O Jesus Que Muito Poucos Conhecem

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O Jesus Que Muito Poucos Conhecem

Durante o memorial da morte e ressurreição de Jesus, uma mente cristã deve, naturalmente, voltar-se para Jesus Cristo. É um tempo sóbrio, ainda que alegre, do ano.

No entanto, um observador comparando as crenças dos dias de hoje e a conduta do cristão comum com as crenças e conduta de Jesus e seus discípulos pode muito bem concluir que muito do chamado cristianismo perdeu o seu caminho. Mahatma Gandhi resumiu essa visão cética quando disse: "Eu gosto do vosso Cristo, eu não gosto dos vossos cristãos. Os vossos cristãos são tão diferentes do vosso Cristo."

Encaremo-nos a isto. Muitos hoje têm uma má impressão do cristianismo. Do seu ativismo político à sua correcção política, daqueles que dizem que a Bíblia é a palavra literal de Deus para aqueles que parecem mal acreditar em coisa alguma na Bíblia, aqueles que afirmam pertencer a Jesus Cristo têm sido objecto de uma boa dose de escrutínio. Os resultados não têm sido todos lisonjeiros.

Um fluxo constante de escândalos envolvendo o clero nos últimos anos, não só abalou muitos dos fiéis, mas para uma sociedade ocidental cada vez mais secular, estas revelações têm dado a muitos mais razões para pensar que o cristianismo não é mais relevante para eles. A mensagem de "Não faça como eu faço, faça como eu digo" ressoa com uma geração cética, mas não de uma forma positiva.

Na realidade, os problemas de relações públicas com o cristianismo moderno não se limitam aos do ministério. A maioria dos que se dizem cristãos simplesmente não parecem estar à altura do exemplo de Jesus Cristo. Como pode ser isto?

Quem é que Jesus afirmou ser?

Quem foi Jesus Cristo afinal? O ressurgimento recente da antiga heresia do gnosticismo na cultura popular, em livros e filmes, tais como Os Evangelhos Gnósticos, As Escrituras do Nag Hammadi, o best-seller [o livro de vendas recorde] de Dan Brown O Código de Da Vinci e do chamado Evangelho de Judas, somente turvam mais o assunto para um público que, predominantemente, é biblicamente analfabeto.

No entanto, estes escritos não oferecem nada de novo. O apóstolo João também lutou cedo contra a influência gnóstica assim: "Nisto", escreveu João, “conhecereis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus (1 João 4:2).

Na última parte do primeiro século, o apóstolo João estava confrontando a crença gnóstica etérea de que Jesus não tinha um corpo físico, mas só apareceu como uma ilusão, e nesse caso Ele nem fora nascido fisicamente nem realmente fora crucificado e ressuscitado. O conselho de João para lidar com o gnosticismo e heresia em geral, era de não ter nada a ver com ela ou seus proponentes (2 João 7-10).

Mas a neblina filosófica do gnosticismo é apenas parte do problema na nossa falta de compreensão de Jesus Cristo e, finalmente, do cristianismo.

Para compreender o cristianismo, o cristianismo verdadeiro, devemos primeiro compreender a sua fundação: Jesus Cristo. Para muitos, mesmo aqueles que afirmam ser cristãos, Jesus era apenas um homem bom ou um professor judeu profundo. Outros ainda o vêem como um revolucionário, um inconformista, um enganador, ou uma fraude. No entanto, a reivindicação de Jesus e de seus seguidores, era simples. Ele foi Emanuel, "Deus conosco" (Mateus 1:23), o Cristo, o Messias, o Filho do Deus vivo (Mateus 16:15-17).

Jesus deu apoio à Sua afirmação, cumprindo mais de 130 profecias messiânicas do Antigo Testamento, curando os doentes, ressuscitando os mortos, perdoando pecados. Ele não pretendeu ser ainda um outro professor ou apenas um bom homem. Jesus disse que Ele era Deus.

Aqueles que procuraram e, eventualmente, produziram a Sua morte entenderam as Suas reivindicações claramente, como podemos ler: “Os judeus responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia, porque, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo” (João 10:33).

Como C S Lewis escreveu: "Ou este homem era, e é, o Filho de Deus, ou é um louco ou algo pior. Você pode tê-lo por um tolo, pode cuspir nEle e matá-Lo como um demônio, ou você pode cair a Seus pés e chamá-Lo Senhor e Deus. Mas não vamos vir com algum disparate sobre ele ser um grande mestre. Ele não deixou essa possibilidade aberta para nós. Ele não tinha essa intenção" (Cristianismo Puro e Simples, de 1980, p. 52).

Agora, se você não é um cristão, aquela reivindicação, no mínimo, merece um estudo cuidadoso, para ver se é realmente assim. (Para algumas dicas sobre quem Jesus realmente era, descarregue  ou solicite o nosso livreto gratuito:  Jesus Cristo: A Verdadeira História.) Mas se você pretende ser um cristão, como um seguidor de Jesus você precisa entender algo mais do que apenas quem Jesus disse que era. Você precisa entender o que Ele fez e o que Ele ordenou que Seus seguidores fizessem.

O poder do exemplo de Cristo

Existe uma diferença entre o Jesus Cristo revelado nas páginas da Bíblia, quem Ele foi, o que Ele disse e o que Ele fez, e aqueles que o mundo vê como os cristãos de hoje?

Muitos apologistas cristãos argumentam que as deficiências na parte de um cristão são apenas devidas a que ele é "salvo", mas ainda não perfeito. Outros assinalam que o problema com a maioria dos cristãos é que eles "vêem como estão" e assim permanecem. De fato, algo parece estar faltando. Como Gandhi disse, há uma diferença entre Cristo e os cristãos, e é perceptível.

Durante a última Páscoa que Jesus passou com os seus discípulos, Ele estabeleceu um exemplo poderoso. Jesus ajoelhou-se humildemente para lavar os pés dos discípulos (João 13:1-10). E apresentando o vinho e pão ázimo da Páscoa como símbolos do seu sangue derramado e do corpo quebrantado que em breve seriam uma realidade (Mateus 26:1-30), Jesus deslocou os Seus seguidores para fora da sua zona de conforto, fora da conformidade com a sociedade e seus costumes.

Tais costumes tinham, apenas um pouco antes levado muitos a ser repelidos pelo ensinamento de Jesus sobre a nossa necessidade de partilhar dos símbolos do Seu sangue e corpo no serviço da Páscoa (João 6:47-66). Muito simplesmente, os discípulos de Jesus estavam em vias de ser convertidos. Foi-lhes mostrado que os ensinamentos e tradições humanamente concebidas com os quais tinham crescido eram inválidos e precisavam ser substituídos com aquilo que Jesus lhes estava mostrando.

Muitos afirmam conhecer a Jesus Cristo como Senhor e Salvador. No entanto, no momento em que o Jesus revelado na Bíblia torna-se intrometido, chamando-os a fazer mudanças na forma como vivem, sua vida religiosa torna-se perfeitamente compartimentada em um canto conveniente. Isto não é cristianismo, é passatempo religioso.

O que Jesus Cristo convida Seus seguidores a fazer envolve nada menos do que uma transformação total da forma como eles pensam e agem. Como podemos ler em Romanos 12:2: “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”

A transformação de que o apóstolo Paulo fala envolve mudança, uma mudança real. Mas se não estamos em conformidade com a sociedade em torno de nós, se quisermos mudar a maneira como temos vindo administrando as nossas vidas, a que nos devemos conformar?

Que fez Jesus?

Hoje, muitos exaltam o lema "O Que Jesus Faria?" É comum em pulseiras de borracha coloridas, camisetas e adesivos. Mas, demasiados são os que não sabem a resposta a essa pergunta, porque eles não sabem o que Ele fez. Eles estão familiarizados com histórias a respeito de Cristo, mas não com o exemplo que Ele estabeleceu como um estilo de vida a seguir para os cristãos.

Pense por um instante. Se você fosse se tornar uma parte de qualquer grupo ou organização, uma das primeiras coisas que você gostaria de saber é o que é exigido de você. Quais são as regras? Para o cristão, cujo objetivo é estar com Jesus Cristo no Reino de Deus, as regras são simples e consistentes. Quando um jovem Lhe perguntou que boa coisa ele deveria fazer para ter a vida eterna, Jesus disse-lhe que guardasse “os mandamentos” (Mateus 19:17).

Jesus aprimorou o enfoque e aprofundou os requisitos da lei de Deus, estabelecendo a fasquia ainda mais elevada para os Seus seguidores. O seu convite não é para um laissez-faire, "Kumbaya", uma vez por semana, o cristianismo de se sentir bem, que é tão comum. Pelo contrário, Jesus Cristo espera obediência aos mandamentos que Ele mesmo obedeceu.

Seu amigo e apóstolo João confirma isso claramente em 1 João 5:2-3 (ARA): “Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus: quando amamos a Deus e praticamos os seus mandamentos. Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são penosos.”

Faremos tal como Ele fez?

Quer em não ter deuses diante do Deus único e verdadeiro, não adorar imagens de escultura, não usando o nome de Deus em vão, mantendo o dia do Senhor ou quer em qualquer dos outros seis mandamentos, Jesus Cristo, desafia aqueles que Lhe chamam Senhor a que se conformem à Sua imagem e semelhança, obedeçam as instruções de Deus, tanto na letra quanto no espírito da lei, e que permitam que a lei de Deus seja verdadeiramente escrita nos seus corações.

Jesus nos exorta a ser livres da conformidade com esta sociedade e seus valores. Ele faz isso, do mesmo modo em que Ele desafiou os de sua geração a compreender a diferença entre os mandamentos de Deus e as tradições ideadas pelos líderes religiosos da sociedade judaica daquela época (Mateus 15:1-9).

Jesus Cristo mostrou aos Seus discípulos um exemplo perfeito de como adorar a Deus corretamente. Quão bem entende aquele exemplo?

Jesus adorou nos Sábados de Deus (Marcos 1:21, Lucas 4:16), e afirmou ser Senhor do Sábado, não do domingo (Marcos 2:28). Ele observou os Dias Santos da Bíblia (Lucas 2:41-42 e João 7:1-39). Ele até fundou a Sua Igreja num desses dias, na Festa de Pentecostes (Atos 2:1-4).

E depois da Páscoa final de Jesus, Sua morte e ressurreição, os apóstolos continuaram a adorar no Sábado e Dias Santos bíblicos (Atos 17:02; 18:21, 20:06, 1 Coríntios 5:6-8, 16:8).

Talvez você pense que conhecia o Jesus da Bíblia, mas se quiser saber mais, por que não pedir ou descarregar os nossos livros gratuitos:  Jesus Cristo: A Verdadeira História e O Plano dos Dias Santos de Deus para mais informação.

Por estranho que pareça, Jesus provavelmente não reconheceria muitas coisas sobre a religião que hoje leva o Seu nome, desde seu dia principal de adoração até aos feriados que comemora.

Ele nunca os comemorou. A questão é: por que você o faz? Se a sua resposta é: "Porque é a tradição da minha igreja," Jesus requer que você reavalie essa posição (Marcos 7:7).

Infelizmente, como verá, o ingrediente que falta na vida da maioria dos cristãos é Jesus Cristo. Eles não sabem quem Ele realmente era, nem levam a sério que Ele é, de fato, Deus e tem domínio sobre nossas vidas. Como nosso Mestre e Senhor, Ele nos chama para fora desta sociedade e seus costumes — até mesmo das tradições religiosas que possamos manter queridas e apreciar — se provamos estarem em erro. Como Ele disse: “E porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem” (Mateus 7:14). 

O ingrediente vital ausente

Se olharmos para o cristianismo que tantos desdenham, o que está faltando? De tudo o que temos visto, o ingrediente que falta é o exemplo de Jesus Cristo.

Você vê, os cristãos precisam ter Jesus Cristo habitando neles (Gálatas 2:20, Hebreus 8:10-11). Precisamos da sua mente para funcionar como cristãos e emular o exemplo que Ele estabeleceu para nós (Filipenses 2:5, 1 João 2:6). E o exemplo que Jesus deu mostra claramente que, embora nós possamos chamar-nos cristãos, se não estamos obedecendo os mandamentos de Deus em sua intenção espiritual mais ampla e seguindo o mesmo caminho estabelecido pelo Jesus da Bíblia, estamos nos enganando.

Numa crítica mordaz de quem não guardar a lei de Deus, Jesus disse aos que escutavam a seu famoso Sermão do Monte: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.

Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas? E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade (Mateus 7:21-23).

Como aqueles que afirmam ser cristãos consideram a morte e ressurreição do nosso Salvador, não esqueçamos quem Jesus era realmente e o exemplo que ele estabeleceu para nós. A vida e instrução de Jesus definem o que Ele espera daqueles que seriam  chamados pelo seu nome:

“Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar um destes menores mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado o menor no Reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no Reino dos céus.

“Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus” (Mateus 5:18-20).

Talvez se nós, como cristãos, realmente seguíssemos o exemplo dado por Jesus Cristo, se nós também demonstrássemos obediência sincera à intenção espiritual das leis de Deus, outros que poderiam estar observando notariam a diferença. Talvez um dia, em outro tempo e lugar, mesmo Mahatma Gandhi dirá: "Eu gosto do seu Cristo, e seus cristãos. Seus cristãos são assim muito parecidos com o seu Cristo." BN

Jesus quis acabar com a Lei?

Jesus quis acabar com os mandamentos de Deus? Muitos viram-se para o Sermão da Montanha para apontar a "provas concludentes" de que Jesus retirou os Dez Mandamentos em massa, cumprindo a nossa necessidade de obedecê-los por sua morte. Mas, na verdade, longe de acabar com a lei, o sermão que Jesus deu é uma confirmação e aprofundamento da compreensão da intenção dos santos mandamentos de Deus.

Jesus declarou de forma inequívoca no seu sermão: "Não penseis que vim destruir a Lei ou os Profetas. Eu não vim para destruir, mas cumprir" (Mateus 5:17). O palavra grega pleroo, aqui traduzida por "cumprir", significa "fazer inteiro," "para preencher ao máximo"," fazer completo em cada detalhe "," para tornar perfeito "ou" levar até ao fim "( Léxico Grego-Inglês do Novo Testamento por Thayer, de 2005, Número 4137 da Concordância de Strong).

Longe de destruir ou abolir a lei, como alguns interpretam este versículo, Jesus disse que veio para preencher a lei à plenitude -- para a completar e aperfeiçoar. Ele fez isso, mostrando a intenção e aplicação espiritual mais profunda da lei.

Vemos isso durante o resto do capítulo, onde Jesus passou a dar um significado mais profundo, contrastando a compreensão dos mandamentos de quem O escutava com a intenção de Deus pelas declarações: "Ouvistes que foi dito aos antigos ... "e " Eu, porém, vos que... "

Ele assinalou para os ouvintes que, embora tivessem sido ensinados que não deveriam assassinar, o significado real do Sexto Mandamento foi que Deus espera que demos o valor a todas as pessoas e reconciliar todas as nossas diferenças com os outros em paz, não apenas abstermo-nos de arrebatar a vida de outrém (Mateus 5:21-26). Da mesma forma, é luxúria nossas mentes que concebe o ato de adultério que é pecado, não apenas o ato em si (versículos 27-32).GN

O que ensinou Jesus sobre o pecado?

A maioria prefere aquecer-se pelas belas histórias a respeito de Cristo, no conhecimento da Sua graça e perdão dos pecados, sem reconhecer os requisitos de obediência para com Ele e Sua lei ou as conseqüências do pecado.

No entanto, longe de honrar o seu Salvador, o cristão que faz isso realmente avilta o sacrifício de Jesus Cristo e mostra uma falta de compreensão do que é o pecado e quanto custa.

O que é exatamente o pecado? A Bíblia define o pecado como transgressão da lei (1 João 3:4).

Jesus ensinou que as ações que levam aos pecados deviam ser interrompidas, e não ser toleradas sob um guarda-chuva de graça incondicional. Em João 8, encontramos uma história de como os líderes religiosos de Seus dias tentaram apanhá-lo numa armadilha por meio de um julgamento difícil. Eles fizeram isso, trazendo-lhe uma mulher apanhada no ato de adultério e perguntando-lhe o castigo que merecia.

Jesus disse aos que a acusaram que a apedrejassem se estavessem sem pecado. Os acusadores partiram um por um. Mas à mulher disse: "Mulher, onde estão os teus acusadores? Ninguém te condenou?" Ela respondeu: "Ninguém, Senhor." Jesus então lhe disse: "Nem Eu te condeno, vai-te e não peques mais" (vv. 10-11, grifo nosso).

Jesus disse-lhe que parasse de pecar. Se somos seguidores de Cristo, não deverímos prestar atenção à Sua instrução também? GN