuosas; quem anda por elas não conhece a paz” (Isaías 59:8). No Jardim do Éden, a humanidade rejeitou o plano do nosso Criador para uma vida abundante. Então, seria uma surpresa que em milhares de anos de história conhecida tenha havido apenas cerca de trezentos a quatrocentos anos de relativa paz?

Em seu famoso romance Guerra e Paz, Liev Tolstói acertou em cheio ao fazer um personagem dizer: “Drene todo o sangue das veias dos homens e substitua por água, então não haverá mais guerra”. Ele disse que, basicamente, a guerra está no sangue, ou seja, que está arraigada naquilo que somos. E Tiago 4:1-2 confirma que as guerras e as brigas vêm dos desejos traiçoeiros de nossa natureza carnal e corrupta.

A guerra definitiva para acabar com todas as guerras

Uma visão de Daniel sobre essa grande intervenção celestial revela esse evento: “Mas, nos dias desses reis [um grupo de governantes do tempo do fim] o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e esse reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos e será estabelecido para sempre” (Daniel 2:44).

Esse reino, e também seu Rei, é simbolizado por uma pedra cortada sem auxílio de mãos destruindo os governos do mundo e tomando o controle (versículo 45). Esse Rei é o Messias, Jesus Cristo, a pedra rejeitada pelas pessoas, mas escolhida por Deus (Salmo 118:22; 1 Pedro 2:4; Mateus 3:17). E o reino que Ele trará será estabelecido para sempre.

Com a vinda desse Reino, o mundo passará por mudanças fundamentais. Então, Isaías 2:4 diz o seguinte sobre as pessoas: “Estas converterão as suas espadas em relhas de arados e suas lanças, em podadeiras; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra” (ARA). Em vez disso, todos aprenderão um modo de vida diferente, buscando a Deus para aprender os Seus caminhos através de Sua Palavra (versículo 3).

Durante esse futuro governo, sob o nosso Mestre e Salvador, o coração e a mente das pessoas serão transformados à medida que forem expostas a: 1) “água” transformadora e vivificante que flui de Cristo, referindo-se ao Espírito Santo (João 7:37); e 2) atitude de “morrer para si mesmo”, em vez de derramar o sangue de outras pessoas, enquanto se rendem à vontade de Deus, conhecendo a salvação de Cristo e aceitando Seu sangue sacrificial para o perdão dos pecados (Romanos 4:7).

Nosso Pai Celestial enviou Seu Filho amado como o Príncipe da Paz (Isaías 9:6) e também como o Cordeiro de Deus para morrer em nosso lugar (João 1:29). E Deus O enviará novamente, como o Leão da tribo de Judá (Apocalipse 5:5), para travar a guerra definitiva para acabar com todas as guerras, e não apenas para dominar aqueles que O enfrentarão, mas para acabar com toda resistência a Ele, algo inerente à natureza humana (ver Romanos 8:7).

A grande questão para você

Portanto, hoje tenho algumas perguntas pessoais para você: Atualmente, você está vivendo por qual sangue? Pelo sangue de sua natureza humana carnal ou pelo sangue de Jesus Cristo? Você está seguindo o arraigado caminho da guerra ou recebendo o perdão de Cristo e estendendo esse perdão aos outros?

A paz que Deus oferece e requer não é isenta de esforço, mas é transformadora em todos os sentidos e em todos os capítulos da vida. Afinal, Jesus disse: “Bem-aventurados os pacificadores” — não apenas os esperançosos da paz (Mateus 5:9). Isso começa com um pensamento expresso pelo poeta Robert Browning: “Quando a luta começa dentro de si mesmo, um homem vale alguma coisa”.

O persistente convite do alto de seguir a Jesus desafia-nos não apenas a baixar as armas, mas também a transformar as nossas próprias espadas em relhas de arado para cultivar amorosamente o solo da humanidade dentro de nossa esfera de influência. E também nos desafia a transformar as nossas próprias lanças em podadeiras para colher frutos piedosos e alcançar responsavelmente outras vidas de forma relevante, não apenas através do que falamos, mas também do que fazemos.

Até a próxima vez! Ademais, mesmo diante das preocupantes manchetes atuais, busque atenuar o ruído de todas as outras vozes — pois há muitas que querem viver em sua mente sem pagar aluguel — e olhe para cima, não para os lados. E lembre-se a Quem seguimos. E à medida que servimos a Jesus, Ele vai nos guiando rumo a uma nova era, declarada assim por Deus em Isaías 11:9: “Não se fará mal nem dano algum em todo o Meu santo monte [Seu Reino]”. Que venha logo esse Reino! E que possamos viver de acordo com esse Reino hoje mesmo!